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12 - Tchau, Winston.

—Gente, vão comer alguma coisa antes de partimos? —Thomas perguntou, se aproximando deles.

Peterson e Teresa lançaram-lhe um olhar atravessado sem querer e pareceu ter atingido o rapaz, já que ele havia dado um passo para trás.

—E-Eu posso voltar outra hora...

—Não, Thomas. —Teresa falou depressa, percebendo como ele se sentiu desconfortável. —Tudo bem. Eu já ia beber um pouco de água.

Teresa lançou um olhar triste para Peterson antes de sair, que olhou triste também para o chão. Thomas se posicionou ao lado do irmão.

—Tá tudo bem entre vocês? —Thomas questionou, tentando ser delicado e não invasivo.

—Tá tudo bem, estávamos apenas compartilhando nossas memórias. —Peterson respondeu, coçando a nuca novamente.

Thomas percebeu e resolveu perguntar.

—O que houve com o seu pescoço?

—Eu não sei, mas Teresa vem sentindo o mesmo. —Peterson tirou a mão das costas e deixou que Thomas examinasse.

Quando Thomas fez isso, Peterson sentiu um arrepio e um calafrio sem sentido, mas logo ele balançou a cabeça para afastar aquilo. Na nuca de Peterson, havia a mesma tatuagem que havia na de Teresa.

—Deve ter algo a ver com as memórias que estão voltando.

—Mas o que você sente? É dor? —Thomas questionou, afastando-se e preocupado com Peterson.

—Não, é só uma coceira mesmo. —Peterson respondeu enquanto sorria.

—Ah, menos mal. —Thomas murmurou, sorrindo também. —E do que você se lembra? Se me permite perguntar.

Peterson sorriu mais uma vez ao ver como Thomas conseguia ser mais delicado do que qualquer outro garoto que Peterson conheceu na vida.

—Eu me lembro da primeira vez que encontrei o Newt.

—Ah, é? Como foi?

—Foi em uma espécie de escola. —Peterson estava um pouco tímido, mas resolveu continuar. —Eu ainda não conseguia me comunicar com as pessoas, então eu ficava quieto no meu canto. Você fez amizade rápido, mas eu não. Newt não queria que eu ficasse sozinho e me chamou pra montar um quebra-cabeça. E eu fiquei muito feliz, mas ainda fiquei muito tímido.

—Não me surpreendo por ele ter escolhido você. —Thomas comentou. —Você sempre foi muito bonitinho quando mais novo, ainda mais com esses olhos azuis.

Thomas pensou por um segundo como ele pôde dizer aquilo em voz alta, mas a reação de Peterson não poderia ser melhor.

—Ah, para! —Peterson riu, empurrando o ombro de Thomas de leve e cobrindo o rosto depois, fazendo Thomas rir enquanto o encarava. —Você não tem olhos azuis, mas ainda tem as mesmas pintinhas. E continua bonitinho.

—Não mais que você. —Thomas disse sem rodeios, encarando Peterson nos olhos. Ele sorriu largamente, mas logo levou o olhar para o chão e parou de sorrir. —O que foi? Por que ficou triste?

—Olha só, Tom. Eu nunca te contei isso, mas quando estávamos no C. R. U. E. L., eu fui torturado de várias formas e modificado várias vezes. —Peterson contou, lançando um olhar rápido para Thomas.

—Mas para que isso? Por que eles fizeram isso com você?

—Eu não sei. —Peterson respondeu dando de ombros. —Eu perguntei lá na base militar, mas uma doutora explicou que eu faço parte de um experimento chamado "A Cura Mortal".

—E o que é isso?

—Eu não sei, Tom. —Peterson respondeu. —Ela tentou me explicar, mas eu não entendi nada. E quando eu achei que iria ter respostas, fui enganado.

—Olha, Peter. Eu não posso dizer que sei o que você tá sentindo, porque se não seria mentira. —Thomas começou. —Mas eu posso promete uma coisa: de agora em diante, eu vou cuidar de você e não vou mais tirar meus olhos de você. Muito menos acreditar em mentiras, tá bom?

Peterson acenou com a cabeça, mas ainda se sentia triste.

—E sobre a nossa mãe. Ela, sem dúvidas, está morta há muito tempo.

—Talvez, mas ela com certeza está muito orgulhosa do garoto que você se tornou. —Thomas falou no tom de um sussurro enquanto sorria e tirava uma mecha de cabelo dos olhos dele, relembrando alguns momentos na Clareira.

Peterson e Thomas se encararam por alguns segundos. Peterson sorriu largamente e abraçou Thomas com força. Thomas se assustou com a rapidez que Peterson o abraçou, mas retribuiu o abraço e fechou os olhos. Apesar do calor incômodo, o vento leve fazia com que o momento ficasse melhor.

—Obrigado, Tom. —Peterson sussurrou.

—Pelo o quê, Peter? —Thomas sussurrou de volta enquanto Peterson se afastava dele.

—Por estar comigo.

Peterson e Thomas nunca estiveram tão perto um do outro quanto naquele momento. Os braços de Peterson rodeavam a cintura de Thomas enquanto os de Thomas estavam nas pra cima no corpo de Peterson. Thomas colocou a cabeça em cima da do irmão - graças à diferente de altura entre eles - e respirou fundo ainda de olhos fechados. Eles realmente se sentiram os únicos no mundo, como se ninguém mais existisse além deles. Mas um tiro ao longe assustaram e tiraram os dois do clima tranquilo que se encontravam.

—Ei! —Newt gritou no meio do burburinho que rolava lá embaixo. —Gente, chega aqui em baixo!

Os dois trocaram um último olhar, mas dessa vez, estavam assustados. Eles correram duna abaixo. Peterson era mais cuidadoso, mas Thomas saiu em disparada. Quando chegaram lá, viram o maior alvoroço entre os Clareanos. Winston se posicionava de quatro e estendia a mão para Caçarola, enquanto os outros pareciam horrizados com o que estava havendo.

—O que tá acontecendo? —Peterson perguntou assim que chegou.

—Eu não sei! —Caçarola exclamou com a pistola na mão. —Ele acordou, pegou a arma e depois tentou... —Ele não conseguiu concluir a frase.

—Winston, você tá bem? —Thomas questionou, ajoelhando-se ao lado do garoto.

Winston tossiu horrivelmente e afastou Thomas, cuspindo sangue escuro - quase preto - enquanto todos o observavam. Ele se deitou no chão e respirava desesperadamente. Todos se posicionaram aos pés dele e Winston levantou a blusa.

—Tá aumentando... —Ele ofegou enquanto mostrava um ferimento roxo e repugnante. —Dentro de mim.

Winston tossiu de forma assustadora mais uma vez. Seus lábios estavam roxos e seus olhos estavam escuros e fundos, parecendo que ele havia sido espancado. Apesar do estado degradante que o rapaz se encontrava, a sua respiração ia se acalmando.

—Eu não vou conseguir. —Winston sussurrou com tristeza, estendendo a mão para Caçarola. —Por favor, não me deixa virar uma daquelas coisas.

Caçarola trocou a pistola de mãos, recusando-se a dar a arma para o amigo. Um momento longo de silêncio se fez entre os Clareanos, mas Newt foi o primeiro a se manifestar. Ele pegou a arma da mão de Caçarola lentamente, confirmando com a cabeça de que estava tudo bem.

—Espera aí, Newt. —Thomas chamou, dando um passo à frente.

Newt se agachou ao lado do amigo, pegou o seu punho e o colocou sobre o peito dele junto com a arma. Peterson agarrou o próprio pulso e se sentia mais culpado a cada minuto que se passava. Por que Winston teve que adoecer? Por que Peterson não sentia o mesmo? Thomas sentiu a preocupação do irmão e entrelaçou os dedos com os dele, tentando oferecer algum conforto para o mesmo.

—Obrigado. —Winston sussurrou para Newt. —Agora... Vão embora.

—Tchau, Winston. —Newt disse com a voz trêmula.

Um por um, os Clareanos recolheram as suas coisas e prosseguiram com a jornada. Restaram apenas Peterson e Thomas. Os dois observavam o amigo com tristeza e culpa.

—Tá tudo bem. —Winston murmurou com esforço, apesar de parecer realmente em paz com o seu destino.

—Me desculpa, Winston. —Peterson sussurrou com a voz embargada, soltando-se lentamente da mão de Thomas e pegando uma mochila, mas não partiu.

—Tá tudo bem, Peterson. —Winston repetiu, acenando com a cabeça.

—Eu sinto muito também. —Thomas murmurou com as lágrimas na beirada dos olhos, pegando a mochila e prestes a seguir os amigos com Peterson.

—Thomas. —Winston chamou, fazendo Thomas olhar para ele novamente. —Cuide deles.

Thomas acenou com a cabeça tristemente e deixou o amigo, tentando alcançar Peterson que andava um pouco distante do grupo. Os dois começaram a andar lado a lado, os braços roçando um no outro. Peterson agarrou a mão de Thomas antes que ele pudesse pensar nisso e o rapaz retribuiu, pois afastar-se dele nunca tinha sido uma opção.

Depois de um tempo caminhando pelas dunas, eles ouviram um único tiro e pararam assim que o ouviram. Peterson apertou a mão de Thomas com mais força, mas ele não reclamou.

Mais um amigo que partira.

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