Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capitulo 19 Responsibility in the highest



            Já fazia duas semanas desde que Ashley se mudou para seu apartamento, a 4 quadras da minha casa, a ajudei com a mudança e sempre que eu podia ia para lá, amava passar todos os minutos ao seu lado. Ela se tornou tão responsável então pouco tempo, as vezes nos sentávamos no chão da sala sobre o tapete de pelos macios para estudarmos, mais acabávamos entre caricias e beijos apaixonados por cima dos livros ou cadernos. Tudo parecia um sonho, e cada vez mais eu queria estar ao lado dela, uma simples compra no supermercado ou a ajudando a cozinhar nos fazia tão feliz.

            Levávamos meus irmãos todas as sextas ao cinema e no final acabávamos no apartamento dela, a relação que ela sempre teve com a Mel e o carinho com o Cris era tudo que eu podia querer, me fazia pensar no futuro, nos nossos filhos, nossa casa, nossa vida. Mas quanto mais tempo eu passava com ela, pior minha relação com minha mãe ficava, e nos últimos dias a relação de meus pais também não estava nada boa.

           - Filha?... – ouço uma leve batida na porta e logo depois a voz grave e suave de meu pai.

          - Pode entrar... – Digo me sentando na cama e fechando o livro que estava lendo.

          - É tão raro te ver por aqui, achei que pudéssemos dar uma volta e conversar um pouquinho. – Não contive em sorrir para ele, deixei o livro de lado e me levantei.

          Em segundos estávamos saindo pela porta e entrado no carro, nosso papo era descontraído, a tarde já caia o que deixava o céu com uma vista linda. Paramos na praia perto do Píer, meu pai me trazia aqui sempre, e esse era o lugarzinho especial para nós. Caminhamos lado a lado com os pés na areia ora ou outra a água gelada do mar tocava nossos pés.

          - Passo tanto tempo longe que só agora percebo a falta que o senhor me faz. – Digo o vendo abrir um meio sorriso, meu pai tinha o semblante sereno, mais carregado de preocupação.

          - Mas me diz, como tudo isso está funcionando para vocês?

          - Estamos lidando bem, tudo parece perfeito, ao lado dela o tempo para, sabe. Nunca estive mais feliz.

          - Fico tão feliz em ouvir isso meu amor, seu sorriso é gratificante. – Nos sentamos na areia olhando as luzes brilhantes da roda gigante, ouvíamos ao fundo risadas que vinha do parque.

          - Notei no pouco tempo que estou em casa que as brigas voltaram, achei por um segundo que estava tudo bem. – Meus olhos fixaram a areia e senti as lagrimas rolarem. Não era porque eu não tinha um bom relacionamento com a minha mãe que eu iria torcer pare eles se separarem.

          Ouve um tempo em que éramos tão felizes, chegava da escola e os encontrava no chão da sala entre risos e vinhos, as conversas eram leves e os beijos? a eles se beijavam muitas vezes, quase todas as vezes que se viam, mas hoje mal conseguem ficarem no mesmo ambiente sem se atacarem e o pior eu não faço ideia do que houve.

          - Meu anjo, sei que não é fácil para você entender, mais sua mãe e eu estamos passando por momentos difíceis, mais vai passar.

          - Vocês vão se separar?

          - Se chegar a esse ponto, qual será sua atitude?

          - O senhor quer saber se eu o escolheria ? – Levei meu olhar a seu rosto, e ele apenas permaneceu quieto. – Sim eu escolheria o senhor, mas pai é cruel de mais o meus irmãos terem que escolher.

          - Filha não foi minha intenção, sua mãe e eu amamos vocês e foi um erro meu cogitar a hipótese...

          - Pai só me promete que não vai me deixar... me promete?... – Disse o olhando, ele fechou os olhos como se sentisse uma dor imensurável.

          - Vem cá... – Me puxou mais para perto e me abraçou, um abraço apertado, minhas mãos o rodeava e quanto mais ele me trazia para perto, mais perto eu queria estar. Só de pensar que eu poderia não vê-lo todos os dias, meu coração errava uma batida, ele sempre foi meu herói, meu chão, minha rocha. – Eu sempre estarei com você, sempre meu amor.

           - Eu te amo papai...

           - Eu também te amo pequena...

          O silencio tomou conta, e ficamos ali olhando para as luzes e sentindo a brisa gelada vinda do mar, não sei ao certo quanto tempo ficamos assim, mas o silencio nunca foi um incomodo entre nós.

          - Pequena? – Olhei para seus olhos, ele ainda tinham um ar preocupado. – Sua mãe e eu estamos preocupados com o tempo que você se dedica a estar com a Ashley

          - Isso não está me atrapalhando em nada pai. Porque vocês ficariam preocupados?...

          - Bom a questão é que, a partir de amanhã a senhorita vai começar a me acompanhar no trabalho. Quero que aprenda a lidar com a empresa.

          - Mais pai...

          - Não pequena, sem reclamar, sairá da escola e vai direto para a empresa, além do mais, me parece que você e Ashley estão quase morando juntas já, como acha que vai conseguir pagar as contas no final do mês?

          - Ainda poderei sair da empresa e ir vê-la? Não quero me afastar dela pai.

          - Sim, não quero afasta-las, quero apenas te passar a minha herança e também te ensinar ter responsabilidades. Quanto mais você cresce mais orgulho você me dá.

          O sorriso que ele esbanjava era tão lindo e sincero, não queria está longe da Ash mais amava o tempo que passava com ele. Ele me entendia e seus concelhos sempre foram os melhores.

          - Pai? – Ele me olhou tão sereno que com certeza daria uma bela foto. – O dia de ação de graças eu estava pensando que...

          - Não ouse dizer que passará sem sua família?

          - E que eu gostaria de passar também com Ash e seu pai.

          - Ainda bem que sua casa é bem grande e cabe eles lá, avisa a eles que a janta sairá as 19:00 em ponto.

          - Você é o melhor pai do mundo....

          Me joguei nos braços dele, seus braços me apertava, trazendo-me mas perto, seu cheiro me fez lembrar a minha infância.

FLASH BACK ON

          - Meu amor você tem que comer tudo, como vai crescer assim.

          - Mas mãe eu sou a garotinha de 8 anos mais alta da minha turma.

          - Meu Deus quando meu anjinho cresceu e ficou tão esperta.

          Minha mãe se aproxima passando as mãos no meu cabelo os beijando, eu já estava pronta para ir para escola, ela me levaria hoje como estava acontecendo nos últimos 4 dias, pois meu pai foi viajar, e ela dizia que ele foi fazer seu nome, eu não entendia bem o que isso queria dizer, só sei que a saudade dele era grande, o que me fazia chorar toda noite até adormecer nos braços dela.

          Passei a mão na minha mochila e segui para a porta, com ela me seguia de perto, abri a porta levando um susto, lá estava meu pai parado a alguns metros da entrada com o seu melhor sorriso, corri em direção a ele me jogando em seus braços, seu perfume me invadiu e aquele cheiro era o cheiro de lar, de segurança.

          E naquele dia não larguei do pescoço dele, e foi exatamente lá que eu dormi toda enrolada e confortável no colo do homem que eu mais admirava. Eu cresci ouvindo minha mãe dizer que ela perdeu a filha no exato momento que eu senti o cheiro dele, e permaneci sempre com ele, até quando eu me machucava era para ele que eu corria.

FLASH BACK OFF

          O carro desliga já na garagem, despertando-me dos meus pensamentos, ele me olhava pensativo e eu o encaro tentando entende-lo.

          - Acha que tem volta para vocês?

          O suspiro pesado que ele emana me dá a resposta, fecho os olhos segurando o nó que se forma em minha garganta.

          - Guarde bem o que irei te dizer agora, não vale a pena viver pelas glorias do passado, pois o passado não te dará novas lembranças apenas te fará reviver os mesmos sentimentos.

          - Chega uma hora que não há o que colar.... Me dói saber que um amor como o seus acabou assim, mas pai quero que o senhor seja feliz.

          - Não me entenda errado, eu amo a sua mãe mais nem sempre um relacionamento acaba por falta de amor.

          O silencio permaneceu por um tempo, até decidirmos descer do carro, o abracei e fui direto para o meu quarto, essa conversa toda permaneceu martelando em minha cabeça, e não importa o que eu estava fazendo elas ainda continuava lá.

          - Alex pega os contratos temos uma reunião em 10 minutos...

          - Ok, já vou buscar eles na sua sala.

          Sai distraída pelos corredores, já fazia uma semana que ia para a empresa com o meu pai depois da aula, mas seria a primeira reunião que eu assistiria tendo meus pais na mesma sala. Eu sabia bem o que meu pai fazia, já sobre minha mãe, eu não sabia quase nada.

          Entro na sala e pego o monte de papel em cima da mesa, e quando me virei para sair me assusto com Serena parada na porta.

          - Olha só como você parece gente vestida nesse terninho... – virei os olhos me lembrando que ela agora fazia estagio na empresa na área da minha mãe. – Já está pronta para reunião?

         Aceno com a cabeça e saímos andando lado a lado, seguindo para a sala de reuniões.

          - Como vai a Gasparzinho, faz um tempão que não a vejo fora da escola?

          - Ela está bem, pena que só posso vê-la a noite, as vezes nem isso, ela tem passado muito tempo com uma amiga que ela fez no hospital, parece que ela está com algum problema.

          Serena apenas acena com a cabeça um pouco antes de entrarmos na sala. A mesa tem meu pai na cabeceira e do lado esquerdo uma cadeira reservada para mim, do seu outro lado minha mãe com serena, a parte de criação sentava na outra ponta e no meio tinha a parte administrativa, engenharia e os acionistas. Seria uma reunião para tratar de novos projetos, minha mãe estava estudando meios de fabricar produtos mais sustentáveis. Assim como o projeto feito a 7 anos sobre recolher os produtos antigos como parte do pagamento das novas, fazendo assim diminuir o descarte e acumulo de equipamentos.

          A todo tempo eu tentava apreender mais e mais sobre a empresa, e também sobre os projetos envolvidos, meu pai hora o outra trocava 3 palavras, mas na maior parte era minha mãe e o Thompson que conduzia a reunião. A reunião correu tranquila, embora eu tenha me perdido um ou duas vezes durante a últimas horas. Levantei logo depois de meu pai, mas antes que pudéssemos andar Kaio e Leonard nos cercaram, permanecendo em nossa frente no mais completo silencio esperando que a sala se esvaziasse, minha mãe parou na porta olhando para meu pai que apenas acenou para que ela se retirasse.

          - Nosso assunto é de extrema importância, talvez devêssemos estar completamente só.

          Leonard falou no seu tom de costume, calmo e baixo, com seus olhos voltado para mim que mantinha os olhos perdidos em algum lugar, mais assim que percebi seu olhar, corei veemente.

          - Me desculpe, vou te esperar na sua sala John.

          - Essa menina ao meu lado é a pessoa que um dia sentara nessa cadeira, então pode começar, que estamos ouvindo.

          Meu pai manteve a mão sobre meu braço me impedindo de sair a todo momento falava com autoridade. Os dois assentiram e logo a pós foi a vez da voz grave de Kaio se fazer presente.

          - Bom senhor eu não sei como aconteceu, mas desde ontem estamos revisando os papeis juntamente com o financeiro, a um pequeno e discreto desfalque em conta.

          - Nós refizemos várias vezes, mas as contas não batem, e a uma diferença em algumas notas senhor.

          - O que estão me dizendo?

          - Que a muito tempo não temos aumento na matéria prima, mas que a um tempo há uma diferença no valor das notas. – Kaio mantinha os olhos mais baixo e a voz preocupada.

          Meu pai suspirou e se virou para mim, meus olhos estavam levemente arregalados, mas ele se mantinha calmo. Demorei um pouco para entender, que ele queria que eu tomasse a frente, mas como eu faria isso? Estávamos falando de roubo debaixo dos seus próprios olhos. Era impossível isso ter acontecido sem que ninguém tomasse ciência.

          - Hummm... Vocês têm certeza? – Meu pai levantou a sobrancelhas para mim, e percebi que não era bem isso que meu pai esperava, ao voltar os olhos para os dois apenas Leonard me olhava. – Digo não há nenhuma chance de erro por parte do financeiro?

          - Sim senhora, eu sou o responsável geral pela auditoria interna, e estou dizendo que não há chances de erro por nossa parte, faço meu trabalho muito bem feito, toda semana.

          - Mais alguém roubou debaixo do seu nariz senhor Leonard, isso quer dizer que não faz seu trabalho tão bem assim, estou errada? – Elevei minha voz com autoridade, assim que vi meu pai se remexer incomodado ao meu lado. Mais eu não deixaria que tomasse a frente, eu tinha que mostrar que dava conta, embora eu sentisse que a todo momento minhas pernas fosse ceder. - Responda?

          - Senhora realmente esse fato passou por mim.

          Pela primeira vez o vi baixar os olhos, e encolher os ombros, já kaio continuava imóvel.

          - Vamos fazer uma auditoria total, e vamos descobrir para onde esse dinheiro está sendo desviado.

          - Com todo respeito não acho que isso vai ser o melhor à se fazer e se você tivesse metade da experiência que seu pai tem, veria isso.

          - Mais eu não sou meu pai, eu sou apenas a pessoa que dá a ordem e você é a que obedece. E bom se preparar que o final de semana será longo.

          Os dois ficaram em silencio por algum tempo, mais logo em seguida pediram licencia e se retiraram. Olhei para meu pai que sustentava uma cara séria. Ai meu deus será que fiz tudo errado?

          - Pai perdão se agi errado, não era...

          Ele me calou com um abraço apertado, me derramei nos braços dele.

          - Meus parabéns pequena, agora sei que a empresa estará bem, quando não puder mais comanda-la pois sei que você dará conta.

          Quando nós afastamos a primeira coisa que pode ver foi seu largo sorriso, não pude conter de sorrir também, seus olhos continham orgulho, mas foi só aí que lembrei, porque ele estava feliz? Nós tínhamos acabado de saber que fomos roubados, eu estava irritada por isso acontecer de baixo do nosso nariz, não meu porque eu tinha acabado de começar, mas sim do dele.

          - Como pode estar assim tão calmo?

          - Porque ganhei um presente hoje. – O olhei sem entender nada – Hoje vi minha menina tomar uma atitude madura que me encheu de orgulho. – Ele me abraçou de lado e nos guiou até a ampla janela. –Um dia tudo isso será seu, e você vai se dedicar a ele, vai passar noite em claro com pilhas e mais pilhas de papeis, vai se estressar por aquele negócio que não fechou e vai se cobrar ainda mais por aquele que conseguiu fechou.

          Continuei olhando para ele, ele tinha um ar compenetrado e calmo ao fixar em mim os seus olhos, respirei e esperei que ele continuasse, porque eu não estava entendendo o que aquilo tinha a ver com o roubo. Um lindo sorriso surgiu em seus lábios antes que voltasse a falar.

          - Mas ai você vai formar uma família, e vai descobrir que não há dinheiro no mundo que te trará a satisfação de sentir seu filho se aninhar a seu peito, velo falar sua primeiro palavra, dar o primeiro passo... assim com nada te fará admirar mais do que ver que seu filho cresceu e se tornou muito melhor do que você pudera imaginar.

          - Ah pai... – ele me interrompeu e pude ver seus olhos marejados.

          - Você cresceu meu amor, e me orgulho da mulher que se tornou e sei que quando assumir essa empresa, fará seus funcionários ter orgulho de trabalhar com você – ele se virou e segurou meus ombros. – Jamais perca essa essência maravilhosa que tens, essa força, a inteligência e aptidão para os negócios, mais a cima de tudo nunca se esqueça que terá a Ashley em casa te esperando, que terá um mundo há onde não exista nada apenas vocês duas, compartilhe com ela esse coração bom que tens e todo esse amor que transborda de você.

          Não pude deixar de derramar uma lagrima que ele prontamente limpou com a mão, por mais emocionado que ele estivesse seu rosto continuava seco, nem uma lagrima desvencilhou do verde de seus olhos.

          - Eu te amo pai, e devo tudo a você. Agradeço por você ter me feito assim.

          - Eu também te amo, mais tens mais de sua mãe que imaginas. Eu te vejo e lembro de como ela era na faculdade, igualzinha a você.

          Ele deu uma gargalhada como se lembrasse de algo muito engraçado, apenas sorri para ele levantando as sobrancelhas. Ele ia continuar a falar, mas fomos interrompidos por sua secretaria, houve um imprevisto em uma filial e ele teria que ir até lá, seu sorriso se apagou e o meu também. Ele voltou e me deu um beijo na testa, e disse que seria apenas 2 dias, e que até lá eu teria que segurar a onda sozinha. Me permitiu sair mais cedo para descansar já que amanhã era sábado e com a auditoria eu não teria hora para ir embora amanhã. O abracei apertado e sai pelos corredores.

          Fui direto para a casa da Ash, dei uma leve batida na porta e a mesma se abriu vagarosamente, me fazendo perceber que estava apenas encostada, entrei em silencio, pois não sabia o que estava acontecendo. Segui pelo corredor que levava ao quarto, e empurrei a porta, entrei ouvindo um barulho vindo do banheiro, corri até o mesmo, vendo ela agachada no chão, em frente ao vaso sanitário, ela estava vomitando. Abaixei ao seu lado a ouvindo resmungar alguma coisa, segurei seus cabelos em um rabo de cavalo com a mão esquerda e acariciei suas costas com a direita.

          - Vem, vou te ajudar com o banho.

          A levantei e notei que ela estava muito fraca, ajudei ela chegar até o box e com auxílios da parede retirei sua roupa, abri o chuveiro e deixei a água escorrer por um tempo. E dei um banho rápido, mas ela ainda permanecia em silencio, a sequei e a coloquei sentada na cama, em quanto já atrás de uma camiseta, uma calcinha, e a vesti, retirei minha blusa e o sapato e sentei na cama encostando as costas na cabeceira, ela engatinhou até mim e deitou sua cabeça em meu peito e ali permaneceu.

          - Obrigada. – Sua voz era baixa e rouca.

          - O que houve?

          - Acho que foi algo que eu comi lá no hospital, já faz um tempinho que não ando me sentindo bem com a comida de lá.

          - Entendi, quer que eu vá buscar um remédio? – Ela negou com a cabeça.

          - Só quero que você fique aqui comigo.

          E essa foi a última frase que consegui tirar dela, antes que ela pegasse no sono, mas eu estava preocupada demais para que fazer o mesmo, digitei uma mensagem avisando minha mãe que não iria para casa, e antes que ela pudesse responder desliguei o celular.

          - Olá senhorita Steven's... A senhora está bem?

          Essa foi a primeira coisa que a secretaria de meu pai me perguntou assim que coloquei meus pés no corredor que levava a sala de meu pai.

          - Só não consegui dormi direito.

          Ela andou atrás de mim em silencio, cheguei a sala e quando abri a porta minha mãe estava virada para um porta-retrato sobre a mesa de costa para mim, o que não impediu de me saudar calma mente.

          - Fico feliz que pelo menos você tenha responsabilidade com o seu serviço e chegue na hora, já que não tem... – sua voz sumiu assim que olhou para mim, seus passos apresados trouxeram suas mãos até meu rosto. – O que houve você está bem?

          - Meu deus até parece que eu levei uma surra, são só olheiras. Até parece que você nunca teve ou melhor que eu nunca tive.

          Disse me desvencilhando dela e indo para a mesa que ocuparei o final de semana, coloquei minha bolsa sobre a cadeira e levantei as mãos a massagear as têmporas. Levantei o olhar para a secretaria parada na porta com minha mãe dizendo algo baixo para ela, que saiu rapidamente da sala.

          - O que houve?

          Quase tinha me esquecido de Thompson sentado com as pernas cruzadas no sofá, seu cabelo extremamente organizado, os olhos tão preto e profundo, me traziam preocupações sinceras, ele mexeu em seu paletó inquieto debruçando seu cotovelo sobre seus joelhos. Bufei e me sentei deixando a bolsa ao meu lado. Os encarei por uns segundos e desisti.

          - Nas últimas semanas Ash tem emagrecido, e ontem ela passou muito mal, disse que foi por causa da comida.

          - Você disse que ela está trabalhando no hospital, não é mesmo?

          - E o que isso tem a ver? – Minha mãe o cortou com irritação na voz.

          - Todos sabem que comida de hospital faz mais mal do que bem. – Deu um pequeno sorriso, revirei os olhos. – A vamos Alex, passar mal esporadicamente e emagrecer um pouco não é motivo para você perder o sono.

          O encarei e pensei que ele poderia estar falando a verdade e no final não era nada de mais, mas algo não parecia se aquietar. A porta se abriu revelando Caroline a secretaria que trazia um copo de água e uma pequena bandeja de alumínio do tamanho de um pires, e o depositou em cima da minha mesa, e então pude ver um comprimido na bandeja.

          - Aqui está senhora...

          Permaneci encarando- a tentando entender.

          - É para sua dor de cabeça, beba, ele vai te ajudar a passar o dia. – Minha mãe se pronunciou, eu realmente precisava do remédio, então o tomei e já fui abrir a primeira pasta com os primeiros relatórios. – Felipe gerente da contabilidade, Kaio gerente de administração e Leonard gerente da auditoria, ficaram até as 3 da manhã arrumando esses documentos, e viram um pouco mais tarde se juntar a nós.

          - Não entendo muito desses papeis.

          - Deixe me ajudar.

          Thompson deu a volta na mesa vindo em minha direção, enquanto minha mãe sentou na cadeira à minha frente. Ele apontava e explicava cada linha, me forcei para aprender tudo, vez ou outra tinha alguma dúvida, Caroline estava no sofá anotando tudo em sua agenda, minha mãe questionava todo momento que virávamos a folha, pela sua cara ela já tinha uma suspeita. Seu nariz se entortava toda vez que os números vinham à tona.

          - Então esses são os documentos que provam o roubo?

          Perguntei o olhando.

           - Sim, olha - puxou o papel da minha mão – pode ver o contrato, bem aqui – apontou para a clausura 22 – verá que não poderia haver aumento por mais 1 ano. Seu pai sempre fechou bem os contratos. Mais se olhar aqui – Apontou para o valor da receita gerada – Verá um aumento significativo de 10 %.

          - Mais isso equivale a milhões!

          - A sim com o tempo que estamos sendo roubados.... No mínimo 21 milhões.

          A minha cara deve ter ficado engraçada, pois tanto Thompson quanto minha mãe riram. Até Caroline deu uma risadinha discreta.

          - O que foi?

          - O importante é que quando acharmos o culpado, os cofres da empresa ganharam cerca de 120 milhões. – Ouvi a voz de Thompson, mas demorei para assimilar o que disse.

          - Uau, porque de tudo isso? – Minha mãe limpou a garganta e encostou na cadeira antes de falar.

          - Clausura 27, se descobrirem, no contrato à uma multa.

          - Acha que foram eles?

          - Você acha que poderia ser quem? – Minha mãe perguntou indignada.

           - Não sei o Felipe seria o mais provável.

          Thompson gargalhou.

          - Acha que se ele tivesse esse valor continuaria com a cara de podre que tem...

          - Acho que se eu tivesse roubando a empresa onde eu trabalho, quando descobrissem o roubo e eu fosse o primeiro suspeito, trataria de me fingir o mais miserável possível. Acho que é um plano magnifico.

          Os dois não disseram mais nada, pouco tempo depois estávamos juntamente com os gerentes analisando os livros competes de todo o ano. E descobrimos algumas mais alterações milimétricas em contas esporádicas, meu pai já havia me mostrado coisas parecidas anos anteriores na empresa, e pelo que ele me disse, " Ficar calado e recolher provas era a melhor arma" então não comentei.

          Sai do escritório já era 21:00 hora, a brisa fria de noite atingiu meu rosto ao passar pela porta, estava na calçada esperando o manobrista trazer meu carro, e sinto meu celular vibrar.

" Amor estou jantando com a Valery no Water Grill, então chegarei tarde aproveite para você descansar"

          Joguei meu celular no acento do carro, coloquei o cinto e fui para casa, tomei banho e aproveitei para jantar com minha mãe e meus irmãos.

          - Achei que não viesse para casa, já que é artigo de luxo te ver aqui...

          - Mãe por favor hoje não.

          - Você acabou de fazer 17 anos, só me pergunto como será quando tiver 18, estará casada?

          A olhei, e ela levantou as mãos em rendição ficando em silencio, assim que terminamos o jantar me despedi e fui me deitar estava realmente cansada, liguei meu celular para passar uma mensagem para Ash.

" Oi amor espero que chegue bem em casa, vou indo dormir até amanhã"

          Apaguei meu celular e o coloquei na mesinha de cabeceira, puxei meu edredom e me ditei ouvindo o barulho do meu celular.

" Oi"

" Oi amor, desculpa ter...."

" A não sem problemas, eu entendo. Como você está? "

" Estou ótima e você? "

" Cansada"

" Não vou te prender muito só queria ouvir sua voz e queria saber se amanhã podemos marcar um jantar para você conhecer a Valery"

" Wow, Claro marca sim e me manda o endereço... Nossa amor acabei me esquecendo marquei amanhã com a Serena.... "

" Sem problema leva ela aí seremos 4, vai ser divertido"

" Ok então"

" Ok... Bom vou te deixar dormir até amanhã"

" Até amor"

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro