Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

23 - Eu só... Eu tô sentindo tanto a sua falta...

Thomas estava naquele longo corredor onde Janson tinha matado Ava Paige, mas o corredor estava vazio. Ao olhar para o lado, viu um garoto familiar de costas, e Thomas reconheceria aquele garoto até de cabeça para baixo.

—Peterson? —Ele o chamou, aproximando-se lentamente dele, que continuou imóvel.

Subitamente, Janson apareceu nas sombras e apontou uma arma para Peterson, mas Janson estava diferente. Ele era um Crank.

—PETERSON! —Thomas gritou, agarrando no braço dele no segundo em que Janson apertou o gatilho.

Thomas sentiu-se horrorizado, ainda mais quando Peterson se virou para ele devagar e uma enorme mancha vermelha começou a crescer na costela dele. Thomas olhou para Peterson, soltando o braço dele enquanto se sentia confuso. Por que ele ficou parado? Por que ele parecia tão indiferente? Foi quando Thomas ouviu a pior coisa que já tinha ouvido antes, vindo do garoto que ele amava tanto.

—Você não me salvou, Tom.

★∻∹⋰⋰ ☆∻∹⋰⋰ ★∻∹⋰⋰ ☆∻∹⋰⋰★∻

Thomas se sentou na rede em um pulo, ofegando e suando como nunca.

—Ai, Thomas! Cara! —Minho exclamou assim que entrou no quarto, colocando a mão no peito e fechando os olhos. —Que susto!

—Tá tudo bem, gente? —Caçarola perguntou, acordando junto com Gally e Brenda, que também tinham se assustado.

—Sim, é que eu estava voltando do banheiro e o Thomas me assustou sem querer. —Minho respondeu, vendo que Thomas olhava para todos os lados, parecendo bem confuso. —Você tá bem, cara?

Thomas não respondeu, mas olhou para cada um dos seus amigos. Todos estavam preocupados, mas já sabiam o que estava acontecendo. Ele olhou para a rede vazia aos seus pés, onde Peterson deveria estar deitado, viu o rifle dele atrás da bolsa onde tinha as roupas do garoto, junto com um livro que ele tinha começado a ler fazia muito tempo.

—Thomas? —Brenda chamou, já que Thomas não tinha respondido, o que o assustou por um segundo.

—Foi mais um pesadelo, né? —Gally questionou, lembrando que aquela não era a primeira vez que ele acordava assustado.

—E-Eu já volto. —Thomas finalmente respondeu enquanto se levantava, pegando um casaco e saindo do quarto.

Minho deu um suspiro e se deitou, mas ninguém tinha voltado a dormir ainda.

—Ele vai dormir na tenda médica junto com o Newt de novo, não é? —Brenda indagou para ninguém em específico.

—Todo torto na cadeira como em todas as outras noites da semana? Vai, com certeza. —Gally ironizou, arrumando o travesseiro. —Pois o Newt dorme direitinho já que tem aquela cadeira que deita.

—Eles sentem muita falta do Peterson. —Caçarola afirmou, apesar de ser óbvio.

—Todo mundo sente, mas os dois... São diferentes. —Minho acrescentou, arrumando o cobertor. —É como se faltasse um braço ou uma perna deles, algo que eles não conseguem viver sem.

—Acho que uma parte do coração, mais especificamente. —Brenda disse, fazendo todos concordarem. —Eles não vão sossegar até ver o Peterson de pé. Disso, eu tenho certeza.

Assim como Gally tinha previsto, Thomas foi andando no frio da noite até a tenda médica, onde Peterson estava havia uma semana e Newt não saía por nada nesse mundo. A viagem tinha atrasado por causa do acidente de Peterson e no dia seguinte àquele, o Braço Direito já estava de partida. Thomas tinha que acordar bem cedo, pois iria ajudar a carregar os últimos suprimentos, mas do que adiantava se deitar se pesadelos rondavam a sua mente toda vez que fechava os olhos.

Ao chegar na tenda médica, Thomas abriu a porta devagar, dando uma espiada lá dentro e olhando ao redor logo depois, pois não queria que ninguém o arrastasse de volta para os dormitórios. Ele queria ficar ali, com Peterson e Newt.

Thomas entrou e fechou a porta lentamente. Havia pouca luz, mas o reflexo da lua que passava pela janela era o suficiente para que ele pudesse ver sem um esforço muito exagerado. Ele puxou uma cadeira e se debruçou no encosto, apoiando o queixo nos braços e observando Peterson.

Peterson estava de lado para não forçar a ferida, seus punhos pousavam levemente sobre o travesseiro enquanto o seu cabelo castanho deslizava um pouquinho para o rosto toda vez que inspirava. Estava tão silencioso que Thomas podia ouvir toda vez que Peterson respirava, um som suave e tranquilo que o deixava calmo de alguma forma. Newt dormia na cadeira que deita do outro lado da cama de Peterson.

—Oi, Peter. —Thomas sussurrou, ainda observou seu irmão. —Eu nem sei se você pode me ouvir, mas eu não consigo dormir sem falar com você antes. Eu ainda sinto falta de ouvir você falar e continuo a dormir mal, mas os pesadelos têm diminuído um pouco.

Thomas fez uma pausa, mesmo sabendo que Peterson não responderia.

—Por causa do que aconteceu, a viagem atrasou uma semana. —Ele contou com melancolia. —Já vamos partir amanhã e a Diana, quem está cuidando de você, disse que é melhor que você só acorde depois que chegamos no Refúgio Seguro. Então... Eu queria que você pudesse tomar café da manhã comigo amanhã, pra eu ter alguém com quem conversar na viagem, sabe?

Ele ficou um tempo refletindo sobre o que pedira e lembrou que Diana tinha dito que conseguiu salvar Peterson por pouco, e que ele só aguentou por muito tempo por causa da adrenalina que Janson o deu. Então logo se corrigiu.

—O que eu tô fazendo? —Ele murmurou para si mesmo, passando a mão no cabelo. —Esquece o que eu pedi, isso foi meio egoísta. Pode acordar no seu tempo, só... Não demora muito, tá bom?

Obviamente, Peterson não respondeu. Thomas não se importava muito. Ele só queria fingir que Peterson sempre esteve ouvindo o que ele tinha a dizer, mesmo que não pudesse ser possível.

—Eu só... Eu tô sentindo tanto a sua falta... —Ele sussurrou, colocando o cabelo de Peterson atrás da orelha dele. —Sério. Eu nunca me senti assim antes. E não é bom. É agoniante, sufocante. É como se... Se eu estivesse me afogando e eu não pudesse abrir a boca, mas como se eu tambem não conseguisse subir pra superfície. E como se eu só pudesse voltar a respirar quando você me puxasse de volta. Eu acho que me acostumei ver você sorrindo todos os dias, mesmo depois das torturas do CRUEL e de tudo o que a gente já passou.

Quando Thomas menos esperou, estava chorando baixinho para não acordar Newt. Ele secou o rosto nos braços e voltou a apoiar o queixo neles, chorando um pouco menos.

—Eu quero que você vá no seu tempo, Peter, mas eu também queria que você me acordasse e me desse um "oi" agora. —Ele sussurrou, vendo que Peterson não faria isso. —Desculpa, eu sou um idiota. Eu não deveria estar falando nada disso.

Thomas ficou em silêncio por um tempo, ainda sem conseguir dormir. Ele encostou a cadeira na parede e se sentou nela novamente, pensando em um milhão de coisas.

—Eu fiquei tão preocupado em te contar como eu tava que nem te contei do pessoal. —Ele se lembrou, sentindo-se um bobo. —Tá todo mundo bem, mas ainda sentem a sua falta. Acho que todo mundo tá seguindo em frente, porque eu já os vejo rindo, sorrindo, fazendo piadas... O Newt não. Ele não consegue fazer isso sem você. Quando você apagou, pegamos o soro feito do meu sangue no seu bolso e aplicamos nele, mas ele vive aqui com você. Porém, ainda consegue dormir melhor, diferente de mim.

Thomas sorriu ao ver que sua "conversa" com Peterson não acordou o loiro. Thomas brincou um pouco com os dedos antes de continuar.

—Sabe os pesadelos? Todos eles têm a ver com você. E toda vez que eu venho e durmo aqui, eu durmo melhor. Não totalmente, mas bem melhor. Você me faz bem até quando tá em coma. —Ele riu baixinho, segurando na mão dele com delicadeza. —Eu sempre pergunto isso, mas se importa se eu dormir aqui mais uma noite? Eu queria estar com você quando você acordasse, mesmo que fosse no meio da noite.

Obviamente, Peterson não respondeu, mas Thomas sorriu ao vê-lo tão tranquilo e acabou ficando mais tranquilo também. Ele ia soltar a mão dele para se acomodar na cadeira, mas sentiu um aperto bem sutil e não se moveu mais um centímetro. Thomas olhou para Peterson e ele continuava imóvel, apenas o seu peito subia e descia por causa da respiração, mas Thomas teve certeza que tinha sentido aquele leve aperto. A mão de Peterson parecia não ter se movido, mas Thomas sabia que uma resposta ele tinha recebido, mesmo que não fosse em palavras.

—Boa noite, Peter. —Thomas sussurrou, se acomodando na cadeira sem soltar a mão de Peterson para dormir.

Thomas dormiu tranquilamente naquela noite, tão tranquilamente que tinha se esquecido de onde estava quando Vince veio acordá-lo. Depois de olhar para Peterson uma última vez e perceber que ainda estavam de mãos dadas, Thomas sorriu e se levantou, um pouco dolorido por causa da posição que tinha dormido.

—Bom dia, sumido! —Minho cumprimentou Thomas quando ele chegou na tenda do café da manhã.

—Bom dia. —Thomas resmungou com meio sorriso, passando a mão no pescoço dolorido.

—Dormindo na cadeira de novo, Thomas? —Brenda riu, tomando um gole de café. —Vai ficar corcunda.

—Melhor do que os meus pesadelos, Brenda. —Thomas murmurou, mordendo o sanduíche que tinha feito na cozinha. —Cadê o Newt? Ele já comeu?

—Já comeu, já fez as malas e já o vi voltando a tenda médica. —Jorge contou, folheando um livro. —Ele não desgruda mais do garoto, mesmo a Diana dizendo que ele está bem e que vai acabar em breve.

—O melhor babá. —Minho brincou.

Todos riram, pois Newt realmente não saía da tenda médica por nada no mundo. Thomas ficava um pouco triste, pois queria que o loiro o ajudasse a se distrair nas horas vagas do dia, mas mal não faria trabalhar um pouco mais para distrair daqueles pensamentos que costumavam lhe consumir quando ficava sem ter o que fazer.

Thomas só queria que Peterson acordasse logo, mas ele sabia que isso não iria acontecer enquanto Peterson ainda estivesse cansado. Foi como Diana disse, Peterson só precisa descansar.

•Não esqueçam de deixar uma estrelinha ou um comentário, que isso me motiva muito.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro