Bad Girl
Corte Noturna
Os gritos de agonia e desespero de Peter já estavam começando a me irritar. Ele gritava tanto que sequer me dava chances de fazer as perguntas que eu queria.
Retirei Assassina da Escuridão que estava cravada em seu ombro enquanto eu a enfiava vagarosamente ali naquele ponto. Peter arfou e gemeu de dor e me lançou seu melhor olhar suplicante. Mas eu não tinha nenhuma misericórdia, não com ele.
-Me diga logo de uma vez o quê Briallyn e Luna estão tramando. Eu sei que você está a par dos planos. Não vá achando que sou uma completa idiota.
-Vadia. Eu nunca vou falar o que você quer saber. - ele disse em meio ao sangue que escorria de sua boca. Mas eu conseguia ver o medo nos seus olhos. Não medo dos perigos da corte noturna, não medo do que Rhys poderia fazer com ele, não com medo de Azriel ou Eris, mas com medo de mim. E de qual seria a maior maldade que eu faria com ele.
-Ah, por favor, você já está gritando como um bebezinho. Não aja como se você fosse o machão. - eu disse rodando Assassina da Escuridão em minha mão. Aquilo era mais que suficiente para desestabiliza-lo.
Apesar de estar ali há dois dias, Peter ainda não havia dito o que eu queria saber. Ele me olhou com aquele olhar suplicante novamente.
-Por favor, Aisha. Eu tenho uma filha.
Ouvir aquilo fez um ódio surreal tomar conta de mim. Peter era um monstro, havia sido um monstro antes mesmo de Abigail nascer e havia continuado ser um monstro muito depois disso. Ele não tinha o direito de mencioná-la.
-Não se atreva a menciona-lá. - eu rosnei. -E você já está implorando? Eu sequer comecei com você. Achei que você fosse mais resistente. Que decepção, Peter, não aguenta sequer algumas horas comigo? Você ainda não conheceu Azriel. E ainda não conheceu Reveladora da Verdade. Se não me disser o que eu quero saber, você dirá a ele. Surgiro que veja essa situação como uma misericórdia. Você sequer faz ideia do que o aguarda se eu tiver que chamar Az.
Peter me olhou com choque e horror, mas não abriu o bico. Deu um suspiro, aquilo já estava me irritando. Veja bem, eu não era a pessoa que arrancava as informações quando eu fazia parte dos espiões da Toca, isso era serviço de Matthew, eu somente caçava e matava pessoas e, as vezes, as levava arrastadas pra Toca. Ou simplesmente as fazia falar com meu ar sedutor. O que claramente não funcionaria com Peter, até porque, eu nunca jogaria meu charme pra esse verme nojento.
-Está bem. Não fale.- eu disse me aproximando.
Enfiei Assassina da Escuridão em sua perna, em um ponto específico que eu sabia que não o mataria, mas que iria doer pra caramba. Ele gritou e continuou gritando conforme eu girava lentamente minha adaga sagrada em sua carne, até sentir a ponta afiada atingir seu osso. Então, continuei girando e cutucando enquanto Peter chorava, implorava e até mesmo se mijava todo. Patético. Eu sequer tinha aplicado as táticas de tortura que havia aprendido com Matthew. E nem mesmo havia permitido Alynia de entrar ali ainda. E só os deuses sabiam o quanto ela estava ansiosa por alguns minutos a sós com Peter. Até mesmo meu estômago embrulhou quando ela disse o que pretendia fazer com Peter caso eu permitisse. Alynia tinha passado por muita merda também e ela havia sido torturada por quase um mês. Então, de fato, ela tinha ideias bem criativas. Mas me fazia estremecer pensar que ela tinha essas ideias porque já havia sofrido por causa delas.
Arranquei Assassina da Escuridão e encarei Peter. Ele continuava chorando baixinho, mas não fazia menção de que fosse começar a falar. Eles sempre resistiam nos primeiros momentos, é impressionante.
Deslizei Assassina da Escuridão pela garganta de Peter, a pressionando levemente, mas o suficiente para fazer um filete de sangue escorrer. Não faria diferença mesmo já que Peter estava tão quebrado e ensaguetado. A única pessoa que veio até aqui, que eu permite que viesse, foi Nestha. Todos foram contra isso, mas ela conseguia o que queria.
Quando Peter viu Nestha, começou a tremer. Até eu tremeria se tivesse recebido aquele olhar duro e cheio de chamas que ela havia o lançado. Nestha sequer precisou de muito, sequer precisou usar aquele poder avassalador dela para fazer Peter sofrer. Ela o deu um chute bem dado no maxilar, o quebrando em três partes. Aquilo devia ter doído pra cacete se até mesmo eu consegui escutar o osso se partir.
Deu um suspiro e me levantei e Peter se arrastou para longe de mim. Eu me afastei dele.
Caminhei até a porta, já de saco cheio. Eu estava ali fazia duas horas, minhas mãos já estavam cobertas de sangue e Peter no limite. Ia mandar que chamassem alguém para cura-lo porque, ah, sim, eu pretendia fazer daquilo um inferno. Ia fazer durar muitos e muitos dias.
-Quando eu voltar, é bom que comece a falar. Ou vai conhecer pessoas com ainda mais experiência do que eu.- eu disse o dando um sorriso cruel. Vi Peter estremecer e ele gritou mais uma vez, me implorando por perdão, antes que eu saisse e o trancasse naquela sala vazia e escura.
Quando saí daquele galpão onde somente pessoas liberadas por Rhys podiam entrar para as ruas de Velaris, algumas pessoas me olharam estranho. Afinal, eu estava realmente coberta de sangue. Me senti meio desconfortável, mas fiquei mais calma quando vi Feyre vindo na minha direção. Ela segurou minha mão sem se importar com o sangue nela e nos atravessou para a frente de sua casa.
-Eu sou uma pessoa terrível, Feyre.- eu disse olhando para as minhas mãos e minha roupa coberta de sangue. Feyre abriu a boca para falar algo, mas eu sorri. -E eu realmente não me importo.
Porque Peter merecia cada segundo daquilo. E iria sofrer ainda mais.
Já começamos bem o dia com um escroto tendo o que merece!
Outro capítulo para ser apreciado, Aisha fazendo um nojento se mijar todo. Isso porque ele ainda não conheceu a Reveladora da Verdade rs
Próximo capítulo vai ser mais de boas, não nego que estou ralando pra escrever ele por pura vergonha KKKKK ENFIM né
Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana
Data: 11/03/21
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