Capítulo 6 Detention
Ashley
Cheguei na escola determinada a descobrir o que tanto Violet me escondia. Depois de fugir de mim o final de semana todo, hoje não teria como escapar. Todos me olhavam e eu á estava de saco cheio.
Ao virar em um dos corredores, vejo ela conversando toda sorridente com Troy, me apresei para chegar perto dela, assim que ela me viu soltou um sorriso amarelo. Troy me cumprimentou com um aceno mais logo saiu nos deixando a sós.
- Oi - disse ela tímida, com os ombros levantados e suas mão no bolço da frente da calça
- Oi? É só isso... Oi? - Violet tirou as mãos dos bolsos e começou a apertar as pontas dos dedos, olhando fixamente para os mesmos. - Leth, olha para mim.- coloquei minha mão em seu queixo e o levantei até encarar seus olhos, que tinham um tom de medo.- Por favor eu preciso saber.
- Você não vai gostar. Então deixa isso pra lá. - ela bateu de leve sua mão em sua coxa, era visível o incomodo, me olhou suplicando, mais eu não podia, eu precisava saber.
- Olha, aquele imbecil me drogou - tentei falar com bastante calma, mais lembrar daqueles momentos não eram facies.- e tentou me agarrar .- meu olhos se encheram de lagrimas - e só não o fez porque algum anjo me salvou. - minha fala saiu mais arrastada do que eu queria, minha garganta parecia que ia fechar. respirei fundo e a fitei mais uma vez. - Preciso agradecer.
- Não precisa não, ela sabe que você a agradece.
- Ela? - Violet me olhou assustada, e começou a andar em direção ao banheiro. A raiva invadiu meu corpo, fui atras dela em passos largos. Parei atras dela a fuzilando pelo espelho. - Anda Leth, desembucha logo.
- Tá bom! Mais depois não diga que eu não te avisei. - Ela se virou encostou na pia e cruzou os braços em baixo dos seios.
A olhei fixamente, prestando muita atenção em cada palavra que ela dizia. Aos poucos minha expressão se transformou em completo susto, não podia ser. Eu estava ouvindo errado.
- Pronto Ash, isso é tudo que eu sei. - fiquei de boca aberta, eu não conseguia pensar, não conseguia formular nenhuma palavra. Era um misto de emoções impossíveis de descrever. Depois de longos minutos em puro silencio, sai do banheiro e fui em direção a aula, senti os passos apresados de Violet atras de mim. Ao chegar na sala a professora nós pós em detenção, o que na hora não dei importância alguma. Eu era pura raiva por fora, mais por dentro era tanta confusão que estava me deixando louca.
A aula acabou, eu ia aproveitar o pequeno intervalo para falar com Alex, mais quando estava indo em sua direção, Serena se adiantou e fechou a minha frente.
- Você não vai atormenta-lá, mais que já atormentou - a fuzilei com os olhos, meu assunto não era com ela, mais já estava ficando irritada.
- Alguém já te disse o quanto você é enxerida, parece um cachorrinhos adestrado. Sai da minha frente garota! - Serena estreitou os olhos, e eu não recuei, precisava falar com Alex.
- Eu não vou deixar você chegar perto dela, desista nada que você falar pode me atinge. - Eu senti vontade de arranca-lá da minha frente, mas quando eu ia abrir a boca o professor chegou.
Luke Stromer era o professor mais divertido e brincalhão, mais nem ele conseguiu melhorar meu humor. Já no meio da aula ele resolveu fazer uma atividade em dupla, e para minha sorte ela era minha dupla. Mas para surpresa de todos ela se recusou, o que fez minha raiva crescer ainda mais se é que isso era possível.
Terminei e fui para a sala de detenção sentei no fundo. Violet sentou mais no meio, desde que me contou não estávamos nós falando, levaria um tempo para que eu conseguisse digerir tudo o que aconteceu. Mas de repente achei que Deus estivesse ao meu lado. Alex adentrou a sala paralisando ao me ver, encostei na cadeira e cruzei meus braços em baixo dos seios, a vendo ficar pálida, ela correu os olhos com urgência pela sala, parando os olhos no monitor, e logo depois para mim, arquei a sobrancelha e ela desviou o olhar para baixo e logo seguiu para o fundo da sala, mais do outro lado, bem longe de mim. Os minutos se passaram como horas, o silencio era absoluto, fixei meus olhos nela, quando vi que faltava apenas 2 minutos para acabar a detenção.
O monitor se levantou, avisou que já tinha acabado a detenção e saiu da sala com pressa, Violet se levantou me olhou e logo saiu da sala também, Alex se levantou e tive que me apressar para chegar a porta antes dela, passei na frente dela e puxei a porta a fechando e a tranquei, senti ela paralisar atras de mim. Me virei de vagar vendo o rosto dela extremamente assustado.
- O que está fazendo?- Ela perguntou com a voz quase em um sussurro.
- Precisamos conversar Alex. - Dei um pequeno passo em direção a ela.
- Não tenho nada para falar com você! - Ela disse na defensiva, cheguei um pouco mais para frente fazendo a mesma dar alguns passou para trás.
- Alex me desculpa por tudo. Você merece uma explicação. E eu quero te explicar.
- Não eu não quero saber, eu já superei você, e você deveria fazer o mesmo.
- Não...
- Não o que?- Ela ficava cada vez mais tensa conforme eu ia me aproximando.
- Você não superou, Alex. Por favor me deixa te explicar o que aconteceu. Eu...
- Não quero explicação nenhuma suas. Eu quero distancia de você.- Ela gesticulava com a mão, mostrando o quanto estava nervosa.
- Você não me quer longe. - olhei fixo para ela.- Só... eu vejo como você me olha.- minha voz saiu rouca.
- Para Ashley. Você se foi, e eu enterrei você no passado.- sua voz saiu rouca. - Quando você me deixou. - sua ultimas palavras era quase inaudível, ela encarava o chão se jeito.
- Alex- cheguei perto de mais a encurralando na mesa.
- Ashley! Você não entende, você ficou no passado. -Ela disse quase gritando, o que me fez sentir a raiva toda voltar, porque ela tinha que fazer isso.
- Me superou tanto que bateu no Thomas só por ter me agarrado? E cuidou de mim me levando para casa! - Ela arregalou os olhos, empurrou meu ombro e tentou sair, mais eu a segurei pela braço. Ela olhou para minha mão em seu braço e depois para meus olhos.
- O que?... eu... eu faria isso para qualquer pessoa que precisa-se de ajuda!- Ela deu de ombro, e eu a trouxe para mais perto de mim, pude sentir o calor de sua respiração, sua boca a centímetros da minha, me coração errou uma batida e nossos olhares se conectaram.
- Sabe que isso não é verdade, mais se é nisso que você quer acreditar. Eu só quero te pedir uma coisa, ai posso te deixar em paz. - falei com a voz calma, rouca, baixa, a vi engoli em seco, ela sabia o que eu queria e ela queria tanto ou mais que eu.
- E... o que é?- sua voz saiu cortada, como um sussurro. Nossos olhos ainda se mantinha conectados, e eu abaixei de vagar até a sua boca, a vendo umedecer os lábios com a ponta da sua língua. Eu precisava beija-lá, precisava sentir seu gosto nem que fosse apenas por uma vez.
Devagar diminui ainda mais o pequeno espaço que tinha entre nós, ela estava paralisada, e então colei nossos lábios, por um segundo achei que estava sonhando, sua boca macia com gosto de morango. Para minha surpresa ela me puxou pela cintura colando o máximo que pode nossos corpos e aprofundou mais o beijo, subi minha mão pelo seu braço e a pois e sua nuca, mais logo subi para seus cabelos, entrelaçando meus dedos nele, fazendo um pouco de pressão. Quando o ar nós faltou nós afastamos apenas um pouco colando nossas testas, permaneci com os olhos fechados, de repente ela se afastou olhando para o chão, e logo virou as costas e foi em direção a porta.
- Alex! - Ela parou ainda de costas para mim.- Eu não queria ter te deixado, eu juro. Mas se serve de consolo nunca ouve sequer um dia que eu não pensasse em você.
Assim que terminei, a vi respirar fundo e continuar seu caminho, nesse momento minhas pernas começaram a tremer. Ela abriu a porta e antes de sair me olhou.
- Eu te esperei, por muito tempo. Mas agora é tarde, é hora de seguir em frente.
Suas palavras doerão tanto, que minhas penas perderam a força e desabei a chorar, fiquei ali por longos minutos, tentando me recuperar para poder ir para casa.
Ao chegar em casa dei graças a Deus por estar sozinha, foi direto ao meu quarto me joguei na cama e desmontei, deixei que minha dor me dominasse. Eu a amava tanto que doía só de pensar que não à teria mais, mas sei também que a machuquei de tal forma que ela jamais me perdoaria.
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Cheguei a escola sem a menor vontade, era nítido que minha noite não foi boa. Virei o corredor e parada na porta estava Alex conversando com sua "cachorrinha" vugo Serena. Assim que ela me notou conectou nossos olhares, foi inevitável, meus olhos se encheram de lagrimas, seu olhar mudou para preocupado, se aquilo dura-se mais um minuto eu com certeza não aguentaria, meu coração doía tanto. Serena a puxou pelo braço me olhando também, indicando para que ela entrasse na sala. Seus olhos abaixaram devagar, e por um instante pensei ter visto seus olhos com lagrimas, antes que ela desaparecesse pela porta. Respirei fundo ficando alguns minutos com os olhos fechados, e fui para sala, sentando no fundo onde era meu lugar de costume. Violet sentou ao meu lado, e deu um sorriso tímido, que eu retribui meio amarelo. As aulas seguiram tão lentamente, até que o professor de literatura nos leva para o gramado da escola e faz a gente sentar formando uma roda.
- Hoje a dinâmica será o seguinte, quero que vocês cante ou declame um poema pra mim. Mais não qualquer um, quero que pense no seus sentimentos agora, ok?... Quem quer começar? - Professor Jackson Hasem estava com um sorriso gigantesco, Amanda foi uma das primeiras. Mais para falar a verdade não prestei atenção em nada, até ser a vez de Violet, ela me olha com um olhar receoso, sua voz saia nervosa e baixa, ela declamou uma poesia sobre erros e arrependimento. Ela não podia ter escondido de mim, mas confesso eu estava machucada, mais ela não tinha nada a ver com o buraco no meu peito, eu tinha que falar com ela, mais tarde talvez agora queria curtir minha dor sozinha. Depois de mais alguns alunos, o professor me chamou, hesitei por alguns segundos mais como sabia que não iria escapar, então respirei fundo e me levantei, fui ate o professor e me senti ao seu lado. Nós dois estávamos no meio da roda, ao nossos lado tinha um espaço, ate os primeiro alunos de cada lado. Peguei o violão e todos me olharam surpreso o que fez meu coração para, eu era a primeira a resolver cantar, escolhi a música "I NEVER TOLD YOU"-Colbie Caillat. Bati os dedos tocando os primeiros acorde, respirei fundo e fechei meus olhos.
As primeiras palavras sairão e um nó se fez em minha garganta e em meus olhos eu podia sentir se encherem de aguá. Eu tinha medo de desmoronar, mais falar de sentimento só era possível se eu falasse da dor.
Mais uma estrofe, e como eu sentia falta dela, a musica caiu como uma luva, meu coração estava apertado. Cada palavra, cada lembranças passavam em minha cabeça, e a vez do refrão chegou.
"No, I never told you"
(Não, eu nunca lhe disse)
Essa frase ecoava em minha mente, eu realmente guardei tudo para mim, mais eu queria, agora eu queria que ela soubesse, do quanto foi difícil para mim ficar longe, mas a cima de tudo eu queria que ela soubesse o quanto eu a amava e sempre amei. Eu não aguentei mais abri meu olhos e encarei seus olhos azuis, ainda segurando nossos olhares continuei cantando, em seus olhos pude ver a sua dor. E eu precisava dizer tudo para ela.
Quando terminei de cantar desviei meus olhos fitando o chão, eu não aguentava mais e deixei que uma lagrima escorresse pelo meu rosto, voltei para meu lugar olhando para o chão, ouvi algumas pessoas me elogiarem mais não dei importância, os últimos alunos se apresentaram e o tempo todo fitei meus dedos. Só faltava Alex, quando ouvi ela começar a cantar, reconheci a música na hora, era "Impossible", arregalei meus olhos e os levantei correndo vendo que ela me olhava fixamente, mas assim que nosso olhos se conectaram ela desviou olhando para seus dedos que tocava as cordas do violão.
Aquelas palavras doíam tanto, ela não podia sentir assim, não por mim. Como eu fui sem esforço? Ela não sabia o que estava falando. A cada palavra meu coração se apertava mais, era um misto de querer fugir para sempre, com um de querer coloca-lá no colo e cuidar de cada ferida. Ela cantou o refrão e eu percebi que não tinha sido minha culpa, mais isso não importava mais, eu não podia consertar o seu coração quebrado, ela não me daria essa chance, e depois disso acho que nem merecia, eu realmente a machuquei, eu a despedacei e com isso nada mais podia ser feito, a não ser, talvez deixa-lá ir, era a melhor opção. Meu coração doía tanto, meus olhos queimavam, abaixei a cabeça, eu sabia que não ia conseguir segurar as lagrimas por mais tempo. Então ouvi o professor nos dispensar me levantei de pressa e foi a passos largos para a sala buscar meu material, no caminho fechei os olhos com força por um segundo deixando as lagrimas caírem, um soluço me atingiu então desviei meu caminho e fui para o banheiro, me enfiei em uma cabine, bati a porta com força e encostei minha testa na mesma, só então deixei que o choro me dominasse. Como estávamos liberados não liguei de ficar ali por alguns tempo até que todos já tivesse ido, ninguém precisava me ver assim, principalmente ela. Sai da cabine, lavei o meu rosto me acalmando e fui buscar minhas coisas na sala, quando entrei fui direto a minha carteira, sem nem me dar conta de que tinha alguém ali, até ouvir sua voz atras de mim.
- Você só vai tem uma chance para me contar tudo, se explicar ou qualquer coisa que queira para me convencer... Então é melhor começar a falar. - Ela foi até a porta, a fechou e se encostou na mesma. me fuzilando com o olhar, será que era minha chance, ou devera deixar tudo isso para trás e esquecer? - Eu não tenho o dia todo e não me faça me arrepender... - engoli em seco e que seja então, me aproximei, já que ela queria saber, ela teria, e teria tudo...
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