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Capítulo 19 - And I don't know how it gets better than this

E finalmente eu consegui voltar!

Vou começar pedindo desculpas pelo transtorno de não ter conseguido postar na quinta-feira. Infelizmente, eu já estava com o capítulo todo pronto, era só corrigir. Por pura burrice nao salvei, e o wattpad apagou metade dele.
Só consegui terminar ele hoje, devido esse imprevisto.

Mas enfim...

Dedico esse capítulo às minhas mais fiéis leitoras, Bia (bia_swan) e Carlinha (laursproud) seus vários comentários, e deixar boas vindas à Natasha (AnneBridge) que chegou agora, e deixou um comentário que fez meu dia🫶🏻

E aos demais — que eu tbm amo —, peço que não esqueçam de deixar a estrelinha e comentar BASTANTE pra engajar, pq sei que deixam muitos comentários nas demais fics, e a minha também merece, né? (Apelando pra chantagem emocional).
Então, a menos que queiram acordar com o mendigo givaldo ao seu lado, deixem comentários KKKKKKKKK, brincadeiras à parte!

Bjsss, amo vocês! Aproveitem a leitura!

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TAYLOR SWIFT POINT OF VIEW

New York, Tribeca

Eu assistia de forma ansiosa, através do meu notebook, a câmera de segurança, aguardando ansiosamente pelo momento em que Travis e Thomas entrariam por aquele enorme portão da entrada. Tudo o que eu mais queria era tê-los aqui comigo — e claro, em poucas horas mais, minha mãe junto.
Para ela, seria uma surpresa conhece-los hoje, mas eu mal podia esperar para ver cada uma das reações que ela iria esboçar.

Quero dizer... Travis é um homem incrível, cavalheiro, doce, e muito simpático. Thomas era só um menininho, mas mesmo assim, refletia todas essas características do pai — talvez com um toque a menos de teimosia do que o meu namorado. Ele é um menino tão fofo, e inteligente, que tenho certeza de que a minha mãe ficará encantada.

Tudo estava preparado para a chegada deles. Para o café da tarde, os Cinnamon Roll que sei que Tom adora.
Eles iriam chegar cedo o suficiente para tomarem café, então, dado ao cardápio repetitivo de Travis nesses dias em que eu não estava no Kansas City, pensei ser uma boa forma de recebê-los.

E foi no meio desses devaneios, que os vi chegando. Mandei o motorista buscá-los no aeroporto, e claro, não pude evitar mandar alguns seguranças juntos. Apenas para prevenir imprevistos — ou ataques de malucos indesejados.
Saltei do sofá, dirigindo-me até a porta, e abrindo-a antes mesmo dele tocar a campainha.
A figura de Travis foi a primeira a ser notada, dado ao seu tamanho impontente. Ele segurava a mão de Tom, enquanto caminhava com uma leveza tão natural, que chegava a parecer sexy demais — principalmente quando vinha acompanhada desse lado paternal dele.
Usando um boné branco, uma jersey bege e uma bermuda combinando, ele parecia quase tão atraente quanto o dia em que vim para Nova York. Ele é.

Assim que Thomas me viu, sua expressão mudou completamente de algo neutro, para um sorriso de orelha a orelha.
Sua mão soltou a do pai, e, os bracinhos se abriram, enquanto os passos eram acelerados para chegar até mim de uma vez. Abaixei-me, e logo eu o estava sentindo nos meus braços.

— Mamãe! — gritou deitando a cabeça no meu ombro.

Seu abraço era caloroso e me enchia de alegria; cada vez que ele me chamava de "mamãe", eu sentia meu coração quase explodir. Era como se o mundo parasse um pouquinho ali, só para aquele momento.

E mesmo que tenham se passado poucos dias, a minha saudade estava tão grande, que a sensação de tê-los ali trazia aquela vontade de chorar — não de tristeza, mas de alegria.

Apertei-o aínda mais pertinho de mim, exalando o cheirinho de shampoo infantil de seus cabelos.

Quando abri os olhos, aínda mantendo-o no abraço, vi Travis sorrir, balançando a cabeça como quem já esperava por essa recepção cheia de entusiasmo. Ele se aproximou devagar, e, ao ver a forma doce com que ele nos observava, meu peito se encheu ainda mais de um carinho sem igual.

— Está com saudades, grudinho? — perguntei, acariciando o cabelinho bagunçado dele. Tom acenou que sim, sem nem se soltar de mim.

— Demais, mamãe. Você não pode mais sair, viu? Tem que ficar com a gente pra sempre. — usou aquele jeitinho inocente e sincero que me desmontava.

Ergui o olhar para Travis, que apenas deu de ombros.

— Fazer o que, né? — o homem perguntou casualmente. — Ele está certo. Você tem que ficar com a gente pra sempre.

Me levantei, trazendo Tom junto comigo, o ajeitando em meu colo. Poderiam não ter sido muitos dias longe deles, mas ao que parece, foram mais do que suficientes para que ele ficasse um pouquinho mais difícil de ser levantado. Ou talvez nunca tivesse sido fácil, e eu apenas não me atentava a esses detalhes porque estava feliz demais a cada vez que fazia algo com ele.

— Parece que estou oficialmente proibida de deixar vocês dois agora. — brinquei, e Travis soltou uma risada nasal. — Não que eu estivesse cogitando essa ideia.

— Isso! — Tom exclamou, tocando minhas bochechas com aquelas mãozinhas pequenas. — Você não pode mais vir pra cá. Eu não deixo!

— Olhá só! Mas que garotinho mais mandão para sete anos. Será um tremendo desafio obedecer essas regras, pequeno. — debochei, rindo da expressão de indignação dele.

— Ele é um charme, não é? — Travis segurou minha cabeça, e deixou um beijo entre meus cabelos. — Teve todo o tempo do mundo pra ensaiar esse 'mamãe' aí no avião.

Ri, olhando para Thomas, que agora examinava o corredor e o hall de entrada com os olhinhos curiosos e atentos, notando cada detalhe.

— Vamos entrar? — perguntei pondo Thomas no chão, e ele segurou minha mão. — Fiz Cinnamon Rolls pra vocês.

— Um momentinho. — Travis pediu, erguendo o indicador, e logo se virando para o filho. — Será que você pode virar de costas e fechar esses olhinhos curiosos, Campeão?

— Dez segundos! — ordenou, enquanto obedecia, virando-se de costas e tapando os olhos. — Um... Dois...

— Agora ele já sabe diferenciar minutos de segundos? — perguntei intrigada e ao mesmo tempo surpresa.

— Três... — continuou.

— Depois nós falamos sobre as coisas que ele já sabe fazer. — entrelaçou-me pela cintura, pousando ambas as mãos em cada uma das minhas nádegas. — Nosso tempo está passando.

— Urg! Eu senti tanta saudade! — juntei nossos lábios em um beijo rápido.

— Eu senti mais. — apertou minha bunda, dando um sorriso, enquanto unia mais uma vez nossas bocas. — Muito mais.

— Sete... Oito... — Tom seguiu na sua contagem.

— Mais um beijo! — pedi com a voz manhosa.

Travis riu, subindo a mão direita até a minha nuca, e puxando-me para perto novamente. Nossas bocas se encontraram em um beijo mais demorado.
Era tão boa a sensação de tê-lo por perto, que quase me esqueci que tinha uma criança junto conosco, até que a voz do garotinho ecoou em nosso momento romântico — ou mais ou menos, romântico.

— Nove... Dez! — Tom anunciou com firmeza, girando sobre os calcanhares com os olhinhos semicerrados.

Nos afastamos com uma risada rápida, como dois adolescentes flagrados em um momento secreto. Travis piscou para mim, enquanto Tom se aproximou, puxando minha mão, impaciente.

Cinnamon Rolls, mamãe! — ele lembrou, com uma expressão divertida, seus olhinhos brilhando de expectativa.

— Ah, você está certíssimo, Tom! — falei acariciando com o polegar, a mão que ele usava para segurar a minha. — Mas tem um pequeno detalhe que eu estava esquecendo; alguns bichinhos que você quer conhecer.

— Os gatos!

Thomas disparou pelo hall de entrada, puxando-me para dentro de casa. Quase desequilibrei-me, pela desproporção de alturas — dado o fato de que eu estava sendo puxada por um garotinho de um 1,30m de altura.
Travis entrou logo atrás, acompanhando-nos até a cozinha.

— Adorei a decoração. — o homem elogiou.

— Obrigado, amor. — estendi a mão para ele, sentindo-a firme com a minha. — Agora, me sigam, porque os peludos estão no quarto, em sua soneca da tarde.

Agora recebendo a tranquilidade de Tom, subimos as escadas, aínda de mãos dadas — eu não queria soltá-los. E, particularmente, acho que eles também não.
Passamos por algumas portas, até chegarmos no meu quarto.
Fiz um sinal com a cabeça, para que Trav usasse sua mão livre para abrir a porta.

Devagar, como se quisesse criar uma espécie de suspense, ele a abriu. O quarto grande foi revelado, e logo, a cama, onde dois felinos estavam deitados. Um em cada canto.
Benjamin esparramava-se por cima dos travesseiros — uma cena que eu já estava acostumada.
Olivia estava numa espécie de bolinha, encolhida mais ao meio da cama.

Já Meredith, bem, ela estava deitada em cima das patas, sozinha, num puff ao canto do quarto, e assim que nos viu, passou a nos avaliar com aquela expressão nada amigável.

— Uau! — Tom gritou, um sorrisinho estampado no rosto, apontando para os dois gatos na cama. — Eu posso fazer carinho neles?

— Claro que pode, meu amor. — afirmei, soltando sua mãozinha. — Pode subir na cama. O que está no travesseiro, é meu fiel companheiro, Benjamin. — guiei-o até a cama, ajudando-o a subir, considerando que não era tão baixa. — Essa é a Olivia Benson.

— Eu gostei dele! — engatinhou até o ragdoll, e fez um carinho nele. — Ele tem olhos azuis. Como o seu. São lindos!

— Eu concordo! — Travis se pronunciou, me fazendo rir timidamente. — Então, esses são seus filhos de quatro patas... quando posso assumir a guarda deles também?

— Não seja bobo! — disse rindo. — Na verdade, se você fizer isso, vai se prejudicar, porque vou cobrar a pensão de todos esses anos sendo um pai ausente.

— Eu pago até o dobro do que devo. — brincou, olhando curiosamente para a terceira gata, que parecia cada vez mais desconfiada.

— Essa é a Meredith. — contei, sentando-me na cama, e apoiando-me em meu cotovelo, começando a acaricia atrás da orelha de Olivia. — Ela não é muito sociável. Tem dias e dias, sabe? Às vezes ela é simpática. Mas nunca à primeira vista.

— Ah, sério? — ele se aproximou, abaixando-se para olhá-la mais de perto. — Mas ela parece tão....

Um grunhido vindo dela, seguido do desvio mais rápido de um carinho que já a vi fazer, veio dela. Travis afastou a mão imediatamente, e eu não pude evitar rir.

— Eu avisei. — lembrei, empinando o nariz. — Ela não é sociável nem comigo.

— Você vai ver que colocarei estes três felinos na linha. — levantou-se, usando um tom convencido. — E a Olivia?

— Olivia também não é fácil de conquistar, e...

Quando menos esperei, o homem estava passando a mão nos belos brilhosos e macios da scottish fold, e ela estava aceitando!

— Filha número um, hein. — sorriu debochado.

— Papai, olha o Benjamin! — Thomas chamou, adquirindo nossa atenção. — Ele é fofinho!

— Ah, sim, o famoso sr.Button. — Travis se sentou na outra ponta da cama, inclinando-se um pouco, para acariciar sua pelagem. — Esse carinha que sempre está nas fotos com a minha futura esposa.

— Vocês vão casar!? — o garoto arregalou os olhos.

— Não. — respondi um pouco mais rápido do que esperava.

Aínda não. — Travis corrigiu, olhando-me de relance. — Isso é questão de tempo.

— Legal, seremos ofici... oficimen... ofimen... — coçou a cabeça, confuso. — Seremos uma família! — completou, desistindo do que ia dizer.

Oficialmente, gatinho. — corrigi, rindo.

— Isso! — concordou.

Enquanto Benjamin estava sendo adulado pelos dois homens da minha vida, eu só conseguia admirá-los.
Para quem visse de fora, era uma cena simples. Até demais.
Mas para mim, enchia meu coração de uma alegria e um carinho inexplicável.
Eu os amava. E queria tê-los comigo para sempre.
Mesmo que, para mim, casamento ainda não devesse ser um tema jogado ao momento mais aleatório do dia.

Compreendam, eu vivi seis longos anos com um homem — ou meio homem — que nunca quis casar-se comigo. Que sempre me chamou de louca, que sempre me fez sentir insuficiente.
E talvez, uma decisão precipitada entre Travis e eu, agora, pudesse botar tudo a perder.
E eu não perderia apenas ele, eu pederia meu filho. E isso era algo que eu não queria.
A verdade é que, não compreendia cem porcento, a ideia de que, alguém que está comigo há dois meses, quer se casar, quando o outro, que estava há seis anos odiava sequer tocar no assunto.

— Ei! Que barulho é esse? — Thomas afastou as mãos, assustado. — Ele quer me morder?

— Não, bebê. — neguei. — Ele está ronronando. — expliquei. — Isso quer dizer que está gostando do carinho. E que gosta de vocês.

— Tem certeza? — cerrou os olhos, analisando o animal.

— Absoluta. Olha aqui. — garanti, enquanto eu mesma começava a fazer carinho no gato. — Viu? Ele é extremamente simpático.

Benjamin esfregou o rostinho na mão de Thomas, como se pedisse por mais carinho.

— Ele adorou você. — reafirmei.

— Ele é seu irmão, Campeão. — Travis disse rindo. — E bem, acho que você tem mais duas irmãs aínda, para dividir a herança do testamento.

— A Olivia é fofa. E gordinha. Parece uma bola de pelos! — comentou, fazendo um som, para chama-la até nós.

Por incrível que pareça, a felina obedeceu, indo até Tom, que a agarrou e enrolou-a em um abraço desengonçado. E a cena à seguir arrancou risadas do meu namorado e minha; Olivia tentando desesperadamente deslizar para fora daquele abraço.

Quando viu que não conseguiria, rosnou, mostrando-nos que a brincadeira havia acabado.

— Tudo bem, querido, acho que vai ter que soltá-la. — alertei, puxando-a dos braços dele, em seguida largando-a na cama.

A gata desceu imediatamente, sacudindo-se, enquanto se dirigia com urgência para fora do quarto.

— Suas irmãs estão na aborrecencia. — brinquei, descendo da cama. — Muito bem, vamos deixar o sr. Button descansar.

— Isso. Acho que temos algumas coisas para preparar hoje, não é mesmo, amor? — o homem se espreguiçou, dando um sorriso de orelha a orelha.

— Certamente. — concordei piscando um olho. — Vamos lavar as mãos, tomar café da tarde, e nos preparar para a visita.

— De quem?

Tom ficou de pé na cama, e quase tive o instinto de pediu para que ele descesse imediatamente, ao lembrar que estava de tênis. Mas então, resolvi deixar de lado.
Ele estava ali comigo. Depois de dias sem vê-lo.
Eu poderia deixar para ser uma mãe "chata" em outro momento.

— Hoje, vamos receber uma pessoa muito especial para a mamãe, tá legal? — estendi os braços, e ele fez um pequeno impulso para subir no meu colo. As perninhas enrolando-se na minha cintura. — A minha mãe vai vir me ver, e conhecer você e seu pai.

— Sua mamãe? — arqueou a sobrancelha. — A mamãe do meu pai, é minha vovó. Então sua mamãe também é minha vovó?

— É. Acho que sim, meu lindo. — concordei, assentindo, enquanto saíamos do quarto, em direção à cozinha.

— E eu posso chamá-la assim?

— Você pode chamá-la como quiser.

— E meu papai vai chamá-la como? — olhou para o homem, curioso.

— Ela é minha sogra, garotão. — bagunçou os cabelos dele, caminhando ao nosso lado.

— Então, você vai se comportar, não é? — perguntei, olhando-o com a expressao mais séria que pude.

— Eu prometo! — bateu continência. — Mas... e se ela não gostar de mim?

— Impossível!

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— Mãe! — exclamei, abraçando-a fortemente. — Eu estava morrendo de saudade!

— Minha menina! — apertou-me ainda mais. — E eu senti de você, querida! — respondeu, acariciando meus cabelos enquanto ainda me segurava.

Quando finalmente nos soltamos, a expressão dela mudou, ao ver Travis parado atrás de mim, com um sorriso quase nervoso, as mãos nos ombros de Thomas, ambos agindo como se fossem estátuas.

— Tenho duas pessoas para te apresentar, mamãe. — fiz um sinal para os dois. — Meu namorado, Travis Kelce, e seu filho, Thomas. Ou como o chamamos, Tom.

A mais velha permaneceu em silêncio por alguns segundos, aínda impressionada.

— Senhora. — Travis estendeu a mão, com um toque de confiança. — Muito prazer.

— Oh! O prazer é todo meu, rapaz. Desculpe, não vim preparada para esse encontro. — se recompôs, apertando a mão do meu namorado. — Estou muito feliz de finalmente poder conhecê-lo.

— Digo o mesmo. — ele deu um leve empurraozinho no pequeno, que, hesitante, foi para a frente. — Esse é meu filho, Thomas.

— Você é o famoso Thomas, então... — analisou, abaixando-se um pouco à altura dele. — Você é lindo, sabia?

A atitude dele foi inesperada. Como se toda aquela confiança que ele tinha quando estávamos só nós três juntos, acabasse ali. E eu simplesmente não entedi o porquê.
O menino se escondeu atrás do pai, tocando levemente a calça dele.

— Desculpa, acho que ele está tímido. — Travis pediu, coçando a nuca, olhando o menino atrás de si.

— Sem problemas, querido.

— Mãe, pode ficar a vontade. Vou resolver isso.

Enquanto ela ia até o sofá, buscando se acomodar, eu olhei para o homem, tentando entender o que se passava.
Travis deu de ombros, tão confuso quanto eu.

— Ei, o que foi? — perguntei, posiciando-me atrás do meu namorado, buscando entender sua atitude. — É minha mãe, lembra? Você pode falar com ela.

— E se ela não gostar?

— Tom, querido, isso é impossivel. — puxei para trás, na tentativa de que ele desgrudasse da perna de Travis. — Vamos. Você disse que ia falar com ela, não disse?

Ele assentiu, aínda timido e grudado ao pai.

— Vamos, campeão. — Travis me ajudou. — Ela já gostou de você. Queria conversar, e você fugiu para trás de mim.

— Venha. A gente tá junto. — ergui o braço, fazendo um chamado com a mão, para que ele segurasse. — Você vai ver. Ela é muito legal.

Do outro lado, Travis também deu a mão para o filho, e o levamos até o sofá. Minha mãe sorriu simpáticamente, sempre compreensiva.

— Oi! — ele acenou, suas bochechinhas corando.

— Olá, querido. — comprimentou, dando leves batidinhas no espaço livre do sofá, para que ele se sentasse ao seu lado. — Meu nome é Andréa. Mas você pode me chamar de...

— Vovó. — ele completou.

Um sorriso involuntário surgiu nos meus lábios, e ligeiramente, meus olhos encontraram os de Travis, antes de voltarem a admirar a expressão surpresa da minha mãe.
Parecia que sua alma tinha ido e vindo várias vezes para o corpo. A mão no peito, já dizia muito sobre o quanto ela não esperava por aquilo.

— Mãe, eu acho que a vovó não está bem. — Tom avisou, agora mais relaxado, subindo no sofá.

— É normal ela ficar tanto tempo assim? — Travis sussurrou, inclinado para mim.

— Mais alguns minutos....

— A vovó virou estátua. — o menino continuou, passando a mão várias vezes na frente do rosto dela.

— Alguém aqui já perdeu a timidez.

— Tay, sério, nós desconfiguramos sua mãe! — meu namorado começou a roer as unhas. — Já comecei mal, para o primeiro encontro com a sogra.

— Ele te... chamou de mãe? — Andrea finalmente saiu do transe, olhando-me com lágrimas nos olhos.

— Sim. E te chamou de vovó. — confirmei, assentindo de forma exagerada com a cabeça.

— Vou trazer um copo d'água. — Travis avisou, acelerando os passos até a cozinha.

— E-eu... eu sou avó? — apontou para si, confusa. — E você é mãe?

— Isso não é incrível? — dei um sorriso, irrugando o nariz. — Sou mamãe.

— Ela é minha mamãe. — Thomas assentiu. — Minha mamãe.

— É? — a mulher perguntou, olhando-o, enquanto deixava uma lágrima rolar. — Você é tão adoravel! — apertou as bochechas dele. — Oh, querido, estou tão feliz de ouvir isso!

— Então... posso continuar te chamando de vovó?

— Sim! Claro que sim! — puxou-o para um abraço apertado.

— Vovó... — ele repetiu, amassado no abraço dela. — Eu não.... consigo respirar.

Ela o soltou, e todos nós adultos rimos juntos.
Travis voltou com o copo d'água, e entregou-o para minha mãe, que agradeceu com um aceno, bebendo apenas um golo.

— Quando isso aconteceu? — me olhou, secando as lágrimas, pondo o copo sobre a mesinha de centro.

— Um tempinho já. Mas eu queria que fosse surpresa pra vocês. — esfreguei levemente os olhos, para afugentar as pequenas lágrimas que se formaram ao ver aquele momento tão fofo.

— Oh, Tay!

Minha mãe veio até mim, abraçando-me. Embora Tom pudesse não compreender o porque de tanto "drama" com essas coisas, nós compreendiamos. Ela entendia o quanto aquilo mexia comigo. Não de um jeito ruim, mas de um jeito bom.
E desde que comecei a namorar com Travis, ela era a pessoa mais informada de tudo que acontecia. Ela sabia o quanto aquele homem, e aquele garotinho, a cada dia que passava, estavam se tornando meus portos seguros.

— Obrigado por não se opôr a isso. — sussurrei baixinho, só para ela.

— Jamais. Eu quero apenas te ver feliz. — afirmou, segurando meu rosto.

Nós rimos, e ela se pôs ao meu lado, aínda me abraçando.

— Vocês são parecidas. — Tom comentou, uma mão no queixo, como se estivesse estudando algo. — Olhos, cabelo... são lindas.

— Ele vai ser um galanteador. — comentei próximo ao ouvido dela, em tom brincalhão. — Já é a segunda vez hoje, que fala dos meus olhos.

— Eu gosto deles.

— E eu amo essas suas bochechas que me dão passes livres para apertá-las o tempo inteiro! — disse em um excesso de fofura, querendo esmagá-lo.

— E você, rapaz, como está cuidando da minha filha? — minha mãe virou-se para o homem atrás de nós, que estava de braços cruzados.

— Bem, isso depende do quão rigorosa a senhora será na avaliação. — respondeu, em tom de brincadeira. — Mas eu juro que estou me esforçando ao máximo.

— Isso é o que eu espero. — fingiu um tom severo, antes de caírmos na risada.

Ela puxou da bolsa, algo embrulhado em um papel de presente azul.

— Eu ia dizer para Tay levar pra você quando voltasse para o Kansas. — sentou no sofá, alcançando para o menino o presente. — Mas já que estamos aqui juntos, por que não agora, né?

— Obrigado, vovó!

Thomas tentou abrir com cuidado, antes de perder a paciência, e rasgar o papel.

— Uou! — exclamou. — Olha mamãe, olha papai!

O garoto virou o presente para nós, mostrando a capa de um livro da Disney com trezentos e sessenta e cinco desenhos para colorir.

— Que legal, meu amor. Agora você pode colorir um desenho por dia, que tal? — sugeri, enquanto ele me mostrava as páginas em branco. — Vai levar um ano inteiro para terminar.

— Vou começar hoje mesmo! E vocês também vão colorir comigo! — apontou para cada um de nós.

— Sim senhor. — respondemos em unissono.

°•○●°•○●°• [ ••• ] °•○●°•○●°•●

Enquanto Thomas pintava seus desenhos, debruçado no tapete felpudo aos nossos pés, minha mãe, Travis e eu nos perdíamos em conversas sobre tudo e nada.
Ela procurava entender nossa dinâmica como casal, e também buscava saber mais sobre como meu namorado era na infância e adolescencia. Como se isso fosse parte de entender quem ele realmente era.

A casa segundo, ela parecia mais encantada pela essência dele. E ficou ainda mais, ao saber da relação dele com as três sobrinhas, comentando até mesmo sobre como ele parecia ter muito desse lado "pai de menina", mas também acrescentando sobre como ele fez/faz um bom trabalho com o nosso pequeno monstrinho.

— Como não? Existe uma infinidade de fotos e vídeos de quando ela era criança! — ela respondeu a pergunta de Travis. — Scott sempre fez videos dela. Você encontra alguns até na internet.

— Eu já vi alguns. Mas nada se compararia à ideia de vermos juntos.

— Amor, nós não vamos ver esses videos. — eu neguei, sentindo um rubor subir para o meu rosto.

— Deixe-me ver.... — minha mãe vasculhou a bolsa, e eu já podia imaginar o que ela tiraria dali. — Aha! Aqui está! Eu sabia que tinha deixado aqui!

— Mãe...

E contra a minha vontade, ela alcançou a foto nas mão de Travis.
Eu devia ter uns quatro anos naquela foto, usando uma saia tutu e um collant rosa. Meus cabelos em um pequeno ninho de embaraços, com uma coroa no topo.

— Owwwn! Você está linda, princesa! — me deu um beijo na bochecha, admirando a foto com um sorriso bobo.

— Para! Você está se vingando porque eu disse que ia pedir para a Donna uma foto sua com o bumbum de fora. — fiz uma careta, cruzando os braços. — Eu não ia pedir de verdade. Mas agora eu vou.

Tom se aproximou de nós, com um lápis de colorir em mãos, e admirou a foto junto conosco.

— Essa é você, mamãe?

— Sim, sou eu. Na época que aínda não existia chapinha. — caçoei, fazendo minha mãe rir.

— Eu gosto do seu cabelo assim. — os dois disseram ao mesmo tempo, fazendo a mesma expressao.

— Ah, vocês não contam! — fingi desdém, dando de ombros. — Vocês estão sempre me enchendo de elogios. Assim vão me deixar muito convencida.

— Eu concordo com os dois. — Andra interveio. — E você, Travis, pode ficar com a foto. Tenho outra lá em casa.

— Ei! Não, não pode!

Travis segurou a foto, com um sorriso malicioso, enquanto eu tentava alcançá-la, mas ele a manteve firmemente fora do meu alcance.

— Você sabe que isso é chantagem emocional, né? — disse fazendo um bico, fingindo indignação.

— Não tenho culpa se é uma fofura inegável. — ele respondeu, mantendo a foto bem longe e dando uma risadinha provocante. — E, ah... essa eu vou pôr em um porta-retrato, para deixar na estante da sala. Assim, quando os meninos forem lá em casa, não vão focar totalmente em minhas fotos...

Minha mãe riu, cúmplice da situação.

— Sinto muito, filha, mas algumas coisas são feitas para serem compartilhadas, principalmente lembranças bonitas como essa.

Suspirei, derrotada.

— Vocês todos são uns traidores. brinquei, olhando para os três.

Minha mãe nos observava com um olhar amoroso, e me senti tomada por um calor no peito. Aquele momento, tão simples e tão cheio de significado, era mais do que eu poderia imaginar ao trazer todos juntos.
Estavamos todos brincando ali, embora eu sentisse um pouco de vergonha, ao me ver tão exposta para alguém. Joe nunca teve esse total interesse na minha vida, nem minha mãe sentia-se à vontade para trocar mais do que uma dúzia de palavras com ele.

— Sabem de uma coisa? — ela disse, com um brilho nos olhos. — Essa foto foi só o começo. Acho que vou buscar os álbuns da Tay lá em casa e mostrar a vocês todas as travessuras dela.

Balancei a cabeça, fingindo pânico, enquanto escondia o rosto entre as mãos.

— Por favor, não! Vai ser um festival de vergonha!

Tom riu, e Travis olhou para mim com um sorriso de pura adoração.

— Eu adoraria ver cada uma dessas memórias. — ele disse baixinho, apertando minha mão.

— Mamãe já fez alguma bagunça grande pra você, vovó? — ele perguntou, curioso.

Minha mãe soltou uma gargalhada antes de responder.

— Oh, ela aprontou várias, querido! Quando era pequena, adorava desenhar nas paredes de casa. Eu comprava papéis e papéis, mas parecia que a parede era mais... — fez uma pausa, e olhou para mim com um sorriso travesso — inspiradora. Toda vez que eu via, lá estava uma nova obra de arte.

Travis riu, e senti o braço dele me puxar levemente para perto. Era um toque sutil, mas que me fez perceber como ele estava à vontade. Era como se o sentimento de pertencimento estivesse tomando forma ali, entre risadas e lembranças.

Minha mãe observou o gesto com uma suavidade que me surpreendeu. Parecia que ela estava se permitindo ver, realmente, que aquele homem ao meu lado me fazia feliz.

— A minha vovó vive dizendo que o papai aprontava muito também! — Thomas comentou, e dessa vez, foi Travis quem corou.

— Conte-nos mais, bebê. — pedi, pegando o no colo. Ele se acomodou. — O que seu papai fazia?

Thomas se aconchegou em meus braços, e seus olhos brilharam, prontos para mais uma história. Eu estava completamente absorta naquele momento, e o simples fato de estar ali com Travis, minha mãe e Thomas me fazia sentir que tudo no mundo estava, de alguma forma, certo.

Andrea, que nos observava com um olhar terno, não resistiu e soltou uma risada suave.

— Nunca te vi tão feliz quanto agora, Tay. — disse ela, com um sorriso doce, os olhos se suavizando. — Está claro como você encontrou o seu lugar, e isso é tudo o que uma mãe quer ver.

Aquelas palavras atingiram meu coração de forma tão profunda que me senti quase sem palavras por um momento. Eu sabia o que minha mãe queria dizer. Não era só sobre a felicidade visível no meu rosto, mas sobre a sensação de ter encontrado um lugar ao lado de alguém que me fazia sentir segura e amada. Travis era esse alguém, e Thomas era parte desse "pacote" que me enchia de felicidade. Como se fossemos uma família. Nós somos.

Eu sorri, mais calma, e dei um beijo na testa de Thomas, pensando que, isso não tinha como ficar melhor. Porém, com Travis, sempre têm como.

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