A lua já estava no céu, as estrelas brilhantes pareciam apreciar a grandeza daquele infinito mar, o barulho das ondas quebrando era um som maravilhoso de se ouvir e a gente observava tudo extasiados.

— O que você costumava fazer em seu tempo livre ? – o olhei perguntando.

— Eu sempre estava compondo ou fazendo poemas, uma das coisas que eu adoro fazer é cozinhar, eu e minha namorada sempre fazíamos isso juntos. – ele pausou – Era uma das habilidades dela também.

Pela luz da fogueira que iluminava seu rosto, eu consegui ver que ele estava um tanto triste em falar sobre ela. Ele sentia muita falta dela.

— Sente falta dela, não é ? – sem querer, eu falei.

Ele me olhou nos olhos e disse:

— Sinto. Eu sei que ela deve estar muito preocupada comigo.

— Todos estão, inclusive seus fãs. – disse baixo.

— Principalmente eles. Eu amo meus fãs, eles tem sido minha força nos últimos tempos, eles me apoiam em tudo e ... – uma lágrima solitária desceu de seu rosto. – Eu tô sentindo falta deles... e da minha família.

— Eu sei que está. Eu também sinto da minha, eu.... Tenho medo de não conseguir sair daqui e não ver nenhum deles nunca mais. – o olhei.

— Eu tenho o mesmo medo, mas temos que pensar positivamente. Temos que nos manter salvos.

— Eu sei, por mais difícil que seja, temos que pensar que as coisas sempre vão dar certo, não é ? – dei um meio sorriso pra ele que retribuiu meu gesto.

— Tudo aqui é tão quieto. Nem parece o borbulho de Nova Iorque.  – disse.

— É totalmente diferente. Eu tô acostumado em sair e dar de cara com centenas de flashes que agora... Eu sinto que sou outra pessoa.

— Pode ficar tranquilo que aqui, somos só nós, nenhum paparazzi vai te incomodar. – ri.

— Está com sono Heather ? – ouvi sua voz.

— Um pouco, você está ?

— Estou. Se importa de eu ir me deitar ? O dia foi bem cansativo.

— Claro que não, pode ir. Eu já estou indo, só vou admirar mais essa vista. – disse olhando pro mar a minha frente, as estrelas e a lua que brilhavam no céu.

— Tudo bem, eu estou bem aqui. Se precisar de mim pode me chamar.

— Tá bom, Obrigada Zayn. Boa noite.

— Boa noite, foi bom conversar com você. – ele sorriu entrando no bote que estava um pouco ao lado de nossa fogueira. – Você é diferente.

— Diferente ? – ergui as sobrancelhas.

— É, diferente mas de uma forma legal, claro. – ele sorriu mais uma vez e disse – Boa noite.

— Boa noite. – tinha um sorriso em meus lábios.

Voltei a contemplar aquela paisagem a minha frente, estava encostada na rocha atrás de mim, o barulho das ondas me acalentavam que não percebi que estava adormecendo, até cair em um sono profundo.

{...}

Senti alguem me colocando deitada na areia, abri os olhos com dificuldade e pude ver a figura de cabelos bagunçados em minha frente, eu murmurei por causa do sono e logo me entreguei novamente.

— Já volto Heather. – ouvi um sussurro de longe mas não consegui destinguir se era sonho ou realidade.

{...}

Abri os olhos e rapidamente vi o sol forte, levantei devagar e vi onde tinha dormido.

— Zayn ? – o chamei.

Levantei e fui até o bote, o encontrei vazio e logo me desesperei, onde será que ele foi ?

"— Já volto Heather. "  Ecoou na minha mente e eu pude raciocinar e saber que ele tinha saído.

— Vou esperar você, espero que não demore.

Andei até a beira do mar sentindo meus pés se molhando, senti a brisa invadir meu ofato e o sol esquentar minha pele. Andei um pouco pela beira da praia observando as coisas melhores, essa ilha era enorme.

Estávamos de um lado da ilha, mas tinha mais uma parte enorme para ser descoberta.

Voltei onde estavamos e peguei algumas frutas pra comer, abri a banana e comecei a saborear cada mordida. Fiz o mesmo com a manga.

Lavei a mão na praia e voltei meu olhar pra procurar o Zayn mas nenhum sinal dele, comecei a me preocupar, ele deveria ter voltado.

Será que aconteceu alguma coisa com ele ?

Imediatamente adentrei aquela floresta procurando por ele, não ia saber o que fazer se acontecesse alguma coisa com ele.

— Zayn ! – gritei fazendo alguns pássaros do local voarem.

Andei mais depressa sentindo as folhas secas fazerem barulho, minha respiração estava ofegante e tudo que eu conseguia pensar, era em achar o Zayn bem.

— Zayn ! Cadê você ? – gritei.

— Onde você está ?

Tentei fazer o mesmo caminho de ontem, lembrando vagarosamente do trajeto que fizemos no dia anterior.

Nada.

Meus olhos começaram a marejar e eu já estava desesperada por não ter o encontrado.

— Zayn ! Aparece por favor ! – disse chorando.

Sai na cachoeira onde estavamos ontem na esperança de o encontrar, mas estava vazia. Nenhum sinal dele.

Cheguei na beira dela e molhei meu rosto, limpando as lágrimas e a ressaca da noite.

— Eu não acredito que você fez isso.

Levantei e decidi voltar até a praia, espero que ele esteja lá. Porque se não, eu não vou conseguir.

Sai do meio daqueles matos e cheguei na praia, olhei pros lados e um pouco distante meus olhos encontram um ser preocupado e assim como eu desesperado.

Ele estava impaciente andando na areia, procurando perto da entrada daquela floresta.

— Zayn ! Oh meu Deus ! – gritei.

Assim que ele me olhou, seu semblante suavizou, ele veio correndo em minha direção e eu fiz o mesmo.

Corri em direção a ele, senti seus braços me envolverem em um apertado abraço, com a respiração acelerada ele disse:

— Meu Deus Heather, onde você estava ?

— Onde VOCÊ estava ? Porque me deixou sozinha ? Eu estava tão... – lágrimas desceram – Preocupada com você.

Separamos o abraço e ele me olhou nos olhos, sua respiração estava acelerada, sua mão tocou meu rosto e ele falou:

— Você é doida ! Eu disse que já voltava, deveria ter me esperado aqui.

— Eu esperei, mas achei que tinha acontecido alguma coisa com você eu.... Eu não consegui ficar aqui esperando, me desculpe.

— Porque você demorou ?  – disse alto. – Você me assustou, não faça mais isso.

— Tudo bem, nem você. – ele me abraçou.

Depois do abraço voltamos para o nosso refúgio, ele estava sem camiseta, a pele descoberta e brilhando por conta do suor, seus cabelos estavam lindos e sua barba começava a dar requisios que estava nascendo.

— Onde você estava ? – perguntei.

— Eu fui além da cachoeira, não tem nada além de mato e árvores.

— Você tem que tomar cuidado, não pode sair por aí desprevenido, se tiver algum animal ? Ele pode te atacar zayn.

— Eu sei.

— Trouxe coco e .... – ele pegou o objeto em mãos. – É uma pedrinha, achei perto do córrego.

— É linda. – disse observando a pedra azul cintilante.

— É sua, pode ficar. – ele sorriu.

— Obrigada. – disse sem jeito.

A pedra era linda, tinha a cor dos meus olhos. Fiquei me perguntando se ele me deu isso porque lembrou deles.

ESPERO QUE GOSTEM, MUITO OBRIGADA PELO CARINHO DE VOCES, FICO MUITO FELIZ COM ISSO.

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