Tomamos o máximo cuidado para que ninguém nos visse. Saímos para fora, tinha uma grande área gramada em volta da escola, corremos em direção ao estacionamento, ao chegar desativei o alarme do meu carro vendo ela parar bruscamente atras de mim, me virei e ela me olhou assustada.

- O que está fazendo?

- Tenho uma ideia lembra? - Ela continuou paralisada, me aproximei e peguei suas mãos. - Confie em mim!- Tentei sorrir o mais confiante possível, mais acho que por algum motivo ela achou graças, e soltou um lindo sorriso que me derreteu toda por dentro.

- Tá bom, só não me mate, tá? - Arregalei meus olhos fingindo indignação. - É que você está com cara de maluca, só não quero que jogue meu corpo em qualquer lugar por ai... - Ela deu de ombro e passou em minha frente indo em direção ao carro. Eu ri incredora mais logo fui ate o carro onde Ashley já estava devidamente sentada. Liguei o carro e sai com o mesmo. Depois de logos minutos parei meu carro ao pé de uma colina, sai do carro e comecei a subir com Ashley logo atras de mim, ao chegar no topo parei e deixei que ela passa-se na frente. Avista era incrível, dava para ver uma parte da cidade, uma calmaria atingia meu corpo, ali era meu lugar preferido.

- Eu venho aqui quando estou triste ou me sinto perdida. - Ela me olhou maravilhada seus olhos brilhavam.

- Nossa... Aqui é lindo... Obrigada! - Seus olhos se voltaram para a vista. E eu ria igual idiota. - Porque nunca me trouxe aqui? - Meu sorriso sumiu, ela era o motivo deu ter encontrado esse lugar, abaixei a cabeça me afundando em minhas memorias.

Flash Back on!

Para mim já tinha dado, eu fiz tudo o que eu pude, tudo que me mandaram fazer. Mais nada deu certo, eu estava desistindo, do meus amigos, da minha família, de tudo. Decidi que iria acabar com tudo isso hoje a noite, peguei minha mochila coloquei todos os meus remédio dentro e saiu pela rua. Andando pela rua eu só pensava nela, e na dor de não saber onde ela estava ou o que aconteceu com ela, as lagrimas me atingiram, já faz mais de 1 ano e nada.

Andei por muito tempo, até encontrar uma colina, subi e lá fiquei por alguns minutos admirando a vista, até que a coragem chegou, peguei um frasco e derramei todos os comprimidos nas mão, quando ia leva-los a boca, meu celular vibrou no bolço, o peguei e tinha um aviso,hoje estava fazendo 3 anos que a gente se conhecia, e era um aviso que Ashley tinha colocado no meu celular, provavelmente antes de me abandonar, com uma foto e a seguinte frase.

" Mesmo que as coisas estejam difíceis, não desista, pois o que é seu sempre encontrara o caminho de volta."

Cai de joelhos no chão, os comprimidos se espalharam, meu coração doía mais do que eu podia aguentar, as lagrimas saiam furiosa pelos meus olhos. Eu queria ela de novo, queria apenas ouvir a voz dela de novo, qualquer coisa, saber que ela está bem... Peguei meu celular e liguei para o seu numero ainda gravado em meu celular, eu tinha feito isso todas as noites só para poder ouvir a voz meiga e delicado dela na caixa-postal. Me deitei e fiquei ali ouvindo sua voz, e me perdendo na imensidão do céu estrelado. "Você ligou para Ashley, não posso atender no momento, deixe seu recedo."

Flash Back OFF!

Pisquei ainda de cabeça baixa e pude sentir as lagrimas escorrer, ela tinha voltado e eu tinha me focado na dor que ela me causou, mais esqueci que todos os meus sorrisos sinceros foram para ela. Levantei a cabeça, ela me fitava de braços cruzados e um olhar carregado de preocupação.

- Foi por você... que eu encontrei esse lugar... eu.. eu... - antes que eu pudesse tentar terminar a frase ela correu para mim entrelaçando seus braços no meu pescoço.

- Eu sinto muito por tudo... eu quero que saiba de tudo, quero que me intenda Alex. Por favor me de essa chance? - Escondi minha cabeça na curva do seu pescoço, e meus braços na sua cintura, a apertando contra meu corpo. Não sei por quanto tempo ficamos ali, mas assim que me dei conta de que estava fracassando com a minha missão que cuidar dela e faze-la rir, me afastei, limpei minhas lagrimas, e as dela e dei um breve sorriso, a vendo retribuir com certa dor. - Eu preciso te con...- com meu dedo nos lábios dela a impedi de terminar de falar.

- Não fala nada por favor. - colei nossas testas- Hoje não, eu vou te deixar explicar... um dia, hoje não.- me afastei a levando para a beira do penhasco que avia ali. - Se liberte Ashley. Aqui é onde jogamos todos os nossos medos, e eu compartilho com você pois sei que está precisando... Mais não abusa. - A olhei seria, ela me deu um sorriso de lado se aproximou ficando na minha frente e olhou dentro dos meus olhos.

- Obrigada...

- Pelo que? Isso aqui não é nada de mais. - ela passou suas mão em minha cintura e deitou sua cabeça no meu peito. A segurei pelos ombros e a afastei devagar, seus olhos encontraram o meu. Eu me desviei de seus braços, foi até uma parte com grama mais fofa e sentei, a olhei convidando ela a se sentar comigo. Não demorou para ela se sentar na minha frente, algo me conectava a ela, e hoje eu estava disposta a esquecer todo resto e ficar ali só com ela. Me deitei a olhando e estiquei meu braço, ela entendeu e logo se juntou ao meu corpo, deitando a cabaça no meu peito, seu corpo estava metade em cima de mim. Pude sentir seu coração acelerar, e tive certeza que ela também sentia o meu. Ficamos ali num silencio absoluto, fechei meus olhos e deixei que seu cheiro me invadi-se, e que o mundo a nossa volta parasse. Até que ela quebrou o silencio e meu coração também.

- O luke morreu. - ela começou a chorar e se apertou mais em meu corpo, beijei sua cabeça, e a segurei com mais força. Então era isso, seu cachorro, o ultimo presente e a lembrança mais viva de sua mãe, tinha morrido. Quis poder livra-lá dessa dor, quis protege-lá, mais como fazer isso? Depois de longos minutos resolvi que tinha que fazer algo.

- O que fez com ele? - ela levantou a cabeça, apoiando seu queixo no meu peito me fitando com seus olhos confusos, limpei suas lagrima. - Com luke o que fez com ele?- ela arqueou a sobrancelha.

- Vou enterra-lo, com meu pai assim que ele chegar do serviço, não consigo fazer sozinha.- assenti e continuei a fita-lá. Sua voz mostrava o tamanho da dor que carregava nesse momento. Ela se inclinou aproximando nossos lábios, eu queria beija-lá, como eu queria, já sentia seus lábios muito próximo dos meus, sua respiração quente descompensada, minha boca estava secando, engoli em seco quando seu telefone tocou, ela se afastou meio desconcertada, pegou o celular vendo que era seu pai, se levantou atendendo a ligação e se distanciando. Me levantei e fiquei fitando a vista, até que senti suas mãos me abraçando por trás, ela chorava baixinho, me virei preocupada levantei seu rosto. - O que ouve?

- Meu pai... ele não vai poder enterrar o luke... talvez trabalhe até mais tarde.- suas lagrimas ainda desciam, a abracei e beijei o topo da sua cabeça.

- Tudo bem... eu estou aqui. E vou estar sempre com você. - Ela se afastou ainda olhando para baixo, e limpou seu rosto. Levantou seus olhos devagar, mais invés de encontrarem o meu ela parou em minha boca, umedeci os lábios com a língua. Ela se aproximou mais invés de cololar nossos lábios, beijou o canto da minha boca.

- Acho melhor a gente ir, já vai anoitecer. - Apenas assenti com a cabeça e a segui até o carro, a levei direto para sua casa. Ela foi até onde tinha deixado o cachorro coberto por uma coberta, e eu escolhi um lugar embaixo de uma arvore, e comecei a cavar, assim que já estava com o tamanho suficiente, me virei e a vi vindo até mim, com o rosto todo molhado, e nos braços o luke. Ela se ajoelhou e colocou ele ali, aos poucos foi o cobrindo com terra, ela continuava ajoelhada de cabeça baixa chorando muito, assim que terminei deixei a pá de lado e abaixei junto a ela, a abraçando.

Quando entramos na sala já estava escuro, as luzes do lado de fora já tinham se ascendido e pela porta de vidro da mesma admirava a beleza do jardim iluminado. Ashley se aproximou me dando uma xícara de cafe.

- Vem, vou lhe mostrar a casa. - Na porta principal tinha alguns degraus e uma parede cheia de portas retratos. Desviando da parede a sala, branca e imensa, um sofá em L de coro a direita e logo de frente uma TV gigantesca embutida numa parede, Em frente uma parede com uma porta dupla toda de vidro, a esquerda uma escada que leva ao segundo andar, mais antes de chegar ao segundo degrau, assim que sobe nessa parte a direita a cozinha toda planejada e bem iluminada mais luxuoso impossível, voltamos e subimos as escadas de mármore branco ao chegar no topo, havia um corredor as duas primeiras portas ficavam os quartos de hospedes, a próximo do lado esquerdo era um escritório e uma mini biblioteca, vários puf e mais parede de vidro e a vista era mais linda ainda. A porta de frente para essa era...

- Seu quarto... - Disse baixinho, apenas para mim. Mas algo na cara assustada e nos olhos arregalados quando ela se virou para mim, me dizia que ela tinha ouvido. Abri um sorriso amarelo e sem graça.

- O que você disse?

- Na... nada ora. - meu jeito atrapalhado e o quanto eu gaguejei não me ajudaram em nada, ela fechou a boca, arqueou a sobrancelha e me fuzilou com os olhos, estou morta. Ela deu um passo a frente com os braços cruzados, e eu fui chegando para trás rezando para não encostrar na parede, mas eu não estava com sorte...

- Você vai me falar por bem ou por mal? - quando ela chegou mais perto, juntei todas as minhas forças para pensar em algo, mais isso também não deu em nada, até que fixei meus olhos atras dela, ela olhou para traz para ver o que eu estava olhando. Mais nesse segundo de distração sai correndo em direção a escada. Desci a mesma e fui para a sala, com Ashley bem próximo a mim. Tentei me afastar dela mais ela foi mais rápido, me empurrou, cai no chão, me virei correndo tentando me levantar, mais ela me empurrou de novo me segundo ali, subiu em cima do meu quadril com uma perna de cada lado do meu corpo. - Aonde pensa que vai Ale? - Seu sorriso perverso meu deu um arrepio na espinha.

- Eu... eu... - ela gargalhou, e se aproximou mais.

- Você o quê? - engoli em seco e fechei os olhos pressionando o mais forte que consegui. Ela segurou meu rosto com a mão, muito forte por sinal. - Abra os olhos, olhe para mim. - A obedeci.- Boa garota. Agora me conta essa historia de você conhecer meu quarto, vamos?

- Eu te trouxe aqui no dia da festa.

- Isso eu já sabia, mas como já conhece a casa?

- Te levei para o quarto! - Seu olhos se arregalaram.

- Como? Foi você que? Ai meu Deus!- Ela se levantou e começou a andar de um lado para o outro, balançava a cabeça e passava a mão pelo cabelo. O que me fez rir de seu desespero, me sentei no chão gargalhando.- Do quê está rindo? - Ela empurrou meu ombro com força, voltei a deitar, tentei segurar as risadas.

- De você, desencana eu te levei para cama troquei sua roupa, escrevi o bilhete e... - Me levantei, foi até a parede de vidro, ela se aproximou de mim.

- E o quê? - ela estava tão bravinha.

- E nada... - me virei e de relance e vi o piano. O fite por um tempo.

- Você vai me contar tudo.

- Depois. - disse olhando para ela e depois para o piano, foi até o mesmo e me sentei, o abri e passei meus dedos pelas notas, ela estava vindo furiosa até mim, mais parou no meio do caminho, assim que eu comecei a cantar.

https://youtu.be/aqtT2hEUjOw

         Assim que terminei o refrão, a senti sentar ao meu lado. Me deixei olha-lá por um segundo, seus olhos estavam cheios de lagrimas, meu coração errou uma batida. Desviei nossos olhares e continuei. 

         A musica terminou e eu a olhei e vi que não dava mais, me aproximei dela, seus olhos não desgrudavam dos meus, com minha mão fiz carinho em seu rosto. Devagar fechei meus olhos e senti seus lábios tocarem os meus, eram macios e tinha gosto de morango. Aos poucos fomos aprofundando o beijo, com a ponta da língua pedi passagem e ela não demorou a me dar. Minha língua acariciava a dela, quando de repente ela chupou a ponta da minha me arrancando uma sensação jamais sentida. Grudei mas nossos corpos, com a mão em sua cintura a forçava contra mim, e com a outra segurava seus cabelos impedindo que ela se afastasse, o desejo só aumentava dentro de mim, gemi quando senti sua mão entrar por minha camiseta e arrastar suas unhas na minhas costas. 

          A sensação era indescritível,  eu quis te-la em meus braços desde que a vi pela primeira vez, e pelo modo que ela devorava meus lábios, isso era reciproco. Mas um barulho na porta nos fez se afastar em um pulo, a sorte é que a parede não permitia que dá porta se vise o piano. Meus olhos arregalados a olhava se levantar e ficar de frente para porta de entrada, e dando um leve sorriso para alguém, eu não tinha pernas para levantar e ver o que estava acontecendo. Até que uma voz masculina encheu o lugar, e eu reconheci na hora.

         - O filha, eu sinto muito. - ele se aproximou a envolvendo com os braços.- Como você está?- ele levantou o rosto dela para que ela o fitasse.

         - Estou bem papai... - eu desastrada como sou, acabei esbarrando nas teclas do piano quando ia me levantar, com o barulho acabei chamando atenção deles.

          - Oh... Alex... eu não sabia é... - ele olhou para mim e depois para Ashley e de volta para mim. 

          - Pai, ela me trouxe da escola hoje.

         - Foi bom te ver de novo senhor Parker. E eu já... vou indo. - Eu queria ficar, queria estar com ela, mas o que eu estava fazendo. 

        - Só David Alex... 

        - Eu a levo até a porta.

        - Não precisa... - Eu disse rápido de mais.  David a olhou, e ergueu a sobrancelha, quando ela ia passar por ele, o mesmo segurou delicadamente em seu braço.

        - Ela disse que não precisa, temos muito o que conversar né?- ela o olhou e abaixou a cabeça e se despediu quase em um sussurro, fiz o mesmo e sai dali extremamente nervosa o que eu estou fazendo? Cheguei em casa e "S" estava em meu quarto, eu tinha me esquecido que tinha mandado mensagem para ela, para levar meu material, e deixar o da Ashley com sua amiga. Entrei e fechei a porta. 

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          Acordei e me arrumei o mais rápido possível, sai de casa correndo. Ao chegar na escola, entro pelos corredores, era uma mistura de insegurança mais também de ansiedade, eu queria vê-lá, queria tocá-la de novo, mais como seria, esqueceríamos o passado e íamos rumo ao arco-íris é isso? Quando virei um corredor, pude ver Ashley conversando com Violet, ela estava com um sorriso lindo, que me fez derreter,  ela usava um vestido sem alça azul claro todo soltinho e um salto, fiquei a olhando por alguns segundos até que a mesma percebeu e virou a cabeça para me fitar, nesse exato momento seu sorriso desapareceu dando lugar a uma cara uma tanto assustada, não era só eu que não sabia me portar diante de tudo que aconteceu, depois de longos minutos ela tentou um sorriso e deu um passo em minha direção mas parou assim que viu Lexa se aproximar, Lexa me cumprimentou com um beijo na bochecha, passei o olhar para Ashley que saia com sua amiga. 

            - Hey, como está Ale?- Lexa perguntou toda sorridente, ela era linda, morena de olhos escuro penetrantes, ela cursava um ano na minha frente, a gente mal se falava, mas desde que Ashley tinha ido ela foi se aproximando cada vez mais. Segundo "S" ela gostava de mim, mas nem tudo é perfeito. 

             - Oi estou bem e você?- Devolvi o sorriso, conversamos mais um pouco sobre assuntos diversos, Lexa era bem divertida, Serena chegou e caminhamos em uma conversa entretida até a sala de aula.

             Meu sentimentos estavam uma bagunça, eu tentava não me render a ela mais é claro que não estava dando muto certo. Eu precisava desabafar então marquei com a Serena depois da aula, eu ia ter que parar de fugir e contar tudo pra ela.

              Amanhã seria finalmente a nossa viagem com a escola, então eu preciso me controlar para passar 24 horas juntas nesse final de semana, que era bem provável passar extremamente devagar. Eu tinha que saber como agir perto dela.

              Serena chegou toda animada em minha casa, brincamos um pouco com meus irmão na sala. Mas logo subimos, Serena sentou em minha cama e me olhou atentamente.

               - Vai Ale, começa a falar. - Sua voz era mansa e curiosa.

               - Calma, eu vou te contar tudo. - Me sentei a sua frente e contei tudo que estava sentindo, contei sobre os beijos com Ashley, tudo o que tinha acontecendo, a loira me olhava com tranquilidade.

               - Olha acho que essa viagem vai ser boa para vocês. Você sabe o que eu penso sobre vocês duas juntas né? - assenti -  Mas, se pensa em dar a ela uma chance e bom ouvir o lado dela da historia Ale, pode ajudar saber os motivos dela. Só não quero que se machuque - sua expressão era séria, porem transmitia calma em cada palavra.

                - Não sei se consigo esquecer tudo que passei "S", ela me machucou de mais, mas nunca estive tão envolvida com alguém antes. Sei lá, eu tento ficar longe mas quando vejo já estou perto demais. 

                -  Sei...Nesse tempo ela nunca te procurou? - a fitei. - Nenhuma vez?- seus olhos estavam mas preocupados e curiosos com a resposta.

                - Não. - falei com a cabeça baixa. - Você sabe de tudo, sabe que eu daria tudo para que ela tivesse me ligado, para ouvir sua voz, para saber se estava tudo bem... mas porque está me perguntando isso agora? - A olhei desconfiada.

               - Nada. - Desviou o olhar. - Só pensei que talvez ela tivesse ligado. - deu de ombos mas isso não me convenceu, me deixou bem intrigada, sabia que ela estava me escondendo alguma coisa, mais o que poderia ser? Acho que a volta da Ashley não mudou apenas a mim, mas porque mudou a Serena eu não sei, mais vou descobrir...

 Ashley

              Eu não podia acreditar que depois de tudo, ela estava flertando com aquela garota, a morena que conversava animada e bem intima com Alex, era a mesma da festa do Thomas.  Aquilo me irritou de tal maneira, e para piorar mal vi Alex o dia todo, na minha cabeça passava que ela podia estar com a garota, meu humor não era dos melhores. No final da aula, já estava saindo pela porta principal da escola, quando ouvi Violet me chamar, me virei e esperei ela e Troy se aproximar, ela me deu um sorriso que retribui meio amarelo. 

            - Ash, eu e Troy vamos sair com uns amigos, quer ir com a gente? - minha cabeça ainda estava na Alex... e na menina morena toda se oferecendo para ela...

            - É... sa...sabe aquela menina morena que estava conversando com Alex hoje, quem era? - Eles me olharam desconfiado e meio assustado, mas não demorou para Troy abrir um sorriso...

            - Lexa... estuda comigo, ela é gata não é? - Violet lhe deu um tapa no braço que ele logo tratou de reclamar, dei de ombro e continuei a andar, se eu não tivesse com raiva até teria rido dos dois...

            - Não se preocupe com ela, ela arrasta asa para Alex já faz tempo, e se até hoje não aconteceu nada entre elas, não vai ser agora que vai rolar. - Violet disse na van tentativa de me animar. 

           - Mas teve aquela vez que... - Corri meus olhos para Troy, que abriu um sorriso amarelo, mas que logo desapareceu. Violet voltou a repreender-lo com outro tapa...

           - Cala a boca Troy! - disse quase num sussurro. 

          - Não, agora eu quero saber. - Andei até parar a sua frente, eu precisava saber. Violet abaixou a cabeça e balançou negativamente, Troy arregalou os olhos. - Me fala Troy!- cruzei os braços em baixo dos seios e fechei a cara arqueando a sobrancelha. 

         - Teve uma vez... - sua voz mal saia - que dizem, que elas se pegaram no banheiro. - Arregalei os olhos e voltei a andar furiosa, então eu sofri por ela e ela ficou se pegando com outra no banheiro da escola, se eu encontrasse com ela a mataria... Os dois se apresaram para me alcançar. - Mas são só boatos Ashley. - O olhei possessa de raiva. Ele se calou todo o  percurso até minha casa, Violet insistiu em ficar comigo até eu me acalmar. 

     (...)

          - Você deveria ir, você não vai sair? -  Falei olhando Violet sentada no sofá a minha frente. 

         - Ele que espere! Quero saber como você está? - Ela me olhava fixamente.

         - Estou bem, ela só me deixa confusa. Mas acho que agora sei exatamente o que ela pensa. - desviei meus olhos, olhando para meus dedos, meu coração doía tanto.    

         - Talvez seja melhor deixa-lá no passado. Acho que você já sofreu de mais por ela, você merece ser feliz.- Deu de ombro.

          - Não vou para a viagem, acho melhor me afastar, não vou conseguir passar o final de semana todo ao lado dela. - Ela se sentou ao meu lado me abraçando, e eu deixei algumas lagrimas caírem. 

           Eu não sei o que faria sem ela, mas nem ela conseguia retirar a dor que eu sentia em meu peito.