06. heresia
olá, meus amores! bom dia! como estão? 💗
espero que gostem do capítulo de hj! o anterior terminou muito tenso e vcs já ficaram com medo né ksksksk.😵💫
boa leitura!
...
"Eu acho que foi ele, mas eu simplesmente não posso provar.
Não, sem corpo, sem crime.
Mas eu não vou deixar isso de lado até o dia em que eu morrer"
Hotel Inferno
Sexto andar
02:35
Adora já estava duvidando da própria sanidade.
Como Scorpia disse antes, "esse hotel é uma ilusão". Isso começava a fazer sentido. E realmente, a cada segundo que se passava o lugar inteiro se tornava mais fictício e abominável do que verdadeiro. Adora temeu que esse tempo todo sua vida fosse uma mentira.
Ela ouviu um tiro e não soube de onde veio.
Ela estava praticamente indefesa, e o corpo tão exposto lhe fez lembrar de algo há muito tempo enterrado.
Ela era tão pequena, mãos gordinhas e macias segurando uma arma. Quando ativou o gatilho, o choque fez seu corpo cair e os braços ficaram dormentes. Viu sangue no chão. Sentiu lágrimas quentes escorrendo pela bochecha. Correu e correu desesperada.
A memória passou, sendo substituída por uma sala com luzes cegantes, ampla e repleta de crianças com a sua idade na época.
— Adora, minha querida — uma velhinha chamou-a gentilmente e a guiou para fora da sala. — Hora de tomar seus remédios.
Ela não lutou contra aquilo. Já estava dopada e cansada o suficiente.
— Pare de ser uma medrosa e pule, Adora! — Mara gritou em seu ouvido. — Você não pode errar!
— Eu nunca erro!
Adora encarou o fundo do prédio abandonado. Bow e Glimmer a esperavam lá embaixo.
Ela nunca conseguiu pular por conta própria.
Mara a empurrou de novo.
...
Hotel Inferno
02:30
Antes do tiro, tudo parecia tranquilo.
Mais ou menos.
Adora, ainda de mãos dadas com Catra, encarou o teto e paredes cheios de gravuras assombrosas, e finalmente entendeu o que estava acontecendo ali.
O plano inteiro de Shadow Weaver foi desvendado em um estalo.
— Mais uma vez, agradeço a presença de todos — a mulher dizia em um palanque, microfone em mãos e voz embargada. Com certeza estava bêbada até demais. Pelo visto nem uma apresentação de balé escapou do tédio. — Essa celebração do aniversário da minha filha é muito importante. Eu a amo mais que tudo e quero que ela tenha o melhor.
Catra fez uma careta.
— Falsa de merda.
Weaver fez um sinal pedindo um minuto e tossiu longe do microfone. Adora aproveitou a situação e olhou as pessoas ao redor, desta vez reparando na quantidade a mais de seguranças. Bow também percebeu e levou a mão à cintura onde sua arma se escondia.
— Mas nós temos mais um motivo de celebração! — Ela disse e os convidados se animaram. Um telão começou a descer, como se fosse uma grande sala de cinema. — O hotel é minha obra-prima. É um recomeço para mim, para vocês e para o povo de Etheria.
Mais seguranças apareceram próximos de Adora. Ela conseguiu contar cinco de cada lado, três na frente e provavelmente mais atrás.
— Os reinos estão em decadência. A fome assola os países, a pobreza e a descrença também. Tudo isso culpa de princesas e rainhas que ostentam riqueza e conforto em seus palácios.
Bow torceu a boca.
— E é isso o que ela está fazendo aqui também — ele sussurrou, indignado.
— ... Como vocês sabem, eu sempre prezei pelo bem estar das pessoas que amo. Eu — ela apontou para o próprio peito — sou parte do povo, os escuto e sempre escutarei. E pelo visto, meus planos já não são mais segredo. — Seus olhos assustadores encontraram os de Adora. A loira ficou arrepiada.
Shadow Weaver estalou os dedos. Os seguranças entraram em ação e partiram para cima dos três, mas Adora, Bow e Catra também foram rápidos. Esperavam por isso faz tempo, então fizeram o que precisavam.
Eles fizeram um círculo, ombro com ombro. Bow tirou a arma do cinto e bateu no ombro de um dos seguranças. Este quase caiu, se não fosse pela perna rápida chutando Bow no tornozelo. Ambos caíram, e Bow rolou para o lado, atirando sem hesitar nele e em outro homem. Foram dois tiros estrondosos.
Adora impediu um braço de acertá-la no rosto. Com sua força, a loira poderia parar qualquer um. Fez isso com três deles, apenas abaixando-se, desviando e chutando. Ela recebeu pancadas nas pernas, mas nada demais.
Catra, mais ousada e ardilosa como sempre, fez o contrário e pulou sobre um segurança, envolveu seu pescoço com as pernas e o quebrou assim que chegou ao chão.
Tudo isso aconteceu ao mesmo tempo.
— Adora! — Catra gritou quando percebeu o que estava por vir.
As pessoas ao redor gritaram de medo.
Adora não viu quando Hordak apontou a arma para ela, muito menos quando Catra pulou na sua frente e a empurrou.
Adora bateu o queixo no chão, e não foi rápida o suficiente para impedir que a bala atravessasse o ombro de Catra.
Ela berrou de dor e caiu de joelhos. Pressionou o ombro com a mão livre e se contorceu no chão. Adora rastejou até ela — como se pudesse fazer qualquer coisa.
Bow gritou alguma coisa em aviso. Adora não ouviu.
Ela foi pega pelos pulsos, sentindo o frio do metal de algemas já sendo seladas. O segurança chutou suas pernas e a fez cair no chão. Adora piscou tentando recobrar a visão turva.
Catra soltou um xingamento por vez ao ficar do mesmo modo. O ombro baleado já sangrava, e se não fosse estancado logo então teria, no mínimo, uma infecção. Catra cuspiu no chão e xingou mais uma vez.
Bow foi algemado e posto de joelhos. Os três ficaram assim bem no meio do salão, de frente para o palanque de Shadow Weaver. A mulher tinha um sorriso vitorioso nos lábios.
Ela segurou o microfone de novo e apontou para os três derrotados. Os convidados ainda estavam agitados, mas Weaver nunca ficou tão tranquila.
— Então essa é a verdade, meus amigos: um grupinho de espiões achou que pudesse passar despercebido pela minha segurança e roubar meus planos. — Ela balançou a cabeça, como se estivesse decepcionada. — Bem, talvez eles não conseguissem, mas minha filha, ao que parece, me traiu e mudou de lado. Por sorte, meus funcionários ainda são os mais leais.
Pelo canto do olho, Adora viu Hordak acenar com a cabeça em direção à empresária.
— Então você fez isso, seu escroto do caralho! — Catra quase cuspiu ao dizer aquilo. Adora não duvidou de que ela pudesse espumar pela boca se quisesse. Ela arregalou os olhos e falou mais calmamente numa ameaça verdadeira: — Eu vou te pegar, e quando esse dia chegar vou furar a porra do seu olho robótico, e depois vou arrancar o outro e fazer você engolir.
Hordak não esboçou reação e manteve uma postura educada para Weaver. Mesmo assim, Adora percebeu sua boca se retorcer no mínimo estado de medo.
Até Bow ficou com ânsia de vômito. Ele tinha um machucado feio na testa.
— E mais uma notícia maravilhosa — Shadow Weaver voltou a atenção deles para ela. Ela sorriu abertamente e indicou o grande telão atrás de si. — A princesa Glimmer de Bright Moon está morta.
Uma foto de Glimmer jogada no chão do banheiro iluminou o telão. Adora desviou o olhar na hora, sentindo o coração acelerar. Não poderia suportar.
Ela fechou os olhos e apertou, querendo sair dali o mais rápido possível. Bow soluçou de surpresa ao seu lado.
Os convidados exclamaram de alegria. Isso foi o que deixou Adora mais irada.
— Droga. Como acharam ela? — Catra sussurrou apreensiva.
Shadow Weaver riu. As pessoas voltaram a soltar exclamações, agora de tormenta. Adora abriu os olhos para espiar o telão novamente. Eram fotos de Lonnie e Scorpia.
Adora sentiu o rosto ficar quente. Muito.
— Sua equipe não é tão esperta pra encobrir um crime — Weaver falou com desprezo. — Três corpos em uma noite, todos descobertos — Ela sorriu para Catra. — Devia ter pensado melhor. Lembra do que ensinei a vida toda, meu amor?
Catra sorriu maliciosamente, ainda que sem humor. Foi macabro.
— "Não é crime matar alguém se não for pego."
Bow estalou a língua.
— No body, no crime. Taylor Swift. — Ele se contorceu com a dor das algemas. — Muito criativo.
— O que está querendo provar? — Adora disse pela primeira vez. As pessoas se calaram, até Weaver. A loira limpou os dentes com a língua e arqueou a sobrancelha. — O seu plano não vai garantir uma mudança absoluta. É terrorismo. Sem falar que as pessoas vão odiar tudo isso, e você e seus amigos ricos vão deixar Etheria um lugar pior do que já é. — Adora riu irônica. — Explodir prédios. Que ideia de merda. Parece que alguém levou o Clube da Luta muito a sério.
Shadow Weaver sorriu, curiosa com a participação de Adora.
— Então você acha que sabe melhor do meu plano do que eu?
— Talvez não tudo. — Adora limpou a garganta rouca e soprou uma mecha de cabelo da frente do rosto, que voou para o lado. — Mas sei o suficiente para saber que não vai funcionar. A violência não é a solução.
Shadow Weaver gargalhou.
— Disse a garota assassina.
Adora fez de tudo para não levar aquilo para o pessoal. Ela não tinha controle do que fazia, e pelo visto, com aquelas memórias estranhas voltando, nunca teve.
Shadow Weaver abriu a boca para continuar um discurso. Catra chiou de dor e Adora ergueu o queixo, falando mais alto.
— "O caminho para o Paraíso começa no Inferno."
Shadow Weaver parou, quase que congelada. Ela desceu do lugar onde estava e caminhou silenciosamente até o grupo. Os saltos fazendo um "tec tec" chato, frio, cronometrado.
Ela curvou o corpo para frente a fim de ficar o mais próxima possível de Adora.
A loira manteve o semblante rígido.
— O Hotel é uma ilusão — ela ecoou as palavras de Scorpia. — Você baseou tudo isso aqui na descrição do Inferno de Dante, não foi? — sua mente vagou por entre as memórias, uma de cada vez, intensamente chegando assim como as ondas do mar durante a noite. — Tantas ilustrações e quadros nas paredes e no teto, tantos pecados capitais sendo feitos... Quer ser o nosso guia pelo lugar até chegarmos no paraíso, e eu aposto que é quando a explosão começa. Vai ser o início de um novo dia e de um novo reinado.
Por dez segundos, Shadow Weaver a encarou.
Por dez segundos, o salão ficou tão quieto que Adora se perguntou se as pessoas haviam sumido.
Por dez segundos, Adora pensou que tinha enlouquecido de vez.
Então Weaver sorriu para ela. Os dentes brancos e iluminados como cristais.
— Acertou em cheio, loira. — Ela pegou todo o cabelo de Adora e girou no pulso, trazendo-o para frente. Sua tatuagem nas costas ficou exposta. — Muito espertinha. Pena que é tarde demais para me impedir.
Weaver puxou o cabelo de Adora para frente, fazendo a loira cair no chão de uma vez. Ela ficou tonta e sem os sentidos.
— Levem eles embora. Até minha filha traidora! — a mulher vociferou aos guardas. — Livrem-se deles e das provas.
Catra gritou em protesto. Adora tentou respirar, ainda com a bochecha no chão frio e liso demais.
Foi só o tempo de ouvir Bow sendo nocauteado na nuca. Depois Catra. depois ela mesma.
Então o mundo ficou escuro.
...
Ela lembrou-se daquela noite.
como suas mãos pequenas de criança pressionaram o travesseiro no rosto de alguém até que a pessoa ficasse sem ar.
Como ela correu e correu de medo de sua mãe até, de algum modo, achar uma arma escondida na casa, e depois atirar nela sem hesitar.
Ela estava num transe.
Chorou tanto que mal pôde respirar com os soluços.
E então a levaram embora de casa. Removeram aquilo de sua mente, escondendo em um lugar bem fechado. Lhe deram remédios depois disso.
E ninguém mais tocou no assunto.
...
Local desconhecido
??:??
Adora acordou com uma dor de cabeça horrível.
Abriu os olhos e quase não viu nada. O lugar era tão mal iluminado que parecia estar totalmente escuro.
Ela arfou ao lembrar da memória (do sonho?) recente. Inspirou o cheiro de sangue, mas não era verdadeiro.
Suas mãos estavam amarradas atrás do corpo, dessa vez com cordas. Adora xingou baixo, pensando que as algemas na verdade eram mais fáceis de se livrar do que as cordas. Aprendeu a escapar das algemas com doze anos.
— Ela acordou — a voz de Bow veio de sua direita. Ela teve de pressionar as pálpebras para vê-lo melhor. A luz da Lua entrava por uma janelinha no canto do aposento. — Você está bem?
— Horrível. E você?
Bow riu com desdém.
— Péssimo.
Adora sentia dor em tantos lugares do corpo que nem conseguia contar. Apenas aceitou os hematomas como um incômodo e suspirou. Já havia perdido os sapatos. O vestido, de algum modo, rasgou em várias partes, e ela nem precisava de um espelho para saber que o cabelo e a maquiagem já não eram mais tão belos. Ela se sentiu como Carrie, com exceção do sangue de porco pelo corpo.
O cômodo não era tão pequeno, mas parecia ser devido às caixas de madeira enormes amontoadas, cadeiras quebradas e outros objetos cobertos de poeira.
— Onde estamos? — ela perguntou. A voz estava tão rouca, além da garganta dolorida. Precisava de água. — Há quanto tempo estamos aqui?
— Acho que é um depósito. — Catra disse pela primeira vez. Estava à frente de Adora, com os olhos sinistramente brilhantes refletindo a luz da lua. Ela parecia, literalmente, um gato escondido na noite. — Não sabemos por quanto tempo. Pode ter passado um dia inteiro ou alguns minutos.
A julgar pelo próprio estado meio acordado/ meio sonolento, Adora não achou que houvesse passado tanto tempo assim. Seus olhos pesavam de sono, ela não tinha fome — e mesmo um pouco distante e falta de iluminação, o sangue no ombro onde Catra havia levado o tiro ainda estava vívido. O machucado na cabeça de Bow também parecia recente.
Adora olhou em volta, já tentando bolar um plano de fuga. Ela lembrou de quando Mara passava exercícios assim a todos os espiões recrutas da Rebelião: cada um exposto a um perigo diferente, preso em um lugar sem praticamente nada útil, e lhe dava vinte e quatro horas para sair.
Adora sempre conseguia escapar em duas horas.
Alguns nunca conseguiram. Tinha punição, mas ela nunca soube o que era.
— Levaram tudo nosso — Bow disse para ninguém em específico.
— Você quer dizer dignidade ou os objetos? — Catra perguntou com uma risada nada alegre.
— Ambos.
A loira se remexeu. Sua bunda doía depois de tanto tempo sentada naquele chão de cimento. Não sentiu as tiras que seguravam as armas, muito menos o fone no ouvido que lhe permitia falar com Entrapta ou Bow.
— Acha que Entrapta sabe? Alguém precisa vir nos resgatar — ela disse esperançosa.
Bow encarou a amiga com uma sobrancelha erguida, dizendo nas entrelinhas: "Acha mesmo que alguém vem agora? Nós estamos fodidos e sozinhos."
Ela soltou ar pelo nariz com frustração.
— Sinto muito que tudo isso foi por água abaixo — Catra falou. Seus olhos estavam fechados, e ela grunhiu com a dor no ombro. Adora imediatamente se sentiu culpada por aquilo. Ela havia levado um tiro por Adora.
— Não é culpa de ninguém — ela garantiu. Catra sorriu levemente para Adora. Pelo menos elas estavam juntas.
Adora sentiu uma migalha de esperança. Não desistiria tão fácil.
— Não acredito que vamos morrer aqui... — ela resmungou tentando se livrar das cordas apertadas. Era impossível.
— Não acredito que vou morrer aqui com ele — Catra disse sarcástica, assoprando uma mecha de cabelo teimosa, e indicou Bow.
— Não acredito que vamos morrer — ele rebateu. Sua voz entregou o desespero prestes a virar um choro. Bow nunca foi do tipo que lidava com espaços pequenos demais, muito menos com tanta pressão e ansiedade.
Adora continuou a observar o lugar. Seu âmago lhe dizia para continuar a pensar, e sua mente dizia que era o fim da linha. Ela preferiu acreditar no interior, naquela força intuitiva. Geralmente agia por impulso — isso era óbvio —, mas situações extremas requerem medidas extremas.
Mirou os olhos na janela, já traçando planos que poderiam dar muito certo ou muito errado. Catra proferiu algumas palavras para acalmar o grupo, mas não adiantou muito. Adora temeu que murcharia como uma flor pequena sem água, e os lamentos de Bow não ajudavam.
A sala continha uma porta muito bem escondida, pesada demais e trancada por fora. Ela se abriu com um rugido estrondoso metálico, arranhando o chão. Adora quase pulou de susto.
Os três prisioneiros arregalaram os olhos quando Hordak surgiu. O olho vermelho e robótico brilhando.
— Hora de encarar a verdadeira face de Shadow Weaver. começando pela traidora aqui. — Ele apontou com o queixo para Catra. Seguranças apareceram atrás de Hordak e foram até a herdeira, erguendo-a com facilidade. Apesar de seus chutes e xingamentos, nenhum deles hesitou.
— Deixe ela em paz! — Adora gritou. A voz sumiu com aquilo.
Bow soltou um xingamento para Hordak. O homem lhe deu um chute no rosto, nocauteando o espião de uma vez. Seu rosto foi de encontro ao chão com violência.
— Ladra de merda — disse Hordak e cuspiu no rosto de Adora.
— Adora! — Catra berrava. Nem suas unhas afiadas faziam diferença contra o corpo dos guardas.
Não, não, não... Adora só conseguia pensar nisso.
Catra rugiu uma última vez. Adora não conseguiu vociferar nada. Bow grunhiu no chão.
A última coisa que Adora viu foi o sorriso macabro de Hordak e o brilho do olho vermelho sumindo do lado de fora.
A porta foi trancada mais uma vez, deixando apenas dois espiões presos e indefesos.
Adora fungou e piscou para afastar as lágrimas. Talvez não tão indefesos, pensou.
— Bow — ela o chamou. O amigo ergueu o rosto ainda meio desnorteado. Adora ofegava. — Você consegue ficar de pé?
Ele agitou as pernas que não estavam atadas. Ela assentiu.
— Ok. — Adora rastejou até ele apenas usando as pernas doloridas e a bunda arrastando o vestido branco. Ela tomou ar quando parou ao seu lado, imaginando cálculos a sua volta formando toda uma estratégia. — Vamos sair daqui, resgatar Catra, e depois dar um jeito no resto.
Bow soltou uma risada.
— Você sempre sabe o que fazer, não é?
Adora riu e confirmou. Glimmer teria amado aquilo. Seu desespero para encontrar Catra gritava mais alto que qualquer coisa.
— Já vou avisando que não vai ser muito bonito.
Bow apertou o olho machucado e tossiu.
— Nunca é.
Ela soprou o cabelo da frente do rosto.
— Aula 1, sétimo ano: como escapar de algemas. Aula 2: como escapar de qualquer nó.
Então Adora conseguiu puxar Bow para que ficasse sentado. Eles ficaram de costas um para o outro, e assim ela tentou desatar o nó da corda que prendia o amigo.
...
aaaa mds o que vcs acham que vai rolar agora? 😳
tadinha da catra :') ela sempre é sequestrada e cabe à Adora salvar ela
Essa loira é esperta, matou a charada do hotel com os andares do Inferno de Dante! Vcs já tinham sacado? 🧐 os títulos dos capítulos tão aí né
Apesar de nunca ter lido A Divina Comédia, eu gosto demais. Alguns anos atrás eu tive ideia pra fic (de outro fandom) de um hotel assim com essa tema, mas nunca continuei até esse ano! ✨
gente e essas memórias da Adora... coitadinha 😭😭
só queria dizer que o próximo capítulo é um dos meus favoritos pq tem váaaaaarias coisas importantes e de cair o queixo 💜✨😨
na vdd, a partir do 7 acho que vai ficando cada vez melhor, eu gosto de todos 💕
por enquanto só tenho isso pra falar ksks qualquer coisa o grupo no whatsapp ta aberto pra quem quiser entrar e bater papo 🧡
espero q tenham uma boa semana. n esqueçam de beber água!!
beijão!💗
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