Mude sua mente

[Jessie's diary on the cover] (Diário da Jessie na capa)

"If you wanna change the world, you will need change yourself first, and this can be really hard..." 

Jessie caminhava enquanto o sol nascia, ela nem tinha percebido que saiu tão cedo, o pássaro em seu ombro lutava para se manter acordado enquanto a bruxa decidia para onde ir agora. Por um bom tempo ficaram caminhando em linha reta sem destino definido, isso acabou deixando a bruxa um pouco entediada, ela começou a encarar o pássaro azul que tinha adormecido em seu ombro, ele sangrava é o sangue escorria por seu vestido beje deixando uma mancha vermelha nele. Ela se ajoelhou perto de uma árvore e colocou o pássaro deitado encima de sua bolsa, depois de mexer com cuidado na bolsa fazendo o mínimo de barulho possível ela pegou uma garrafa de água e outro conjunto de roupas, o caso era encontrar um lugar para se trocar, foi aí que ela começou a caminhar por dentro da floresta, com a varinha nas mãos. A floresta era funda mas não assustadora, a luz do sol entrava pelas pequenas passagens deixadas pelas árvores altas mas também era impedida de entrar completamente pela grande quantidade de folhas que as árvores tinham, criando vários fios de luz e sombras aconchegantes, isso sem contar as flores silvestres que cresciam ali, embora Jessie não gostasse muito de flores até ela admitiria que aquelas eram bonitas. Enquanto caminhava despreocupada, a garotos de olhos azuis conseguiu escutar um barulho de água caindo não muito longe e claramente ela correu até lá, enquanto corria com dificuldade por conta das grandes raízes que saiam da terra e criavam obstáculos, ela acabou tropeçando em uma das raízes, caindo com a cara no chão, (N/A: bem que você disse que isso acontecia muito...) aquilo acabou a deixando bem estressada, agora seu vestido estava sujo de terra, sua cara cheia de terra, grama seca e coçando um pouco e sua varinha tinha caído de seu bolso. Ela parou tudo o que estava fazendo e ignorou a forma suja que se encontrava, sua varinha era muito mais importante que aquilo, começou a passar a mão no meio da terra e jogar algumas folhas secas pra longe mas nada da varinha, sua não foi mordida por uma formiga ou inseto qualquer fazendo ela resmungar "é por isso que eu odeio florestas" não importa o quanto sejam bonitas, ela vai odia-las pra sempre agora e começou a odia-las mais ainda depois de ouvir uma risadinha estética que lhe lembrou aquelas bruxas que a irritaram com barulhos enquanto ela estava na Mansão.

Jessie olhou em volta, uma sombra pequena tinha carregado algo para o fundo da floresta, ela olhou para a direção do barulho da água e depois para a direção que a criatura correu e depois de suspirar começou a seguir a criatura. Era difícil perseguir algo que você não conseguia ver, mas graças às risadinhas estéticas ela conseguiu segui-la pelo barulho até uma clareira cheia de casinha pequenas e outra coisas bem menores que ela, com cuidado para não quebrar nada a galeria começou a olhar ao redor intrigada com um sorriso satisfeito no rosto ela observou tudo melhor. Casinhas com forma de cogumelo (N/A: ELA ACHOU OS SMURFS! pera -q?) Troncos de árvores cheios de frutas de vários tipos e mais flores, enquanto olhava em volta, seus olhos se encontraram com uma pequena criatura sentada em um tronco de árvore segurando sua varinha, seu sorriso satisfeito se transformou em um olhar mortal, ela pegou a criaturinha pelo pescoço e a forçou a levantar, a segurando em frente ao seu rosto enquanto a criatura se debatia tentando escapar, ela acabou deixando a varinha cair no chão. Orelhas levemente pontudas, um pouco maiores que rosas, usando roupas feitas de coisas encontradas na floresta, seus cabelos bem longos até em homens, morando em um cogumelo no meio da floresta e pegando coisas brilhantes, depois de juntar tudo a bruxa identificou as criaturinhas como duendes, as pequenas criaturas que roubavam ouro das minas humanas no passado e por isso foram condenados a morte assim como as bruxas, ao lembrar dessas informações, Jessie soltou o duende rapidamente e pegou a varinha, com a varinha nas mãos, vários outros duendes começaram a se juntar e ficar encarando a bruxa que estava um pouco nervosa. Um dos duendes que saiu de dentro da floresta, vinha acompanhado com uma pessoa de aparência humana embora suas roupas fossem feitas de folhas amareladas, laranjas e marrom, um cabelo trancado castanho, olhos amarelos mas a parte que mais chamava atenção era o cifre na sua cabeça, isso fazia a garota de olhos azuis pensar se era mesmo humana ou não, ela se aproximou de Jessie, a olhou de cima para baixo e depois fez um sinal fazendo as outras criaturas voltarem a fazer o que estavam fazendo.

- bem-vinda senhorita! - disse a humana - eu protejo esses duendes dos humanos

- um humanos protegendo criaturas mágicas? - disse Jessie intrigada - o que você ganha com isso?

- humano....? Não! não! Você entendeu errado! - a garotos sorriu - eu sou uma criatura da floresta

- existem muitas! Qual delas você é? - Jessie começava a suspeitar das palavras da garota

- uma árvore! - sorriu a garota - meu nome é Fall (outono)

- Fall... Espera! Você é uma das quatro criaturas mágicas que representam as estações? - os olhos azuis de Jessie brilharam tanto que pareciam que iam pular pra fora - eu sempre quis conhecer uma de vocês!

- se continuar a sua jornada, tenho certeza de que encontrará minhas outras irmãs! - Fall sorriu graças ao entusiasmo da bruxa - quando conquistar minha confiança, eu lhe darei a localização delas!

- falando nisso... Algum de vocês viu meu amigo? - só agora ela se lembrou que deixou o pássaro e suas coisas para trás - ele é um pássaro azul. Esta machucado e não pode voar

- isso é terrível! - Fall fez um sinal chamando um dos duendes, ele era um pouco velho - você que conhece a floresta, vá atrás do amigo da senhorita!

- entendido milady! - disse o velho duende depois começou a correr

Fall mostrou para Jessie alguns lugares da floresta até ela achar um onde pode se trocar. Falo também explicou que cuidava daquelas criaturas porque eram frágeis e ninguém se importava com elas, aquilo pareceu até um pouco ofensivo mas o pior é que a bruxa sabia que era isso que pensavam dos duendes, já que não conseguiam fazer muita coisa, eram pequeno e fracos, mas já nasciam com um mapa daquele mundo na cabeça e eram ótimos memorando coisas. É como o pai de Jessie disse para ela uma vez: "nenhuma criatura desse mundo é inútil, todas fazem algo incrível" e era verdade, de elfos a insetos mágicos, todos faziam algo que os diferenciava dos outros, isso era fascinante para a garota de olhos azuis, ela queria pesquisar e descobrir cada detalhe sobre essas criaturas.... Foi nesse momento que ela se tocou que poderia usar aquele livro em branco para algo, seria como um diário de viagem ou algo assim, explorar, descobrir e anotar, parecia que estava mesmo seguindo os passos de seus pais, agora é só achar o livro e começar a escrever. Enquanto Jessie esperava notícias de seu amigo vindas daquele duende velho, ela ouviu vários gritinhos agudos chamando por Fall que estava ocupada do outro lado da floresta, restava a ela ajudar seja lá quem fosse, enquanto resmungava correu na direção dos gritos até chegar a cachoeira, um lugar realmente bonito e aberto, um grande Rio que levava para uma cidade, encima da cachoeira tinham algumas pedras e nelas, uma pequena duende com um chapéu e vestido fofos, ela chorava enquanto encarava o vasto rio abaixo dela, um grupo de duendes ainda gritava por Fall.

- o que aconteceu? - perguntou a bruxa ofegante depois da corrida

- viemos brincar no rio como fazemos depois que acabamos o trabalho, mas a Cosette sumiu pelas pedras e disse que se alguém subisse ali ela iria pular - disse uma duende entre soluços

- obrigada! - disse Jessie correndo na direção do caminho de pedras

Quando chegou lá, Cosette se virou para ela e a encarou como se a desafiasse a vir mais perto, revirando os olhos, a bruxa retirou a varinha e foi na direção da suicida, quanto mais ela se aproximava, mais a criaturinha ia para a borda. No momento em que Jessie ia falar algo, Fall chegou, quando Cosette percebeu a presença da moça, ela se jogou fazendo Jessie resmungar "eu mereço..." E se jogar também. Para ela, era apenas um rio normal, mas Cosette morreria de ficasse ali por muito tempo, por conta de alguns buracos, o rio se tornava bastante fundo, sorte que a mãe de Jessie a ensinou a nadar logo depois que ela aprendeu a andar, não estou exagerando, ela era uma ótima nadadora e conseguia segurar bastante o fôlego. Fall ficou encarando a cena com os olhos arregalados e o queixo caído, não é fácil achar alguém que se jogaria de uma cachoeira por um duende, ainda mais um que nem conhecem. A bruxa finalmente consegui alcançar a pequena criatura que estava inconsciente por conta da quantidade de água que havia engolido, ela colocou o corpinho dentro de sua blusa foi nadando na direção da beira, onde os outros duendes a ajudaram a sair de lá, deitou Cosette no chão e começou a cutucar sua barriga com uma das mãos, ela era pequena demais pra usar as duas. Quando a criaturinha começou a tossir água e acordar, todos os outros a encararam ansiosos, enquanto Jessie se preocupava em torcer o cabelo na esperança de que ele não ficasse tão molhado, Cosette começou a chorar de novo quando se encontrou com Fall que apenas disse para ela ir dormir por enquanto mas a bruxa encarou a duende com um olhar curioso. Quando ela voltou para a vila, alguns duendes lhe deram seu vestido beje sem mancha de sangue, ela sorriu para eles e se trocou novamente depois foi no local onde Fall morava e lá estava a suicida sentada muito nervosa e tremendo de frio, a bruxa se aproximou dela e se sentou no chão fazendo a duende a encarar com os olhos inchados.

- então... Como vai a vida? - disse a garota com sarcasmo - ah é! Você tentou se matar! Deve estar uma porcaria, né?

- .... - a criaturinha apenas gemia e chorava

- calma, calma! - ela deu leves batidas com o dedo na cabeça de Cosette embora estivesse odiando aquilo

- Fall... - disse a pequena entre soluços - socorro...

- ei! Eu te salvei! Não peça socorro! - gritou Jessie irritada - criatura ingrata...

- acho que já é o suficiente! - Fall apareceu na sala quase como mágica - se quiser ajudar apenas se cale

- claro! Eu não tenho paciência para pessoas como ela mesmo - Jessie revira os olhos e vai indo na direção da porta

- é por culpa de pessoas como você que ela fica triste! - gritou Fall firmemente

- Não! - Jessie se virou com uma expressão desafiadora - é por causa de pessoas como VOCÊ que pessoas como ela existem!

- .... - Cosette e Fall de calaram, às vezes a pequena ainda chorava um pouco

- transformar tudo em problema! Menosprezar a espécie dela! Eu odeio pessoas que desistem da vida como ela mas preciso admitir que você é terrível! - Dizia a bruxa com firmeza - desde pequena eu queria conhecer suas irmãs, mas se todos forem que nem você, é perda de tempo!

- quando eu vi aquela varinha, sabia que você seria um problema! - Fall cerrou os punhos - BRUXAS SEMPRE SÃO UM PROBLEMA!

- bruxa!? - pensou Cosette arregalando os olhos

- sim! Somos um problema! Um problema terrível! Já estou acostumada a ouvir isso! - o extinto de bruxa fez ela pegar a varinha - MAS NÃO POSSO PERMITIR QUE VOCÊ TRATE ESSA CRIATURA COMO SE ELA FOSSE UMA BRUXA!

Ao gritar isso, Jessie foi embora, já estava cheia daquele lugar, Cosette chorava mais alto depois de ouvir as palavras da bruxa, Fall estava completamente chocada. A bruxa foi para o fundo da floresta e dormiu lá, encarando as folhas das árvores pensando em como aquele pássaro machucado estava, era a primeira vez que ela se importava com alguém, que sensação estranha. De manhã cedo, ela foi acordada por um grupo de duendes alegres que pediam para ela os seguirem, ainda sonolenta ela foi com eles de volta para a vila de duendes onde o pássaro azul estava brincando com algumas duendes garotas, a bolsa de Jessie estava lá também, sendo segurada por Cosette que estava sentada em um galho de árvore com um esquilo ao seu lado, não foi possível ver ela direito da outra vez, mas agora dava para ver seus cabelos vermelhos amarrado em um rabo de cavalo e sua roupa feita de coisas achadas na floresta, ela era uma criatura simples e até parecida com elfos, mas sua orelhas eram menos pontudas e eram pequenas, a bolsa era quase maior que ela é muito pesada, Jessie pegou a bolsa e foi na direção do pássaro, Cosette a seguiu.

- senhorita! Eu gostaria de me desculpar - disse ela finalmente - acho que ontem você foi embora um pouco triste

- tudo bem! Eu já estou acostumada - a bruxa suspirou e parou de andar - mas você não respondeu... Porque tentou aquilo?

- é que... O mundo é tão grande e cheio de coisas e criaturas... Criaturas maiores que nós e mais fortes também... - a duende abaixou a cabeça - acho que conviver com o pensamento de que somos algo tão insignificante em um mundo tão vasto é terrível...

- sei... - respondeu a bruxa pensativa - você tem algum sonho?

- ah! Claro! Ver um unicórnio! - ela sorriu imaginando o cavalo mágico - eles foram criados pelas bruxas né?

- sim! Você conhece a história? - Cosette balançou a cabeça negativamente - uma vez, uma bruxa viu um cavalo perdido sendo quase devorado por lobisomens, ela queria dar um jeito de fazer o animal revidar, então usou sua varinha para dar um pedaço de seu poder a ele, que ficou na forma de um chifre em sua cabeça... Foi assim que nasceram os unicórnios

- que história legal! - a criatura deu pulinhos animada - conhece alguma história sobre a minha espécie?

- bem... Dizem que se todas as criaturas desse mundo entrassem em uma guerra, os duendes ficariam de fora, eles cuidariam dos feriados e ajudariam pessoas perdidas - os olhos da garotinha brilharam - e vocês também são muitos bons decorando caminhos e locais

- muito gentil da sua parte dizer isso... - enquanto pensava, veio algo em sua mente - bruxas devem sofrer muito né? 

- meh! a gente acostuma! - a pássaro veio dando pulinhos até Jessie, ela o pegou nos braços - olá pássaro!.....

- algum problema, Jessie? - o pássaro fez todos se espantarem ao falar preocupado com a bruxa

- é que... eu não gosto de te chamar de pássaro, você não tem um nome? - disse ela meio culpada

- nome....? nome....? - depois de pensar um pouco o pássaro sorriu - não! quer me dar um?

- tá! deixa eu pensar... você tem cor azul, é sorrindente, gentil, meio irritante, tem belas plumas... espera! - exclamou a garota de olhos azuis - pluma... pluma.. plum.... Plume! 

- Plume? que nome estranho! - disse ele confuso

- significa pluma em inglês e também combina com meu sobrenome! - sorriu a bruxa quando Plume finalmente entendeu - ah sim! lembrei de algo! Cosette!

- sim? - a pequena se virou para ela 

- venha comigo! - tanto Cosette quanto Plume a olharam confusa - você disse que queria ver um unicornio né? eu te mostro um!

- isso é muito gentil da sua parte senhorita mas... eu não posso aceitar! - Cosette sorriu levemente triste - tem coisas que eu ainda preciso fazer aqui! e não quero ser um peso para você

- entendo... nesse caso... aguarde pelo meu retorno! e não morra! - disse a bruxa ficçando seus olhos azuis na garotinha 

- é uma promessa! nunca mais tentarei aquilo! - ela a encarou de volta e ambas sorriram

Depois de acenar para todos e agradecer especialmente ao velho duende que trouxe Plume e suas coisas, Jessie foi embora com o pássaro machucado em seu ombro mas dessa vez prestando atençao no sangue que saia de sua asa, ela teve uma ideia, deu uma parada no meio da floresta, pegou algumas ataduras que ela trouxe dentro da bolsa e trocou as que estavam sujas e amarradas na asa da criatura alada, assim não infectariam. Caso esteja se perguntando, sim, Jessie também sabe um pouco de medicina, seus hobbies e habilidades estranhos são devido ao fato de que ela odiava falar com crianças da sua idade e passava o tempo todo apenas lendo ou fazendo qualquer outra coisa, quinze anos apenas adquirindo informações, não é de se admirar que muitos ainda vão sentir o gosto das palavras crueis da bruxa de olhos azuis, mas isso é uma historia futura. Finalmente eles tinham um curso, para a cidade que ficava abaixo do rio, dois dias de caminhada por uma floresta calma e com o rio para guia-los, nada pode dar errado mas mesmo assim, a bruxa mantinha a varinha sendo segurada fortemente em suas mãos enquanto Plume encarava tudo com brilho nos olhos, assim como uma criança faria.

=====================================================================

Howdy pessoinhas desocupadas! Meu corretor ortografico tá em inglês por algum motivo, então se tiverem palavras erradas ou sem sentido é por causa disso, embora eu faça a correção relendo o capitulo, eu sempre deixo algo passar... Um bom exemplo disso é o primeiro capitulo de TWTG que tinha mais erro ortografico que historia :'3

Espero que tenham gostado, desculpa qualquer erro ou uso de palavras que vocês não conhecam. Beijos de um queijo e tchau! Agora que notei o quão grande o capitulo ficou ._.

Imagem da Capa:

Eu tenho certeza de que usei essa imagem em TWTG, eu não sou louca!

Tradução: 

"Se você quiser mudar o mundo, você precisará mudar a si mesmo primeiro e isso pode ser bem dificil..."  

Extra:

Plume: hey Jessie! de onde vem os bebês?

Jessie: *lendo distraida* eles vem de ovos, Plume...

Plume: SÉRIO? *-* Eu quero um ovo de bebê! Jessie! você pode botar um ovo com um bebê dentro?

Jessie: claro que não! só quem faz isso são pássaros!

Plume: *ignora* parando pra pensar... O ovo que a Jessie nasceu precisaria ser enorme pra caber ela...

Jessie: do que você tá falando? -_-