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20 - Me deixa ir.

Peterson ajudou Thomas à tirar Brenda do abismo que ela se encontrava depois de um esforço quase sobrenatural. O garoto jurou que iria perder a mão por conta da dor, mas sofreu em silêncio e não disse nada sobre o que sentia. Depois de saírem do prédio, eles entraram em uma viela que parecia levar até um pedaço da civilização sobrevivente. Brenda parou no meio do caminho e Peterson estacou junto, mas Thomas deu mais uns passos à frente para perceber só mais tarde.

—Tudo bem? —Thomas perguntou, se aproximando dos dois novamente.

Brenda arregaçou a barra da calça, mostrando uma mordida profunda e ensanguentada. Ela murmurou alguma coisa indecifrável, mas Peterson e Thomas perceberam a sua frustração. Brenda passou uma faixa que havia pegado na mochila na perna, fazendo um curativo discreto e caprichado. Depois que arrumou a calça, escondeu o rosto nos braços apoiados nos joelhos e suspirou. Sentia-se horrível e sabia que aquilo era uma sentença de morte.

—Brenda... —Thomas murmurou, chocado ao ver o ferimento.

—Eu sei. Eu sei. —Brenda estava prestes a chorar, mas Peterson sabia que ela se segurava.

O garoto não demorou muito para estender a mão para a garota sentada no chão, que o olhou com uma expressão de surpresa. Peterson sabia muito bem como era aquele sentimento, e não permitiria que Brenda desistisse desse jeito.

—Vamos procurar o Marcos. —Peterson falou com a mão ainda estendida, mostrando um pedaço da cicatriz roxa no pulso que ganhara três dias atrás.

Brenda sorriu brevemente e agarrou a mão dele. Peterson a puxou para cima com um gemido pela dor que sentiu, mesmo que a amiga tivesse tentado fazer com que ele aguentasse menos do seu peso. Eles foram até o fim da viela e viram algumas pessoas perambulando.

Era como uma grande comunidade de mendigos. Viviam em barracos sujos e desajeitados, andavam com as roupas sujas e o mais agasalhados possíveis. Peterson e Thomas observavam aquela cena com pena. Desde quando o mundo havia se tornado aquela miséria?

—Olha, tentem passar despercebidos. —Brenda disse antes de começar a liderar os dois enquanto mancava discretamente.

Era complicado não encarar as pessoas, aquilo causava tanto choque que tudo o que restava era olhar para o chão. Thomas olhou para Peterson, vendo-o andar curvado enquanto mantinha uma mão na costela esquerda que foi machucada no prédio. Thomas abaixou os olhos, triste, e continuou a seguir Brenda.

Eles chegaram a uma construção com um estado melhor do que os que já tinham visto e parecia estar lotado por conta das vozes animadas que vinham de dentro. Ao lado dele tinha uma enorme bandeira vermelha com as palavras "Zona A" escritas em branco. Havia bastante pessoas ali, especialmente mulheres maquiadas de forma exagerada vestindo trapos curtos e justos, o que fez Thomas e Peterson se sentirem um tanto desconfortáveis.

—Vieram para a festa? —Uma mulher com um rabo de cavalo loiro questionou atrás deles, mas essa não se vestia de forma tão vulgar.

—Hã, não. —Peterson respondeu, meio sem jeito. —Viemos ver o Marcos. É aqui que ele mora, certo?

—É aqui que eu moro. —Um homem gritou do lado oposto, depois deu um último gole no copo que trazia contigo.

A mulher os empurrou até ele, mesmo que eles se esquivassem das suas mãos esqueléticas.

—Você é o Marcos? —Thomas indagou, um pouco nervoso com a situação.

—Marcos não mora mais aqui. —O homem respondeu, acariciando o anel no próprio dedo e debochando deles com um sorriso que deixou Peterson um tanto incomodado.

—Sabe onde podemos encontrá-lo? —Brenda perguntou, já que Peterson parecia não querer falar com ele.

—Claro, ele tá na Zona B.

—O que é a Zona B? —Thomas questionou enquanto a mulher loira acariciava o ombro dele e de Peterson.

—É onde queimam os corpos. —A mulher respondeu, quase encostando a boca na orelha dele, deixando Peterson mais desconfortável e fazendo-o desejar sair dali logo.

—Ah, entendi. —Thomas murmurou, sem graça, mas um pouco irritado. —Passou mais alguém aqui procurando por ele? Um grupo da nossa idade. Tinha uma garota entre eles, de cabelo preto...

—Eu acho que eles estão lá dentro. —O homem interrompeu, parecendo impaciente e puxando uma garrafa com um líquido verde e aguado de dentro do casaco. —Toma, bebe aí.

—O que é isso?

—É o preço da entrada. —Thomas trocou um olhar de dúvida com Peterson e olhou para a garrafa, hesitante se deveria mesmo beber aquilo. —BEBE!

Quando o homem gritou, Brenda tomou a garrafa da mão dele e deu um pequeno gole. Depois que afastou a garrafa da boca, fez uma careta e gemeu. Deveria ser horrível. O homem riu como se ele tivesse acabado de fazer uma gracinha.

—Quem é o próximo? —Ele riu, revezando o olhar entre Peterson e Thomas.

Peterson resmungou e pegou a garrafa com hesitação, mas mesmo assim, tomou um gole pequeno. A mulher ergueu mais a garrafa, fazendo com que o gole se tornasse maior. Peterson não resistiu, mas lançou um olhar fervendo de raiva para a mulher. Ele já estava meio zonzo quando foi a vez de Thomas e nem viu direito. A garganta dele queimava como se tivesse engolido um isqueiro, e dificultava a sua respiração.

—Curtam a festa. —O homem falou, rindo enquanto empurrava os três para dentro.

Estava escuro e o som estava alto. Haviam mais mulheres com roupas mais vulgares lá dentro, o cheiro de bebidas era insuportável e deixou Peterson mais atordoado. Thomas parecia tão tonto quanto Peterson e não conseguia evitar olhar para as mulheres, mas Peterson não estava muito diferente dele.

—Vamos nos separar para ver se achamos os outros. —A voz de Brenda soou como se ela estivesse do outro lado daquele salão escuro e fedido.

Peterson imaginou que Brenda tivesse esquecido dele, pois parecia que ela falava apenas com Thomas. Tanto que a morena agarrou o ombro dele e o alertou:

—E não beba mais nada.

Demorou para Brenda parar de encará-lo e se afastar, mas Peterson começou a nem se importar. Estava tão tonto que estava mais à procura de um sofá do que dos seus amigos.

—Você tá bem? Tá pálido. —Ele gaguejou, sentindo a cabeça girar.

—Eu tô bem. —Thomas também gaguejou, tentando se equilibrar em pé. Peterson se afastou, um pouco tonto. —Eu vou por esse lado.

Antes que ele pudesse responder, Thomas se afastou e sumiu na multidão. Os sons iam e viam, como se seu ouvido tentasse abafar o barulho por conta própria. Ele começou a tremer, apesar de suar como se estivesse no Deserto novamente. Quando menos esperou, estava no meio da balada e sem a sua jaqueta.

Se assustou quando ouviu um tiro distante e cambaleou um pouco para trás, esbarrando em alguém. Quando olhou para trás, viu que era uma mulher morena que carregava uma criança morena no colo. Seu rosto estava escondido no ombro da mulher, como se ele não quisesse ver nada do que estava acontecendo. Peterson desejava que o garotinho realmente não visse, pois era um lugar horrível. Curioso, Peterson os perseguiu desviando das pessoas que entravam em seu caminho.

Cada passo de Peterson, a mulher parecia dar dois porque ele nunca a alcançava. Duas pessoas entraram, dançando na frente do garoto e impedindo que Peterson visse a cabeleira escura da mulher que perseguia. Ele se espremeu entre os dois dançarinos bêbados e passou, mas acabou esbarrando em alguém.

Essa pessoa à qual ele se esbarrou, acabou batendo na sua costela machucada. E só aí que Peterson percebeu que estava tão tonto que não sentia a dor na costela.

—Aí meu Deus, Peterson. Me desculpa. —A voz de Brenda soou e ele se virou para ela.

—Tá tudo bem. —Ele a tranquilizou enquanto fazia uma careta, então ele percebeu que Brenda não parecia bem. —O que aconteceu?

—Eu beijei o Thomas. —Ela respondeu e Peterson ergueu as sobrancelhas. —Mas aí ele me disse que eu não era ela. Eu não entendi muito bem.

—Ele te disse isso? —Peterson indagou risonho e ela apenas assentiu. —Então ele é um idiota. Porque você é linda, e ele é sortudo por ter te beijado.

—É, eu acho que escolhi o irmão errado. —Brenda murmurou sorrindo minimamente e Peterson retribuiu o sorriso.

Nessa eternidade, Teresa apareceu ao lado dele e falou algo como "Peterson, temos que ir". Peterson se virou pra ela e a dor na sua costela aumentou ao mesmo tempo que a cabeça dele girou.

Ele se infiltrou no meio da multidão tentando escapar. Ouviu Brenda chamá-lo, mas ele não queria olhar para trás.

—Peterson, espera aí... —Teresa havia alcançado a mão dele e começava a Puxá-lo de volta, mas Peterson só queria correr. Correr para muito longe.

—Me deixa ir. —Ele pediu enquanto a sua cabeça girava cada vez mais.

—Espera aí, Peterson. —Dessa vez, Teresa agarrou seu braço com as duas mãos.

—Eu disse para me deixar ir! —Peterson gritou, desvencilhando o seu braço das mãos da amiga e aproveitando o espaço que havia surgido no meio do salão para correr.

Peterson não sentia mais o calor que sentia quando chegou. Sentia frio, sentia-se sozinho e um enorme vazio no coração.

Ele esbarrou em alguém. A mulher morena que perseguia. Ela se virou e mostrou veias salientes pelo rosto, seus olhos eram negros e havia um pouco de sangue na sua boca. Era sua mãe transformada em um Crank, como aqueles que ele viu no shopping.

Peterson recuou um passo e girou para o lado procurando uma saída, mas se deparou com outro Crank. Um bem familiar. Newt. Este produziu um som como um rosnado e Peterson gritou, aterrorizado com a visão. Ele deu um passo para trás e caiu no chão, batendo sua costela machucada, o que o fez gemer de dor. Antes de desmaiar, ele rastejou um pouco, ainda fugindo da voz de Teresa que o chamava sem parar.

Ao se lembrar de tudo que passou na sua vida, sentiu uma dor imensa no seu coração e desejou ter morrido quando aquele Crank lhe atacara no shopping abandonado para não ter que viver mais. Desejando que toda a sua tristeza sumisse, Peterson fechou os olhos e desejou também nunca mais acordar.

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