Capítulo 21 - This is our place, we make the rules
TRAVIS KELCE POINT OF VIEW
Kansas City, Missouri
"TAYLOR SWIFT E TRAVIS KELCE TÊM ENCONTRO DUPLO COM RYAN REYNOLDS E BLAKE LIVELY"
Por TMZ
"Taylor Swift e Travis Kelce saíram para passar uma noite na cidade de Nova York, mas não fizeram isso sozinhos... eles tinham Ryan Reynolds e Blake Lively logo atrás deles. Os dois casais famosos tiveram um encontro duplo na noite de sexta-feira (25) no SoHo, aparecendo no restaurante The Corner Store, conhecido por sua salada César e rolinhos de lagosta e caviar.
Ao que tudo indica, o ex-jogador voou para Nova York para fazer companhia à namorada, após o incidente frente a mansão da loira."
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Veja fotos do casal
Nós estávamos de volta ao Kansas, e agora, precisavamos voltar à rotina de Thomas com a escola. Faltar muito, não era exatamente algo que eu incentivava, mas fora por um bom motivo.
No momento, nos encontravamos rodeados de pacotes de presentes, e um menininho saltitante, enquanto pensava qual iria abrir primeiro.
Minha reação era puro choque, sem acreditar que a minha loira havia realmente comprado tantos brinquedos para um menino de sete anos. Ela realmente levou ao pé da letra o pedido dele, e fez questão de esconder de mim até estarmos aqui, onde eu não poderia mais contestá-la.
— Hum, eu acho que este é o melhor, meu amor. — Taylor apontou, para o pacote maior, e numa espessura quadrada.
Os olhos de Thomas se iluminaram. O garotinho agarrou o pacote, e começou a abrí-lo, sem nenhum cuidado.
— Você comprou! Um pebolim! — ele exclamou, impressionado, enquanto passava os dedinhos pequenos pelo brinquedo. — Olha pai! A mamãe me deu um pebolim!
Era um totó pebolim, daqueles que não ocupa muito espaço – não que este fosse o problema.
Suficiente para que Thomas se divertisse com seus amigos.
— É, parece que sim, campeão. — afaguei seus cabelos, antes de sussurrar para a mulher: — Só me diga que não tem uma cama elástica ali no meio, nem nada que ocupe todo espaço do quarto dele, porque provavelmente ele vai querer tudo lá.
— Não têm cama elástica, meu ursão. — cutucou-me, com um sorriso travesso. — Mas posso tentar, da próxima vez.
— Você me deixa preocupado. — com o indicador, afastei os fios loiros do seu rosto, e segurei-o, me aproximando para deixar um beijo em sua testa. — Mas não tem como não te amar, quando você faz de tudo pra agradar nosso filho.
Voltamos a admira-lo. Ambos sentados no sofá da enorme sala, minha mão pousando na coxa dela, enquanto seu braço estava entrelaçado ao meu.
Tom parecia indeciso sobre qual presente abrir depois do pebolim, e, na minha cabeça, eu imaginava que ele fazia contas que pareciam não bater. Eu tinha certeza de que ela tinha adicionado mais coisas ao pedido dele. E acho que ele também percebeu.
Eu observava Tom enquanto ele analisava os pacotes restantes, um sorriso infantil que parecia iluminar a sala inteira. A energia dele era contagiante, e eu não podia evitar sentir aquele calor no peito ao vê-lo tão feliz. Ele era meu mundo, e vê-lo assim me lembrava do motivo pelo qual todas as decisões difíceis que eu tomava valiam a pena.
Ao meu lado, Taylor parecia igualmente encantada, os olhos azuis brilhando com um toque de satisfação, acompanhando cada passo do menino. Era impressionante como ela conseguia se envolver tão profundamente em tudo, especialmente quando se tratava de Tom. Desde que ela entrou em nossas vidas, parecia determinada a conquistar cada pedacinho do coração do meu filho, e, francamente, já tinha conseguido. Ele não a chamava de "mamãe" por acaso. Essa palavra tinha peso para nós dois, mas ela a carregava como se fosse algo natural, algo que lhe pertencia.
— Parece que ele tá fazendo as contas na cabeça, sabia? — ela murmurou para mim, o canto da boca puxado em um sorriso bobo.
— Ele deve ter puxado isso de você. — brinquei, apertando levemente sua coxa. De certa forma, era divertido acreditar na ideia de que ele viera de nós dois. Ela é mãe dele. — Sempre calculando tudo, menos o valor final.
— Ei! — me deu um leve empurrão com o ombro, mas não conseguiu esconder o riso.
— Papai, posso abrir esse aqui agora? — Tom ergueu uma caixa média com um papel colorido cheio de dinossauros. Era impossível dizer não para aquele olhar.
— Claro, campeão, vai em frente.
Enquanto ele rasgava o papel com a mesma energia de antes, eu me inclinei apenas para sussurrar no ouvido de Taylor:
— Sério, loira, você gastou uma fortuna, não foi?
A mulher apenas ergueu uma sobrancelha, fingindo inocência.
— Não tem preço ver esse sorriso, amor da minha vida. E, além disso, ele merece. Você sabe disso.
Era difícil discutir. Ele já me questionara sobre quem é sua mãe e o que aconteceu. Mas eu nunca respondi — Pelo menos não com toda a verdade.
E eu sabia que Tom tinha um vazio por causa disso. Mesmo que fosse complexo demais para ele compreender agora.
Mas Taylor parecia entender isso como ninguém. Não havia competição para ter um lugar na vida de Thomas, apenas uma parceria em tornar a vida dele tão plena quanto possível. Mas ainda assim, eu precisava manter algum controle... ou pelo menos tentar.
— Olha! É um caminhão de bombeiros! — o menino gritou, segurando o brinquedo acima da cabeça como se fosse um troféu.
Taylor bateu palmas e riu, genuinamente animada como se fosse ela quem tivesse sete anos. Ela tinha um jeito com crianças que eu não entendia completamente — embora ela dissesse que eu não passava muito diferente dela, pois eu também tenho "um jeito infantil quando estou brincando com Tom" — mas admirava profundamente. Era como se ela entrasse no mundo delas com facilidade, sem esforço.
Eu sabia que todo esse jeito dela de se divertir com as crianças, não acontecia apenas com meu filho.
Não. Nesses dias em Nova York, saímos com seus melhores amigos, Blake Lively e Ryan Reynolds — quase fiquei de queixo caído ao ficar frente a frente com o Deadpool. E Thomas também, é claro.
Naquele dia, eu percebi o instinto materno que ela têm, esse amor que ninguém consegue explicar. A forma como ela lidava com James, Betty, Inez e Olin, me deixava impressionado.
E tudo que eu podia pensar, era em quando teríamos um fruto do nosso amor. Mesmo sabendo que, Tom, de certa forma, é nosso.
— Vai querer testar esse agora? — perguntei, mas o pequeno já estava ocupado tirando o brinquedo da embalagem.
Taylor inclinou-se para pegar o celular, para tirar uma foto. Eu aproveitei o momento para estudá-la, o jeito que seu cabelo loiro caía sobre o ombro, o sorriso suave que nunca parecia desaparecer completamente. Era quase surreal pensar em como nossa vida tinha mudado tão drasticamente nos últimos meses.
— O que foi? — ela me pegou olhando e deitou a cabeça, curiosa.
— Nada. — respondi, sorrindo de lado. — Só pensando no quanto eu sou sortudo.
A ex-cantora revirou os olhos, mas o rubor em suas bochechas entregaram seu momento de timidez.
— Você é brega, sabia?
— E você gosta disso.
Tom, agora completamente absorto em seus brinquedos, começou a fazer barulhos de sirene enquanto empurrava o caminhão pelo tapete. Taylor se ajeitou no sofá, apoiando a cabeça no meu ombro, e ficamos ali, em silêncio por alguns minutos, apenas assistindo nosso garoto.
Era uma daquelas cenas simples, que poderiam facilmente passar despercebidas, mas, para mim, era tudo. Era a prova de que, apesar de todos os desafios, estávamos construindo algo bom, algo sólido. Taylor, com sua presença vibrante, trouxe uma nova luz para nossas vidas, e Tom parecia mais feliz do que nunca.
Ele abriu todos os presentes que a minha namorada trouxera — tanto os que ele pediu, quanto alguns que ela quem decidiu que compraria; como uma mini mesa de Aero Hockey.
No entanto, enquanto o admiravamos, minha ansiedade começou a afetar-me. Queria mostrar o meu presente para ela, e, ao que tudo indicava, Tom permaneceria muito tempo ali, imerso em seus brinquedos, se eu não interrompesse.
Erguendo-me do sofá, percebi a confusão no rosto de Taylor, com a falta do meu ombro para seu apoio. Então, pigarreei e disse:
— Um momentinho aí, campeão. — pedi, pegando-o no colo. Ele manteve seu caminhão de bombeiros embaixo do braço. — É a nossa vez.
— Vez de que? — a mulher arqueou a sobrancelha, intrigada.
— Temos algo para você, minha linda. — expliquei. Thomas logo estendeu a mão livre na direção dela, para que ela segurasse. — Vem com a gente.
— O que vocês dois aprontaram, hein? — desconfiada, ela levantou-se devagar, olhando para a mão de nosso filho. — Isso está meio suspeito.
— Vem, mamãe! — ele chamou, entusiasmado, remexendo-se.
— Impossível resistir. — a loira disse rindo. — Essa sua mãozinha parece um pãozinho!
Taylor fingiu uma hesitação, antes de segurar a mão dele, e puxa-la até seus lábios, deixando vários beijinhos ali, e fazendo sons de mordidinhas. O menino caiu na gargalhada, tentando afastar a mão, e ela, claro, ria junto.
— Vamos lá. — finalmente concordou, dando uma pausa para ambos. Eles acalmaram-se, cessando as risadas. A mão dela prendeu-se a dele, firmemente. — Me mostrem o que vocês aprontaram. Espero não ter que chamar um advogado.
Eu ri, negando com a cabeça, enquanto os guiava até a pequena sala que tinhamos preparado.
A sala em questão era um espaço que, até pouco tempo atrás, não servia para muita coisa. Apenas quatro paredes brancas e vazias. Mas agora, ao empurrar a porta e revelar o que havia ali, eu senti um orgulho enorme tomando conta de mim.
Bem no centro, iluminado pela luz natural que vinha da janela, estava um piano preto. A superfície brilhava como um espelho, e o banco de madeira combinava perfeitamente.
Agora as paredes estavam pintadas em um tom fraco de roxo — uma cor que eu sabia que ela gostava.
Haviam algumas decorações, como quadros de sua última e mais recente turnê, e alguns equipamentos — caso ela quisesse gravar algo.
Taylor ficou parada na porta, as mãos cobrindo a boca, como se precisasse de um momento para processar o que estava vendo.
Vi seus olhos inundarem com lágrimas, e um sorriso enorme surgir.
Eu amo tanto vê-la feliz.
— Travis.... — a voz dela saiu baixa, talvez porque sua mão abafasse um pouco.
Larguei Thomas no chão, que foi direto para o banquinho do piano, fuxicando algumas teclas. Os sons eram irritantes aos ouvidos alheios, mas Taylor e eu não nos importavamos. Pelo menos não nesse momento.
— Eu queria que você se sentisse em casa, amor.
— Você.... nossa! — ela olhou para o instrumento, e depois para mim, soltando uma risada nasal. — Você não existe! Sério, querido, não precisava disso.
— É claro que precisava, minha rainha. — afirmei, segurando seu rosto com ambas as mãos. — Eu amo ver esse brilho nos seus olhos. — beijei suas palpebras no momento em que ela os fechou, apenas para deixar algumas lagrimas rolar. — Eu amo ver o seu sorriso. E amo ser o motivo deles. Sei que a decisão de voltar para os palcos ou não, é toda sua, mas independente de qual seja, eu vou estar aqui. E... essa casa já é sua. Essa sala é toda sua. Pode escrever músicas aqui, cantar, passar um tempo a sós se necessário.
— Tendo vocês comigo, eu nunca vou querer passar um tempo a sós. — ironizou, rodeando minha cintura, puxando-me para um abraço. — Eu te amo, tanto. — sussurrou, afundando o rosto em meu peito. — Obrigado. Por tudo.
Acariciei seus fios loiros, tocado pelo momento. E eu tenho certeza de que ela sabe como me sinto agora. Sei que ela ouve as batidas do meu coração, e percebe o quanto cada parte de mim mostra que a ama, sem palavras.
— Eu também te amo. — beijei seu couro cabeludo. — Muito mesmo.
Ela afastou-se devagar, e ambos verificamos quão distraído nosso menino estava.
Distraído o suficiente.
Rapidamente, selamos nossos lábios em um selinho demorado.
— Eu... — ela olhou novamente para o piano, e me deu outro abraço, fazendo um som como se quisesse me esmagar o máximo possivel. — Nem tenho palavras para descrever o quanto eu amei esse presente.
A loira soltou-me, e ficou me olhando por alguns segundos, antes de dar um passo hesitante em direção ao piano, como se estivesse com medo de quebrar o momento. Suas mãos deslizaram pela superfície lisa, os dedos longos e delicados traçando as curvas do instrumento. Quando ela finalmente se sentou ao lado de Thomas, ele olhou para ela com uma expressão animada.
— Vai tocar alguma coisa, mamãe? — perguntou com uma curiosidade inocente, ainda pressionando algumas teclas aleatórias.
Taylor olhou para ele e depois para mim, como se estivesse pedindo permissão — o que era engraçado, considerando que aquilo era para ela.
Eu assenti. Não porque ela devesse esperar minha autorização, mas sim para dar a confiança de que aquilo era dela, e só ela poderia decidir quando ou não usar.
— Claro, campeão, mas só se você me ajudar. — respondeu, enxugando rapidamente os olhos.
— Como? — Thomas deitou a cabeça, intrigado. Um sorriso banguela me fez rir levemente.
Na semana passada havia caído o dente de leite da frente dele, o deixando com uma janelinha.
Para mim, foi como um choque — quero dizer, meu filho está crescendo. E esse já era seu segundo dente à cair. — Eu quase chorei, mas me contive.
Já Taylor, bem, ela não quase chorou, como eu, mas ficou toda bobinha com isso, ensinando-o a guardar debaixo do travesseiro para que a fada do dente trouxesse dinheiro para ele, e entretendo-o, ao perguntar com o que ele gastaria esse dinheiro.
— Vou tocar uma música e, no final, você me diz se aínda estou boa nisso. — ela brincou, bagunçando os cabelos dele.
Ele acenou com entusiasmo, e Taylor começou a tocar uma melodia. Pensei que reconheceria de imediato qualquer canção dela, mas ao que parece, aínda não tenho a honra de me dizer um swiftie.
Suas mãos dançavam pelas teclas com uma graça que parecia natural, e a música preenchia o ambiente com uma emoção palpável. Thomas, ao lado dela, ouvia atentamente, hipnotizado.
This happens once every few lifetimes
These chemicals hit me like white wine
What if I told you I'm back?
The hospital was a drag
Worst sleep that I ever had
I circled you on a map
I haven't come around in so long
But I'm coming back so strong
So when I touch down
Call the amateurs and
Cut 'em from the team
Ditch the clowns, get the crown
Baby I'm the one to beat
Cause the sign on your heart
Said it's still reserved for me
Honestly, who are we to fight the alchemy?
Meus olhos se arregalaram em surpresa. Não era qualquer música. Eu não poderia conhecê-la, porque isso é nitidamente algo novo.
Os trocadilhos, a forma como ela cantava de forma apaixonada. E o sorriso que me deu, assim que disse "touchdown".
Eu cruzei os braços, encostado-me na mesa do computador — que eu colocara para caso fosse necessário para ela, e me mantive apenas observando. Não era só a música; era a forma como ela interagia com meu filho, a forma como ela expressava seu amor por mik, através da coisa que ela mais ama fazer. Era sobre como ela transformava um momento simples em algo mágico. Para mim, isso era amor — na sua forma mais pura e bela.
Aquela música era para mim. Era sobre nós. E foi só nesse momento, que eu percebi que, não poderia esperar mais. Eu quero tê-la comigo para sempre. Não quero ser como um desses babacas que a tinha, e deixou-a escapar.
Hey you, what if I told you we're cool?
That child's play back in school
Is forgiven under my rule
I haven't come around in so long
But I'm making a comeback to where I belong ...
So when I touch down
Call the amateurs and
Cut 'em from the team
Ditch the clowns, get the crown
Baby I'm the one to beat
Cause the sign on your heart
Said it's still reserved for me
Honestly, who are we to fight the alchemy?
These blokes warm the benches
We been on a winning streak
He jokes that it's heroin but this time with an "E"
Cause the sign on your heart said it's still reserved for me
Honestly, who are we to fight the alchemy?
Shirts off, and your friends lift you up over their heads
Beer sticking to the floor
Cheers chanted, cause they said
There was no chance, trying to be
The greatest in the league
Where's the trophy?
He just comes running over to me
Eu ri, ao lembrar-me do dia em que ela mencionou sobre sermos seus troféus. Eu amo essa mulher. Tanto, que às vezes sinto que meu peito pode se rasgar por transbordar amor.
Ouvi-a continuar:
Touch down
Call the amateurs and
Cut 'em from the team
Ditch the clowns, get the crown
Baby I'm the one to beat
Cause the sign on your heart
Said it's still reserved for me
Honestly, who are we to fight the alchemy?
These blokes warm the benches
We been on a winning streak
He jokes that it's heroin but this time with an "E"
Cause the sign on your heart said it's still reserved for me
Honestly, who are we to fight the alchemy?
This happens once every few lifetimes
These chemicals hit me like white wine
Quando ela terminou, Thomas aplaudiu animadamente, e eu fiz o mesmo, apesar de estar em completo choque, sorrindo feito um idiota, sem acreditar no que ouvi.
Meu sorriso se estendia de orelha a orelha, enquanto eu balançava a cabeça, meio bobo, aínda sem saber o que dizer.
— Foi lindo, minha rainha. — elogiei, enxugando os pequenos rastros de água embaixo dos meus olhos, com o dorso da mão.— Acho que esse piano encontrou a dona certa. Não acredito que fez uma música... sobre nós.
Taylor riu, colocando Thomas no colo e envolvendo-o em um abraço apertado.
O garoto fez um som exagerado, fingindo estar sendo esmagado, o que só a incentivou a apertá-lo ainda mais.
— Eu é que não acredito, amor. Olha isso... — apontou para o piano, rindo impressionada. — Você não existe, Travis. — levantou a cabeça, olhando para mim com uma expressão cheia de gratidão. — Não acredito que você fez isso por mim.
— Eu faria isso mil vezes. — respondi, sentando-me no espaço do banco ao lado dela e passando a mão pelos cabelos dourados e ondulados. — Vocês dois são meu mundo, Tay. E eu só quero que você se sinta parte de tudo isso. Sempre.
Ela piscou algumas vezes, provavelmente tentando conter mais lágrimas, e então puxou-me um pouco mais pra baixo, para beijar minha testa.
— Eu já me sinto em casa. Com você e com ele. — sussurrou, estendendo a mão para fazer um carinho em minha bochecha. — Vocês são o meu lar.
— Você aínda não viu todos os presentes. — apontei para as duas caixinhas sobre a ponta do piano.
Ela virou-se, e, com uma certa dificuldade — por causa de Thomas em seu colo —, tentou pegá-las.
Me prontifiquei em fazer isso por ela, e as pus na sua frente.
Ela abriu a primeira caixinha, a azul — talvez já tivesse intuído que aquele presente fosse especialmente de Thomas. Assim que levantou a tampa, seus olhos se arregalaram, brilhando como um céu estrelado.
Dentro, repousava um colar delicado de prata em forma de envelope. Ela o pegou com cuidado, percebendo que ele podia ser aberto.
— Ele abre! — Thomas explicou, com a empolgação de quem acabara de revelar o segredo do século, enquanto descia de seu colo, apenas para ver com mais claresa sua reação.
Taylor abriu o pequeno envelope com dedos cuidadosos, encontrando dois "papéis" minúsculos de prata dentro. Ela pegou o primeiro e leu em voz alta, com um sorriso que mal cabia no rosto:
— "𝓟𝓪𝓻𝓪 𝓶𝓲𝓷𝓱𝓪 𝓶𝓪𝓶𝓪𝓮."
Os olhos dela já estavam marejados quando pegou o segundo. A voz quebrou levemente enquanto lia:
— "𝓔𝓾 𝓽𝓮 𝓪𝓶𝓸 𝓶𝓾𝓲𝓽𝓸. — 𝓣𝓱𝓸𝓶𝓪𝓼."
Ela não conseguiu segurar as lágrimas.
— Meu amor... — murmurou, puxando-o para um abraço apertado. — Você é o garotinho mais incrível do mundo. Esse é o presente mais lindo que eu já ganhei.
Ele parecia completamente satisfeito, enquanto ela guardava os "papéis" de volta, dentro do pingente do colar.
— Você vai usar, mamãe?
— Agora mesmo! — disse, rindo em meio às lágrimas.
Ela olhou para mim, pedindo ajuda silenciosa. Sorri, peguei o colar e prendi-o delicadamente em seu pescoço.
— Ficou perfeito. — comentei, enquanto ela segurava o pingente com carinho.
— É maravilhoso, Tom. Obrigada, meu campeão.
Depois de beijar a testa dele, ela finalmente voltou os olhos para mim.
— E agora? — perguntou, segurando a caixinha vermelha com cautela, como se fosse algum tipo de artefato precioso.
— Agora é a minha vez de te emocionar. — brinquei, piscando.
Ela abriu o estojo e encontrou dois anéis de prata, simples, mas com detalhes entalhados que pareciam se encaixar como um par.
— Travis... — ela murmurou, seus dedos deslizando sobre os anéis.
Eu me inclinei, tomando um dos anéis e segurando sua mão.
— Eu sei o que você está pensando: "Demorou, hein, Travis?".
Ela riu, balançando a cabeça.
— Eu não estava pensando isso!
— Bom, eu ouvi hoje mesmo que eu sou imprevisível. — retruquei, arqueando a sobrancelha.
Ela revirou os olhos, e contraiu os lábios.
— Tay, eu sei que você já sabe como me sinto por você. Mas achei que era hora de te dar algo que mostre isso todos os dias. Esse anel é só um símbolo. Um símbolo do quanto eu sou seu e do quanto quero que você seja minha, todos os dias, pelo resto da nossa vida.
Fiz uma breve pausa. Pensei que tivesse ensaiado o suficiente para um "pedido de namoro" à altura dela, mas acho que me enganei.
No entanto, deixei que meus sentimentos me guiassem a mostrar tudo que sinto por ela, e continuei:
— Esses anéis não são para casamento. Ainda. — dei uma piscadela. — Embora eu quisse muito que fossem. — ela riu levemente. — Mas você está certa. Nós não precisamos apressar nada. Eu não quero pular etapas, se cada uma delas são importantes pra você. Eles são um compromisso. Quero que a gente use esses anéis como símbolo do que temos. Do quanto você é importante pra mim, do quanto eu sou seu e do quanto... bom, vou admitir: estou um pouco possessivo aqui. Quero que o mundo saiba.
Coloquei o anel no dedo dela enquanto ela me olhava, completamente encantada.
— Ele é lindo. E você também é. — sussurrou, e depois completou com uma risada: — Mas isso não significa que você esteja perdoado por ter demorado tanto!
— É, acho que mereço isso. — respondi, rindo.
Ela riu alto, girando o anel no dedo, para admirar os detalhes. Depois, pegou o segundo anel da caixinha, e segurou minha mão.
— Bom, já que você é meu também, é justo que use um.
Ela deslizou o anel no meu dedo, e me senti como se tivesse acabado de ganhar um prêmio.
— Ficou perfeito. — falei, exibindo a mão.
— Ficou mesmo. — respondeu.
Ela puxou meu rosto para um beijo lento e cheio de carinho. Isso até nos lembrarmos que tem criança no recinto, e nosso momento ser interrompido.
— De novo? — Thomas indagou, meio aborrecido. Afastamos nossos lábios, e viramos o rosto para nossa criança, que estava com as duas mãos na cintura, e uma expressão "brava". — Vocês precisam fazer isso o tempo todo?
Taylor se virou para ele, fingindo indignação.
— Preciso, sim! É o que mães felizes fazem.
E enquanto Thomas fazia cara de nojo e nós caíamos na gargalhada, eu soube, mais uma vez, que não precisava de mais nada.
[●●●]
— Aínda não acredito que fez aquela música sobre mim.
Gritei do banheiro, o som saindo abafado por causa da espuma da pasta de dentes.
— Você já deveria ter imaginado. — respondeu de forma casual. — Eu disse que tinha uma surpresa.
Cuspi a espuma na pia, e lavei a boca, secando-a em seguida.
— Eu pensei que a surpresa fosse sua ideia de voltar para os palcos. — rebati, saindo do banheiro. — Não me passou pela cabeça que você escreveria uma música sobre mim. Me sinto honrado.
— Eu escreveria várias. — puxou o lençol, pronta para se acomodar na cama. — Posso ter feito alguma outra.
Franzi a testa, pondo as mãos na cintura, enquanto a observava se deitar. O babydoll azul subiu um pouco, deixando suas coxas a mostra e eu mordi os lábios.
— Então você tem mais musicas? O que eu fiz para merecer todo esse amor? — questionei, e ela bateu no lado vazio da cama, para que eu fosse.
— Eu pensei que você já soubesse que eu sou meio que obcecada por você, amor. — Taylor disse, com um sorriso malicioso nos lábios enquanto se aconchegava nos travesseiros. — E, sim, essa foi a surpresa. Eu não consigo pensar em nada melhor para homenagear você do que uma música. E não, não é a única. Tenho alguma outra na manga.
Assenti, percebendo que ela estava realmente empolgada com isso.
— É mesmo? Por que eu aínda não ouvi?
— Você vai saber logo. — piscou um olho, acompanhando meus passos. — Tem mais uma sim. Mas eu não podia cantá-la com Tom por perto.
— O que você escreveu? — soltei uma risada, trazendo-a para meu peito. Ela riu também. — Coisas sujas?
— Eu não faço essas coisas. — se defendeu, e uma risada a acompanhou novamente. — Foi questão de nos proteger de um bombardeio de perguntas de um garotinho esperto.
— Sei. — apertei-a contra mim. — Mas e então? Amanhã é o grande dia, hein!? Conhecer o famoso Scott Swift.
— Você tá nervoso? — indagou, brincando com os pelos do meu peito.
— Eu? Claro que não. — disse num tom mais agudo, e mais rapido que o normal.
Taylor riu, suas mãos brincando com os pelos do meu peito, antes de parar, levantar a cabeça e, arquear uma sobrancelha, me encarando.
— Ah, não parece. Parece que alguém está um pouco nervoso, sim.
Eu rolei os olhos, tentando disfarçar o que estava realmente sentindo.
— Não, não estou nervoso. — insisti.
— Está sim. Consigo ver pela sua forma de falar. — ela deitou a cabeça em meu peito novamente. — Amor, pode relaxar, tá legal? Meu pai vai adorar você. Assim como a minha mãe adorou.
— Talvez eu devesse ir com uma camiseta do Eagles, só para garantir. — brinquei.
— Não seja bobo. Vocês vão se dar bem. Aínda mais depois de todos os elogios que fiz sobre você para ele.
— Hum, você anda falando de mim para seus pais? E segundo a Blake, para suas amigas também. — usei um tom convencido, fazendo algumas cócegas nas costelas dela. Ela gargalha alto. — É por isso que minha orelha fica quente do nada.
— Ah, para, você é irritante! — afastou-se de mim, desviando-se das minhas mãos, em meio a risadas altas. — Não falo mais do que o essencial.
— Uhum...
— Idiota. — pôs a lingua pra mim, e eu ri. — Só... fica tranquilo, okay? Vai dar tudo certo amanhã.
— Ei. — chamei e ela virou o rosto para mim, com aquele olhar curioso. — Eu te amo.
— Eu também te amo. — levou a mão ao meu queixo, e virou o corpo de lado, enganchando a perna na minha. — Muito.
— Muito. — confirmei, e fiz um biquinho, pedindo um beijo.
Taylor puxou meu rosto, unindo nossos labios, com um som exagerado de degustação, antes de se afastar.
— Tenho uma coisa para te contar. — entrelacei nossos dedos, enquanto nos encaravamos. — Na verdade, queria ver se você aprovaria.
— O que?
— Sabe, o técnico Reid? — perguntei, e ela assentiu, confusa. — Ele me fez uma proposta, e... ham, só para deixar claro, aínda não dei uma resposta, tá legal?
— Hum. — resmungou meio desconfiada. — E que proposta ele fez?
— Ele me propôs o cargo de assistente técnico do time.
Ela franziu o cenho, meio pensativa. Um silencio se fez entre nós, e ela desprendeu nossos dedos. Por um momento, pensei que estaria brava ou algo do tipo, até ela abrir a boca, fechar novamente, respirar fundo, e por fim falar:
— Tá, e por que é que você aínda não deu uma resposta? — questionou, claramente incrédula.
— C-como assim? — gaguejei.
— Travis, ele te propôs algo que você adora. Por que você não disse que sim aínda?
— Eu queria falar com você antes. — respondi com uma expressão surpresa. — É uma oferta tentadora, sim, especialmente considerando que eu já estou aposentado do futebol, mas eu não quero passar por cima do que você pensa.
— Amor, só vai! — incentivou-me, sacudindo meu ombro. — Eu estou absolutamente feliz por você! É o seu lugar. Tem todo o meu apoio! Não era nem necessário me perguntar.
— Claro que é. Você é minha mulher.
— Foi isso que disse ao Andy? — abriu um sorrisinho convencido e orgulhoso.
Assenti.
— Você não existe! — me beijou novamente. — Obrigado pela consideração.
— Eu nunca vou fazer nada sem te perguntar antes.
— Estarei cobrando. — levantou o indicador.
O silêncio entre nós voltou, e não quebramos o contato visual por nenhum momento.
Eu amo aqueles olhos.
— Sabe o que eu ainda nao vi? — perguntou casualmente, e eu neguei. — Sua fantasia de Robin.
Gemi querendo me afundar mais no colchão. Minhas bochechas estavam vermelhas, sem sombra de dúvidas.
— Vamos mesmo nos submeter a ir de Robin e Batgirl para pedir doces na casa de estranhos no Halloween?
— Nós prometemos. — deu de ombros. — E por mais que eu quisesse que você fosse de Batman, porque, convenhamos, seria tentador ver um homem de trinta e quatro anos usando uma uma cueca por cima da calça, você têm que ir como o nosso filho ordenou. É assistente dele.
Revirei os olhos.
— E porque o fetiche com ver homens gigantes com uma cueca por cima da meia calça, hein?
— Não, eu quero ver você. — apontou para mim. — Seria hilário. — respondeu. — Porque os super-heróis usam cuecas por cima da calça?
— Como foi que entramos nesse assunto? — busquei a linha de raciocínio, tentando entender como que nossas conversas iam das mais sérias para as mais casuais.
— Halloween.
— Ah, claro. — pousei minha mão em sua cintura. — Então; eu acho que eles usam as cuecas por cima da calça, porque ficaria estranho aquele tecido fininho sem nada para proteger o... você sabe.
— Paus grandes como o seu? — a loira desceu a mão por baixo da coberta, até chegar onde queria, e apertar-me por cima da cueca.
Meu corpo estremeceu com o toque repentino, um arrepio subindo pela espinha.
— Taylor, você não é nem um pouco sutil, sabia? — murmurei com a voz rouca.
— Sabia sim. — respondeu próxima ao meu ouvido, com aquela voz... — E você adora isso.
— Por favor, para com isso. — exibi um pedido quase
esganiçado. — A não ser que queira pular nosso descanso da noite, e passar o resto dela se divertindo.
— Eu posso arriscar. — retrucou de forma provocativa, subindo em cima de mim.
Eu engoli em seco, sentindo seu peso se ajustar contra mim.
— Você é uma safada. — sussurrei, meus dedos segurando seu quadril para mantê-la firme.
Ela sorriu com satisfação, deslizando as mãos por meu peito.
— Ás vezes, um pouco de diversão noturna também é importante, não é?
Eu gemi, incapaz de resistir ao seu encanto.
— Você sabe como me convencer, Tay.
Ela baixou os lábios até meu pescoço, beijando-o devagar enquanto deslizava as mãos por meu peitoral. Ondulou os quadris sobre mim, e o atrito em nossas intimidades nos fizeram soltar um gemido baixo.
— Oh, Trav, você sabe que eu nunca resisto quando você está assim...
Eu fechei os olhos, aproveitando cada toque quente e carinhoso.
— Bem, talvez eu também não resista a você, Tay.
A loira sorriu contra minha pele, suas mãos explorando meu corpo com um jeito suave e sensual.
— Então, acho que podemos pular o descanso e nos divertir esta noite.
Sorri de volta, apreciando a ousadia dela.
— Eu apenas obedeço suas ordens, minha Lady.
A loira riu baixinho, roçando seus lábios nos meus, antes de me ouvir sussurrar:
— Prometo fazer desta noit—
Uma batida na porta interrompeu nosso momento. Olhamos, esperando que fosse apenas nossa imaginação.
— Papai? Mamãe? — a voz baixinha ecoou do outro lado.
Suspiramos, e ela se jogou na cama.
Nos olhamos uma ultima vez, antes de ela levantar, e pegar na gaveta da comoda um shorts para vestir por baixo do babydoll, e jogar uma bermuda de moletom para mim.
Cacei-a no ar, e vesti rapidamente. Taylor foi até a porta, respirou fundo, recompondo-se, e abriu-a.
— Tom, querido, o que faz acordado? — questionou, tentando parecer menos frustrada possivel.
— Quero ficar aqui com vocês. — ele exigiu, já adentrando o quarto.
Com um impulso, subiu na cama, sentando-se nos calcanhares, segurando um urso de pelúcia embaixo do braço.
— Campeão, você teve um pesadelo? — me pus sentado, cruzando os braços.
Ele negou.
— Então por que isso, filho? — arqueei uma sobrancelha. — Você sabe que têm que dormir no próprio quarto. Você já é grandinho, lembra?
— Mas o papai e a mamãe dormem juntos. — argumentou.
Taylor forçou um sorriso, olhando-me de soslaio, antes de encarar nosso filho.
— É diferente, meu amor. — pausou, procurando as palavras certas. — Mamãe e papai dormem juntos porque somos namorados, e nos amamos. Você vai entender isso melhor quando crescer.
Tom franziu o cenho, apertando o ursinho contra o peito como se fosse sua defesa final.
— Mas eu também amo vocês... então posso dormir aqui, certo?
Soltei uma risada nasalada, mas o olhar de Taylor me cortou.
Claro, a mulher não achou tão engraçado que uma criança de sete anos tenha contra-argumentado ela, e bem, eu rir não ajudaria em nada.
— Campeão, todo mundo tem o seu lugar na casa, certo? — tentei ajudar, usando um tom firme. — O seu é no seu quarto, com sua cama legal e seus brinquedos.
Tom olhou para as próprias mãos, fazendo um biquinho, como se pensasse em alguma última tentativa de nos convencer.
— Mas eu gosto de estar junto com vocês, assim eu posso protegê-los de qualquer coisa.
Minha namorada suspirou profundamente, seus ombros caindo em rendição.
— Está bem, meu amor, pode ficar aqui hoje. — decretou, deixando-me momentâneamente confuso.
— Ou, nós podemos levá-lo para o seu quarto, e ficar lá com você até que durma.
— Amor, ele fica.
— Mas eu acho qu—
Taylor ergueu a mão, me cortando antes que eu pudesse terminar a frase. Seu olhar era firme, mas sereno, como quem já havia decidido que não valia a pena discutir.
— Travis, ele fica — repetiu, mais uma vez. — Não vai nos matar ceder por uma noite.
A mulher deitou-se, e abriu um espaço entre nós para nosso filho, que, engatinhou na cama, até se aconchegar ali.
Com cuidado, ela nos tapou com o lençol.
— Tudo bem, você venceu desta vez, Campeão. — relaxei ao lado dele, e em seguida, desliguei a luz do abajur do meu lado.
Taylor fez o mesmo com a dela.
— Obrigado, mamãe. Obrigado, papai. — Tom sussurrou, como se falar com uma tonalidade normal em meio ao escuro fosse um crime.
Minha loira acariciou os cabelos dele, e eu sorri, mesmo que tivesse sido derrotado por esses dois.
O garotinho se mexeu entre nós, e pousou a cabeça no braço da mãe.
— Boa noite, bebê. — ela disse baixinho.
Eu observei ela passar um braço por cima dele, apenas para tocar minha barriga, como se quisesse garantir que eu estivesse bem perto também.
— Boa noite, mamãe. — respondeu com a voz sonolenta, acompanhada de um bocejo.
— Boa noite, filho. — beijei seus cabelos.
— Boa noite, papai.
Fechei os olhos, enquanto acariciava a mão da minha namorada sobre mim.
Mesmo que eu temesse que Tom se acostumasse com a ideia de dormir conosco, não podia negar que ter as duas pessoas mais importantes da minha vida ali comigo, era a sensação mais gostosa e reconfortante.
O silêncio do quarto foi preenchido pelo som suave da respiração de Tom, que logo se entregou ao sono. O pequeno corpo relaxado entre nós parecia irradiar um calor familiar, quase como um lembrete tangível de que momentos como esses eram raros e preciosos.
Taylor me olhou por sobre a cabeça dele, os olhos brilhando no pouco de luz que vinha da rua. O sorriso dela era cúmplice, mas também carregava uma ternura que me desarmava completamente.
— Ele tem você na palma da mão, sabia? — sussurrei, incapaz de conter o tom de brincadeira na voz.
Ela ergueu uma sobrancelha, mantendo o sorriso enquanto continuava a acariciar os cabelos de Tom.
— Não é novidade, você também sabe disso, Trav. — ela deu um tapinha leve na minha mão. —Mas quem pode culpá-lo? Nós dois temos o coração mole por ele.
— Nós? Quer dizer você.
Ela conteve uma risadinha baixa, e eu sorri em meio ao escuro. Passei os dedos levemente pela mão dela, ainda descansando sobre mim, até que, o sono nos pegou também.
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