2033, Colorado.

Caminhando pelas ruas desertas, com apenas o zumbido do vento, com o barulho das folhas secas quando são pisadas, Lisa de apenas 15 anos caminha sem rumo.

Com apenas uma mochila nas costas, a garota saca seu revólver calibre 28 em mãos, enquanto caminha até uma grande universidade, ela leu o nome em dificuldade já que mal sabia ler, o pouco que aprendeu foi quando sua mãe ainda estava viva, que a ensinava sobre o "antigo mundo" e sobre como escrever e ler.

A garota concentrou a sua audição para escutar qualquer tipo de barulho que a alertasse de perigo por perto, sem infectados, caçadores. A jovem estranhou o lugar que estava vazio praticamente.

Ela caminhou para dentro da universidade olhando ao redor, perdida em seus pensamentos, de como o lugar era enorme que parecia até um Palácio como nos livros que sua mãe lia para ela.

Ela entra por uma janela quebrada que dava acesso ao laboratório da universidade, a mesma observa o lugar e logo começa á procura nos armários alguns suprimentos ou qualquer coisa que achasse útil, e as colocava em sua mochila.

Saindo do laboratório, ela olha os corredores vazios e alguns corpos no chão coberto por sangue, imediatamente ela pega seu revólver e se aproxima dos cadáveres, olhando mais de perto e vendo o sangue fresco.

- Foi recente, pode ser de hoje.... - Olhando ao redor, ela percebe o silêncio no local o que fez ela ficar atenta á qualquer sinal de movimento ou barulho.

A mesma anda olhando a pilha de corpos cobertos por sangue no chão, até na escadaria do grande edifício.

Após olhar um corpo com três tiros no abdômen, pescoço e testa. Lisa automaticamente vira seu rosto quando vê uma garota pequena segurando um homem aparentemente ferido.

Um homen entra mirando a arma na direção dos dois, e a garota desconhecida segura o homem com seu braço esquerdo e com outro braço, ela pega a arma e assim que está pronta para atirar estava sem munição, o homem derruba ela e tenta acertar-la com um pedaço de madeira, mas é interrompido por Lisa que atira três vezes no peito dele o matando na hora.

A garota ruiva olha para Lisa por uns segundos, mas não reage em protesto, ela apenas levanta o homem ferido com dificuldade e começa a sair com ele até a saída.

Lisa percebe o desespero da garota com apenas o olhar que a garota lança para ela, Lisa sentiu a necessidade de ajudar os dois e com isso, por instinto, ela segue os dois com seu revólver em mãos sempre atenta á qualquer movimento brusco ou som.

Eles seguem para fora da Universidade indo em direção à um cavalo parado em frente, por um segundo eles quase iria perder a vida, novamente, após um homem aparecer e tentar acertar o tiro neles, o que é impedido de novo por Lisa.

A garota desconhecida coloca o homem mais velho com dificuldade em cima do cavalo, dava para perceber que ele estava perdendo as forças por grunhidos que o mesmo fazia, e o rastro de sangue que ficava no caminho que ele percorria.

Ela olhava a garota subir e conduzir o cavalo para irem embora, ela os seguem sempre prestando atenção no homem ferido, não se importava se eles eram caçadores, vaga-lumes ou qualquer outra facção local, ela sentia que precisava ajudar eles e iria fazer isso até ter certeza que os dois iriam sobreviver.

Após o percurso durar por uma hora, o clima começava á mudar, ficando mais frio por conta da neve que começava á se acumular no caminho, o que dificultava ainda mais a caminhada deles, e nenhum momento eles trocaram palavras um com o outro, apenas seguiram o caminho em silêncio.

Mas o silêncio logo acaba quando o homem ferido perde as forças por conta da perda de sangue, e cai na neve já quase sem vida.

Lisa e a garota ainda desconhecida, vão até ele tentando o acordar.

- Vamos lá Joel.... levanta porra, não me deixa agora - A ruiva exclamava tentando levantar ele, mas o mesmo permanecia de olhos fechados tentando se manter vivo enquanto tentava respirar fundo, sentindo suas forças irem embora.

- Eu conheço - engulo em seco - um lugar que pode ter antibióticos e seguro para ele ficar....

- leva a gente lá.... por favor.

Lisa sentiu a dor e desespero pelo olhar triste da garota, e lágrimas que escorria no rosto da garota ruiva, ela confirma com a cabeça engolindo em seco, levantando o homem com dificuldade enquanto o colocava em cima do cavalo junto com a garota, Lisa sobe no cavalo enquanto a garota o seguia de lado, já que não poderia ficar três pessoas em cima do cavalo que ele não ia aguentar levar peso á mais e ainda mais no tempo que está.

[...]

As garotas estavam em um shopping destruído e sem infectados, Lisa saiu para olhar se tinha perigo ou não no local onde estavam, e ali mesmo, dentro de um estabelecimento trancado, estava o homem ferido que estava deitado em cima de um colchão de péssimo estado e coberto com uma coberta velha, o protegendo do frio.

Após o local ser invadido por um grupo desconhecido de homens, as duas conseguiram os manter longe de onde colocaram o homem ferido, e assim que todos os homens estavam mortos, Lisa vai até o homem com uma seringa, agulha e trapos em mãos, e assim que ela sobe a camisa do mais velho ela vê o grande corte e profundidade do ferimento aberto, ainda escorrendo o sangue.

Ela tinha feito o que podia, já viu antes, enfermeiros quando morava na quarentena que iam até a casa dela quando eles saiam e voltavam machucados, o básico ela já sabia o que fazer, nada além que costurar e fechar o ferimento, e foi o que ela fez no homem.

- Ele vai ficar bem? - A garota ruiva pergunta para ela apreensiva olhando para ele e para Lisa.

- Creio que sim - Lisa diz ainda sem ter certeza se o que ela fez, vai fazer ele permanecer vivo após perder perder muito sangue.

[...]

Após dormir ao lado do homem mais velho, Lisa verifica o ferimento dele que já havia parado de sangrar e se encontrava limpo.

Ela suspira aliviada vendo ele respirar normalmente sem exigir muito da busca pelo ar, ela levanta saindo do estabelecimento e vendo a garota ruiva conduzir o cavalo até ela.

- Ele já tá melhor? - Lisa balança a cabeça positivamente - Então vamos embora, não podemos ficar por mais tempo... pode aparecer mais dos homens.

As duas foram embora junto com o homem do Shopping destruído, e a garota ruiva os levou até umas casas abandonadas para poder manter ele em segurança e não atrair mais dos homens que encontraram eles no Shopping.

Ainda prestando atenção no homem, Lisa limpou o ferimento dele novamente e suspira aliviada.

- Meu nome é Ellie - Depois de muito tempo a garota ruiva fala seu nome.
- E o dele é Joel.

- Lisa...

- Fica de olho nele, eu vou sair para caçar, e achar mais antibióticos para ele.

Lisa apenas balança a cabeça e volta o seu olhar para Joel.

- Espero que não faça nenhuma besteira.

Ellie sai deixando a garota sozinha em comando de continuar cuidando de Joel, e Lisa não recitou em fugir e deixa-los, ela queria ajuda-los, como ninguém ficou com ela, deixando ela sozinha para se virar nesse mundo pós apocalíptico, ela sentiu que deveria ajudar e ficar junto á eles.

[...]

Joel acorda ainda desnorteado, já procurando por Ellie, olhando para o lado vendo uma garota desconhecida deitada em cima de um lençol dormindo, ele levanta fazendo seu ferimento doer o que faz ele soltar um grunhido colocando a mão na região e se esforçando para levantar se apoiando na parede, e assim que está de pé, ele pega a mochila e se aproxima da garota dando um chute forte em sua perna fazendo a mesma gritar assustada com o ato repentino e olha para o homem em sua frente que a agarra seu pescoço apertando com a força, o que ele podia, deixando a garota sem ar.

- Quem é você? O que está fazendo aqui? E onde está a garota?

Ele continua apertando o pescoço da garota fazendo o rosto dela ficar vermelho e a veia de sua testa saltar marcando em sua pele.

Ele diminui o aperto em seu pescoço enquanto ela tentava buscar ar e poder falar com ele.

- Ela... saiu para - Ela para um minuto para respirar - saiu para, buscar antibióticos para você.

O olhar frio do homem fez a garota ficar aflita, mas logo Joel percebe o que está fazendo e á solta, ela é apenas uma criança, as palavras surgia na cabeça dele o que faz ele se afastar dela olhando agora preocupado para ela.

- Eu acompanhei vocês, o ferimento na sua barriga... fui eu que fechei... ela pediu para eu ficar de olho em você enquanto ela estiver fora.

Ela falava com a mão em seu pescoço, ainda ofegante pelos minutos que estava sendo sufocada.

Joel desvia o olhar olhando a pequena janela da garagem onde estavam, e se aproxima olhando para a rua onde estava vendo alguns homens procurarem alguma coisa, logo ele se ligou o que eles estavam procurado e olha para a garota.

- Vem comigo.

Lisa se levantou pegando a sua mochila e colocando o seu revólver em sua cintura seguindo Joel pelos fundos da casa.

Os dois, atrás de uma sacada quebrada tinha a visão dos homens conversando.

- Acha que a garota está morta?

- Ela é esperta, cara. Capaz de matar a gente, sem percebemos.

Eles se olham entre si, e Lisa olha para Joel que sobe por cima da cerca mas é impedido por um homem puxando sua mochila o derrubando.

Lisa com sua rapidez dá uma coronhada com seu revólver no nariz do homem que cai para trás segurando seu nariz, Joel é segurado por trás pelo outro homem que dá um impulso para trás e empurra o homem em sua frente que cai no chão fazendo Joel tomar controle e acertar os outros dois, os derrubando também.

Joel dá diversos socos em um homem enquanto os outros dois, estava tentando se levantar mas logo Joel pega um pedaço de madeira e bate na cabeça dos três fazendo eles desacordar.

[...]

Lisa estava paralisada olhando para tamanha violência que Joel tinha com os homens.

Eles estavam dentro de uma casa onde Joel tinha amarrado um cara na cadeira, o outro ainda desacordado na parede com o nariz quebrado e o outro... estava sendo morto com as pancadas que Joel dava em seu peito, com um pedaço de madeira que perfurava e cortava a carne do peito do homem.

O homem que estava na parede, acorda e se depara com a cena de Joel terminado de matar seu amigo, em sua frente, ele tenta sair de lá mas suas pernas estavam quebradas, Joel olha para ele jogando a madeira no chão e se aproxima do cara.

- Onde... a garota está? - Joel grita olhando para o homem que tenta se proteger colocando o braço á frente.

- Vai se foder cara, eu não vou falar nada.

Joel que já não estava com paciência, se abaixa e segura o queixo do homem e aproxima um mapa na frente dele e coloca uma faca que tinha sangue na boca dele, mas com a ponta da faca virada para o mapa.

- Marca aonde ela está.

Assim dito o cara marca com a faca qual era a localização de onde a garota estava, ele joga a faca no chão.

- É tudo que eu sei.... - Ele fala tremendo os lábios com medo, e Joel pega a faca e aproxima do homem amarrado na cadeira e se senta na frente dele, com um outro mapa na mão.

- Marca aonde está a garota.

- Cara, eu não vou falar aonde ela está.

Com raiva, Joel enfia a faca no joelho do cara e torce a faca lá dentro fazendo o homem grunhir de dor.

- Vamos - Joel dá um tapinha no rosto dele e retira a faca e á coloca na boca do homem que marca o mesmo local que o amigo dele.

Joel se levanta e fica atrás do homem e dá um mata leão nele o sufocando até a morte, e por fim, quebra o pescoço dele que cai no chão amarrado na cadeira, sem vida.

O homem que viu o amigo morto no chão olha para Joel que se aproximava dele com a madeira em mãos.

- Vai se foder, a gente te mostrou onde a garota está.

- É, e eu acredito nisso.

E assim, Joel dá uma pancada forte na cabeça dele e continua até quebrar a madeira na cabeça do homem que já estava morto.

Ele olha para a garota parada olhando para o homem morto e depois para o Joel, com o olhar perdido, completamente em choque ela estava diante daquela situação em que ele colocou ela.

- Vem - Joel chama ela que tinha seu olhar fixado para o corpo morto do homem. - Garota, vamos!

Ela desvia o olhar e se encontra com o olhar frio do homem em sua frente, ela engole em seco e balança a cabeça confirmando o que nem ela sabia o que ele tinha falado para ela.

Ela apenas segue o homem para fora, até eles chegarem em um restaurante que por um lado estava pegando fogo em meio de uma tempestade de neve.

Assim que entraram no restaurante, uma madeira em chamas cai ao lado Lisa, mas por sorte não pega nela.

Joel e Lisa olha ao redor e se afastar da fumaça indo até o local onde viram a Ellie.

Ellie estava como Joel alguns minutos atrás, matando um homem a sangue frio com um facão em mãos, macetando o corpo já sem vida do homem, que Ellie matou, o sangue espirrava no rosto e nas mãos da Ellie o que incetiava mais a garota de 14 anos continuar á esfaquear ele.

- Ellie, Ellie? Olha pra mim, para. - Joel segura o rosto da Ellie a impedindo de continuar e a mesma o olha sem expressar arrependimento, mas com um olhar triste, com medo, e com apenas o toque dele, ela desaba em choro o abraçando.

- Ele tentou.... - Ela tenta continuar, mas a voz falha por conta do choro.

Joel segura o rosto dela murmurando algumas palavras para ela, e Lisa olha para eles, eles se levantam para sair e Lisa os acompanha para sair de lá e seguir seu caminho, agora com Joel e Ellie.

Espero que tenham gostado do primeiro capítulo, em breve postarei o segundo, não se esqueçam de votar e comentar!