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🐚 . ⁰⁴ No fundo da porra do oceano

─⁠──⁠─ A gente se vê amanhã então? - Ruby segurava as mãos da amiga enquanto Josh e Peder jogavam água um no outro na beira da praia.

Eram quase quatro da tarde e Malia tinha passado o dia na praia. Precisava de um banho urgentemente pra tirar toda aquela areia e estava com saudades do pai.

Depois do encontro nada planejado com a maldita Cantrall, os amigos de Baker se apressaram em fazer qualquer outra atividade que a fizesse se distrair. Até mesmo Joshua, que não tinha acompanhado a história, sabia que, apenas pelo jeito que a morena ficou, não deveria ser nada bom.

Agora, a mente de Malia vagava para o acordo com Slater. Se ela aceitasse, iria mudar muita coisa na vida dela, na de seus amigos e, principalmente, nas águas inquietas de Miami. Era tentador, mas a garota não queria cair em algum joguinho do empresário.

─⁠──⁠─ Ei! - a loira estalou os dedos na frente do rosto da amiga - Terra para Atlântida, tira a sua cabeça da água, Mali! Está pensando na proposta não é?

─⁠──⁠─ Não sei o que fazer, Ru. - admitiu olhando para o mar e dando um sorriso leve ao ver Peder caindo depois de Josh tê-lo empurrado para as águas.

─⁠──⁠─ Não tem problema se não quiser aceitar, eu já te falei isso. - a garota também olhou para os dois que agora estavam tentando afogar um ao outro nas ondas baixas que quebravam perto da praia - E também não tem problema se quiser aceitar. Estou com você, em qualquer decisão.

A Baker deixou seu olhar cair sobre a Tunner que ainda olhava para os garotos brincando e lhe deu um abraço sem aviso.

─⁠──⁠─ Obrigada, Ru, por me apoiar e você sabe, por tudo.

─⁠──⁠─ Agora não é só a proposta, é? - a loira abraçou a outra de volta deixando um selar no topo de sua cabeça.

Ruby conhecia Malia muito bem, a morena as vezes achava que até bem demais já que, em certas ocasiões, ela parecia saber mais sobre ela do que ela mesma. E isso era tão frustante para ela em determinadas ocasiões.

Ela sabia que o assunto iria chegar, afinal, não viam Kylie Filha da Puta Cantrall a mais de dois anos, então era óbvio que quando acontecesse as memórias viriam de novo e, talvez, muito piores.

A Tunner não precisou de uma resposta, apenas voltou com seu tom leve e deu um empurrão de leve no ombro da melhor amiga.

─⁠──⁠─ Relaxa, okay? Não e como se você fosse chegar em casa e encontrar ela lá, né?

Malia riu sobre a ideia absurda.

Depois do que aconteceu, a Baker tinha perdido um pouco da sua paixão e o pai achou estranho, obviamente. Não tinha como esconder nada de Anthony Baker!

Na época o homem quis caçar a surfista até o inferno por ter quebrado o coração da filha, mas se conteve muito, então o pensamento de seu pai saindo correndo atrás de Cantrall caso ela se aproximasse no raio de pelo menos um quilômetro de sua casa a fazia se sentir melhor. Tomara que ele use a besta de pesca.

Conversou mais um pouco com Ruby sobre a proposta tentadora de Slater e começou a ter uma inclinação mais forte a aceitar, ela não sairia perdendo, fora que não teria nada a perder também. Se despediu dos meninos com um aceno e da loira com um beijo no rosto. Baker pegou os sapatos e bateu um pouco na roupa tirando o excesso de areia.

No caminho, a morena se perdeu nos limites da própria mente. Lembranças antigas se misturando com novas, o pai, Ruby, Peder, Josh e a Cantrall. Algo a levava sempre a pensar na surfista idiota.

Ela estava impecável, não havia mudado nada. Kylie ainda tinha aquele mesmo rosto pelo qual Malia havia se apaixonado a dois anos atrás.

E aquilo era péssimo. Terrivelmente péssimo.

Se pegou na lembrança da festa que foi após Cantrall ter ido embora sem ao menos se despedir dela. Ruby não aguentava mais a depressão da amiga e a arrastou para uma festa em outro quiosque na praia. As coisas acabaram saindo um pouco de controle, Baker bebeu demais e beijou tantas pessoas para tentar esquecer a maldita surfista, que quando acordou no dia seguinte estava deitada na praia, do lado de uma garota ruiva que nem sequer conhecia, provavelmente uma turista que estava atrás de diversão.

Não se recordava nada de sua primeira vez com a desconhecida então só tinha ido embora sem se importar com a garota dormindo no meio do nada.

Ela não fala sobre aquele dia.

Na verdade, ela não se lembra para falar sobre qualquer coisa. Mas não vai mentir que repetiu a dose mais duas ou três vezes desde que Kylie a deixou sem dizer ao menos: “Adeus, iludida idiota, não espere mensagens ou cartas de amor, porque eu não me importo com você.”

Baker já não era mais a garota que romantizava seu primeiro beijo e sua primeira vez. A garota que acreditava em um amor pra vida, como o de seus pais foi.

O primeiro beijo tinha sido lindo, mas uma lembrança dolorosa por ter sido com a vadia surfista.

A primeira vez ela nem sequer se lembrava do rosto da outra garota agora.

E o amor? Talvez esteja nadando ao redor de Atlântida. Bem no fundo da porra do oceano.

Ao chegar próximo a casa que dividia com o pai desde os catorze anos, ouviu risadas vindas da cozinha e se permitiu sorrir um pouco, seu pai não ria a anos e quase nunca levava alguém em casa, então aquilo comprou a sua felicidade no dia.

Seu pai estava feliz, e isso a deixava feliz, abriu a porta com cuidado para não atrapalhar a conversa animada que ele parecia ter com seu convidado e fez questão de colocar seu melhor sorriso no rosto para cumprimentar quem quer que seja.

Ao chegar na porta do cômodo, no entanto, seu sorriso travou numa careta estranha e o senhor Baker parou abruptamente de rir. Sua convidada se levantou rapidamente da cadeira fazendo com que parte do cabelo de mechas vermelhas caísse sobre o rosto.

─⁠──⁠─ Oi, Malia…

Ruby Rose Tunner e sua boca santa, Malia iria matar a loira no dia seguinte por isso.

Mas agora queria matar outros dois certos comadres fofoqueiros e risonhos.

De todas as pessoas que Baker imaginou voltando a falar com a Cantrall, seu pai nunca esteve entre as opções mais remotas.

Tinha esquecido por um instante que o pai estava ali, estava presa na cara de pau de Kylie ter realmente ido até sua casa para fazer sabe-se lá o que, mas voltou a realidade ao ouvir um creck familiar vindo do mais velho.

Anthony estava com os olhos vidrados nas duas garotas enquanto uma mão segurava um biscoito meio mordido perto dos lábios. Aquilo já era demais.

─⁠──⁠─ Biscoitos? Sério? - a morena riu sem humor e deu meia volta para subir as escadas para seu quarto - Tanto faz, não compensa discutir.

─⁠──⁠─ Malia eu… - Kylie começou, mas já era tarde, a Baker já estava no último degrau da escada e, ao entrar no quarto, bateu a força com mais força do que era necessário - Acho que não foi uma boa ideia, tio Baker.

─⁠──⁠─ Com certeza não foi, Ky. - o homem riu terminando seu biscoito - Agora coma mais um e vá embora, você tem compromisso e ficar mofando aqui não vai fazer Malia querer falar com você.

A garota apenas balançou a cabeça de modo afirmativo com o sorriso triste, olhou para o prato de biscoitos, pegou mais um e acenou para o homem que deu um meio sorriso.

Agora ele teria que lidar com a fúria da filha.

Pegou um prato que havia guardado no forno com biscoitos apenas para sua pequena Baker e subiu as escadas. A porta não estaria trancada, era um detalhe de Malia sempre que estava chateada com algo. A pequena Baker fazia uma cena, mas nunca trancava a porta, pois queria que a pessoa fosse até ela. Que pedisse desculpas, tentasse se redimir e Malia iria perdoar. O coração dela sempre foi bom demais para guardar mágoas.

Até o dia em que Cantrall a decepcionou, que Cantrall não a procurou no dia seguinte para se redimir, então a Baker não tinha porque perdoar agora, depois de tanto tempo.

─⁠──⁠─ Maliki? - Anthony entrou no quarto pé a pé, procurando a filha com os olhos, a encontrando sentada no chão ao lado da cama, com o rosto escondido entre os joelhos - Trouxe biscoitos para você, meu amor.

─⁠──⁠─ Eles por acaso estão com o selo Cantrall de aprovação? - o tom choroso e ao mesmo tempo irônico da filha, fez com que o homem quisesse ter atirado com a besta no pé de Kylie ao invés de ter se permitido ouvir a garota.

─⁠──⁠─ Eu queria que esses daqui tivesse o selo da minha ativista favorita. - o Baker mais velho se sentou de frente para a garota colocando o prato de biscoitos entre eles - Desculpe por você ter presenciado aquela cena, Maliki.

A morena não respondeu, mas assustou o prato de biscoitos com a mão para mais perto de si, anda com o rosto escondido, sem querer que o pai visse o rosto choroso. Baker não estava chorando porque o pai tinha perdoado Kylie. Ela estava chorando porque simplesmente não podia participar mais daquilo, porque não conseguia perdoar Cantrall.

Talvez ela não fosse tão boa quanto o pai dizia que era. Ela queria que Cantrall evaporasse. Que desse espaço para ela poder viver sem aquela sombra idiota de primeiro amor.

Mas a realidade é que, mesmo longe, Malia sempre se via digitando o sobrenome que passou a odiar no navegador, sempre entrava no instagram para ver o rosto da Cantrall e passou a odiar surf por causa dessa idiota.

Maldita seja Kylie Cantrall.

Como estavam a um tempo em silêncio, Anthony suspirou cansado, Malia não ia dobrar fácil dessa vez.

─⁠──⁠─ Eu ameacei ela com a besta de pesca.

─⁠──⁠─ Ótimo. - a garota fungou pegando um biscoito e, finalmente, levantando o rosto.

─⁠──⁠─ Ela queria conversar comigo.

─⁠──⁠─ Eu notei.

As respostas curtas da Baker mais nova estavam fazendo com que Anthony se sentisse cada vez mais culpado por ter se deixado levar tão facilmente.

─⁠──⁠─ Ela sente sua falta, Maliki. - o homem baixou o tom de voz agora sem olhar pra filha, começando a se levantar com certo esforço por conta da idade - Mas acho que isso é algo que você deveria falar com ela.

Malia não respondeu, sabia que tinha assuntos pendentes com a surfista. E um tapa não dado também. Mas se ela pudesse simplesmente ignora-la pela semana que viria, ela o faria.

A não ser que fosse para dar o tapa.

─⁠──⁠─ Faça o que achar melhor, Maliki. Saiba que vou te apoiar em tudo. - o Baker parou na porta e lançou um último olhar para a filha - Mas eu voto por vocês conversarem. Você se sentiria mais leve depois de gritar um pouco com ela. - o velho riu, deu as costas e fechou a porta - Eu me senti!

Malia ouviu os passos se afastando e se levantou pegando o prato de biscoitos no chão. Enfiou mais um dentro da boca e foi tomar seu banho.

Tinha muita coisa pra raciocinar e seria melhor se ela o fizesse debaixo de seu chuveiro quentinho tirando a areia, que agora pinicava, de sua pele e depois relaxando na banheira. Com muitas bolhas e velas aromáticas.

Mas antes, a garota voltou até o quarto, pegou o celular e discou o número que tinha conseguido para marcar a reunião com o dono do campeonato sediado em sua praia.

Foi atendida na terceira chamada, recebendo um alô como sinal para que dissesse o que quer que fosse.

Respire Baker.

─⁠──⁠─ Senhor Slater? Aqui é Malia Baker. - a garota andava de um lado para o outro do quarto, e segurou o riso quando ouviu a mudança repentina na voz do outro lado da linha, de monótona para surpresa real - Eu já tenho minha resposta.














× Notas do autor

Atualização pós Enem e eu quero cortar os pulso eeeeeee!

Bom, hoje o capítulo não teve flashback e bem, Tio Baker ainda gosta da Kylie e parece que ainda quer ela como nora, corrente de oração agora pra Malia aceitar a Cantrall como esposa!

Até breve, povo de Atlântida!

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