Capítulo 10 - He just comes running over to me
Oioi! Tudo bem?
Voltei com mais um capítulo para vocês, mas venho aqui para pedir um favorzinho....
Não me matem por causa do final dele KKKKKKK
Eu tentarei voltar o mais rápido possivel, mas até lá, tenham uma boa leitura, deixem estrelinhas e comentários porque isso é um enorme incentivo.
Me digam o que acharam, porque sinceramente, estou achando esse capítulo não tão bom quanto deveria ser 😭😭
Amo vocês, até o próximo, aproveitem a leitura!
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TRAVIS KELCE POINT OF VIEW
Hoje seria um daqueles dias indeléveis, um marco na tapeçaria de memórias que teci como pai. O torneio de futebol infantil transcendia a simples caracterização de um evento de fim de semana; era uma celebração da infância, um mosaico vibrante de risos, sonhos e uma dose saudável de competitividade inocente.
Enquanto me deixo levar pelas lembranças da minha própria infância, percebo que as tardes passadas nos campos de futebol eram os momentos que eu mais aguardava. A emoção de correr atrás de uma bola, o toque da grama fresca sob meus pés e a adrenalina pulsante a cada gol marcado — ou touchdown — formavam a essência da liberdade juvenil. Agora, ao contemplar a expectativa do que está por vir, meu coração se enche de um orgulho profundo misturado a uma nostalgia quase palpável. Tom irradia o brilho inato dos Kelce, sua paixão transborda em cada movimento, em cada sorriso espontâneo. Era inegável; ali, diante de mim, havia uma centelha da minha própria infância, uma continuidade de um legado que se manifesta em risos e jogadas ágeis.
A expectativa que permeia o ar não se resume a uma mera disputa entre crianças; é um campo fértil para o desenvolvimento de laços, para a superação de desafios e para a alegria que surge nas interações espontâneas. O aroma da terra molhada e a energia vibrante das crianças correndo no entorno criam um cenário quase mágico, onde a diversão e o aprendizado se entrelaçam de forma inextricável. Enquanto aguardo o momento em que Tom finalmente tomará seu lugar em campo, percebo que cada drible, cada passe e cada grito de encorajamento será uma construção das memórias que, sem dúvida, resistirão ao teste do tempo.
Desde o momento em que recebi a notícia de que seria pai de um menino, as expectativas foram se elevando a patamares extraordinários. O anseio de que ele se tornasse um atleta, assim como eu, crescia a cada dia que passava. Não que eu não fosse apoiar qualquer caminho que ele decidisse trilhar, mas a ideia de vê-lo seguir meus passos era uma tentação irresistível. Para minha surpresa — ou talvez nem tanto — Tom demonstrava uma determinação ímpar, não apenas no futebol, mas em qualquer esporte que decidisse conquistar.
No entanto, havia um aspecto perturbador nesse cenário que se desenhava como ideal. A pessoa que eu mais desejava ao meu lado, compartilhando a emoção e torcendo por ele naquele dia, estaria ausente: minha Taylor. Essa ausência não era uma escolha, mas sim uma imposição cruel das circunstâncias. A equipe de relações públicas havia sido enfática: uma aparição da ex-cantora pop em um evento infantil poderia gerar um frenesi na mídia, especialmente agora que éramos um casal.
Refletindo sobre isso, uma onda de frustração se misturava à tristeza. O que poderia ser um dia repleto de alegria e união estaria tingido por essa falta, essa lacuna que a presença dela poderia preencher. A ideia de que a felicidade do meu filho poderia ser ofuscada por uma atenção indesejada da imprensa me incomodava. Quão paradoxal era que, em um momento destinado à inocência e à celebração, a sombra da fama e do escrutínio pairasse sobre nós?
Era evidente que, tanto ela quanto eu, ainda não estávamos prontos para o impacto que a confirmação do nosso relacionamento acarretaria. O que se desenrolava não era meramente uma coleção de especulações nas páginas das revistas; tratava-se de uma realidade que transcenderia as fotografias divulgadas ao público. Essas imagens, embora intrigantes, eram apenas um vislumbre de uma conexão profunda que, segundo a narrativa da imprensa, parecia temporária e destinada a um término iminente, especialmente por nossa reticência em nos manifestar diante das histórias que circulavam.
A ausência de um pronunciamento claro de nossa parte contribuía para a percepção de fragilidade que a mídia insistia em construir. Era um jogo de ilusões, onde nossa verdade se perdia entre os fragmentos de palavras mal interpretadas e as especulações infundadas de repórteres sedentos por uma história. A superficialidade das análises nos relegava a meros protagonistas de um romance efêmero, ignorando as camadas mais complexas que envolviam nossa relação.
Refletindo sobre isso, não pude deixar de sentir uma mistura de frustração e impotência. Como poderia a essência de algo tão genuíno ser reduzida a uma mera curiosidade pública? A pressão do olhar atento dos outros pesava sobre nós, criando um ambiente onde cada gesto e cada palavra eram esmiuçados e reinterpretados, como se fossem peças de um quebra-cabeça que se recusava a se montar. E, nesse contexto, a verdade de nosso amor, com todas as suas nuances e desafios, se tornava um bem precioso, cercado por um frenesi que muitas vezes desconsiderava sua profundidade.
Percebi, então, que estávamos em um momento crucial, um ponto de inflexão que exigia coragem e vulnerabilidade. Precisávamos encontrar nossa própria voz, não apenas para defender nossa história, mas para afirmar a autenticidade do que estávamos construindo. Enquanto me deixava levar por essas reflexões, percebi que a jornada que nos aguardava exigiria não apenas amor, mas também uma resiliência que nos permitisse navegar pelas complexidades desse novo capítulo.
Os pensamentos que ocupavam minha mente foram abruptamente interrompidos pelo sutil movimento ao meu lado. A luz suave da manhã filtrava-se pelas cortinas, criando um ambiente gostoso e familiar, enquanto Taylor, ainda imersa em seu sono, se espreguiçou, soltando um pequeno gemido que ecoou na tranquilidade do quarto. A visão dela ali, com os cabelos dourados espalhados desordenadamente pelo travesseiro, evocava em mim um desejo profundo de eternizar aquele momento. Era uma beleza natural que transcende a superficialidade, um reflexo de simplicidade e autenticidade que eu sempre almejei ter ao meu lado nas horas mais serenas.
Os contornos delicados de seu rosto, suavemente iluminados pela luz matutina, eram hipnotizantes, deixando-me sem palavras. Era como se cada raio de sol destacasse a singularidade de sua essência, revelando uma intimidade que somente a presença dela poderia proporcionar. Naquele instante, o mundo exterior parecia se dissolver, e tudo que existia era a harmonia silenciosa entre nós.
— Bom dia, dorminhoca. — sussurrei, permitindo que minha voz suavemente cortasse o silêncio que nos envolvia. Ela sorriu, um gesto tímido e encantador, ainda presa na transição entre os sonhos e a realidade, os olhos semicerrados tentando se ajustar à luz que, de forma insistente, a despertava.
— Bom dia amor. — espreguiçou-se, quase me empurrando para fora da cama com o espaço que tomava para tal ato — Você já está pensando na competição, não é? — perguntou, a voz rouca pela manhã, mas carregando aquele tom de carinho que sempre me derretia. O sorriso dela se alargou ao abrir os olhos e reconhecer meu rosto.
— É difícil não pensar. Tom vai jogar hoje, e eu… bem, eu só quero que ele se divirta. — respondi, olhando para o lado. O meu sorriso se expandiu, quando meu olhar encontrou o seu. Cada dia mais rendido. — Mas acho que vou sentir falta de algo.
Taylor se aproximou, inclinando o rosto em direção ao meu, enquanto apoiava o braço em meu peito, criando uma conexão tangível entre nós.
— O que vai faltar? — indagou. A pergunta, simples em sua essência, carregava uma profundidade que reverberava em mim.
Era evidente que ela estava genuinamente interessada, e essa era uma das qualidades que mais admirava nela — a capacidade de se importar, mesmo com os detalhes mais sutis. O modo como ela se empenhava em compreender meu mundo, em decifrar as camadas de meus pensamentos e emoções, era um testemunho de sua empatia e de um carinho que transcende o cotidiano.
Enquanto eu ponderava sobre a resposta, percebi que a ausência que sentia não se restringia apenas ao campo de futebol, mas abrangia um anseio mais profundo por conexão e partilha. Em um mundo repleto de barulho e distrações, Taylor conseguia, com um gesto simples, restaurar a serenidade e me lembrar da importância de estarmos juntos.
— Bem, eu disse ‘algo’, mas na verdade eu quis dizer que estará estará faltando alguém. — As palavras escaparam de mim, carregadas de uma sinceridade que se refletia em seus olhos. Taylor fez um som suave, um sinal de que estava absorvendo cada sílaba, como se estivesse aninhando minhas declarações em seu coração. Ela têm esse talento especial de se conectar com as minhas emoções, de quase extrair de mim a essência do que sentia.— Você. — completei, e nesse instante, um peso se instalou em meu peito, como uma âncora que prendia meus sentimentos em um mar de nostalgia e desejo. — Eu queria que estivesse lá, torcendo junto comigo. — A ideia de vê-la compartilhando a emoção do momento, parecia perfeita, mas logo a realidade se impôs, trazendo uma sombra ao meu pensamento. — Mas sei que, com toda essa confusão da mídia, não é seguro.
Ela fez uma careta, refletindo sobre as inúmeras conversas que tivemos com minha equipe, todas girando em torno da mesma questão delicada. Foi difícil para ela aceitar, não pelo simples fato de sermos dois teimosos obstinados — e, sem dúvida, somos —, mas porque, sem a presença firme e estratégica de Tree, Taylor sentia-se desamparada. A ausência da sua antiga PR era um vazio quase palpável. Desde que a mulher se demitiu, Tay vinha lutando para encontrar alguém que estivesse à altura.
As recomendações não faltaram, claro. Inúmeros nomes desfilaram à sua frente, profissionais bem conceituados, mas nenhum conseguiu conquistar a confiança de Taylor, muito menos preencher o espaço deixado por Tree. Não era só uma questão de competência técnica; era a química, a sinergia. A ruiva tinha uma habilidade quase sobrenatural para resolver crises antes mesmo que elas dessem seus primeiros sinais, e para lidar com algo tão explosivo quanto um possível escândalo de relacionamento, Taylor sabia, sem sombra de dúvida, que Tree teria uma solução pronta em poucas horas. E mais do que isso: uma solução que dissiparia qualquer rumor antes que ele sequer se cristalizasse na mídia.
Era esse nível de excelência e segurança que Tay buscava em cada novo nome que cruzava seu caminho, mas a verdade, ainda dolorosa, é que ninguém se comparava a Tree.
— Queria tanto estar lá com vocês. — A voz dela soou como um lamento, enquanto deitava a cabeça no meu peito, os dedos traçando caminhos suaves nos pelos espalhados ali. Havia uma vulnerabilidade na maneira como ela brincava com o toque, quase como se buscasse consolo naquela conexão física. — Eu adoraria ver o Tom jogar, e também estar ao seu lado.
— Eu também gostaria que você estivesse. — respondi, minha voz buscando soar firme, embora a frustração borbulhasse por dentro. Era uma sensação amarga, saber que nossa realidade nos forçava a construir muros entre momentos que deveriam ser partilhados livremente. A dor silenciosa de sua ausência se instalava, mais profunda do que eu queria admitir. — Mas a segurança de todos é prioridade. — As palavras saíam quase automáticas, como uma tentativa de racionalizar algo que, no fundo, eu não queria aceitar.
— Quando tudo isso se acalmar, eu prometo, as coisas vão melhorar.
Ela assentiu lentamente, o olhar perdido em algum ponto distante, como se estivesse vislumbrando um futuro no qual poderíamos ser apenas Travis e Taylor, despidos das armaduras que o mundo externo exigia. Longe dos holofotes, sem os olhos curiosos e implacáveis da mídia, vivendo de forma simples e autêntica. Mas enquanto ela se deixava levar por essa fantasia silenciosa, uma preocupação sutil crescia em mim. O que realmente me inquietava era o quanto essa pressão externa, implacável e incessante, poderia corroer as bases do que estávamos construindo juntos. Havia algo entre nós que transcendia o óbvio — uma química intensa, sim, mas também um entendimento que ia além das palavras, como se nossas almas já tivessem se reconhecido em meio ao caos. E eu estava disposto a tudo para proteger isso.
Taylor ficou em silêncio por mais um tempo, seus dedos ainda traçando padrões distraídos pelo meu peito, o toque leve, quase imperceptível, mas carregado de uma ternura que eu sentia profundamente. Era um gesto pequeno, mas tinha um peso emocional imenso. Aquela calma aparente escondia uma melancolia suave, um desejo silencioso de estar ao meu lado e ao lado de Tom naquele momento que nos aguardava. Contudo, ambos sabíamos que o peso de nossa relação, ainda tão recente e tão observada, exigia uma delicadeza que nem sempre era fácil de sustentar.
Eu percebia que ela estava processando tudo, tentando equilibrar o anseio de ser parte dos meus momentos mais importantes com a necessidade de proteger o que havíamos começado a construir. Estávamos, afinal, ainda descobrindo como lidar com essa barreira invisível entre o que queríamos e o que o mundo esperava de nós.
— Promete mesmo? — indagou em um sussurro. Seus olhos, de um azul profundo, se ergueram para encontrar os meus, carregados de uma vulnerabilidade que misturava esperança e dúvida.
Era impossível ignorar o peso por trás daquele olhar. Quantas promessas ela já teria ouvido ao longo da vida? E quantas delas se desintegraram antes de se materializarem? Eu sabia que, para Taylor, as palavras carregavam cicatrizes, e cada promessa era uma ferida potencial.
— Prometo, amor. — murmurei de volta, sentindo o calor das minhas próprias palavras enquanto inclinava a cabeça para deixar um beijo suave em sua testa. Era minha forma de assegurar que, não importando as tempestades que nos cercassem, eu faria o impossível para que ela estivesse ao meu lado, em cada momento, em cada conquista. — E eu sempre cumpro minhas promessas. — completei, sabendo que a responsabilidade do que eu acabara de dizer me acompanharia.
Ela fechou os olhos, como quem tenta encapsular o momento, guardá-lo em algum canto profundo da memória onde pudesse revisitá-lo sempre que necessário. A confiança que ela depositava em mim era palpável, quase pesada, e eu sabia que esse tipo de entrega não era algo que Taylor distribuía com facilidade. Ela era uma mulher de força incontestável, marcada por anos de resistência e autossuficiência. Mas, mesmo na sua independência feroz, havia uma vulnerabilidade delicada, algo que o mundo nunca parecia conseguir saciar: a necessidade de um refúgio, de um porto seguro em meio ao caos constante.
E eu queria ser esse porto. Não de maneira arrogante ou como uma solução mágica para os desafios que ela enfrentava, mas como um lugar onde ela pudesse finalmente baixar a guarda, onde sua força não precisasse ser uma armadura. Esse desejo de oferecer-lhe a tranquilidade que o mundo insistia em negar fazia meu peito pesar com uma responsabilidade silenciosa, porém inabalável. Porque, por mais que ela fosse resiliente, todos precisam de um lugar onde possam ser apenas humanos — frágeis, falhos, mas profundamente amados.
Um leve toque ressoou, rompendo o silêncio confortável que pairava entre nós, e, instintivamente, lancei um olhar rápido para o relógio na parede. 09:23AM. O momento parecia esticar-se, como se o próprio tempo hesitasse em avançar, como se quisesse preservar aquele instante entre nós dois. A batida era um lembrete sutil da realidade, uma intrusão no pequeno mundo que criamos na intimidade das primeiras horas do dia.
— Papai? Tay? — a voz suave de Tom atravessou a madeira da porta, carregada com aquela mistura de inocência e curiosidade típica de uma criança.
Taylor e eu trocamos um olhar cúmplice antes de, com um suspiro resignado, abandonar a preguiça matinal e nos prepararmos para enfrentar o dia. Ela, sempre tão prática, optou por um shorts fitness e uma camiseta minha, que em seu corpo esguio parecia mais um vestido desajeitado, mas charmoso em sua simplicidade. Eu me limitei a pegar a primeira bermuda de futebol cinza que encontrei e uma camiseta da mesma cor, num gesto automático, quase indiferente, como se o ritual de vestir-se fosse apenas uma pausa temporária no nosso pequeno mundo íntimo.
Abri a porta lentamente, e lá estava ele, aquele pequeno ser cheio de expectativa, os olhos brilhando como se carregassem a luz do mundo inteiro. Vestido com o uniforme azul e dourado, que parecia um pouco grande para seu corpo ainda em crescimento, Tom exalava uma mistura de empolgação e nervosismo. Era quase impossível não se contagiar com aquela energia, tão pura e autêntica, que parecia condensar tudo o que a infância representa — sonhos, medos e uma confiança cega de que o dia seria extraordinário.
— Já está pronto, campeão? — perguntei, enquanto bagunçava seus cabelos com um gesto carinhoso, arrancando um resmungo imediato de protesto. Ele recuou ligeiramente, afastando minha mão com uma expressão de leve irritação, embora eu pudesse ver o sorriso tímido se formando no canto de seus lábios.
Ri suavemente enquanto ele entrava no quarto, com os olhos brilhando de expectativa. Começou a procurar pela Taylor, que, de alguma forma, tinha conseguido deixá-lo tão encantado quanto eu. Havia um brilho curioso em seu olhar, e eu não conseguia evitar um sorriso ao vê-lo se mover com aquela energia contagiante. O jeito como ele a procurava, como se esperasse que ela pudesse aparecer magicamente, era um lembrete do quanto momentos simples como esse eram especiais. A ligação entre os dois era genuína, e isso tornava tudo ainda mais bonito.
— Ah, claro, eu sou quem lhe ensina sobre futebol, e no dia do torneio, você não tem nem a decência de me dar um "bom dia", certo? — coloquei a mão no peito, dramatizando a situação como se estivesse prestes a desmaiar.
— Papai, você é tããão dramático! — Thomas exclamou, revirando os olhos, mas logo correu em minha direção, envolvendo-me em um abraço que parecia uma tentativa de redimir sua ousadia.
— Bom dia, meu amor! — Taylor declarou ao sair do banheiro, e, em um piscar de olhos, fui esquecido, enquanto ele se lançava em seus braços. Ela o acolheu com uma agilidade que refletia sua familiaridade com aqueles momentos. — Está animado para hoje?
— Estou! E nós vamos ganhar, trazendo um troféu para colocar ao lado dos do papai! — ele proclamou, balançando as perninhas com entusiasmo ao redor da cintura de Taylor. — Tay, eu sei que você não vai, mas posso pedir ao meu padrinho Paty para gravar o jogo e você assistir depois?
— Não apenas pode, como deve! — ela respondeu, apertando o narizinho dele com o sorriso mais lindo que já vi. — Mas, antes de vocês dois se deixarem levar pela empolgação do torneio, que tal descermos e tomarmos um café da manhã juntos? Isso é essencial, certo?
— Certo! — exclamamos em uníssono, o entusiasmo em nossas vozes ecoando pelo quarto e provocando uma risada suave dela.
— E, quando vocês voltarem, prometo que Britt e eu os receberemos com muitos cinnamon rolls! — A promessa dela flutuou no ar, envolta em um aroma de conforto e doçura, como um convite para um momento de celebração e acolhimento após o frenesi do torneio.
Tom soltou um gritinho de empolgação ao ouvir a menção dos cinnamon rolls, seu verdadeiro deleite.
Com uma energia contagiante, ele escorregou dos braços de Taylor e disparou em direção à porta, sua animação irrefreável transformando o momento em uma celebração espontânea da infância.
— Vamos logo, papai! — ele gritou, já meio do corredor.
Taylor riu suavemente, o som leve preenchendo o espaço entre nós como uma melodia familiar. Em um impulso, a puxei para um breve abraço, um instante de conforto que acalmava a ansiedade do dia que estava por vir. Enquanto nos afastávamos, não pude resistir ao impulso de roubar um ou outro beijo, cada um carregado de carinho e um toque de possessividade.
— Ele é uma cópia sua, sabia? — comentou, seu sorriso carinhoso trazendo uma leveza que só ela sabia proporcionar.
— Isso é bom, né? — retruquei, fazendo uma brincadeira com um toque de autoafirmação. A ideia de que meu filho carregava não apenas os meus traços, mas também a essência de quem sou, me preenchia de uma satisfação profunda. Essa mistura de semelhança física e espiritual não era apenas um reflexo; era um legado, um entrelaçar de histórias que se perpetuariam através dele.
A mulher sorriu, balançando a cabeça com um misto de divertimento e afeto enquanto descíamos as escadas.
Ao chegarmos à cozinha, logo o ambiente foi tomado pelo aroma reconfortante do café recém-passado e pelo som do bacon estalando na frigideira. Era um desses momentos que eu sempre valorizei, onde a rotina diária parecia fluir em uma sinfonia de simplicidade e satisfação. Tom já estava sentado à mesa, balançando as pernas com uma energia contagiante, mal conseguindo conter a expectativa. Taylor se juntou a ele com a familiaridade de quem pertence àquele espaço, servindo-se generosamente do bacon crocante e enchendo seu copo com suco de laranja fresco.
— Então, campeão, qual é a estratégia para o dia de hoje? — indaguei, acomodando-me ao seu lado na mesa, onde o entusiasmo do pequeno parecia quase palpável.
O olhar de Tom iluminou-se, como se a pergunta tivesse acionado um interruptor de alegria e determinação. Ele começou a desenhar suas ideias com as mãos, gesticulando animadamente enquanto explicava seu plano com uma precisão que só alguém tão jovem poderia possuir. A forma como ele articulava suas intenções, misturando sonhos com uma dose de confiança genuína, era uma reminiscência da inocência pura que muitas vezes nos escapava na vida adulta. Naquele momento, entre as conversas e o aroma do café, senti que a sabedoria de um pai não estava apenas em ensinar, mas em ouvir e absorver o brilho que emanava daquele espírito juvenil.
— Eu vou ser o atacante! E vou marcar um gol de cobertura, como você e meu padrinho mostraram! — terminou de explicar, o orgulho brilhando nos olhos.
Sorri, uma mistura de orgulho e nervosismo borbulhando dentro de mim. O brilho em seus olhos era um lembrete vívido da sua inocência e da leveza com que encarava o mundo, cheio de sonhos e expectativas. Queria que ele se divertisse, que essa experiência fosse uma celebração de sua paixão pelo jogo, e não uma fonte de pressão. Era fácil esquecer que, sob a exuberância de sua personalidade, ele ainda era uma criança em formação, navegando pelas complexidades de um mundo que, por vezes, podia ser esmagador.
— O importante é se divertir, tá? Não importa se ganhar ou perder, o que vale é dar o seu melhor. — disse, tentando equilibrar o incentivo com a realidade.
— Eu sei, papai. Mas eu quero ganhar! — Tom rebateu, com uma determinação que me fez rir.
Taylor me observou por cima da borda da caneca de café, seu olhar refletindo uma mescla de surpresa e admiração pela competitividade que meu filho demonstrava. Era como se, em um único gesto, ela conseguisse captar a essência vibrante da juventude em Tom, uma chama de ambição que pulsava com intensidade.
Após um café da manhã rápido e repleto de animação, estávamos prontos para sair. Tom, já ansioso, pegou sua pequena mochila com as chuteiras e saiu na frente, parecendo um pequeno conquistador preparado para enfrentar o mundo.
Antes de cruzar a porta, lancei um olhar para Taylor, que se apoiava no batente, observando-nos com uma expressão que transbordava uma combinação de carinho e frustração. Com aquele semblante, como se estivesse navegando entre o desejo de estar presente e a realidade que a impedia.
Ela teria a companhia de Britt, Sterling e Bronze, é verdade, mas eu conhecia bem o que realmente ardia em seu coração: a vontade genuína de estar ao nosso lado, compartilhando cada momento daquela jornada.
— A gente se vê mais tarde, ok? — disse, me aproximando para lhe dar um beijo rápido.
Ela segurou meu rosto com uma ternura que transcendeu o momento, prolongando aquele beijo por um breve instante que parecia querer eternizar cada emoção que sentíamos. Era curioso como as despedidas, sejam elas para ir ao mercado, para treinar ou até mesmo para que ela viajasse à Nova York para relembrar seus gatos que ficavam ansiosos sem sua presença, sempre carregavam consigo uma dramática intensidade. E não era apenas ela; éramos nós dois, perdidos na dança desse sentimento agridoce.
A cada partida, a cada minuto longe um do outro, a dor da separação se tornava mais aguda. O tempo parecia se esticar, tornando cada instante de ausência um pequeno labirinto de anseios e expectativas. Não importava se estávamos separados por apenas alguns minutos ou por dias, a sensação de falta era sempre palpável, como um eco persistente em uma sala vazia.
Nesse momento, enquanto nossos lábios se tocavam, as preocupações do mundo exterior desapareciam. Eu poderia sentir a fragilidade daquela conexão, como se a vida em si estivesse prestes a nos testar. O toque de suas mãos em meu rosto era ao mesmo tempo um consolo e um lembrete de que, independentemente das distâncias que nos separavam, o amor que compartilhávamos era um porto seguro, uma fortaleza que desafiava o tempo e a rotina.
— Boa sorte para vocês dois. — ela disse afastando nossos lábios. — E gravem tudo para mim.
— Vamos trazer o troféu. — sorri, tentando manter a voz leve.
— Você e Thomas já são meus troféus. E sempre estão correndo para mim. — me deu um selinho.
— De onde saiu toda essa breguice? — brinquei, acompanhando-a na risada.
Com um último beijo, segui o caminho em direção ao carro, mas não sem antes olhar para trás, formar um coração com as mãos e gritar: — Eu te amo.
— Também te amo! — mandou um beijo no ar.
Fui com Tom até o carro, observando sua energia que parecia infinita, enquanto ele saltitava na frente. Mas, de repente, ele parou abruptamente no meio do caminho, como se uma ideia luminosa tivesse cruzado sua mente. Com um movimento decidido, virou-se e correu de volta até a porta, quase esbarrando em Taylor, que já se preparava para fechá-la.
— Espera! — exclamou ele, a urgência em sua voz ecoando na atmosfera carregada de emoções.
Taylor, surpreendida, hesitou, olhando para ele com uma expressão que mesclava curiosidade e ternura. O pequeno estava ofegante, os olhos brilhando com uma mistura de determinação e inocência. Ele não apenas queria um momento a mais; queria algo que, para ele, parecia crucial.
— O que foi, meu amor? — Taylor perguntou, com a suavidade de quem sabia que cada palavra contada entre eles tinha um peso inestimável.
— Preciso te dar um abraço de despedida. — disse, enquanto abria os braços, buscando a conexão calorosa que sempre encontrava nela.
Vejo na loira, a transformação em seu semblante, a forma como seu rosto se suaviza, quase derretendo sob o impacto da ação do filho. Ela se ajoelha, os braços delicadamente passando ao redor de Tom, enquanto o abraça com um fervor que transcende as palavras.
— Bom jogo, gatinho — desejou, selando suas palavras com um beijo suave na testa dele, um gesto que transbordava não apenas carinho, mas também um profundo reconhecimento da importância daquele momento.
— Obrigado, TayTay, te amo. — ele respondeu, os olhos brilhando de admiração enquanto inclinava-se para dar-lhe um beijo afetuoso na bochecha, uma marca de sua inocência e sinceridade.
— Também te amo, furacãozinho. — proferiu, desprendendo-se de seu abraço protetor para afagar os cabelos bagunçados dele com delicadeza.
Tom correu até mim, e juntos entramos no carro. Enquanto acelerava em direção ao Swope Park, o som animado da sua voz preenchia o espaço atrás de mim, onde ele falava entusiasticamente sobre as jogadas que planejava executar. Sua alegria ao cantar cada música tocada no rádio era contagiante, mas, mesmo assim, não consegui evitar que meus pensamentos vagassem para Taylor.
A imagem dela permanecia vívida em minha mente — seu sorriso iluminando qualquer lugar, a forma como seus olhos brilhavam quando falava de algo que amava. Eu sabia o quanto aquele torneio significava para ela, como sua ausência era um fardo que pesava em nossos corações. O desejo dela de estar presente pulsava quase como uma força palpável, uma corda invisível que nos unia, mesmo na distância imposta pelas circunstâncias.
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Chegamos ao campo, onde a cena era um verdadeiro festival de energia e cores. Crianças corriam de um lado para o outro, vestidas em uniformes vibrantes que dançavam ao sabor do vento, enquanto risadas e gritos de empolgação preenchiam o ar como uma sinfonia alegre. Os pais e familiares estavam organizados nas laterais, prontos para torcer, com olhares cheios de expectativa e sorrisos que transbordavam orgulho.
Nesse ambiente pulsante, fui tomado por uma onda de nostalgia. Lembrei-me de todas as vezes em que meus próprios pais estiveram ali, na linha de frente, me incentivando com fervor. Era uma lembrança vívida, quase palpável, que me transportava para a infância, quando a emoção de um jogo se misturava ao amor incondicional dos que me cercavam. Aqueles momentos simples, porém significativos, formaram os alicerces da minha paixão pelo esporte e da importância da família.
Agora, vendo Tom se movimentar entre as crianças, cercado por um frenesi que refletia a mesma excitação que eu conhecia tão bem, uma profunda gratidão se instalou em meu coração. Era um ciclo, uma continuidade de amor e apoio que transcende o tempo e o espaço, e que, em algum nível, fazia com que cada passo que eu dava ao lado dele fosse também uma homenagem à minha própria história.
— Preparado para brilhar, campeão? — perguntei, enquanto ajudava Tom a calçar suas chuteiras, fazendo questão de ajustar cada detalhe para que ficasse perfeito.
— Pronto! — ele exclamou, a confiança transparecendo em sua voz como um eco vibrante, iluminando o ambiente ao nosso redor.
Logo, ele estava a correr em direção ao campo, onde as outras crianças já estavam se aquecendo em uma dança de energia. A empolgação contagiante que emanava de seu pequeno corpo fazia meu coração acelerar. Eu sabia que esses momentos eram cruciais, não apenas para ele, mas também para mim, pois representavam a continuidade de uma tradição familiar, um elo que nos unia em torno do amor pelo esporte.
Enquanto Tom se juntava ao seu time, procurei com o olhar por Patty, meu velho amigo e cúmplice de tantas partidas memoráveis. Encontrei-o encostado em uma das grades do campo, com os braços cruzados e uma expressão serena, como se estivesse absorvendo a essência do momento. Ao me ver, seu rosto se iluminou com um sorriso genuíno, e ele acenou, trazendo de volta uma sensação de camaradagem que sempre preencheu nossos dias de jogo. Era reconfortante saber que, mesmo com o tempo e as mudanças que a vida trouxe, aquelas conexões permaneciam intactas, prontas para reviver os melhores capítulos da nossa história.
— E aí, Trav! — Patty me cumprimentou com aquele jeito descontraído. Ele sempre tinha uma vibe que fazia tudo parecer mais leve.
— Fala, cara! — respondi, indo ao encontro dele e dando aquele aperto de mão seguido de um abraço rápido, o típico cumprimento de velhos amigos.
— Pronto para ver o pequeno craque em ação? — ele perguntou, apontando com a cabeça para Tom, que agora estava conversando com o treinador.
— Sempre! — falei, orgulhoso. — Ele tem falado sobre esse torneio a semana inteira. Está mais empolgado do que eu já vi.
Patty riu, ajustando o boné na cabeça de maneira descontraída. — Isso é ótimo. A confiança dele está lá em cima. E você, como está se sentindo sendo o "organizador" do evento?
Suspirei, uma risada involuntária escapando dos meus lábios ao considerar a situação. — Cara, ser pai já é um trabalho que exige toda a minha atenção e energia. Agora estou aqui, tentando garantir que tudo funcione perfeitamente, e honestamente, não sei nem por onde começar. É como se eu tivesse sido lançado em um labirinto sem mapa, cercado por uma infinidade de detalhes que precisam ser gerenciados. Cada rosto familiar na multidão parece representar uma expectativa, um desejo de ver seus pequenos brilharem.
Patty deu um tapinha no meu ombro, percebendo a leveza da minha frustração.
— Relaxe, irmão. No fim das contas, tudo se resume ao que realmente importa: a diversão das crianças e o tempo que vocês passam juntos. O resto é apenas ruído de fundo. — Mas confesso que nunca te imaginei nessa posição. Lembro de você em campo, sendo o astro, e agora está aqui, tentando organizar um torneio para crianças.
— Pois é! A vida realmente dá voltas, não é? — respondi, tentando encarar a situação com humor, embora uma sombra de seriedade pesasse em meu tom. — Eu só espero que o Tom se divirta. Essa pressão de ser "o filho do ex-jogador" pode ser esmagadora. Não quero que ele sinta o peso dessa expectativa, como se estivesse sempre competindo com uma sombra. A última coisa que desejo é que ele encare isso como uma obrigação em vez de uma diversão.
Patty assentiu, o olhar contemplativo.
— É compreensível. A infância é um tempo para exploração e alegria, e não para se sentir preso em um legado. Você está fazendo o que pode, e o fato de você estar aqui, apoiando-o, já é um grande passo.
Olhei para o campo, onde Tom estava se aquecendo, completamente absorto na atividade, e um sorriso involuntário surgiu em meu rosto. — É verdade. No fundo, o que importa é que ele tenha essa experiência. Quero que ele se lembre desses momentos com carinho, não como uma pressão, mas como parte de sua própria história. — Mas essa função de organizador é bem diferente de estar em campo. — continuei, passando as mãos pela prancheta como se ela pudesse me oferecer algum consolo. — Eu estava lá para jogar, e agora estou aqui, me debatendo com a lista de regras e planilhas.
— Relaxa, irmão!
Disse parecendo se divertir às minhas custas. Se fosse o contrário, ele não gostaria — como quando ri dele ao vê-lo quase enlouquecendo por ter de fazer tantas friendship bracalets com a filha no ano passado.
— Se precisar de uma mão, é só chamar. — completou. — Vou dar uma volta pela arquibancada e ver o que os outros pais estão falando. — Ele piscou, um brilho travesso nos olhos. — Vou tentar manter as torcidas na linha.
Mas antes que eu pudesse protestar, ele pegou o celular e levantou a câmera, apontando-a para o campo. — Vamos garantir que Tay não perca nada, certo? Essa é uma das melhores partes, não pode ficar de fora.
Sorri enquanto ele começava a gravar alguns momentos de Tom durante o aquecimento, a energia da cena era contagiante.
— Perfeito. Ela vai adorar isso — garanti, sentindo uma onda de felicidade ao imaginar a expressão de Taylor ao ver o filho se preparando para jogar. — E boa sorte com isso! — ri, visualizando Patty em sua missão quase hercúlea de conter a animação dos pais ao redor.
A ideia de vê-lo tentando acalmar a euforia da torcida me divertia. Aquele papel de mediador era tão diferente do que éramos quando jogávamos, mas, de certa forma, estava muito mais próximo do que realmente éramos: amigos que se apoiavam em cada fase da vida.
Enquanto Patrick se afastava, eu me permiti um momento de contemplação, observando Tom, seu foco e determinação, e pensei em como a vida havia mudado para melhor.
Dirigi-me ao treinador e aos outros pais que se engajavam na organização do evento. A função que me foi designada era simples, mas essencial: garantir que o jogo transcorresse de forma fluida e coordenar a comunicação entre os técnicos e os árbitros. Em suma, eu era o “cara da logística”.
Enquanto me posicionava ao longo da lateral do campo, verifiquei meticulosamente cada detalhe — bolas extras devidamente inflacionadas, coletes de treino organizados para os reservas, e a certeza de que os árbitros estavam plenamente informados sobre as regras. Olhei para o relógio e, com a aproximação do apito inicial, senti um leve nervosismo começando a surgir. Não era por mim, mas por Tom. Eu sabia o quão ansioso ele estava para triunfar, mas também queria que a diversão prevalecesse, mesmo ciente da competitividade inerente àquela idade.
Assim que o apito soou, dando início ao jogo, a adrenalina se intensificou. Tom estava na posição de ataque, exatamente como havia proclamado durante o café da manhã, e logo se lançou para pressionar os adversários com uma determinação que me deixou admirado. Sua confiança em campo era palpável, e por um instante, percebi que estava torcendo com a mesma empolgação que dedicava aos meus próprios jogos no passado.
O ambiente pulsava — os gritos encorajadores dos treinadores, o eco da bola sendo chutada e o entusiasmo contagiante da torcida. E, naquele exato momento, uma epifania me envolveu: eu estava exatamente onde deveria estar. Encostei-me à grade, observando a animação das crianças, enquanto uma onda de nostalgia me invadia, trazendo à tona as memórias vibrantes dos meus próprios dias de jogo. A essência do futebol, com todas as suas alegrias e desafios, ecoava em cada grito, em cada drible, e eu sabia que aquela era uma experiência que permaneceria gravada na memória de todos nós.
Entretanto, meu momento de contemplação foi abruptamente interrompido por uma figura esbelta que surgiu à minha frente. Ela se destacava com sua presença magnética — morena, com longos cabelos pretos alisados que caíam em cascata, vestindo roupas casuais que pareciam desenhadas para realçar sua elegância natural. A bolsa que carregava no ombro parecia quase um acessório insignificante diante de sua aura cativante.
Fiquei paralisado, como se estivesse diante de uma miragem etérea, hesitando entre a incredulidade e o reconhecimento. Meu coração acelerou enquanto retirava os óculos escuros, buscando a certeza de que não estava sendo enganado por algum truque da mente. E, com cada segundo que passava, a realidade se tornava mais clara: não se tratava de uma alucinação. Era ela. Sim, ela.
As emoções conflituosas borbulhavam dentro de mim, uma mistura de surpresa e um anseio que havia sido suprimido por tanto tempo. O mundo ao meu redor pareceu se desvanecer, as vozes dos torcedores e os sons do jogo se tornando meros ecos distantes, enquanto eu absorvia cada detalhe daquela figura familiar que havia cruzado meu caminho novamente. Era como se o tempo tivesse parado, e, por um momento, tudo o que eu conhecia se tornasse irrelevante.
— Mas o que....? — balbuceei, perdendo completamente minha concentração no jogo.
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