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A garota estava de mãos dadas com a mãe, por vezes apertando os dedos da mais velha.
A Sra.Park tinha uma expressão preocupada, enquanto esperava em um dos bancos, na recepção.
Depois de sua quase crise, Lin apenas desceu as escadas, e se juntou a Taehyung e Jimin na sala, assisntindo aos filmes que o amigo havia prometido.
-Você tem que contar à ele que quase teve uma crise ontem.
A mulher que desta vez estava com os cabelos soltos, disse passando a mão pelo rosto da filha, que tinha uma expressão de só vim pois fui obrigada.
-Nee, eu tenho que contar quase tudo a ele.-a pequena Park cruzou os braços, balançando os pés.-Vou ter que contar também por quem sou apaixonada?
A mais velha lhe olhou rapidamente, arqueando uma de suas sobrancelhas.
-Está apaixonada?
Linzy revirou os olhos, balançando a cabeça negativamente em resposta.
A resposta poderia ser não, mas Linzy não sabia. Ela tinha quinze anos, e não entendia sentimento algum. Sentimentos para a garota, sempre foram motivos de pesadelos.
Nunca se apaixonou, não era que nem as outras garotas que se importavam em ficar bonitas, muito menos se preocupava em beijar algumas bocas.
Ela classificava as pessoas em gostar e não gostar.
Depois de alguns minutos ali, na sala de espera, com a mãe lhe perguntando se havia algum menino bonito em sua sala, ou se ela se interessava em alguém.
Linzy fora salva pelo psicólogo que logo se apressou em chamar a mesma.
Respirou fundo, deixando a mãe ali na recepção, e passou pelo corredor, adentrando a sala de KyuHyun.
Linzy, que tinha os cabelos longos, presos em
marias-chiquinhas, fechou a porta, fazendo seus cabelos balançarem.
Deu uma boa olhada na sala, vendo o psicólogo se sentar em sua cadeira.
A garota estava quase decorando todos os detalhes daquele lugar, que eram poucos. Já que, quase tudo ali era branco, alternado em tons prateados.
A Park andou em passos lentos, se sentando na cadeira, em frente a mesa de KyuHyun.
O psicólogo que tinha apenas Linzy, e mais um paciente marcados para aquele dia. Tinha um sorriso nos lábios.
Em suas mãos estavam a ficha da garota, com quase todas as linhas preenchidas, sobrando apenas uma, que ele tinha em mente de concluir hoje.
-Bom Linzy, vamos ver como foi a sua semana, certo?
Ele relaxou as mãos sobre a mesa, enquanto Linzy entrava em uma guerra interna, de contar ou não contar, o que seus colegas faziam com ela.
E se ele contasse a sua mãe?
Linzy mordeu o lábio inferior, olhando para um ponto fixo qualquer.
-Linzy?-o homem balançou a mão na altura de seus olhos, fazendo-a piscar os mesmos.-Podemos começar?
-Am?-ela entortou a face.-Ah, sim...
Ela contou sua semana inteira, todos os detalhes, tudo o que sentiu, ou o que pensou que sentiu.
Disse o que seus colegas faziam com ela, e como sempre acabava indo para a salinha de limpeza.
O psicólogo ouvia tudo atentamente, já teve vários pacientes que tinham o mesmo problema que Linzy, então não se surpreendia mais com casos assim.
Lin fazia todas as expressões possíveis, enquanto falava. Em alguns momentos gargalhava, em outros ficava séria, e ao mencionar Bomi ou Chanyeol, seus olhos lacrimejaram.
-E ontem eu quase tive uma crise.
A pequena falou levando suas mãozinhas para seus olhos, os enxugando.
-Quase?
KyuHyun preencheu a última linha da ficha de Park, já tendo todas as informações, concluindo o que ela tinha.
-Sim, eu consegui resistir.
-E como fez isso?
-Eu pensei em um sorriso.
Algo tão simples a fez resisitir? KyuHyun arqueou as sobrancelhas pensando bem. Talvez o caso de Linzy fosse um tanto especial.
O psicólogo ficou em silêncio, enquanto Linzy havia se levantando observando a janela, vendo aquele banco vazio, aquela árvore ao lado à incomodava, só ainda não sabia o por que.
-Linzy, pode se sentar por favor? Eu irei chamar a sua mãe, e já volto.
O psicólogo KyuHyun exclamou deixando apenas Lin ali naquela sala branca.
-Aigoo, essa sala precisa de cor.-falou sozinha, indo se sentar.-Roxo ficaria bom.
Pressionou os lábios, deixando seu olhar cair sobre a pele de seu antebraço. Estava da mesma cor que as paredes, e ela queria roxos ali.
Ouviu os passos dos dois adultos se aproximado, e virou a cabeça para trás, vendo o homem e sua mãe entrando.
A Sra.Park lhe lançou um sorriso, e se sentou na mesma cadeira que a filha, passando seu braço pelos ombros da menina, deixando um selar sobre sua testa.
O psicólogo contou a mulher, tudo o que havia notado na menor. Linzy temeu que ele fosse contar sobre Bomi, e sobre os outros, mas ele não o fez.
O que aliviou seu peito, ou não.
-A sua filha tem transtorno de bipolaridade, Sra.Park.-KyuHyun tinha as mãos cruzadas sobre a mesa.
A mulher olhou para a filha, que tinha uma expressão calma, ao contrário da mãe.
-E, o que é isso?-perguntou com a voz firme.
-Linzy, poderia deixar eu à sós com a sua mãe?
O homem e perguntou, a garota olhou os dois, cruzando os braços.
-Vão falar sobre mim?-ela perguntou, e a mãe balançou a cabeça positivamente um pouco perplexa.-Então eu quero ficar!
-Linzy.-sua Omma lhe repreendeu.
-Omma!-Se iam falar dela, por que não podia ouvir também? Era injusto.-Aish.
Bateu os pés no chão, se virando bruscamente na cadeira, indo em direção a porta, saindo da sala com os braços ainda cruzados.
KyuHyun só queria que Linzy saísse para explicar melhor o transtorno a sua mãe, e não assustar Lin.
A garota bufava enquanto andava pelo corredor, voltando para a recepção.
Se sentou em um dos bancos, de maneira desleixada, pensando nas palavras do psicólogo.
Transtorno de Bipolaridade.
Nunca havia pesquisado muito sobre o assunto, talvez não fosse nada de mais.
-No que está pensando?
Aquela voz grave passos por seus tímpanos, a fazendo olhar rapidamente para o lado.
Ela não havia percebido que o garoto estava sentado ao seu lado.
O mesmo usava calças jeans, com rasgos na região dos joelhos,o casaco grande de cor cinza, o fazia parecer pequeno, por mais que ele fosse mais alto que Linzy.
Os cabelos curtos estavam um tanto arrumados, o deixando engraçado.
Linzy não estava assustada por Yoongi estar ali, ela estava assustada por ele ter falado.
-Está falando?
Seus lábios estavam entre abertos, e os olhos arregalados, fazendo Yoongi se encolher um pouco.
Por que aqueles olhos lhe amedrontavam, e o encantavam ao mesmo tempo?
-É, acho que sim.-o garoto lhe respondeu.-Eu gosto muito da natureza, para ficar gastando papéis, ao invés de falar.
Exclamou desviando seu olhar para suas mãos, ele sentia que aos poucos, ia se soltando com a mais nova, o que era praticamente um milagre. Pois Min Yoongi abria a boca apenas para falar com as pessoas de sua casa.
Até para os clientes da lojinha de conveniência, ele apenas os atendia e fazia gestos.
Aqueles dois não sabiam, mas um estava ajudando com o problema do outro.
Linzy sorria, ele estava finalmente falando com ela, a garota gostava de sua voz, era muito bonita para ficar apenas guardada em suas cordas vocais.
-No, que, estava, pensando?
O garoto de cabelos pretos perguntou novamente, com as falas entre cortadas.
-No meu diagnóstico.
Yoongi olhava Linzy pelo canto de seus olhos, ele estava curioso para saber o que ela tinha.
Achava o jeito da mais nova, único talvez inocente, ela tratava as coisas com leveza.
-Qual foi o resultado?
-Por que quer saber?
Perguntou rindo do nada, gargalhando um pouco, chamando a atenção da secretária.
-Você sabe dos meus transtornos.-Min deu de ombros.-Nada mais justo do que eu saber o seu também.
Park levou um de seus dedos para o seu queixo, pensando um pouco, o mais velho tinha razão.
-KyuHyun disse que eu tenho transtorno de bipolaridade, mas eu não sei o que é isso.
Ela deu uma pausa, tombando sua cabeça para o lado, fazendo Yoongi esquivar sua cabeça para trás, pois seus rostos estavam um tanto próximos.
-Você sabe o que é isso garoto dos roxinhos?
Ela parecia uma criança do jardim de infância, perguntando algo para seu professor.
O mais velho paralisou, claro que ele sabia o que era aquilo o que mais fazia em frente ao computador, era pesquisar diferentes tipos de transtornos.
Yoongi sabia tanto o que era aquilo, que tinha receio de dizer explicar para a pequena.
Então ele balançou a cabeça negativamente, fazendo Linzy suspirar.
-Suas consultas são apenas de sextas?-ela perguntou.
-Não, eu tenho que vir aqui três vezes por semana.
Linzy torceu o nariz, se ela não gostava de ir apenas um único dia ali, imagine três dias.
-Como consegue suportar essas paredes?
Perguntou fazendo uma careta para as paredes brancas, ouvindo o garoto ao lado rir fraco.
E rapidamente ela direcionou seu olhar para o sorriso gengival do mesmo.
-Você se acostuma com o tempo.-respondeu colocando as mãos dentro dos bolsos de seu casaco.-Afinal, branco é uma cor também, não é?
-Mas...Branco parece não ter vida.
Balançou seus pés, e percebeu que Min fazia o mesmo, em sincronia com ela.
-Eu sou branco e estou vivo.-Exclamou.-Eu acho...
Min ia dizendo, até perceber a aproximação da Sra.Park, que tinha os olhos marejados, causando uma expressão de espanto na garota.
-Omma...-Lin ia falando, até a mãe se ajoelhar ao lado da mesma, passando os braços pelo tronco da filha, a puxando para um abraço.-Omma, o que foi?
Linzy tentava retribuir o abraço desajeitadamente, mas estava tão confusa, que não sabia o que fazer.
A mais velha acariciava os cabelos da pequena, pensando em tudo em que o psicólogo havia lhe informado.
Yoongi iria se levantar, para deixar as duas sozinhas, mas a mão de Linzy em seu pulso o impediu.
-Omma...-Lin lhe chamou com os lábios para baixo, não gostava de ver a mãe triste, muito menos prestes a chorar.
-Eu, eu vou cuidar de você querida...-A mulher tinha a voz falhada.-Ok?
-Omma...
Os lábios de Linzy tremiam de medo, até sentir um toque suave em sua mão.
Min Yoongi acariciava a sua pele, tentando acalmar a mesma, lhe dando um pequeno sorriso.
E Linzy em meio aquela confusão toda percebeu que, os sorrisos de Min Yoongi, eram os seus remédios.
[+++]
Vocês são uns amorzinhos <3
Amorinhas nos próximos capítulos eu irei explicar com mais calma o que realmente é transtorno de bipolaridade.
O YOONGI FALOU shuahaha.
Cadê as leitoras de Tomorrow? Esse mês tem surpresinha pra vocês :3
Espero que vocês estejam bem, o que acharam do capitulo?
A surubangtan_é engraçada e um amor, quero ser amiguinha dela, e sufocar ela de abraço.
"Tem sido um longo tempo desde a minha vida cotidiana se tornou em matar minhas paixões e me comparar com os outros."
Bjinhos Panda do Tae ♡
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