Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

13 - Saudades da Clareira.

Quando a noite começou a cair, os Clareanos acamparam próximo a um navio enferrujado que parecia estar ali há mil anos. Aris saiu de dentro de um dos contêineres e jogou o pouco de lenha que havia achado na fogueira que haviam feito. Ninguém tinha ânimo para conversar, mas Minho quebrou o silêncio. 

—Eu pensei que a gente fosse imune.

—Nem todos nós, eu acho. —Teresa disse em seguida, sem tirar os olhos da fogueira.

—Se o Winston foi contaminado, talvez também role com a gente, né? —Newt acrescentou com os olhos perdidos no chão.

A primeira pessoa em que Thomas pensou foi Peterson. Todos sabiam que ele havia sido mordido, mas parecia que ninguém queria comentar a respeito. Thomas olhou para trás e viu o irmão sentado no topo de uma pequena duna, uns quatro ou cinco metros afastado. Peterson não havia pronunciado uma palavra desde que eles deixaram Winston e começou a se excluir do grupo.

—Eu nunca pensei que diria isso. —Caçarola falou enquanto todos olhavam para ele, mas Thomas lançou um olhar rápido e fitou o chão. Ambos haviam lágrimas nos olhos e no rosto. —Saudades da Clareira.

Um silêncio incômodo se fez presente entre eles, deixando que eles ouvissem apenas algumas rajadas de vento e a lenha queimando no fogo. Thomas lembrou da manhã em que Alby e Peterson o levaram para escrever o nome dele no muro. Era uma das poucas lembranças tranquilas que ele tinha e com certeza, a sua favorita, mas também pareciam de um mundo pacífico que nunca existiu. Olhou rapidamente para trás pela segunda vez e viu que Peterson não havia se movido um centímetro.

—O que houve com o Peterson? —Minho perguntou enquanto olhava para a silhueta dele, o sol se pondo fazia com que ficasse cada vez mais difícil de enxergá-lo. —Não abriu o bico faz um bom tempo. E ele é bem tagarela.

Se o objetivo de Minho era levantar o astral do grupo, ele havia conseguido - ele sempre conseguia. Os Clareanos soltaram alguns risinhos e de fato, Peterson era mesmo um pouco tagarela.

—Deve estar só assustado, mas começo a me preocupar com ele. —Thomas respondeu, encarando o irmão. —Vou conversar com ele.

Thomas se levantou, aparentando estar dolorido. Mesmo assim, caminhou até Peterson lentamente e se sentou ao lado do irmão.

—Não vai comer nada, Peter? —Thomas questionou, olhando para ele, mas Peterson continuou a encarar o chão fixamente enquanto segurava o próprio pulso.

—Eu não tô com fome. —Peterson respondeu, a voz quase inaudível.

—Tem certeza? Faz quase um dia que você não come direito. —Peterson não respondeu e nem se deu ao trabalho de olhar para o irmão. —O que tá acontecendo, Peter?

—Winston se foi, mas eu não. Isso é... Isso é tão injusto! Deveríamos todos ser imunes. E agora que eu fui mordido devo agradecer por não ter me transformado em um Crank? E se for uma questão de tempo? Eu posso me tornar um daqueles a qualquer momento.

—Não diga besteira! —Thomas exclamou. —Você não vai virar um deles. Você é imune e vai ficar bem.

—Como você sabe? —Peterson perguntou, deixando uma lágrima escorrer livremente pelo seu rosto, finalmente olhando para Thomas. —Ninguém sabe quando eu vou enlouquecer e tentar matar vocês, ou se ao menos isso vai acontecer. Isso tudo é um jogo de sobrevivência e eu acabei apostando toda a minha sorte. Por isso, eu não quero ninguém perto de mim. Eu não quero machucar ninguém e se for preciso, eu quero que me matem.

Peterson e Thomas olhavam nos olhos um do outro. Peterson chorava em silêncio.

—Por favor, Thomas. Volta lá para trás. —Peterson sussurrou. —E se eu começar a correr, não quero que me sigam.

—Peterson, me escuta. —Thomas sussurrou de volta, apontando o dedo indicador para o rosto dele. —Você não está infectado. Se estivesse, estaria como Winston há um bom tempo. E não se culpe pela morte dele, aquilo não foi culpa sua de maneira alguma. Você se importa com os outros e isso é muito bom, mas sabe que não pode carregar o mundo nas costas. Eu entendo que você tá triste por tudo isso. Todos nós estamos, mas algumas vezes você tem que seguir em frente...

—Esquecer? —Peterson exclamou, arqueando a sobrancelha.

—Eu não disse isso! Seguir em frente não é esquecer. Pense no porquê continuamos a andar até as montanhas para procurar o Braço Direito. Estamos fazendo isso por nós, certo? Mas não só isso. Estamos fazendo por todos que perdemos no caminho. Estamos fazendo isso pelo Alby, pelo Chuck, pelo Winston e até pelo babaca do Gally.

Peterson desviou o olhar do irmão, acenando com a cabeça enquanto passava a mão por cima do cabelo, arrumando-o. Lágrimas ainda escorriam pelo rosto dele, mas Peterson se sentia mais aliviado depois daquela conversa com Thomas. Eles ficaram mais um tempo em silêncio, ouvindo apenas o burburinho dos Clareanos conversando em volta da fogueira. Obviamente, Thomas percebeu que Peterson não se animara muito, apesar de saber que ele estava se sentindo melhor.

—Você me lembra muito a mamãe, sabia? —Thomas indagou.

—Não brinca comigo, Thomas. —Peterson respondeu, balançando a cabeça e sorrindo um pouco também.

—Eu tô falando sério! Você é doce, tem os olhos dela e tem as sardas também. E por falar nisso, todo mundo tá sentindo falta da sua companhia. Especialmente o Newt. 

Peterson sorriu com a última frase e ficou ansioso para bater um papo com Newt antes de dormir.

—Você se lembra da mamãe? —Peterson questionou, esperançoso de que Thomas se lembrasse.

—Vagamente, mas me lembro. Sinto falta dela. Adorava ouvir a risada dela.

—Eu também. —Peterson respondeu, esboçando um sorriso largo e relembrando os momentos com a mãe. —Newt me disse uma vez que sentir falta de alguém faz parte, e que também significa que você gosta da pessoa. No nosso caso, nós a amavamos.

—Isso é verdade. —Thomas acrescentou, sorrindo para Peterson largamente. —E eu vejo vocês dois conversando muitas vezes, vocês dois são bem próximos. Nunca vi você gostando tanto de alguém como gosta dele.

O rosto de Peterson corou. Até aquele momento, ele achava que ninguém havia percebido. Sempre era incrível conversar com Newt, e Peterson adorava a presença do mesmo.

—É, ele sempre me anima bem rápido. —Peterson gaguejou, colocando uma mecha atrás da orelha.

—Vocês formam um belo casal. Sabia, Peter?

—Cala a boca! —Peterson riu alto, socando o ombro de Thomas enquanto ele ria também. —Somos só bons amigos.

—E eu sinto falta dos Verdugos. Você não me engana! Aliás, sei que o seu namoradinho vai te animar. —Thomas virou-se para trás. —Newtie, chega aqui!

—Para com isso! E ele não é meu namoradinho! —Peterson sussurrou, socando o ombro do irmão mais uma vez.

—Um dia vai ser, tenho certeza. —Thomas se levantou e Peterson já podia ouvir os passos de Newt se aproximando. —Sem beijos, a menos que vocês já assumam um compromisso. Te vejo depois, Peter!

Thomas se levantou em um salto e bagunçou o cabelo de Peterson de propósito enquanto Peterson estapeava a perna dele.

—Eu te odeio! —Peterson riu.

—Oi, Peter. —Newt cumprimentou, meio tímido enquanto se sentava. —Você queria falar comigo?

—Não exatamente, mas eu gosto de jogar conversar fora de vez em quando.

—Eu também. —Newt esboçou um sorriso, fazendo Peterson sorrir também. —Tá tudo bem? Você anda meio quieto.

—Eu só tava meio assustado por causa da mordida. —Peterson respondeu, olhando o pulso e desenrolando o curativo. —Eu não quero virar uma daquelas coisas.

—Mas você não vai! —Newt exclamou. —Eu me lembro vagamente dos seus exames quando estava na C. R. U. E. L.. Você é imune.

—Mas eu ainda me sinto mal pelo Winston. —Peterson murmurou, jogando o curativo sujo longe enquanto girava o pulso e via que a mordida começava a cicatrizar.

—Todos sentimos, mas não pode se culpar por isso.

—Thomas me disse a mesma coisa, mas é quase impossível.

—Você é muito empático. E eu gosto disso em você, mas não pode esquecer de si mesmo.

Newt pegou no pulso de Peterson delicadamente e examinou a mordida de Crank enquanto Peterson o observava sorridente.

—Tá quase cicatrizando. Acho que não precisa mais de um curativo novo. —Newt afirmou, sorrindo para Peterson.

—Sim, mas ainda dói. —Peterson murmurou, olhando para o horizonte e percebendo que as estrelas já haviam tomado conta do céu.

—Mas vai passar, sempre passa.

Os dois olharam para cima e viram os pontinhos brilhantes espalhados pelo imenso manto azul que o céu se tornara em minutos. Eles não disseram mais nada, apenas observavam as estrelas brilharem acima deles e mais uma vez, curtiram o momento juntos.

Newt ainda não havia soltado o pulso de Peterson, então Peterson escorregou a mão pelo braço dele e entrelaçou seus dedos com o dele. Newt olhou para as mãos deles juntas e depois para Peterson, que continuava a observar as estrelas. Newt nunca viu uma imagem tão bonita quanto as estrelas refletidas nos olhos azuis de Peterson e ficou um tempo observando aquela imagem que parecia uma pintura de tão surreal. Depois, voltou a encarar as estrelas, guardando na memória aquela visão maravilhosa.

•Não esqueçam de deixar uma estrelinha ou um comentário, que isso me motiva muito.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro