Capítulo 9 - My heart, my hips, my body, my love
"Then I hate my reflection for years and years"
— The archer, Taylor Swift
Desde muito jovem, Taylor foi idealizada por Andrea e Scott como o exemplo perfeito de filha. Obediente, dedicada e imaculada aos olhos dos pais, ela encarnava a visão de virtude e retidão que qualquer família desejaria. No entanto, por trás dessa fachada de perfeição cuidadosamente mantida, se escondia uma tempestade silenciosa, um mundo interno de autocobrança devastadora que, embora invisível para muitos, a devorava de maneira implacável. Mesmo quando criança, os deslizes comuns da infância, como o acidente ocasional em que machucava seu irmão Austin sem querer, não necessitavam de reprimenda externa. A verdadeira punição vinha de dentro, em uma espiral de culpa que a envolvia de imediato, mergulhando-a em um ciclo vicioso de autocrítica severa e isolamento emocional.
Conforme a adolescência se aproximava, esse ímpeto autodestrutivo apenas se intensificava. Agora, não eram mais os pequenos incidentes que a atormentavam, mas a constante pressão que ela mesma impunha para alcançar uma perfeição inatingível. Cada nota que não fosse impecável, cada projeto que não alcançasse o máximo de aprovação, tornava-se um reflexo cruel de suas falhas. O espelho, para Taylor, era sempre um juíz severo, distorcendo cada pequeno erro em uma prova irrefutável de sua insuficiência. A busca incessante por excelência acadêmica, social ou emocional não era movida pela vontade de ser vista como talentosa pelos outros, mas por uma necessidade feroz de provar a si mesma que era digna de amor, validação e aceitação — uma validação que, paradoxalmente, ela nunca se permitia sentir. Em vez de encontrar conforto na superação, cada conquista a arrastava ainda mais fundo em um abismo de insatisfação, como se o horizonte da perfeição se afastasse cada vez mais quanto mais ela corria em sua direção.
A luta interna de Taylor, embora escondida sob sorrisos calculados e uma aparente serenidade, revelava uma mente em constante conflito, onde o desejo de ser impecável colidia violentamente com a consciência angustiante de sua própria humanidade. A perfeição que ela buscava era uma miragem — inalcançável, mas sempre à vista, sempre a um passo de distância.
Essa batalha silenciosa que Taylor travava contra suas próprias imperfeições criou uma tensão quase palpável em sua casa, um fardo que seus pais carregavam com uma mistura de preocupação e impotência. Andrea e Scott, embora não verbalizassem frequentemente suas inquietações, observavam a filha com o tipo de atenção sensível que só aqueles familiarizados com os contornos do sofrimento sabem manter. Havia uma percepção aguda de que Taylor, apesar de sua serenidade aparente, caminhava sobre uma corda bamba emocional, sempre à beira de ser esmagada pelo peso da perfeição que ela se obrigava a carregar.
Aos olhos deles, essa perfeição inatingível não era uma ambição saudável, mas uma tirania impiedosa que ameaçava devorar sua filha de dentro para fora. No entanto, eles se viam constantemente presos em uma encruzilhada entre a vontade de intervir — de oferecer consolo, de lembrá-la de que falhas eram humanas — e a necessidade de respeitar o espaço que ela mesma delimitava. Taylor, na verdade, não aceitava facilmente as tentativas de aproximação. O casulo emocional que ela construíra em torno de si era ao mesmo tempo uma proteção e uma prisão, e seus pais sabiam que ultrapassar essa barreira poderia fazer mais mal do que bem.
Mesmo assim, Scott e Andrea reconheciam em Taylor uma resiliência, uma força que, embora voltada muitas vezes contra ela mesma, a tornava uma guerreira de natureza. Suas batalhas não eram travadas no mundo externo, mas nas profundezas de sua mente, contra adversários invisíveis que ela encontrava sempre que se olhava no espelho. Cada dia, cada desafio, era um campo de batalha em que sua filha enfrentava suas próprias inseguranças e dúvidas. A dor deles, como pais, residia em saber que essas lutas eram invisíveis a todos, exceto aos que amavam Taylor de verdade — e, talvez, à própria Taylor, que não conseguia escapar das sombras de suas expectativas internas.
Essa tensão, portanto, se instalava como uma presença constante na dinâmica familiar, onde a beleza externa de uma vida organizada e disciplinada mascarava o caos interior que Taylor suportava sozinha. Seus pais sabiam que, embora ela tivesse a aparência de uma vencedora, suas vitórias mais importantes eram as que ela jamais compartilharia, pois elas ocorriam nas profundezas silenciosas de sua própria alma em guerra.
Nashville, Tennessee
September, 2003
A presença usual da jovem loira, de madeixas levemente onduladas, sempre trazia ao ambiente uma luminosidade sutil, uma espécie de leveza que mascarava com perfeição o tumulto interno que ela carregava. Apesar de Taylor ter desenvolvido uma aversão quase visceral ao ambiente escolar — um campo minado de crueldades sociais disfarçadas de interações triviais, onde seus colegas desferiam golpes com a precisão de uma lâmina afiada — ela ainda conseguia manter um sorriso que, embora discreto, revelava uma resiliência silenciosa, um mecanismo de defesa meticulosamente construído ao longo dos anos.
Mas naquela tarde, algo estava profundamente diferente. A ausência do brilho característico em seus olhos, agora substituído por uma opacidade densa, carregada de introspecção, não demorou a chamar a atenção de Andrea e Scott. A jovem, que costumava enfrentar o mundo com uma serenidade calculada, havia se recolhido em si mesma, isolando-se no quarto cujo silêncio parecia quase tangível, preenchendo o espaço entre as paredes com um vazio que seus pais não conseguiam atravessar. A porta fechada não era apenas uma barreira física, mas um reflexo simbólico de sua alma retraída, um sinal claro de que algo dentro dela havia cedido sob o peso de suas próprias pressões internas.
Andrea, com sua intuição aguçada, e Scott, com seu olhar vigilante, sabiam que aquele não era apenas mais um dia marcado pelas sutis lutas internas que Taylor geralmente conseguia disfarçar. Havia um mal-estar palpável, uma fratura invisível que agora se manifestava de forma irreversível. O que antes era uma batalha silenciosa, travada longe dos olhos alheios, agora transbordava para a superfície, rompendo as camadas cuidadosamente cultivadas de resiliência que Taylor sempre apresentava ao mundo. Seus pais, por mais que quisessem acreditar que poderiam resgatá-la dessa espiral de introspecção, percebiam que estavam diante de um enigma cuja solução transcendia o simples conforto parental.
O vazio nos olhos de Taylor e sua fuga para o isolamento eram sintomas de uma exaustão emocional mais profunda do que qualquer um poderia imaginar. Suas frustrações, que antes eram mantidas à distância, agora pareciam devorá-la de dentro para fora, e o silêncio que envolvia a casa não fazia nada além de ecoar a tempestade que agitava seu interior. Andrea e Scott, atentos e impotentes, só podiam observar, sabendo que a batalha que se desenrolava ali era inteiramente dela — uma batalha contra si mesma, cujos resultados, temiam, poderiam marcar a jovem de formas que eles não poderiam prever.
— O que houve, meu amor? — A voz de Andrea soou suave enquanto ela se aproximava, carregada daquele tipo de preocupação que só uma mãe pode transmitir, com delicadeza nas palavras, mas com uma profundidade que ia além do simples ato de perguntar. — Por que está aqui sozinha?
— Tirei um B- no meu trabalho — Taylor suspirou profundamente, como se o peso de cada palavra aumentasse a frustração que já a sufocava. O desânimo escorria em sua voz, e ela se afundou ainda mais nos travesseiros, como se o tecido macio pudesse amortecer o impacto da realidade que, naquele momento, parecia insuportável. — Então... me coloquei de castigo. Sem TV, sem nada.
A simplicidade de sua resposta escondia a complexidade de um sentimento que, para muitos, poderia parecer exagerado, mas que, para ela, era devastador. Naquela confissão casual, havia uma autocondenação que Taylor já conhecia bem — uma punição que nascia não da expectativa dos outros, mas de um padrão que ela mesma construíra, e que agora a aprisionava.
Scott apareceu logo atrás de Andrea, e, ao perceber a situação, ela lançou a ele um olhar que misturava perplexidade e preocupação. Era um quadro peculiar, embora familiar. Quando Austin, o filho mais novo, cometia um deslize, eles, como pais, rapidamente assumiam o papel de disciplinadores. Com Taylor, no entanto, a dinâmica era radicalmente distinta. Não precisavam levantar a voz ou estabelecer regras severas — ela mesma se encarregava de sua disciplina, imersa em uma autocrítica que beirava o desassossego.
Essa severidade em relação a si mesma inquietava profundamente Andrea e Scott. Era angustiante vê-la tão dura, tão impiedosa em sua autoavaliação, e o dilema maior residia em saber até onde poderiam permitir que essa rigidez a levasse sem intervir. Conceder espaço era essencial, mas existia uma linha tênue entre permitir seu crescimento independente e deixá-la se afundar nas exigências que impunha. Mesmo assim, hesitavam em intervir, na esperança de que o tempo pudesse, de alguma forma, atenuar a pressão que ela sentia sobre os próprios ombros. A vulnerabilidade que ela mostrava, embora dolorosa de se observar, revelava também uma busca genuína por significado e autocompreensão em meio ao caos emocional que a cercava.
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Kansas City, Missouri
Octuber, 2024
A energia vibrante de uma criança de sete anos preenchia cada canto da casa, e, por mais caótico que pudesse parecer, havia uma suavidade na forma como Thomas irradiava amor e alegria. Taylor observava aquele pequeno ser com uma mistura de fascinação e melancolia, revivendo em sua mente as memórias do passado, quando a maternidade havia lhe acenado de forma breve e trágica.
Ela se lembrava vividamente da noite em que descobriu estar grávida de Joe Alwyn. A notícia veio como um raio de esperança em meio a um relacionamento que já mostrava sinais de desgaste. Taylor acreditava, talvez com certa ingenuidade, que o bebê poderia restaurar a felicidade entre eles, que aquele pequeno ser, fruto do amor que um dia existira entre ela e Joe, traria de volta os dias tranquilos que tanto ansiava.
Mas aquela alegria foi vivida em silêncio. Durante quinze semanas, Taylor alimentou expectativas solitárias, sonhou com o futuro, desenhou em sua mente as feições de um serzinho que nunca chegou a conhecer. Quando a perda veio, foi devastadora, como se o mundo tivesse desmoronado silenciosamente ao seu redor. E, nos momentos mais sombrios, ela desejou, em segredo, ter partido com ele, sentindo-se presa em um vazio que parecia insuportável.
Porém, agora, com Thomas correndo à sua frente, rindo despreocupadamente enquanto fugia de suas tentativas de colocá-lo para dormir, Taylor sentia algo próximo à paz. As risadas dele, tão puras e contagiantes, não apagavam a dor do passado, mas, de certa forma, aliviavam a sensação de vazio que ela carregava.
Ele não apagava a dor — isso seria impossível —, mas o simples fato de sua presença trazia uma estranha forma de consolo, uma amenização silenciosa da ferida. A leveza de seu espírito, a pureza de sua alegria, eram bálsamos que, mesmo sem curar por completo, tornavam os dias mais fáceis de atravessar.
O toque suave do celular vibrando em seu bolso interrompeu abruptamente aquele fluxo de pensamentos. Taylor, ofegante após minutos de uma corrida inútil atrás do garoto travesso que se recusava a ir dormir, voltou à realidade, as memórias se dissipando como névoa ao sol.
— Um momento, Tom. — disse, erguendo o dedo indicador enquanto lutava com o bolso apertado da calça, na tentativa de tirar o aparelho dele.
O garoto deu de ombros com a despreocupação típica de sua idade, jogando-se no sofá sem cerimônia. O som da TV preenchia a sala, ecoando os diálogos animados de um desenho que ele claramente conhecia de cor. Taylor soltou um suspiro enquanto os dedos dela deslizavam distraidamente sobre a costura do jeans, sentindo o desgaste suave do tecido. Ela olhou em direção ao banheiro, onde o som abafado da água continuava a correr, e a voz de Travis cantando saía abafada.
— Quanto tempo mais ele vai ficar aí? — perguntou-se baixinho, lançando um olhar quase impaciente para a porta fechada.
O aroma sutil da pizza que havia servido como jantar — ou, mais precisamente, que Travis e Thomas desfrutaram enquanto ela apenas "degustou" — ainda flutuava no ar, um eco olfativo do encerramento daquele dia. O relógio na cozinha marcava o tempo com um tic-tac quase hipnótico, sua cadência rítmica tornando-se, por vezes, irritante. Taylor sentia o leve peso do cansaço se instalar em seus ombros; a sensação de que o dia parecia interminável. Gerir a energia vibrante de um garoto de sete anos e a similar exuberância de seu namorado não era uma tarefa trivial. Embora a felicidade pulsasse dentro dela, uma verdade inegável persistia: o cansaço frequentemente se tornava um convidado indesejado.
O som da risada de Tom — uma risada sincera e aguda que sempre a fazia sorrir, apesar de tudo — trouxe-a de volta ao presente. O menino estava completamente absorto na TV, suas pernas balançando no ar de maneira despreocupada.
A loira retirou o celular do bolso, observando o nome “papai♡” brilhar na tela por um instante fugaz, um momento que a fez esboçar um sorriso discreto, quase automático. Era um sorriso que se misturava a uma sensação familiar de carinho e leveza, a essência das mensagens que seu pai sempre enviava. Desde que anunciara seu relacionamento com um ex-jogador dos Chiefs, Scott havia se tornado um incessante remetente de mensagens. Algumas traziam uma preocupação subjacente, quase palpável, como se ele estivesse sempre à espreita, pronto para proteger a filha dos fantasmas do passado que ainda a assombravam, especialmente aquele complicado capítulo com Joe.
Outras mensagens, porém, eram repletas do humor irreverente que ela tanto adorava, mostrando a habilidade do pai em transformar preocupações em risadas. “Ah, então você decidiu trair a família e ficar do lado dos Chiefs? A casa é toda dos Eagles, minha menina.”
Essa mistura de proteção paternal e brincadeiras bem-humoradas era um lembrete constante de que, mesmo em meio a novos desafios, as raízes do amor e da compreensão permaneciam firmes. Cada mensagem de Scott era um fio de conexão que a ancorava, oferecendo um alicerce emocional em tempos de transição e incertezas.
Ela frequentemente soltava um suspiro reflexivo, ponderando sobre como tanto o pai quanto a mãe haviam acionado uma espécie de atenção redobrada desde o início de seu novo relacionamento. As mensagens e telefonemas tornaram-se incessantes, quase como se quisessem reafirmar que ela ainda era a garotinha deles, incapaz de navegar pelas complexidades das escolhas adultas. E, mesmo aos trinta e quatro anos, havia momentos em que, sob essa avalanche de cuidados e preocupações, ela se via menos como uma mulher independente e mais como uma adolescente insegura, observada a cada movimento. Era como se eles não reconhecessem sua capacidade de tomar decisões – e, inevitavelmente, lidar com suas consequências.
Deslizando o polegar pela tela do celular, atendeu a chamada, levando o aparelho à orelha. A voz de Scott ecoou instantaneamente, preenchendo o silêncio que a cercava antes que ela pudesse articular qualquer palavra. Com um gesto quase automático, afastou-se da sala, lançando um olhar breve para Tom, que se divertia com o desenho que passava na tv. Em seguida, dirigiu-se ao quarto que agora compartilhava com Travis.
— Oi, pai. — A voz dela saiu um pouco mais pesada do que havia planejado, carregada pelo cansaço que não conseguia esconder.
Do outro lado da linha, ela notou um pequeno silêncio, uma pausa sutil, como se Scott estivesse ponderando o que dizer, percebendo a exaustão na filha antes mesmo que ela se desse conta.
Era esse o tipo de conexão que sempre tivera com o pai — a capacidade dele de captar nuances em seu tom de voz, como se pudesse enxergar além das palavras. Esse silêncio, embora breve, era cheio de significado, como se estivesse esperando que ela baixasse a guarda, que revelasse o que realmente a estava incomodando, sem precisar perguntar.
— Ei, querida! — A voz de Scott veio suave, mas com aquele tom inconfundível de quem já pressentia algo errado. Era a mesma entonação que ele usava quando, de alguma forma, sabia que ela estava sobrecarregada, mesmo sem ela ter dito uma palavra. — Você parece exausta... tudo bem aí?
Taylor não pôde deixar de sorrir, um sorriso pequeno e carregado de afeto. Era reconfortante como ele conseguia se preocupar com uma naturalidade que apenas pais como Scott podiam oferecer. Um laço inquebrável, como aquele entre eles, sempre parecia trazer de volta um sopro de nostalgia. Mesmo agora, adulta, independente, namorando novamente, havia algo reconfortante na ideia de que ele sempre estaria ali, uma figura protetora, do jeito que sempre fora.
Lembrava- se de fevereiro, depois de seu ultimo show, quando desembarcou do iate, em Sydney, cercada de câmeras e flashes. Scott, como sempre, estava lá, pronto para defendê-la. Quando um fotógrafo se aproximou demais, ele simplesmente empurrou o sujeito de leve, mas o suficiente para acabar nos noticiários por suposta agressão. Era um gesto tão típico dele — a maneira como ele protegia o que mais amava, sem hesitar, sem pensar nas consequências.
— É, está tudo bem. Só estava correndo atrás de Thomas. Ele parece ter uma energia que nunca se esgota — Taylor comentou, ainda tentando recuperar o fôlego.
Do outro lado da linha, Taylor ouviu a risada de Scott, acompanhada pelo barulho leve de algo sendo colocado sobre a mesa, talvez uma xícara de café ou um jornal sendo dobrado.
— Isso é ótimo. Crianças assim nos lembram o que é viver com essa energia infinita, não é? — ele respondeu com um tom casual, mas cheio de nostalgia. — Você e Austin não eram muito diferentes.
Taylor sorriu, sentindo-se transportada de volta para a casa da infância, onde o som da risada de sua mãe e seu pai ecoavam pelas manhãs, junto ao aroma familiar do café fresco que tomavam antes dele sair para o trabalho, e Andrea levá-los para a escola. Mesmo à distância, esses pequenos detalhes sempre a traziam de volta para aquele lugar seguro.
Ela assentiu, embora soubesse que seu pai não poderia vê-la.
— Sim... Mas, às vezes, é difícil acompanhar — admitiu, com uma pitada de exaustão em sua voz, um pouco exagerada.
O silêncio que se seguiu do outro lado da linha não era incomum, mas carregava o peso de uma compreensão tácita. Scott sempre soubera quando algo a incomodava, mesmo quando ela se esforçava para ocultar. Era como se a preocupação dele atravessasse o fio invisível que os conectava. A conexão paternal, quase palpável.
Enquanto as redes sociais fervilhavam com notícias e especulações sobre ela e Travis, parecia que o mundo inteiro esperava respostas imediatas, como se a vida dela fosse apenas uma sequência de capítulos abertos a julgamentos e interpretações. Mas, no fundo, o que Taylor sentia era a pressão constante de estar à altura das expectativas — dos fãs, dos curiosos, da mídia... até dela mesma.
— E você, Tay? Como você está, de verdade? — Scott perguntou, sem pressa, do jeito que só ele sabia fazer, deixando a pergunta pairar no ar.
Taylor fechou os olhos por um instante, mordendo o lábio enquanto a risada alegre de Thomas ecoava do andar debaixo. O som enchia a casa, misturando-se com o zumbido da televisão e o leve tilintar de pratos sendo guardados na cozinha. Provavelmente, Travis já tinha saído do banho, finalmente.
Ela ajeitou o cabelo distraidamente, os fios loiros caindo sobre os ombros, enquanto respirava fundo, como se buscando uma resposta dentro de si mesma. A rotina de um dia comum se desenrolava ao seu redor, mas o peso de antigas cicatrizes sempre encontrava uma forma de ressurgir, especialmente em momentos de calma como aquele.
— Eu estou... bem, pai. — ela murmurou, com uma sinceridade hesitante — E você?
— Você bem que tenta me enganar, não é? — Scott riu suavemente, sua familiaridade se infiltrando na conversa. — Estou a par de todas as notícias, Tay. E vi o que as pessoas estavam falando.
— Para um velhinho, você até que é bem moderno, hein!? — ela respondeu, brincando com um sorriso que iluminava seu rosto, enquanto a imagem de seu pai rindo junto dela ecoava em sua mente.
O tom da conversa flutuava leve, como uma brisa suave que aliviava a tensão que às vezes a envolvia.
— Ah, o segredo é manter-se relevante, mesmo com a idade avançando — Scott provocou, e a leveza na voz dele a fez sentir-se à vontade, como se estivessem sentados lado a lado no sofá da sala, compartilhando um momento sem pressa.
Mas, no fundo, Taylor sabia que a conversa também carregava o peso das expectativas externas, um lembrete constante de que suas escolhas estavam sempre sob o olhar atento do mundo.
Ambos permaneceram em silêncio por uma fração de segundos, a conversa suspensa no ar. Sem que Taylor percebesse, Travis parou no corredor, a toalha enrolada na cintura, enquanto seus olhos se fixavam no vão da porta. A curiosidade o impediu de se afastar; ele hesitou, pronto para se retirar, mas a voz de um homem mais velho prendeu sua atenção.
As palavras flutuavam pelo ar, carregadas de um significado que ele não conseguia ignorar. Ele sabia que não era certo escutar a conversa alheia, mas as barreiras que Taylor frequentemente erguia entre eles o deixavam em busca de outras formas de compreender o que se passava em sua mente. A necessidade de entender seu mundo, de penetrar nas sombras que ela escondia, tornava essa escuta quase inevitável.
Travis se viu dividido entre o respeito pela privacidade de Taylor e a urgência de entender o que ela não dizia. A conversa, com suas nuances e subtextos, se tornava um mapa que ele estava determinado a decifrar, um meio de se conectar a alguém que, por tantas vezes, se sentia distante.
— Eu só queria garantir que... que você não está se culpando — Scott disse, hesitando ao abordar um assunto delicado. Sua voz, carregada de preocupação, ressoava de forma quase tateante, como se pisasse em ovos. — Não quero que você desconte essas coisas com... você sabe.
— Está tudo bem, papai — Taylor respondeu, batendo as unhas contra a madeira da mesa onde o celular repousava, um gesto nervoso que não escapou a seu próprio olhar. — Isso não aconteceu... mais.
As palavras saíram de sua boca como uma oração, mas a verdade pesava em seu coração como uma âncora. Odiava a mentira que agora lançava, a forma como ela se insinuava entre eles, como um fio invisível que a mantinha à parte, mesmo em meio à preocupação dele. A ironia não lhe escapava: tentava proteger seu pai da dor, mas, ao mesmo tempo, se punia, revivendo fantasmas que pareciam se recusar a desaparecer.
Enquanto a respiração de Scott do outro lado da linha se tornava mais perceptível, Taylor se viu mergulhada em um labirinto emocional. Cada palavra soava como um eco, uma tentativa de acalmar não apenas seu pai, mas a si mesma. Naquele momento, as sombras do passado pareciam dançar ao redor dela, e ela se perguntava se alguma vez poderia realmente se libertar delas.
— Tay, sua mãe e eu a conhecemos muito bem. Sabemos sobre essas punições que você impõe a si mesma. Desde sempre. — o homem mais velho argumentou, diante do silêncio da filha — Eu não quero que, por causa disso tudo... de um relacionamento, e, comentários maldosos e sem escrúpulos, você continue se auto castigando. E... e ele? Quais são as reações dele diante de toda essa exposição?
— Ele cuida de mim. — Taylor respondeu, um sorriso brotando involuntariamente em seus lábios, ignorando as observações iniciais dele — Travis evita entrar em qualquer site que faça especulações sobre nós. Ele não liga para essas coisas.
— É uma atitude sábia dele, que, você sabe, se Tree aínda trabalhasse para você, ela também não a deixaria ver essas coisas. — comenta — Talvez devesse aderir também.
— Sim, você têm razão. E, para ser sincera, ultimamente, eu também tenho evitado mexer nas redes sociais. — suspirou.
— Eu realmente espero que ele entenda o quanto têm que cuidar de você.
— Ele entende. Trav é diferente, pai. Ele... ele não minimiza as minhas dores. Ele se importa com o meu bem estar.
A afirmação carregava um peso inesperado, uma mistura de gratidão e alívio. Travis era mais do que um parceiro; ele era um porto seguro em meio à tempestade emocional que frequentemente a assaltava. Naqueles momentos de vulnerabilidade, ela se permitia reconhecer a profundidade do cuidado dele, uma presença constante que a envolvia como um abraço acolhedor.
Mas a preocupação de seu pai ecoava em sua mente. Scott sempre fora um farol de proteção, e seu desejo de saber se Travis era a pessoa certa para ela intensificava a urgência de Taylor em validar suas próprias escolhas. A dança entre confiança e insegurança tornava-se uma constante em sua vida.
— Ele realmente se esforça para me entender. E não se importa com toda a exposição que está ganhando por estar comigo. — acrescentou, a voz tingida de uma sinceridade que parecia flutuar no ar entre eles. Era um reconhecimento da fragilidade que ela sentia, uma vontade de assegurar a Scott que havia encontrado um equilíbrio, mesmo que esse equilíbrio ainda estivesse em constante construção.
— Pode ficar tranquilo, pai. Travis é ótimo comigo, de verdade. — Taylor deu um sorriso suave, enquanto jogava-se contra a cama.
Do outro lado da linha, Scott suspirou, o tom de quem ainda não estava completamente convencido.
— Só vou ficar tranquilo quando conhecer esse tal cara dos Chiefs pessoalmente. — Ele usou o apelido com aquela leve provocação que só ele conseguia fazer.
Taylor franziu a testa, confusa, e soltou uma risada. Travis, do outro lado da porta, segurou-se para não rir. Era difícil distinguir se seu sogro era seu novo inimigo, ou se apenas queria garantir que poderia desconcerta-lo em questão de segundos por causa de seu time.
— Cara dos Chiefs? Sério que você tá chamando ele assim?
— Estou, sim. E estou falando sério, Tay. — A voz de Scott agora soava firme, mas ela conhecia bem o pai. Por trás da seriedade, havia aquela provocação típica, uma mistura de cuidado e preocupação que ele sempre deixava transparecer.
— Ah, pai... — Ela riu, balançando a cabeça e olhando para o teto, como se ele pudesse ver sua expressão. — Travis é bom pra mim, ele me faz bem. Não tem com o que se preocupar.
Scott ficou em silêncio por um momento, mas Taylor podia imaginar a expressão dele do outro lado — aquele olhar cético, típico de pai zeloso, que tentava esconder a ansiedade por trás de um humor ácido.
— Sei lá... — começou Scott, brincando. — Estou achando que você tá me escondendo o jogo. Um cara dos Chiefs, famoso, atlético... deve ser cheio de ego.
Taylor riu alto dessa vez.
— Ah, para com isso! Travis? Ego? — Ela fez uma pausa, pensando na vida caótica, mas equilibrada que estavam construindo juntos. — Tá, ele é meio competitivo, mas ele cuida de mim. E de verdade. Não tem essa de estrela, sabe?
— É bom ouvir isso, querida. — O tom dele suavizou um pouco, mas logo retomou a provocação. — Mas só vou dar meu selo de aprovação depois que eu o conhecer. Até lá, ele continua sendo apenas cara dos Chiefs que derrotou meu querido Eagless.
— Pai! — Taylor riu, rolando os olhos. — Você realmente vai fazer isso? Colocar o pobre homem numa sabatina?
Scott riu do outro lado da linha.
— Sabatina nada, só vou ter uma conversa... talvez sobre futebol, quem sabe? — Ele fez uma pausa dramática, e depois acrescentou: — Afinal, é difícil achar o genro perfeito, né?
— Genro perfeito? — Taylor levantou uma sobrancelha, sorrindo com a provocação. — Não sei se ele é perfeito, mas ele tá se esforçando.
— Tá bom, tá bom. — Scott riu, mas depois voltou ao tom mais sério. — Mas, Tay, só quero garantir que você tá bem, mesmo. Porque, se ele não estiver cuidando de você como merece, eu não vou medir palavras.
Ela suspirou, mas sentiu o calor da preocupação genuína do pai.
— Eu estou bem, pai. Ele me trata com carinho, me respeita... e ele realmente tenta me entender.
Scott ficou em silêncio por mais um segundo, e Taylor sabia que isso era o mais próximo que ele chegaria de uma aceitação completa, pelo menos por enquanto. E ela estava bem com isso.
— Certo. Mas eu vou conhecer esse cara dos Chiefs... Ou Travis, como preferir. — Ele brincou, aliviando a tensão. — Só pra ter certeza, sabe como é.
— Claro, claro. — Ela revirou os olhos novamente, com um sorriso. — Vou marcar essa “reunião formal” então. Só não vai assustar o homem, tá?
— Eu? Assustar? — Ele riu. — Vou ser um doce.
Taylor riu, sentindo-se mais leve. Mesmo com todas as preocupações, era bom saber que, no fundo, Scott estava tentando apenas proteger o que eles sempre tiveram — a ligação entre pai e filha.
— Mas só um aviso, Tay — Scott falou com um tom de falsa seriedade, mas ela já sabia que vinha provocação. — Se ele aparecer usando uma camisa dos Chiefs... já começa com menos dez pontos.
Taylor gargalhou, jogando a cabeça para trás. A imagem de Travis, todo orgulhoso, com uma camisa do time, indo conhecer o pai dela era quase inevitável.
— Sério, pai? Você tá levando essa rivalidade a esse nível?
— Absolutamente. — Ele riu junto. — Se ele não souber negociar com um torcedor dos Eagles, como é que vai cuidar de você?
— Negociar, né? — Ela revirou os olhos, rindo. — Vou avisá-lo então. Nada de uniformes dos Chiefs, nem roupas de tons vermelhos. Não quero ver você derrubando o homem antes mesmo de ele abrir a boca.
— Exatamente! — Scott respondeu, mas logo se suavizou, a brincadeira dando lugar a um tom mais carinhoso. — Brincadeiras à parte, Tay... eu só quero que ele cuide bem de você. E, pelo que você diz, parece que ele tá fazendo um bom trabalho. Só preciso ver com meus próprios olhos.
Ela sorriu, sentindo o coração aquecer um pouco. O jeito dele de proteger, por mais brincalhão que fosse, sempre deixava claro o quanto ele se importava.
— Eu sei, pai. E eu estou feliz, sabe? Ele me faz bem, de verdade. Você vai gostar dele.
Scott fez uma pausa, mas depois soltou um suspiro audível.
— Vou confiar no seu julgamento, então.
— Certo! — disse animada — E pode deixar, vou passar seus recados. Travis já começa conhecendo o sogro, sabendo que tá com a corda no pescoço.
— Isso aí! — Scott riu.
Os dois ficaram em silêncio por alguns instantes, mas o momento era confortável, carregado daquela familiaridade que só pais e filhos têm. Finalmente, Scott quebrou o silêncio com um tom mais suave.
— Você está realmente feliz, não é? — perguntou, com uma pontada de orgulho na voz — Eu... eu não a ouço rir tanto desde... aquilo. Parece que ele está conseguindo trazer esse lado de volta para você. E, se for realmente isso, eu torço para darem certo. Porque tudo que mais desejo é poder ficar tranquilo sabendo que meus filhos estão bem e felizes. — ela ouve um movimento do outro lado, de uma porta sendo trancada. — Eu quero conhece-lo mas me parece bom o bastante, saber que ele está cuidando bem de você.
Ela sorriu, sentindo o peso do cuidado dele.
— Obrigada, pai. Eu também quero que você o conheça logo... pra ver que, no fim, ele não é só o “cara dos Chiefs”, sabe?
— Vou me esforçar. — Ele brincou, mas Taylor podia sentir a sinceridade por trás disso.
— Bom, isso é tudo o que eu posso pedir. — Ela riu levemente, o alívio tomando conta.
— Certo. Agora vai lá cuidar do seu cara dos Chiefs. E me mantenha informado. Nada de me deixar no escuro, entendeu?
— Entendido, senhor. — Taylor brincou de volta, antes de se despedir com uma última risada. — Te amo, pai.
— Também te amo, minha menina. Fica bem.
Quando Taylor finalmente desligou o telefone, um suspiro escapou de seus lábios, carregado de alívio e uma leveza inesperada. No corredor, Travis se mantinha encostado na parede, um sorriso divertido iluminando seu rosto, como se soubesse de um segredo que ela ainda não havia percebido.
Com um gesto despreocupado, ele deu um passo à frente, abrindo a porta como se a presença dele não tivesse sido uma constante silenciosa durante todo o tempo. A atmosfera entre eles parecia vibrar com uma tensão quase palpável, um misto de cumplicidade e expectativa, como se cada palavra não dita estivesse pendurada no ar, esperando o momento certo para se manifestar.
— Então, parece que o Tom saiu vitorioso dessa vez, não? — comentou Travis, com uma leve descontração na voz enquanto fechava a porta com suavidade — Ele está lá na sala, completamente absorto, olhos fixos na TV como se o mundo dependesse daquele desenho.
— Ah, finalmente resolveu sair do banho. — Taylor se ergueu rapidamente da cama, caminhando em sua direção com um leve toque de urgência na voz, mas os olhos revelando uma cumplicidade familiar — Sim, ele venceu. Mas, para ser justa, só porque meu pai ligou justo no momento em que eu estava prestes a capturá-lo.
A troca de olhares entre os dois carregava uma intimidade que transcendia as palavras, a familiaridade do cotidiano entrelaçada com a leveza do momento, como se as pequenas batalhas diárias fossem, de alguma forma, o que os mantinham ancorados em algo maior.
— Isso deve ter sido uma cena e tanto. — Ele a puxou pela cintura, suas mãos repousando nas curvas das nádegas dela com uma familiaridade descontraída — Agora, teremos que bolar um plano conjunto para convencê-lo a ficar na cama por um tempo.
— Por que ele tem tanta energia? — Taylor exclamou, uma mistura de admiração e exasperação na voz — Parece que é uma fonte infinita, nunca se esgota.
— Uh, esses são os genes Kelce. — riu, beijando a ponta do seu nariz — Não têm como você ser um Kelce, e não ter uma e energia que seria capaz de deixar uma casa de cabeça para baixo.
— E você só me avisa disso agora? — faz uma expressão exagerada, e ele ri. — O que mais está me escondendo, cara do Chiefs?
— Hum, se você pudesse ler minha mente... — Ele puxou ainda mais o corpo dela contra o seu, pressionando um volume tentador contra o abdômen dela — Se pudesse, saberia que estou escondendo algo que adoraria fazer agora mesmo, com você.
— Talvez eu tenha poderes ocultos, porque consigo captar uma breve intuição sobre o que passa pela sua cabeça. — Ela respondeu, um sorriso malicioso dançando em seus lábios — E espero, de verdade, que sob essa toalha, você esteja usando uma cueca.
Ela se afastou dele, um gesto que tentava preservar um mínimo de autocontrole, embora a tensão no ar fosse palpável. O momento estava impregnado de uma mistura de brincadeira e desejo, como se cada palavra trocada fosse uma pequena centelha, aumentando a chama do que poderia ser.
A loira caminhou até a cômoda, colocando seu celular para carregar, um gesto rotineiro que contrastava com a eletricidade que pairava entre eles.
— Melhor se vestir logo, para podermos lidar com aquele garotinho de uma vez.
— E a pressa é para...
Ela virou o rosto para olhá-lo, e ele fez um movimento sugestivo com as mãos, provocando um rubor instantâneo em seu rosto.
— Travis!
— Tá bem, tá bem! — Ele soltou uma gargalhada, rendendo-se ao clima da brincadeira — Vou me vestir!
Taylor revirou os olhos, acomodando-se na cama enquanto aguardava o namorado. Então, sem cerimônia, ele deixou a toalha cair, revelando uma cueca azul que acentuava as curvas sedutoras de seu bumbum. As pernas torneadas e os músculos bem definidos deixavam a visão quase hipnotizante.
Era demais para ela; sua cabeça girava e um calor subia pelo corpo, fazendo-a morder os lábios e abanar-se levemente, refletindo a sorte que sentia por tê-lo apenas para si.
Travis, alheio ao efeito que causava, abriu a primeira gaveta do guarda-roupa, tirando uma camiseta branca com um ar de despreocupação, e na gaveta abaixo, uma bermuda de moletom cinza. Cada movimento dele era uma combinação de casualidade e charme, um espetáculo que mantinha a atenção de Taylor, como se, naquele pequeno instante, o mundo ao redor se dissolvesse.
— Vamos lá. Vamos capotar aquele moleque! — Ele ergueu a mão, entrelaçando os dedos com os dela, a confiança transparecendo em seu gesto.
— Você está tão cheiroso... — Taylor sussurrou, aproximando-se dele, a voz manhosa como um fio de seda.
O cheiro dele era uma combinação irresistível de frescor e um toque de familiaridade que a fazia sentir-se em casa.
Ambos desceram para a sala de estar, nutrindo uma tênue esperança de encontrar Thomas dormindo tranquilamente. No entanto, assim que pisaram o último degrau, a risada contagiante do garoto ecoou pelo ambiente, fazendo-os soltar um suspiro cansado.
Travis, ajustando sua postura para a de um pai sério, pegou o controle remoto que estava repousado sobre o sofá, como se esse simples gesto pudesse restaurar a ordem.
— Certo, campeão, hora de dormir! — declarou Travis com firmeza, desligando a televisão em um gesto definitivo. — Amanhã você assiste mais desenhos.
— Mas... eu não tô com sono — protestou Thomas, fazendo um bico dramático, os olhos grandes implorando por mais tempo.
— Nem mais um minuto — respondeu Travis, a voz inabalável, porém com um toque de ternura.
O bico de Thomas se intensificou, tornando-se quase uma caricatura de frustração infantil. Ele cruzou os braços com uma rigidez desafiadora, enquanto suas sobrancelhas se juntavam numa expressão de raiva genuína, mas desproporcional à situação.
— Tom. — Taylor chamou, abrindo os braços em um gesto suave, convidando-o a vir para seu colo. — Vamos, papai e eu vamos ler uma história para você.
O menino olhou de um para o outro, analisando cuidadosamente os dois adultos como se estivesse calculando quem seria o aliado naquela pequena batalha noturna. Travis mantinha a expressão séria, o rosto impassível, enquanto Taylor oferecia aquele olhar sereno e acolhedor, braços abertos, sinalizando que estava do lado dele, pronta para protegê-lo da autoridade do pai.
Depois de uma breve hesitação, Tom finalmente cedeu. Levantou-se no sofá, rodeando com as perninhas a cintura de Taylor e enlaçando seu pescoço com os bracinhos pequenos, buscando refúgio na suavidade dela. Era como se, naquele ato simples, estivesse fazendo uma escolha entre a ternura e a firmeza, encontrando conforto no colo que prometia um final de noite mais tranquilo.
— Não quero história. Quero que você cante! — declarou Tom com um tom determinado, enquanto escondia o rostinho no pescoço de Taylor, buscando ainda mais proximidade.
— Então eu canto, meu amor. — respondeu ela, a voz suave e cheia de carinho, enquanto começava a subir as escadas com cuidado, os passos leves, equilibrando o peso dele. Travis seguiu logo atrás, em silêncio, observando a cumplicidade entre os dois. — Qual música você quer ouvir?
— Seven! — disse ele sem hesitar, a palavra escapando como uma ordem, mas com um toque de inocência que só uma criança poderia ter.
Ao chegar ao quarto de Thomas, o espaço era exatamente o que qualquer um imaginaria ao pensar no filho de um jogador de futebol. A decoração, uma homenagem discreta e carinhosa ao legado de Travis, era dominada pelos tons vermelhos e amarelos que simbolizavam o time. A cama, cuidadosamente arrumada, exibia uma colcha vibrante com o emblema do time, e as fronhas dos travesseiros seguiam a mesma paleta, criando uma harmonia visual que evocava tanto orgulho quanto aconchego.
As paredes alternavam entre o vermelho e o branco, e prateleiras alinhadas cuidadosamente exibiam uma coleção de ursos de pelúcia, carrinhos e brinquedos que sugeriam o equilíbrio entre a energia e a ternura da infância. Um pequeno baú repousava ao pé da cama, sem dúvida guardando outros tesouros da imaginação de Tom. Fotos emolduradas estavam espalhadas pelas paredes, retratando momentos felizes e cheios de memórias. O pequeno sofá no canto do quarto, envolvido na mesma paleta ardente, e as luzes de LED amarelas nos cantos davam ao espaço uma atmosfera acolhedora e carinhosamente planejada.
Taylor, com a suavidade materna que vinha naturalmente, deitou o garoto sob as cobertas macias, ajustando-as ao redor dele, como se estivesse embalando seus sonhos. Ela então puxou um puff que estava no canto do quarto e se sentou com um sorriso calmo, pronta para o próximo ritual da noite.
Travis, sempre atento, caminhou até o pequeno closet de Tom e voltou com um violão nas mãos, oferecendo-o a Taylor para que pudesse satisfazer o pedido do filho. Quando ela dedilhou as cordas pela primeira vez, o som suave ressoou pelo quarto, trazendo consigo uma onda de nostalgia. A saudade de cantar a atingiu com força, um sentimento que ela guardava com cuidado. Embora não fizesse tanto tempo desde que havia pausado sua carreira, a ausência do palco, das multidões e, acima de tudo, da música em sua vida, ainda batia de vez em quando com uma intensidade que a surpreendia.
Mas ali, naquele momento íntimo, ao dedilhar as cordas para seu filho, o cenário era completamente diferente, porém igualmente significativo. A música não era mais para milhares, mas para um coração pequeno, que se aninhava embaixo de cobertas vermelhas e amarelas, aguardando com expectativa o som da canção.
— Vamos lá, então!
Please picture me
In the trees
I hit my peak at seven feet
In the swing
Over the creek
I was too scared to jump in
But I, I was high in the sky
With Pennsylvania under me
Are there still beautiful things?
Travis se ajeitou ao lado do filho, com um movimento cuidadoso que parecia refletir o respeito quase reverente pelo momento que se desenrolava à sua frente. A voz de Taylor, fluida e delicada, preenchia o espaço com uma harmonia que transcendia a simplicidade da canção. Em apenas uma noite, aquela voz, que ele conhecia tão bem, havia enlaçado seu coração uma vez mais, como se cada nota carregasse um peso emocional que ia além da música. Era como se o tempo parasse, deixando-os suspensos naquela atmosfera íntima, onde só a melodia e os sentimentos existiam.
Tom, antes tão resistente ao sono, agora estava completamente subjugado pelo poder calmante de Taylor. Seus olhos, grandes e fascinados, seguiam cada movimento dela, como se o som fosse uma corrente que o levasse lentamente à beira dos sonhos. Havia uma mágica naquele instante, uma comunhão silenciosa entre pai e filho, ambos rendidos à suavidade da mulher que parecia, naquele momento, representar algo muito maior que eles mesmos.
Sweet tea in the summer
Cross your heart, won't tell no other
And though I can't recall your face
I still got love for you
Your braids like a pattern
Love you to the moon and to Saturn
Passed down like folk songs
The love lasts so long
Taylor ergueu os olhos do violão, e, por um breve momento, o mundo ao redor pareceu se dissolver, restando apenas os três ali, naquele quarto envolto em luz suave. O som da música pairava no ar, mas seus olhos diziam mais do que qualquer canção poderia. O olhar dela encontrou o de Travis, depois o de Tom, e em um gesto silencioso, quase imperceptível, ela lhes revelou um sentimento que, até então, havia guardado com tanto cuidado: amor.
Ela ainda não dissera essas palavras a Travis — pelo menos, não com a força que as sentia latejar dentro de si. Havia momentos em que o impulso quase escapava, quando as palavras estavam prestes a saltar de seus lábios, mas, sempre, no último instante, ela recuava. Não por falta de vontade, mas por medo. Medo de parecer frágil demais, de ser vista como alguém tomada por emoções descontroladas.
Mas agora, sem uma palavra, naquele olhar compartilhado, ela deixou claro o que seu coração gritava em segredo. Travis percebeu. Ele não precisava ouvir as palavras para entender. Havia algo no jeito como ela o olhava — e também o menino ao lado dele — que transcendia qualquer linguagem.
And I've been meaning to tell you
I think your house is haunted
Your dad is always mad and that must be why
And I think you should come live with
Me and we can be pirates
Then you won't have to cry
Or hide in the closet
And just like a folk song
Our love will be passed on
Please picture me
In the weeds
Before I learned civility
I used to scream ferociously
Any time I wanted
I, I
Os olhos de Tom começaram a piscar lentamente, como se o peso do cansaço finalmente o alcançasse. Taylor, sem perceber, deixou escapar um sorriso suave, quase maternal, ao vê-lo bocejar. Era um momento tão simples, mas carregado de ternura. O bocejo do menino, como uma corrente de fadiga, desencadeou uma reação em cadeia. Travis foi o próximo, abrindo a boca em um bocejo profundo, e, quase como se estivesse sincronizada com os dois, ela também cedeu, deixando-se levar pelo mesmo gesto involuntário.
Sweat tea in the summer
Cross my heart, won't tell no other
And though I can't recall your face
I still got love for you
Pack your dolls and a sweater
We'll move to India forever
Passed down like folk songs
Our love lasts so long
As últimas cordas do violão foram suavemente dedilhadas, cada nota ressoando como um eco da serenidade que preenchia o quarto. Com um gesto delicado, Taylor deixou o instrumento repousar ao lado do criado-mudo, sua presença ali se dissolvendo em um silêncio acolhedor.
— Agora, você faz sua parte. — ela sussurrou, inclinando-se para ficar ao nível de Tom. Acariciou seus cabelinhos lisos e macios, como se quisesse infundir um pouco de sua própria calma nele. — Durma bem, Campeão. — completou, sua voz carregada de um afeto genuíno que transcendeu a simples instrução de ir para a cama.
— Tay? — ele sussurra de volta, de olhos fechados, sentindo seu carinho.
— Sim?
— Eu te amo. — abriu os olhinhos, fitando-a, e então, sorriu — Da Lua até Saturno.
Travis lançou-lhe um olhar surpreso, e viu as orbes azuis da mulher brilharem.
— Eu também, Tom. — afirmou, beijando-lhe o nariz, ambas as bochechas, e por último, um beijo na testa — Te amo da Lua até Saturno.
As bochechinhas do menino ficam rosadas, como se uma onda de timidez o atingisse, e ele vira-se para o pai.
— Te amo, papai. Da Lua até Saturno.
— Da Lua até Saturno, Campeão. — fez um high-five ao reafirmar as palavras do filho — Te amo.
Finalmente, o cansaço conquistou aquele corpinho enérgico do garotinho travesso. A luz suave do abajur foi acesa, lançando um brilho cálido pelo quarto, enquanto a luz principal se apagou, mergulhando o espaço em uma penumbra acolhedora.
Gradualmente, a respiração de Tom tornou-se mais regular, como se cada suspiro estivesse sutilmente se ajustando à melodia do sono que o envolvia. Seus pequenos olhos, antes brilhantes de vida e curiosidade, foram se fechando lentamente, até que, finalmente, ele caiu no sono, recuperando as energias desgastadas pela agitação do dia.
— Nossa, estou exausta! — Taylor resmungou, espreguiçando-se, enquanto iam para o quarto — Vou tomar um banho.
Avisou-o, mas quando virou-se para a figura imponente atrás dela, o viu com um sorriso bobo.
— O que foi?
— Você... é incrivel. — respondeu com orgulho — Como consegue ser tão.... sei lá, perfeita?
— Trav, eu não sou perfeita. — riu, voltando a caminhar — Do que está falando?
— De você cantando. A forma como você e Tom tem essa ligação. Ele te ama, Tay.
— Parece que sim.
O casal entra no quarto, e ela pega algumas roupas confortáveis na mala, enquanto ele tranca a porta.
— Vai mesmo tomar banho agora? — se sentou na cama, apoiando-se nos cotovelos jogados para trás — Pensei que iriamos... fazer outra coisa.
— Outra coisa? — franziu o cenho — Que "outra coisa", Kelce?
— Hum, você sabe.
A mulher gargalha, não acreditando no quão transparente Travis poderia ser as vezes. Ele era um "louco" incurável.
— Estou tão cansada... — vai até ele, sentando em seu colo, fazendo cara de coitada — Tipo, muito.
— O suficiente para negar meus carinhos? — perguntou, já beijando o acima do busto dela, exposto pela blusa decote v dela — É uma pena mesmo.
— Posso... reconsiderar? — fecha os olhos, sentindo o corpo aquecer novamente.
— Ah, não sei. Será que merece essa chance? — sobe para o pescoço dela, deixando um chupão ali.
— Trav... — geme.
— De zero a dez, qual o nível do seu cansaço para querer evitar uma noite de amassos?
— Zero! É zero. Não precisamos evitar. — respondeu com rapidez, unindo seus labios com uma urgência.
Ele se deixa cair na cama, com ela por cima dele, ficando no controle da situação.
— Estava apenas fazendo doce, Alison? — sorriu diabolicamente, apertando as nadegas da loira. — Vi a forma como você me olhava enquanto eu me vestia.
— Urgg, você com aquela cueca e os músculos expostos, estava uma tentação! — rosnou, o tesão aumentando — Mas sem eles, concerteza é ainda mais.
— Está tudo bem mesmo continuarmos? — perguntou, antes de prosseguirmos — Podemos apenas dormir, se preferir. Embora ter você perto de mim, sempre me deixe numa situação desconfortável quando não posso ter o que quero.
— Sim. — murmurou baixinho, inebriada pelo hálito quente dele contra seu rosto.
Não conseguindo manter-se, seu corpo cai sobre o dele, e os quadris se chocam.
Num movimento rapido, ele os vira, pairando sobre ela na cama.
Ela podia sentir suas intenções, ainda mais pela forma como os dedos grandes infiltravam-se pelo tecido de sua blusa.
— Será que eu deveria fazer algo com você? — testou-lhe a sanidade, apertando os seios dela sob o sutiã.
A loira entrega-se aos cenários sujos que sua mente desenhou quando o viu de toalha naquela noite. Umedece os lábios, com o novo aperto, soltando uma lufada de ar.
Mas então, ele parou com o toque, deixando-a confusa, enquanto a olhava.
— Você.... — ele sussurrou.
Antes que ela pudesse responder, ele abaixou o rosto para ficar a altura do dela. Quando o viu se aproximar, pensou que ganharia um beijo nos lábios. No entanto, Travis mudou o caminho para seu pescoço. Incitando, com beijos, uma onda de desejo avassaladora pelo corpo da ex cantora. A barba roçando e causando-lhe arrepios, fazendo escapar um gemido dela.
E como se, para tirar o resto da sanidade que restava nela, ele começa a mover os quadris contra os dela. O volume fazendo-se presente, enlouquecendo-a de vez, ao querer senti-lo dentro dela.
A mulher leva as mãos desde os músculos definidos do braço dele, até a curvatura de seu pescoço, onde ela deixa um leve arranhão, e por fim, em seus cabelos, instigando-o a vir mais perto, buscando um beijo daqueles labios macios.
O desejo parecia uma chama ardente, mas que estava apenas no inicio. O coração de Taylor errava as batidas a cada que o aperto de Travis em sua cintura a deixava mais ansiosa.
Cada carícia, a deixava inebriada no calor dos braços daquele homem.
A língua dela, explorando incansavelmente cada canto da boca dele, enquanto as unhas faziam um carinho gostoso no buzz cut. Os suspiros vindo de ambos, mas principalmente dela, era como um segredo a mais revelado. Aquele desejo, a chama que parecia atraí-los como um imã para o corpo um do outro.
— Caralho, amor... — O homem gemeu, aumentando a intensidade dos movimentos, deixando tudo ainda mais quente.
E querendo acabar com toda a tortura que as peças de roupas causavam naquele momento, ele levanta-se numa velocidade impressionante, puxando-a para ficar de pé também, para que sua mão grande encontre o cós da calça dela, abrindo habilmente o botão e o zíper, para facilitar a passagem por seus quadris. Com uma rapidez impressionate, ele a puxa para baixo, recebendo ajuda da namorada, até ela por fim estar embolada em meus pés, e eu jogá-la para longe.
O aperto em suas nadegas se repetem, dessa vez sem o atrito da roupa, deixando a pele avermelhada.
— Preciso de você, amor....
A respiração dele fica irregular a medida que ela despeja beijos curtos e outrora longos em seu maxilar, arrepiando-a com a aspereza dos pelos daquela barba perfeita.
Ele finge estar prestes a sussurrar algo para mulher, mas logo, o sentir de seus labios envolvendo os lobulos de sua orelha, a fazem gemer novamente.
Um tapa, não muito forte, ressoa na bunda de Taylor, pegando-a de surpresa, fazendo com que um suspiro entrecortado saia de seus labios, e criando mais atrito quando ela esfrega-se com uma maior intensidade nele.
Cada movimento parecia torturante demais para a loira.
— Babe, Trav.... por favor. — as pernas fraquejam, a umidade em sua calcinha deixando-a desorientada.
As unicas peças cobrindo-a era o conjunto de lingerie, que agora parecem grandes torturas. O tecido da calcinha maltratando aquele lugar sensível de Taylor.
Um novo tapa, e, os músculos vaginais da loira contraíam-se em espasmos, sinalizando que poderia ter um orgasmo apenas com isso.
Travis olhou-a. Olho no olhos. Aqueles verdes, agora encontravam-se escuros de desejo. O toque dele em seu ombro, fez com que as pernas dela cedessem, ajoelhando-se aos poucos diante dele, sem cortar o contato visual, através dos cílios.
Okay. Ela havia entendido o desejo dele. E obviamente, jamais contestaria.
As mãos direcionaram-se para o laço que ele fez no cordão de sua bermuda, e o desfazem. Os dedos seguram o cós da peça, e deslizam-a para baixo, junto de suas boxers, dando-lhe a visão desejada.
O homem chuta as roupas para o lado, ansioso para o que lhe esperava. Um passo a frente, e sua enorme, e quente ereção é envolta pela mão dela.
Começando a masturba-lo, ela analisa quais pontos o atingiam em cheio, estudando suas expressões.
Ele leva a mão a boca, contendo um gemido.
Conforme espalhava sua lubrificação pelo sexo avermelhado e comprido de seu jogador, a loira salivava, umedecendo seus labios novamente.
Abrindo a boca, ela envolve sua glande, lentamente, usando a própria saliva para uma melhor lubrificação.
Travis pega os cabelos dela, formando um rabo de cavalo, buscando maior contato, e deixando um gemido rouco escapar.
Um impulso vindo dele, a surpreende, e ela põe as mãos em suas coxas, querendo acalmar a pressa dele.
— Calma, babe. — pede, erguendo o olhar.
— Você me olhando assim.... — rosna, suando como se tivesse feito mais de três horas de exercicio sem parar.
Com toda sua atenção voltada ao sexo dele, ela volta a envolvê-lo com suas mãos, e, leva seus lábios até a base, lambendo-a de forma provocativa.
Suspiros e gemidos sem sentido saem da boca dele, as mãos apertando mais o rabo de cavalo.
A boca dela se abre, e tenta ser cuidadosa para evitar acidentes que possa ser causada pelos dentes. Com a lingua, explora a glande dele, fazendo-o arfar.
O membro de Travis pulsa, a medida que ela explora os pontos específicos que o fazem jogar a cabeça para trás.
— Porra, Taylor, porra!
Continuando a chupá-lo, ela testa seus próprios limites ao tentar levá-lo até o fim, mas falhando quando sem ter posto todo seu comprimento, ele chega a garganta.
A mão dele a leva para trás, olhares se encontrando, com os olhos azuis dela lacrimejando pela intensidade com que o levara até o fim.
Taylor faz um leve movimento, dessa vez, conhecendo seus próprios limites, usando as mãos para massagear o que restava do comprimento.
Sem machucar, ele se impulsiona, sentindo que ela o estava levando ao apice.
Os movimentos calculados avançam, a língua dela deslizando pela extensão dele, até que o excesso de saliva escorre por seu queixo, com um grunhido vindo do homem.
Sentindo que já estava bom, soltou-o de sua boca, e deixou que apenas as mãos continuassem a estimulá-lo.
As orbes verdes novamente encontraram-se, e forma como ele sorria, poderia gritar seus pensamentos.
— Venha. Fique de pé, linda. — exigiu, ajudando-a a levantar-se.
Firmando-se em seus pés, ela observa a urgência dele ao puxar a camiseta rapidamente, dando a visão de seu peitoral peludo. Do jeito que ela gosta.
Com aquele caminho que direcionava para o ponto que a fazia enlouquecer. Seu pau.
— Agora é minha vez. — disse puxando a blusa dela, sem que ela esperasse, se desfazendo dela.
— Trav!
— Eu preciso contemplar o seu corpo assim; sem nenhuma barreira. — respondeu sem paciência.
Rodeando as costas de Taylor, o homem desfez-se do sutiã da loira, jogando-o em um canto qualquer. E com destreza, direcionou os dedos nas laterais da calcinha dela, deslizando pelas pernas compridas da mulher, até que estivessem em seus pés.
Ele deu um passo para trás, e admirou-a nua, com aquele olhar predatório, e a excitação escorria pelas pernas de Taylor, mostrando que ele estava no controle, sem dúvidas.
— Pode deitar. — mandou, sem espaço para contestações. E ela prontamente obedeceu.
Ele analisou-a, com um sorriso convencido. A forma como ela tentava conter seu desejo, apertando as pernas, como que para aliviar, fez a respiração dele ficar mais audível.
Inclinando-se sobre a cama, ele agarrou os tornozelos dela, e a trouxe mais para a beirada. Gentilmente, beijou onde suas mãos grossas deixaram uma marca na pele branca, antes de afastar as pernas da namorada, e flexionar os joelhos dela, deixando-a perfeitamente exposta para ele. Sua excitação escorrendo.
Pondo-se ajoelhado no chão, um pequeno som ecoando, ele estava ali, frente ao que chamava de paraíso.
E sem cerimônias, ele lambeu o local.
Taylor remexeu-se, e ficou arrepiada quando ele deixou o nariz próximo dali, inalando o cheiro dela. Mas sem que pudesse processar, a língua de Travis deslizou no clitóris dela, e a cada vez que isso acontecia, ela se contraía pela ansiedade de ter mais e mais.
— Oh! — o gemido ficou preso em sua garganta.
— Você é uma gostosa, babe! — proferiu, enviando correntes elétricas por todo o corpo da loira. — Eu amo sentir seu gosto!
A língua de Travis movia-se com mais intensidade, fazendo com que a loira erguesse um braço, buscando apertar os tecidos finos dos lençois como tentativa de descontar tamanha intensidade. A outra mão guiou-se à cabeça de Travis, pressionando-o para onde ela queria.
A barba e o bigode pressionaram suas partes mais sensiveis, e ela se remexeu novamente. Ele segura suas coxas, mantendo-as abertas, sem pausas, devorando-a por completo, usando a língua com uma certa brutalidade que nenhum homem jamais tinha sido capaz.
Ele iria mata-la. Sentia que poderia desmaiar a qualquer momento.
— Oh... Humm... isso está perfeito, amor. — ronronou, quase suplicando.
Quando sentiu os indicios do orgasmo se aproximando em seu baixo ventre, gemeu um pouco mais alto. E bastou isso para que ele a colocasse por completo em sua boca, e chicoteasse sua lingua dentro dela, fazendo-a ver estrelas.
E então, seu corpo todo enfraqueceu, e ela se contorceu. O suor fazia sua franja grudar, sua visão embaçou, e um som manhoso surgiu juntos aos espasmos que comprimiam a vagina dela. Nas mãos dele, ela se desfez, apertando o lençol com força.
A cama balançou, e os joelhos dele apertaram suas coxas, conforme sua figura pairava sobre ela. Sua boca rapidamente buscou a da mulher, e ela provou seu próprio gosto com aquele beijo desacelerado.
Os dedos infiltraram-se entre os fios de cabelo da franja dela, e a jogaram para trás.
Um beijo foi depositado na bochecha dela, antes dele se deitar ao seu lado, deixando-a confusa.
— Hoje, você vai comandar. — puxou para cima, fazendo com que ela montasse-o. Uma perna de cada lado de sua cintura.
A rapidez com que isso aconteceu, fez o corpo dela protestar, considerando a fragilidade que se encontrava, ainda recuperando-se daquele orgasmo intenso, mas apoiou as palmas no peito dele, e encaixou bem onde ambos desejavam.
As mãos de seu namorado traçaram um caminho das coxas até a bunda, antes de espalma-las ali, com um tapinha, que a fez mexer-se sobre seu pau duro, escorregando sem nenhuma dificuldade, dada a excitação que tomava conta dela novamente.
A loira move os quadris, espalhando mais a umidade entre seus sexos, inclinando-se para beijá-lo. Ao erguer-se um pouco, ele afastou os lábios dos dela, e usou a mão para guiar seu membro até que estivesse encaixado em sua entrada.
A boca dela se abre ao sentir a cabeça do pênis dele preenche-la aos poucos.
— Você gosta assim? — questionou, parecendo a beira de um colapso.
— Está delicioso.... — mordeu os lábios.
— Perfeito. — grunhiu quando o membro entrou mais um pouquinho — Por que amo foder sua boceta deliciosamente.... apertada.
E ainda com as mãos em suas nadegas, ele instigou-a a se movimentar.
— Ohhh.... huuum, Trav....
Sentiu cada espaço seu, dominado pelo membro de Travis, até ele chegar em seu ponto mais profundo, fazendo com que ardesse, mas de um jeito que ainda assim conseguia ser bom, ela se viu perdida.
Os dedos fecharam-se no peitoral dele, cravando levemente as unhas.
Ele a dilatava por completo. Era grande.
E uma tentativa de conseguir um impulso para sentar sobre o pau dele, foi como senti-lo rasgando-a.
Travis sobe as mãos para a cintura dela, e as mantém ali. Buscando seu olhar, ele procura por qualquer sinal de que ela possa estar desconfortável. Porém, Taylor ignora a dor de estar sentindo-se quase rasgada ao meio naquele ângulo, e, toma impulso, subindo e voltando a montá-lo.
Com a primeira descida, um ardor a faz fechar os olhos, como um leve protesto, mas aquilo só a deixava com aínda mais prazer.
— Porra.... — gemeu, mas sem cessar os movimentos.
E o quarto acabou sendo tomado por gemidos obscenos partindo dos dois. Perdido e inebriados no prazer.
Cada estocada tirava o folego de Taylor, e fazia escapar de Travis alguns grunhidos e palavrões.
— Babe... — o homem suplicou, apertando os dedos na cintura dela, quando sua vagina contraiu involuntariamente em volta do membro dele — Merda, Tay!
Os olhos mantiveram-se um no outro, e seu rosto brilhava com o suor. Bochechas rosadas e a boca apertando para não gritar. Ele quebrou o contato, quando ela quase tombou para a frente.
Usando os cotovelos, ele pôs-se sentado na cama, abraçando-a, sem parar de estocá-la em nenhum momento. E enquanto ela se ajustava, procurando por uma nova posição confortável — deixando seus joelhos sobre o lençol, um de cada lado de sua cintura, montando seu membro, ele abocanhou um de seus seios fartos, que pulavam a frente do rosto dele.
A nova posição fez com que ambos pudessem gradualmente aumentar o ritmos, e a estimulação de Travis em seus seios, deixava tudo mais intenso.
O pau dele começou a pulsar dentro dela, uma queimação surgiu em seu estômago. Ele largou o seio da loira, apoiando a testa em seu ombro.
A loira abraçou-o por baixo dos braços, as mãos parando nos ombros fortes dele, também apoiando a cabeça ali. Os movimentos aumentaram, e as unhas dela cravaram-se no local, junto a uma mordida.
— Eu amo foder você, Taylor! Eu amo te comer com toda a força! — rosnou, e um novo estalo na bunda da loira a fez apertar ao redor dele.
— Babe, eu vou.....
A boca dele capturou a dela, e já não era possivel mais raciocinar. O prazer deixava tudo como uma neblina, e ela sentia-se próxima de gozar. Desnorteada. As estocadas atingiam pontos que a deixavam louca, gemendo contra sua boca.
— Vem comigo, amor!
A voz rouca foi suficiente para Taylor se desfazer ali. As palpebras pesaram, incapazes de manterem-se aberta. Os quadris dele contraíam-se, ejaculando dentro dela, enquanto ela o apertava cada vez mais.
As pernas doloridas foram acariciadas, enquanto ele a ajudava a se ajustar na cama, tapando-os com o lençol.
Respirações aínda descompassadas, o peito de ambos ardendo, compreendendo que haviam se amado como dois animais naquela noite.
— Me abraça.... — pediu manhosa, puxando os braços dele ao redor de sua cintura.
— Huuumm... — inalou a nuca dela, depositando um beijo que a arrepiou — Gosto do seu cheirinho pós sexo. — brincou, virando-a de frente para ele. — E você, pelo jeito, gosta de ficar abraçadinha pós sexo.
— É, talvez eu goste. — deu de ombros, fingindo indiferença. — Mas eu acho que ainda preciso daquele banho.
— Talvez eu deva acompanhá-la. — sorriu, sugestivamente. — Só para ajudá-la. Você não parece estar em muitas condições de andar sozinha.
— Eu estou ótima! — afirmou batendo no ombro dele.
Era mentira. Seu corpo inteiro estava dolorido, e ela tinha certeza que se colocasse os pés no chão, cairia.
Os dois riram juntos. Ele sabia que estavam fodidos — literalmente. Mas não trocaria aquela noite por nada.
O silêncio se fez entre os dois, e ele acariciou-lhe o rosto com o dorso da mão.
— Babe?
— Huh? — a loira murmurou, fechando os olhos para sentir o carinho dele.
— Eu te amo. — declarou, vendo-a abrir os olhos imediatamente — Da Lua até Saturno.
As palavras ficaram presas. Quer dizer... era a primeira vez que essas palavras saíam exatamente como deveriam saír, da boca dele. E ela sabia que era espontâneo.
No entanto, ao mesmo tempo que ela sentia que tinha que retribuir, ela também não queria que ele achasse que ela estava falando só por que ele falou.
Não, Taylor! Chega de pensar demais! Você o ama, caso contrário não estaria aqui agora. Fale!
— Eu te amo também, Travis Kelce. — sorriu largo ao terminar de proferir. E presenciou os vincos abaixo dos olhos dele desenharem-se com um sorriso — Da Lua até Saturno.
Ele a puxou mais para, suas respirações bem próximas.
— Eu amo você. — repetiu, e lhe deu um beijo.
— Eu amo você. — respondeu, fazendo um bico para outro beijo.
— Eu amo mais. — Travis continuou, com um outro selinho.
— Tenho certeza de que amo mais.
— U-hum, convencida. — riu, lhe dando mais um beijo. — Não vou discutir porque, é claro que eu te amo muito mais. Até porque, você nem quis me ver quando eu quis te entregar a pulseira.
— Você nunca vai esquecer isso, vai?
— Nop! Posso usar de argumento para tudo.
Ela riu.
— Tay, posso perguntar uma coisa?
Ela assentiu, hipnotizada com os olhos dele, pondo a mão embaixo do travesseiro, ficando mais confortável.
— Por que seu pai disse que eu precisava cuidar bem de você?
Ela fechou os olhos por um instante. Não queria mentir para ele, mas também não sabia como começar a falar sobre aquilo. O TA. As cobranças que fazia a si mesma desde criança. Tudo isso a deixava vulnerável.
Não é como se Travis já não imaginasse isso a cada vez que a ouvia vomitar após uma refeição. Ele não era burro, claro que sabia. Mas a confirmação? Não tinha.
— Ouviu minha conversa? — levantou uma sobrancelha.
— Só... um pouco. — admite, virando-se de barriga para cima, encarando o teto. — Eu não queria! — se defende quando ela levanta a cabeça, com uma expressão não muito feliz — Foi sem querer, eu juro. Vim me vestir e então os ouvi conversando. Eu ia sair, mas quando ele disse que eu precisava cuidar de você, me detive. Não por mera curiosidade. Mas eu senti que, se ele estava falando aquilo, então eu tinha que ouvir até o fim, para saber porque exatamente ele quer que você seja tão bem cuidada.
Ela solta um suspiro aborrecido, jogando-se ao travesseiro de novo, revirando os olhos.
— Porque eu sou a garotinha dele, né? — ela tentou brincar, desviando. — Ele só quer garantir que estou sendo bem cuidada.
Travis sorriu, mas não parecia totalmente convencido. Ele sabia que ela tinha seus demônios. Mas, droga, ela nunca compartilhava todos eles. E ele não a queria sofrendo sozinha.
— Sei que você é a garotinha dele, mas... tem mais alguma coisa, não tem? — ele perguntou suavemente, olhando-a nos olhos.
Taylor respirou fundo, sabendo que não poderia mais evitar. Era hora de contar a verdade, mesmo que isso a deixasse exposta.
A conversa com seu pai, embora boa, havia deixado uma inconveniência. E por mais que ela quisesse xingar o namorado por ter ouvido suas conversas, ela sabia que toda a intenção dele era ajudar.
— Ele fica preocupado. Não só ele, mas a minha mãe também. — começou, virando-se também de barriga pra cima — Já ouviu falar da 1989 Tour? — ela vê de soslaio quando ele assente — Então sabe o que aconteceu. Sobre o TA.
— Você vai chegar onde eu temia. — lamentou.
— Eu sei. E eu odeio isso. — disse encarando o teto — Foi difícil. Eu ficava horas sem comer. Eu subia no palco, de barriga vazia. E até mesmo levei um tombo por causa de uma tontura, dado a minha negligência com a minha própria saúde. — explicou, inspirando profundamente, antes de soltar o ar — Estava "curada", depois que procurei ajuda. Mas ser famosa não é tão simples, e constantemente esses sentimentos de autocríticas retornam.
— E... Por que? Por que têm forçado o vômito? Qual a questão por trás disso? Me refiro aos dias em que está aqui em casa. — questionou, frustrado — Foi eu quem fiz algum comentário idiota? Ou Thomas com toda a inocência dele falando sem pensar? Me diz.
— Não. — nega. — Trav, você não vê as redes sociais. Mas eu vejo. As críticas estão lá! — bufou — "Taylor Swift está grávida"? — relembrou, com todo rancor possível — Por causa de um pequeno inchaço!? Qual o problema dessas pessoas? Elas não sabem que inchamos um pouco no período menstrual? Ou será que só a mim que eles veem como "a mulher que não perde tempo para fisgar qualquer homem"?
— Amor, sério? — sentou-se, surpreso, olhando-a — Tay, eu não sabia. Sinto... sinto muito por não ter tentado entender melhor seus sentimentos. Eu não queria que você fosse vista assim por minha causa, eu—
— Não é sua culpa. — interrompeu, sentando também — Trav, é culpa deles. A mídia. As pessoas. E... minha. — abaixou a cabeça — Por me deixar levar pelos comentários deles.
— E se.... não me leve a mal, nem interprete isso como insensível, por favor — antecipou, para evitar ser mal interpretado — E se você, sei lá, pudesse buscar ajuda novamente? Uma psicóloga, um nutricionista. — sugeriu cauteloso. — Você sabe, pode ser bom. Não só para o TA, mas também pela perda que você teve do bebê.
— Eu sei, essa é a ideia mais plausível, mas.... eu não sei. — joga a cabeça para trás — Tudo é tão complicado.
— Ah, Tay, você é tão perfeita. Não consigo ver defeitos em você, exceto por esse em que você distorce a forma como se vê.
— Sempre fui muito exigente comigo mesma, Trav. — confessou — Quando eu era mais nova... eu costumava me punir, se fizesse algo errado. E isso não foi algo que simplesmente desapareceu. Eu... eu fui muito dura comigo mesma por muito tempo. Se eu cometesse um erro, mesmo pequeno, eu me castigava. E isso, de alguma forma, se refletiu na adulta que sou agora. Se eu vejo alguém falando que há algo errado com meu corpo, então sinto que ele precisa ser "castigado" para aprender a ser melhor e estar ao agrado de todos.
— Caramba, eu.... Não imaginei que tivesse passado por tanta coisas.
— Ah, esquece isso. — vira-se de lado, e acaricia a barba dele — É melhor irmos tomar banho e ir dormir, huh? Estou cansadissima.
— Vamos ficar abraçadinhos só mais um pouco. — pediu com a voz carinhosa, apertando-a em um abraço, fazendo com que ela sentasse em seu colo, mas dessa vez de forma menos provocante.
— Você até que é bem dengoso para um homem de quase dois metros!
— Eu só estou querendo um pouco mais de atenção da minha Lady. — disse fazendo-a rir. — Meu sogro tem que confiar que estou cuidando bem dela. Que quando ela fica doente, eu dou... ótimos chás. — sorriu com uma expressão maliciosa.
— Bobo! — gargalhou. — Ele vai gostar de você. Desde que não vá com uma camiseta dos Chiefs ou qualquer coisa que tenha tons vermelhos.
— Claro, não vou perder pontos com ele. Mesmo acreditando que, se eu quisesse, iria convertê-lo em questão de minutos.
— Nunca. — negou.
— Quer apostar? — franziu a testa, desafiador.
— De que tipo de aposta estamos falando? — ela perguntou, inclinando-se mais perto, a curiosidade brilhando em seus olhos.
— Que tal isso: se eu conseguir convencê-lo, você se muda para o Kansas de vez. — ele inquere, a confiança transparecendo em sua voz.
Taylor hesitou, surpresa com a ousadia.
— E se eu ganhar? — ela questiona, um sorriso malicioso se formando.
— Aí eu faço algo por você — respondeu ele, piscando.
— Hmm... se eu ganhar, você passa uma noite inteira a meu comando. — A provocação em sua voz era clara. — E eu escolho tudo, desde a roupa que você vai usar até o que vamos fazer.
Travis riu, seu olhar alternando entre diversão e apreensão.
— E o que exatamente você tem em mente? — pergunta intrigado, a curiosidade despertando sua atenção.
— Ah, vou deixar isso em aberto. Pode ser algo que vai te deixar sem jeito, ou talvez algo mais... íntimo. Mas você certamente sofreria. — ela sorriu, a sugestão implícita no ar.
— Isso é arriscado, você sabe, não? — respondeu, uma mistura de desafio e excitação.
— Arriscado, mas muito divertido. — Ela completou, estendendo a mão para selar o acordo.
Taylor observou Travis com um misto de diversão e incredulidade. A confiança que emanava dele era palpável, como se ele realmente acreditasse que poderia convencer seu pai a trocar o amor pelos Eagles pelo brilho dos Chiefs. Ela sabia que seu pai, um devoto inabalável, não cederia facilmente, mas a determinação de Travis em fazê-la se mudar para o Kansas tornava tudo mais intrigante.
Enquanto isso, Travis estava imerso em sua própria convicção. Para ele, a ideia de conquistar não apenas a afeição de Taylor, mas também a aceitação de seu pai, era uma missão digna. Ele via em cada desafio uma oportunidade, e o desejo de ver Taylor ao seu lado o impulsionava a acreditar que, com o tempo, poderia até mesmo transformar a lealdade do sogro. A ideia de que, com um pouco de charme e uma abordagem estratégica, poderia conquistar seu lugar no coração da família de Taylor parecia não apenas possível, mas inevitável. Ambos estavam prontos para se lançar nessa empreitada, cada um com sua convicção, unindo-se em um jogo que prometia desenrolar novas dinâmicas em suas vidas.
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