Eu podia sentir dores em todo meu corpo. Meus pulsos e tornozelos doiam por conta das cordas. Minha perna esquerda ja havia parado de sangrar, mas ainda doía, muito. a dor em minhas costas era presente pois, a cadeira não era confortável, obviamente.

Minha roupa estava suja e sangue, e eu podia imaginar minha aparência: maquiagem borrada, por conta do choro, podia me ver com olheiras, olhos vermelhos, rosto inchado, podia me ver pálida, por conta da fome.

Minha garganta estava seca, eu necessitava de água.

A única coisa que se passava na minha cabeça era, o que ele queria comigo. Me perguntava se ele havia algum tipo de problema mental.

Queria poder fugir, até tentava, mas era impossível.

Isso é desumano, ninguém merece o que estou passando.

Ficava pensando no que eu havia feito para merecer esse tratamento. Nunca fui uma má pessoa, nunca machuquei ninguém, pelo menos não por quer.

Por que isso tinha que acontecer comigo?

Essa frase ficava ecoando na minha cabeça, o porque disso, o pra que disso tudo.

Com toda certeza Matthew não pode ser alguém normal, ele matou seu próprio pai, e isso é imperdoavel. Ele tem me mantido aqui. Quem sabe o que mais ele pode ter feito?

Eu gritava, de raiva, de dor. Eu queria poder sumir desse lugar, queria poder socar a cara daquele filho da puta, fazê-lo sofrer assim como eu estou sofrendo.

Estou perdendo nesse joguinho em que ele está fazendo, porque sou eu quem está presa em uma cadeira e machucada.

A foto em que ele tirou minha foi com toda certeza enviar para Louis, o que me fez sofrer mais ainda, não quero que ele me veja nessa situação. Sabia que ele iria chorar vendo isso, e esse fato acabava comigo.

Depois de tudo o que ele me disse uma das únicas coisas que eu consigo pensar é, quem é a filha dele. Por que ele disse nitidamente que mataria e roubaria, por ela, mas, o que eu fiz para essa garota para isso acontecer?

Eu não sei se isso tem haver com ela, mas, do jeito em que ele falou, me parece muito.

Talvez uma fã.

O que faz todo o sentido, os fãs nunca gostaram do nosso relacionamento.

Será que alguém chegaria a esse ponto?

Todas as fotos que estavam naquele lugar me assustava, aqueles "X" sobre minha cabeça, me assustava mais ainda, tantas fotos minhas e de Louis, até em nossos momentos íntimos, eu não consigo acreditar nisso! Em algumas fotos tinham escrito algo como "Adeus vadia!" O que fez meu corpo estremesser.

Eu estava com medo, e eu não posso negar isso. Mas eu não vou desistir, por ele, não vou desistir por Louis, por que eu o amo, mais que qualquer outra coisa, eu vou me manter viva, eu não vou desistir por nós, eu vou me manter firme, eu vou conseguir, por ele.

Ouvi o barrulho da porta ser aberta, me dando um grande susto, e na causando calafrios quando eu vi a passoa que entrou. Era uma mulher, ela tinha uma bolsa em suas mãos, em seguida que ela entrou dentro e cabana, entrou o homem que havia me sequestrado. Vi ele com uma arma na mão, o rosto e mulher mostrava claramente seu desespero.

"Você não vai falar nada com ela, me ouviu?" Ele disse alto para a mulher, colococando a arma em sua cabeça.

"Sim" ela disse baixo enquanto seu corpo extremecia.

"Faça seu trabalho!" Ele disse num tom autoritário.

Ela começou a tirar algumas coisas de infermagem e sua bolsa.

Ela tirou uma tesoura e cortou minha calça, exatamente aonde estava o corte. Pegou água oxigenada e algodão e começou a limpar.

A dor na qual eu sentia era extremamente forte e eu gritava.

Quando ela começou a costurar os pontos em minha perna foi o pior momento, sem anestesia, sem nada, pura dor.

Não consigo entender, ele quer que eu fique bem? Ou ele quer me matar? O homem que estava conosco só estava sentado em outra cadeira, que ele havia trazido dessa vez, e me encarava como se quisesse me devorar, o que me dava medo. Ele mantinha aquela arma em suas mãos, me causando arrepios.

Assim que ela teerminou, ele a deixou sentada aonde ele estava, e mandou ela ficar quieta.

"Por que não comeu?" Ele me perguntou.

"Estou um pouco presa para isso, não acha?" Respondi ríspida.

Ele tirou as cordas e minhas mãos me causando um alívio gigantesco, deu a sacola aonde havia comida e me deu, junto com uma colher, enquanto eu comia, havia uma arma apontada para minha cabeça, se eu fizesse algo que não o agradasse.

Assim que eu terminei, ele voltou a me prender, mais apertado do que da última vez.

"Até mais princesa" ele disse e saiu juntamente com a mulher que agora já chorava.