Em uma longa e fria noite, ecoava sons de cavalaria, junto a ela gritos de soldados que se estendia por meio de toda cidadela. Aparentemente o grupo de cavaleiros cercava uma pequena casa de palha.

- Vamos, saia já daí seu rato imundo e entregue a garotinha para Vossa Majestade! --Ordenava um dos cavaleiros arrogante--

Ele rapidamente desceu de seu cavalo e caminhou em frente à porta desferindo um forte chute fazendo a mesma quebrar-se, quando adentrou a casa, avistou apenas um homem barbudo, que por sinal estava tentando proteger um certo buraco que estava coberto por um velho lençol no chão.

- Onde ela está? Diga de uma vez ou sofrerá as consequências.
- Filhos da puta! Nunca irei entregar minha filha para vocês. --Relatou o rapaz com o semblante sério--

Ligeiramente o cavaleiro retirou uma grande espada que se encontrava na sua bainha de couro, e colocou próximo ao pescoço do homem, que por sua vez ainda mantinha sua expressão serena. No entanto, outro cavaleiro ao adentrar a casa, interrompeu-lhe.

-- Seu idiota, não temos ordem para matá-lo, até que diga onde está aquela vadiazinha. -- Prosseguiu falando -- Entrem e verifiquem a casa toda, façam uma busca nas áreas subterrâneas desse lugar. Irei levar ele para o calabouço.

O cavaleiro se aproximou e olhou sarcásticamente para o rapaz, no mesmo instante, cuspiu no rosto dele e segurou na argola de suas vestes.

- Cara eu adorei foder a sua mulher, e que mulher hein.

Falava enquanto zombava do rapaz na frente dos outros cavaleiros que também fazia o mesmo. O homem não amesquinhou-se com nada daquilo, ele apenas permaneceu calado, porém, seu olhar era maligno, como se a qualquer momento fosse cortar a garganta de todos ali, com seus próprios dentes, o mesmo iria adorar ver o líquido vermelho jorrando para fora de suas peles.