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00. prólogo





mais tarde naquela noite

— Não acredito que a gente vai morrer aqui — Adora disse resmungando, tentando se soltar das cordas e daquele nó impossível de ser desfeito.

Catra estalou a língua. Ela soprou uma mecha de cabelo da frente do rosto.

— Não acredito que vou morrer com ele — disse e indicou Bow com a cabeça. A testa dela estava cheia de sangue. Dela ou de outra pessoa, difícil dizer.

— Não acredito que vamos morrer — Bow disse choramingando.

— Esse tipo de coisa já aconteceu com a gente antes, e outras bem piores — Adora respondeu. Ela tentou se mexer, mas era impossível. — Vamos sair dessa.

— Podemos achar uma saída. Todo mundo se acalma — Catra disse cuidadosa. A voz dela simplesmente tranquilizou todos ali. — Eu quis dizer você, Bow.

Ele franziu as sobrancelhas. Queria muito mostrar o dedo do meio para ela, mas no momento suas mãos se encontravam atadas.

Adora tentou ser otimista. Ela olhou para onde o grupo estava: uma sala com pelo menos dezesseis metros quadrados, escura, com a pouca iluminação vinda da janela — trancada, minúscula — à esquerda dela. O teto era alto, o chão sujo. Caixas de madeira espalhadas quase bloquearam a vista dos outros.

Catra, Bow e Adora estavam em cantos opostos. Eles conseguiam se ver, mas não se moviam. Amarraram suas mãos atrás do corpo assim como os pés também.

A única saída era uma porta de metal enorme trancada sabe-se lá como.

Adora encarou os amigos. Todos estavam só os trapos, incluindo ela. Um pouco de sangue, roupas — antes chiques e sociais — rasgadas aqui e ali. Porra, tinha como piorar?

Ela tentou pensar em todo o treinamento que teve com Mara. Ela sempre foi a melhor, embora a mais impulsiva para aprender qualquer coisa, conseguia vencer. Seu corpo fazia as coisas no automático quando o assunto era lutar. Mas naquele momento, toda a memória foi apagada e restava apenas um vazio.

Adora começou a respirar mais acelerado e pensou estar em pânico. Os outros ouviram-na e falaram que ficaria tudo bem. Adora encarou o chão, seus pés descalços e sujos onde antes estavam lindos saltos altos, e a visão ficou embaçada pelas lágrimas. Ela detestava chorar porque, na sua cabeça, era sinal de fraqueza. Tentou segurar, mas o rosto ficou quente e logo sentiu a gota escorrendo pelas bochechas.

— Pense, pense... — murmurou para si mesma.

A porta fez um barulho irritante, e foi quase um lampejo de esperança, como se Mara tivesse chegado com todos os agentes treinados pronto para libertá-los.

Mas não.

— Não. — Saiu como uma ordem. Seu queixo tremia. — Não!

Hordak estava na porta. Ele encarou o grupo com seriedade.

— Vocês não vão se safar dessa. Vão encarar a verdadeira face de Shadow Weaver, um por um. Nenhum sairá impune, começando pela traidora. — Ele  olhou para Catra.

— Tire suas mãos dela! — Bow disse assim que dois homens vestidos de ternos pretos idênticos pegaram Catra pelos braços e a ergueram do chão.

Com uma careta de quem não esperava a hora de ir embora, Hordak deu alguns passos na direção de Bow e chutou seu rosto com força, fazendo-o cuspir sangue no chão sujo. Ele nem mudou de expressão. Adora gritou e começou a se agitar em protesto, além de gritar mil coisas para Hordak.

— Filho da puta. Se vocês fizerem algo com ela...

— Vai saber o que faremos em breve, sua ladra de merda — ele literalmente cuspiu com vontade no rosto de Adora. Um pequeno sorriso surgiu nos seus lábios.

Adora gritou até não sentir a garganta. Catra chorava e tentava sair das mãos deles com chutes, a cabeça batendo em seus peitos e as mãos com unhas afiadas praticamente inúteis.

Quando a porta bateu com força, Adora chorou silenciosamente, e se perguntou como tudo poderia ter dado tão errado. Pior ainda, perguntou-se qual seria o destino de Catra, delas e do amigo.

Fosse o que fosse, estavam perdidos e não havia esperança.


...


oi, genteeeee!

meu deus, quanto tempo que eu não uso esse wattpad. pisquei e um ano se passou (inclusive desculpem se eu demorei pra responder dms e etc)

pra quem não me conhece, prazer, eu sou a Liv e venho fazendo gays sofrerem desde 2020 kkkk

tô muito animada com essa fic e espero que vcs também. aliás, o que acharam desse prólogo?

o capítulo 1 vem aí amanhã e depois vou atualizar todas as segundas-feiras de manhã cedo (pra semana começar boa né?)

já vou avisando que ela é diferente das minhas outras fics e tem uma vibe bem diferente ksks mas não deixa de ter a minha cara com o humor e sofrimento

já foram conferir a playlist? tô de olho viu

entrem no grupinho do whatsapp também! o link tá na minha bio e no meu mural de mensagens

enfim, acho que por hj é só. bebam água, fora bols0nar0 e arrumem essa postura!

qualquer coisa podem me chamar na dm ou no instagram (liviawritter) onde posto várias coisas sobre meus livros autorais.

beijão <3

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