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Capítulo 30 - Retrocesso

Desculpa não ter postado ontem. Infelizmente o capítulo de hoje rendeu mais do que eu esperava inicialmente e exatamente por isso estou aqui dando esse aviso.

O capítulo que estão prestes a ler é longo, beeeem longo, o maior capítulo até então. Exatamente por isso quero pedir desculpas pela densidade. Ele é abarrotado de informações e detalhes, sendo que parte deles nem são tão importantes para o entendimento da história em si, porém, são coisinhas interessantes dos sistemas referentes ao universo que eu criei. Eu gosto que as coisas tenham suas características próprias, mesmo que nem tudo seja de suma importancia narrativa. Eu amo detalhes capazes de colorir o mundo.

Enfim, vocês verão e eu realmente espero que gostem.

Assim que a partida com Eyu terminou, as moças logo se apressaram. Se movendo para um quarto que Angeline usava como escritório. Sozinhas e confortáveis, Ashiria tratou de abraçar sua amiga e lhe contar sua situação. Quando a história chegou ao fim, a mulher de pele escura e cabelos trançados gargalhou alta, colocando para fora a força dos seus pulmões.

— Então é por isso que o palácio imperial emitiu aquele decreto? — quase se desfez de tanto rir. — Você continua perfeita como sempre, Ashiria! Como gostaria de ver o rosto do Dalfoy assim que ele perder essa princesinha para você — respondeu, apertando a bochecha de Develine com carinho e se acalmando lentamente do ataque de risos que teve.

"Realmente, é oficial, o meu pai é um lixo para todo mundo", pensou, sem conseguir imaginar alguém que tivesse algum apreço por ele.

Enquanto esteve na casa de Dalfoy, o que Develine mais viu foram adoradores dele. Todos sempre saudando e glorificando a casa de Hydess. Agora ela sabia a verdade sobre eles.

"Eram apenas um bando de puxa sacos" Suspirou.

— Então? — Ashiria, que estava sentada em uma cadeira de frente para a escrivaninha da sua melhor amiga, disparou ansiosa no momento em que terminou de lhe contar sua história.

Angeline não perdeu o sorriso.

— Será uma honra ministrar o teste de aptidão na futura herdeira Dargran — acariciou a cabeça de Develine, que estava sentada na ao lado da sua mãe, comendo um biscoito de chocolate que Eyu trouxe para ela.

— Conto com você — Ashiria sorriu para sua amiga.

— Pode deixar — Angeline respondeu.

— Mãe, essa moça pode me ajudar? — a pequenina questionou com animação.

— Angeline não é apenas uma maga poderosa, meu bebê. Ela também é uma grande alquimista, além de ser a melhor médica que esse país já teve em suas fileiras — respondeu.

A expectativa cresceu no peito de Develine.

Os testes foram ministrados de imediato e os resultados foram colhidos. Todo o processo demorou quase três horas. A garotinha mal se aguentava de tanta ansiedade.

Após analisar os papéis gerados pelos cristais de análise, o rosto de Angeline amargou e Develine ficou preocupada com a reação.

— Os resultados da pequenina são bem preocupantes, Ashy. Ela tem um caso bem raro de retrocesso energético — explicou. — Infelizmente, ela não pode usar magia — suspirou, encarando novamente o papel ficando ainda mais cabisbaixa. — Nem magia, nem qualquer outro poder... — seu olhar ficou pesado. — S-sinto muito.

O segundo round de impotência começou.



A moça responsável pelas avaliações, uma mulher com pouco mais de trintas anos, assim como Ashiria, hesitou diante do olhar entristecido da jovenzinha sentada diante dela. Era tão pesaroso que Angeline sentiu ter cometido algum crime ao contar a verdade.

— Me perdoe pequena Dargran, e-eu infelizmente desconheço alguma maneira de resolver isso — disse, vendo os olhos da pequenina emitirem frustração. Sentindo seu coração apertar, Angeline continuou: — C-contudo, creio que a senhorita deva ter esperança — falou tentando sorrir, mas sem conseguir transmitir confiança.

Ashiria, que esteve em silêncio enquanto ouvia sua amiga e lia os relatórios impressos em suas mãos, finalmente falou:

— Angi, você teria alguma dica? — encarou a mulher com seus profundos e oceânicos olhos azul safira.

A bela moça, dono de um esbelto corpo rechonchudo, engoliu em seco, sem conseguir transparecer seus divertidos sorrisos recorrentes. Após alguns instantes pensando no assunto, negou com um balançar de cabeça.

— Normalmente retrocessos energéticos são relativamente fáceis de resolver. É um problema bem normal de se ter, principalmente em famílias nobres, que cultivam o poder das suas linhagens através do casamento — disse. — Às vezes a criança nasce com um potencial tão grande que seu corpo rejeita a energia exagerada, levantando defesas naturais para conseguir lidar com os excessos — explicou. — O mais comum é que os caminhos pelos quais a energia flui sejam obstruídos pelo corpo. Injetar energia para estimular o fluxo normalmente é o suficiente para resolver esse problema.

— Mas não é o caso da minha filha, certo? — Ashiria compreendeu a verdade através da inquietação que demonstrava.

— Definitivamente não — suspirou —, os canais dela estão formados e as portas estão abertas, porém, a energia simplesmente permanece estática — irrompeu com descrença. — Ela parece... — pegou alguns papéis e olhou novamente para os resultados. — O núcleo parece congelado, como se algo o segurasse.

Ashiria ficou em silêncio.

— Então é isso? E-eu... — Develine não conseguiu falar, assumindo o pior, lutando para vencer o desgosto e manter seus ombros erguidos.

Percebendo o olhar perdido da jovenzinha, Angeline sentiu seu coração apertar: — N-não é isso, Develine, e-eu... — hesitou diante da resposta que deveria dar, contudo, após observar a expectativa indecisa nos olhos da pequenina, decidiu ser sincera. — Acredito que tenha uma forma de resolver, mas infelizmente e-eu não sei a resposta. — Os olhos da garotinha perderem um pouco do brilho. — É impossível usar o método tradicional no seu corpo. Se fizéssemos isso — hesitou —, você morreria! — contou-lhe a verdade.

"Droga!" Develine esbravejou internamente, abalada com o resultado, mas desviando o seu olhar na tentativa de parecer o menos afetada possível.

Magia sempre foi um dos seus maiores sonhos. Sua mãe era uma maga, seu pai era um meio mago e o seu avô era o maior mago do império, empatado com a sua tia Ashiria, a maior maga.

Desde que nasceu ela ouviu tudo sobre magia, respirou magia e sonhou um dia poder alcançá-la. Infelizmente, assim com o carinho do seu pai e irmãos, isso também lhe foi negado.

O universo parecia adorar lhe contar piadas desagradáveis como aquela. Em sua vida anterior ela foi privada de viver uma vida normal e agora foi privada de realizar o seu maior sonho.

"Então vai ser assim, né?!" Ficou irritada. "Eu acharei um jeito, universo! Está me ouvindo?! Tenha certeza de que vou", esbravejou. "Eu já usei magia antes, e se a legião conseguiu me dar poderes, eu vou consegui-los de volta." Reforçou suas ambições e vontades.

Vendo a garotinha mergulhar em uma confluência de emoções, a médica alquimista se prontificou, buscando alguma forma de alento.

— Se isso lhe traz alguma paz ou lhe anima de alguma maneira, caso consiga controlar essa energia — fez uma pausa dramática, pensando em quais palavras deveria usar —, então você será a maga mais absurda que já existiu em toda a história — Angeline disparou com empolgação, fazendo questão de ser hiperbólica.

Temendo a esperança, Develine continuou cabisbaixa. "Como você tem tanta certeza?" Se questionou internamente após perceber que a amiga da sua mãe de fato parecia acreditar no que estava dizendo. — Você é muito lisonjeira, doutora — respondeu.

Era lógico que Develine estava desconfiada.

— Falo sério — Angeline se apressou em pegar um dos resultados sobre sua escrivaninha. — Aqui, veja — virou o papel para a garotinha. — Está vendo esses números? — questionou, apontando alguns caracteres.

"Dez mil Ev's por parte solidificada", leu em sua mente, sem entender muito bem o significado. — Vejo, mas o que isso significa, doutora? — perguntou com educação, entendendo que a moça estava fazendo aquilo no intuito de animá-la um pouco.

— Isso é muito alto — a mulher irrompeu. — Parece algo que eu mediria em uma ogiva mágica de alta potência, é surreal! — Ficou genuinamente impressionada. — Você só tem dez anos, além de não ter feito nenhum processo de cultivo — disse um pouco decepcionada consigo mesma. — Mesmo se eu usasse o método demoníaco pelo resto da minha vida, não alcançaria esse valor absurdo. Isso fora que mesmo já tendo dez anos, sua energia ainda é pura e límpida — complementou, sentindo vontade de chorar e gargalhar.

— Pura? Límpida? — Develine estranhou os termos.

— Quer dizer sem influências, alinhamento ou atributo. Uma energia básica, intocada, natural — Ashiria interveio, respondendo à dúvida da sua menininha enquanto limpava a boca da mesma. — Assim como a de um recém-nascido — ela riu, se divertindo.

— Ainda não sei se entendi — Develine corou, percebendo que comeu o biscoito com tanta ferocidade que acabou fazendo uma bagunça e ficando com sua boca cheia de farelos ao redor.

Apesar de ter se esforçado para estudar magia, ainda lhe faltava muita base. Em verdade ela esteve mais focada em construir seus planos do que em aprender magia, já que, assim como dito por sua mãe, o problema em seu corpo precisava ser resolvido antes de dar o próximo passo.

— Você conhece às três grandes forças? — Angeline perguntou, curiosa quanto ao conhecimento da garotinha.

Segundo Ashiria, sua filha era muito inteligente, mas a maga alquimista tinha dúvidas sobre o quanto conseguia explicar aquilo para uma menina de dez anos. Ela nunca foi muito boa lidando com crianças.

— Energia marcial, energia espiritual e energia psíquica — Develine respondeu.

— Muito bem! — parabenizou. — E você sabe o que elas representam? — Angeline continuou medindo o conhecimento da garotinha.

— A energia marcial descende do corpo, sendo esse o poder utilizado pelos guerreiros. A energia espiritual descende da alma, sendo esse o poder utilizado pelos magos. A energia psíquica surge da mente, mas não sei muito sobre ela — respondeu orgulhosa de si mesma, ou pelo menos, até chegar na última linha e ser confrontada pelo conhecimento que lhe faltava.

O império de Calderium era essencialmente composto de magos e guerreiros, era bem difícil encontrar qualquer informação sobre a energia psíquica. Pouquíssimos indivíduos com essa característica surgiam nos diferentes reinos que o compunham. Exatamente por isso eles eram muito valorizados quando apareciam.

Em toda a sua vida Develine conheceu apenas um individuo dotado de poderes psíquicos.

— Não se preocupe, eu também sei muito pouco sobre energia psíquica. — A maga de cabelos trançados riu. — Mas isso não importa muito. O importante é que todos os indivíduos acabam manifestando alguma dessas características enérgicas conforme crescem e se desenvolvem. Inclusive, é por isso que chamamos de alinhamento, já que geralmente têm relação direta com a personalidade do indivíduo — explicou. — Porém, a sua energia permanece intocada pequenina, sem alinhamento nenhum — Ageline respondeu empolgada.

— Normalmente só recém-nascidos, que ainda não adquiriram nenhuma experiência de vida, é que possuem uma energia límpida em seus corpos — Ashiria complementou a explicação.

— Inclusive, é por isso que os nobres fazem questão que seus filhos treinem desde cedo — Angeline disse. — Assim eles podem garantir que o garoto se desenvolva nas áreas que eles querem. Famílias de magos ensinam magia e famílias de guerreiros ensinam artes marciais — explicou.

— E com isso bons magos ou bons guerreiros são desperdiçados simplesmente para manter suas "linhagens". Esse método é merda pura — Ashiria suspirou revirando os olhos e com um pouco de pena em sua voz, se recordando das diversas crianças talentosas que viu seguirem caminhos infundados para suas características. — Mas esse não é um problema com o qual minha pequenina deve se preocupar — se voltando para sua filha, a maga sorriu. — Você já percebeu, certo? — Bagunçou seus cabelos brancos com carinho.

Com seu rosto iluminado, Develine balançou sua cabeça positivamente.

— Isso quer dizer que posso... — hesitou.

— Que você pode escolher e utilizar qualquer uma das três energias? Sim, quer dizer exatamente isso — Angeline gargalhou. — E quer saber de mais? — Se aproximou da jovenzinha.

Develine balançou sua cabeça positivamente, ficando levemente animada com as descobertas. Ainda havia um problema em vista, porém, saber que podia se tornar tão forte quanto a sua mãe era irresistivelmente empolgante.

— Você não está limitada a nenhum atributo — a moça abriu um largo sorriso. — Trevas, luz, espaço, tempo, natureza, água, fogo, espírito e todos os atributos que existem, tanto faz na sua condição... Você pode ter qualquer um deles. Sua energia é pura e intocada, pequenina — completou.

Develine ficou maravilhada. Segundo o seu conhecimento prévio, todos os indivíduos eram afetados em seu nascimento pela natureza do mundo, fazendo com que pessoas nascidas em certas datas possuíssem uma afinidade natural com alguns atributos em específico. Por exemplo, pessoas nascidas no mês de Fell'lin, em pleno inverno, tinham uma pre disposição a serem bons com magia de atributo Gélido.

— Também é um dos motivos pelos quais é tão estranho você ter tido um retrocesso energético — Ashiria afirmou em resposta. — Normalmente a natureza se autorregula. Mesmo que seja uma quantidade elevada, energia sem atributo não deveria ter potencial de machucar o seu corpo. Ela só seria tragada pela natureza até que o excesso desaparecesse. — Ashiria explicou e Angeline concordou com um manear de cabeça.

— Geralmente o principal culpado pelo retrocesso é o atributo gerado pela influência do mundo. O problema é que sua energia é límpida, sem alinhamento, e pura, sem atributo — Exalou, lutando para conseguir entender o cerne da questão e alcançar uma conclusão. — Ou seja, nessas circunstancias, ela só deveria entrar em retrocesso caso houvesse algum defeito de formação ou uma influência externa — disse.

— Considerando que os seus caminhos são livres e as portas abertas, só resta a opção de ter sido alguma influência — ainda fixa nos papéis, tentando compreender a questão, Ashiria explicou. — Provavelmente é por isso que seu corpo é tão frágil. Algo na sua formação fez com que essa energia permanecesse estática e por esse motivo você se desenvolveu sem ela — suspirou com desgosto.

— E isso criou um ciclo — Angeline acabou achando engraçado. — Provavelmente esse é o único ponto positivo do seu retrocesso — olhou para um ponto qualquer no teto e sorriu diante da piada do destino.

— Como assim? — Develine quis entender melhor.

— Ah! Bem! É que sua energia continuar límpida e pura mesmo após dez anos, deriva diretamente do fato de que ela permanece estática. Como ela está imóvel, não conseguiu absorver nenhuma influência externa — explicou, tentando ser o mais didática possível.

— Sim! — Ashiria concordou e, sem nenhuma resposta clara, ambas as magas suspiraram em uníssono. — Sinto que estamos deixando passar algo — disse lutando contra os resultados em sua mão.

Encarando Develine e sua mãe lado a lado, um estalo veio a sua mente: — Ashy, o cabelo dela! — apontou. — Será que ela pode?

Entendendo o que sua amiga queria dizer, Ashiria concordou a contragosto: — Pensei nisso e, até pode ser, mas é estranho ele não ter se manifestado ainda — franziu o cenho. — E que tipo de poder ou entidade colocaria tanta energia em retrocesso? Ou melhor, por qual motivo?

Preocupada com a conversa da qual ela foi deixada de fora, Develine interveio: — O que foi, mãe? — encarou Ashiria com enormes olhos cheios de expectativa. Ela sempre jogava sujo.

— Você já estudou sobre o quarto pilar? — A maga perguntou, verificando o conhecimento da sua filha.

Percebendo que sua mãe estava questionando ela, Develine se prontificou em responder: — As bençãos — disparou.

— Exato! — Acariciou a cabeça da pequenina, orgulhosa dela. — As bençãos são poderes misteriosos que podem tomar diversas formas e surgir em qualquer pessoa. Geralmente elas estão atreladas a alguma entidade superior. Receber uma significa que tal ser reconheceu suas capacidades. Normalmente essas entidades também marcam o corpo do indivíduo escolhido com algum sinal. No meu caso e no caso da sua mãe, nossos cabelos mudaram de cor — disse, pegando algumas mechas ruivas em suas mãos. — Eles originalmente eram castanhos — sorriu. — A questão é que, por representarem o interesse de alguma entidade em um indivíduo, bençãos não podem ser herdadas. Muito menos suas marcas — pegou o cabelo de Develine e a mostrou as pontas coloridas. — Entende o que quero dizer? — encarou a pequenina.

Pegando seu cabelo da mão de Ashiria e olhando com atenção, lembrando do retrato da sua mãe, ela compreendeu o ponto.

— Então herdei a benção da mamãe? — questionou. "Mas boa parte do meu cabelo é branco, assim como o do meu pai, o vovô e o tio Darizio", ficou confusa.

— É difícil saber — Ashiria ficou levemente amarga, triste com a sua falta de respostas concretas. — Mas é uma possibilidade, as bençãos do desconhecido são estranhas e difíceis de lidar — suspirou, lembrando da sua própria irmã.

— Apesar de que isso seria estranhamente inédito — Angeline interveio e prontamente Develine a encarou, com sede de conhecimento. Percebendo rosto cheio de ansiedade da garotinha, ela se endireitou em sua cadeira. — Como a sua mãe disse, as entidades escolhem aqueles que vão abençoar com base no potencial da pessoa. É impossível saber disso quando a mesma é só uma criança, tanto que o normal é receber uma só lá pelos treze anos, por aí. Contudo, pelo que sei você já tinha mechas roxas no momento em que nasceu — disse.

— Seria o mesmo que escolher uma esposa ou um marido enquanto o mesmo ainda fosse um bebê — Ashiria completou com uma analogia.

"É impossível saber que tipo de indivíduo será ou se o mesmo realmente tem potencial", Develine entendeu o ponto.

— Meio que os nobres fazem isso — Angeline emitiu um sorriso complicado.

— Esperamos que essas entidades ultrapoderosas sejam mais sapientes do que a nobreza desse império — Ashira debochou e concordando tacitamente ambas riram.

— Então isso quer dizer que é impossível resolver o meu problema? — Develine continuou cabisbaixa.

— Com métodos convencionais, sim, — Angeline afirmou. — Porém... — pensou por alguns instantes. — Olha, pode ser uma esperança falsa, mas ouvi dizer que Amir têm estudado processos incomuns de retrocessos energéticos — a doutora se voltou para Ashiria.

Aquele nome colocou Develine em um misto de surpresa e empolgação.

— O mestre?! — a maga ruiva levantou uma das suas sobrancelhas.

— Ashy, eu consigo sentir o amor que têm por essa criança, então talvez seja hora de contatá-lo. Você sabe, em termos de conhecimento e pesquisa, nenhum mago chega minimamente perto de Amir — Angeline respondeu.

Ashiria suspirou amargamente, concordando silenciosamente com a afirmação.

— Amir lidou muito pior do que eu com tudo aquilo, Angi — a maga ruiva murchou.

— Eu sei! Ele amava o irmão. Ele adorava contar histórias sobre o Darizio — Angeline sorriu, se lembrando de alguns calorosos acontecimentos do passado. — Mas creio que você deva perdoá-lo — completou.

— Eu já o perdoei faz tempo, Angi. Eu senti algo muito próximo do que ele sentiu, então o entendo perfeitamente, porém, não sei se ele vai me perdoar — Ashiria respondeu com pesar — suspirou. — Eu disse coisas horríveis para ele naquele dia — completou com desgosto.

Desesperado com a perda de uma pessoa importante, seu irmão mais novo, Darizio, Amir tentou a todo custo buscar uma forma de ressuscitá-lo. Sendo, inclusive, um dos envolvidos na criação do golem de carne que Eyu apresentou para Ashiria.

— Tente! — Angeline se levantou de sua cadeira e se aproximou da amiga, passando sua mão nos ombros da mesma, reconfortando-a. — Por ela — olhou para a jovenzinha sentada na cadeira logo ao lado.

Após alguns segundos de hesitação, Ashiria cedeu: — Você tem razão — recobrou sua confiança. — Eu disse que vou lutar pela minha pequenina, então deve fazê-lo até o fim — a maga ruiva se virou para Develine e sorriu.

— Obrigado, mãe — a menina prontamente respondeu, surpresa com o desenrolar repentino. "Amir? Eu realmente conhecerei o mago mais inteligente do mundo?!" Sentiu vontade de gritar, pois, todas as histórias sobre aquele homem eram fascinantes.

Apesar de ser um dos seus tios, Amir era a única figura viva da sua família que Develine nunca conheceu. O mesmo odiava os deveres imperiais e desde muito cedo renegou papel na corte imperial, se tornando um pesquisador eremita que vaga pelo mundo em busca de conhecimento.

Desde que o seu irmão mais novo morreu, seu principal objetivo de vida era encontrar uma forma de revivê-lo.

Sim, meus amigos. Enfim chegamos no capítulo 30 e com ele, também acabei a cota diária. Eu até tenho mais um pronto e tentarei postá-lo o mais breve possível, talvez hoje (para compensar que não postei ontem), talvez amanhã (se a ideia de postar hoje der errado), porém, é com pesar que aviso o final das postagens diárias.

No mais, tchau, tchau e tenham uma ótima vida. Além disso, não esqueçam de votar, comentar e compartilhar com quem der, obrigado pela presença de todos vocês. Beijão do W.J.


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