10 - Garotas são incríveis!
No dia seguinte, Minho levou Thomas e Peterson para o bosque para mostrar alguma coisa que apenas os Corredores sabiam da existência.
—Para onde estamos indo? —Peterson perguntou pulando um tronco.
—Vocês vão ver.
Quando eles chegaram e entraram na cabana misteriosa, Peterson e Thomas viram uma mesa redonda coberta por um pano e alguns banners de couro pendurados com números e rabiscos. Enquanto os Corredores em treinamento observavam aquilo atentamente, Minho puxou o pano empoeirado, uma maquete do Labirinto muito bem feita com galhos e plantas foi revelada.
—É o Labirinto. —Minho explicou se apoiando na beirada da maquete. —Completo.
—Completo? —Peterson indagou. —Achei que ainda estivessem mapeando.
—Não tem mais nada para mapear. Eu corri cada centímetro dele, cada ciclo e cada disposição. Se tivesse uma saída, já teríamos encontrado.
—Por que não contaram isso para ninguém? —Thomas questionou.
—Foi uma decisão do Alby. As pessoas precisam acreditar que tem uma chance de sair, mas talvez agora tenhamos uma real. —Minho explicou estendendo o objeto metálico para Thomas. —Dêem uma olhada nisso. Há cerca de um ano, começamos a explorar essas Áreas Externas. Encontramos esses números gravados nos muros, área de um a oito. Do jeito que funciona, toda noite, quando o Labirinto muda, abre uma nova área. Hoje, a área seis estava aberta. Amanhã vai ser a quatro, depois a oito, depois a três... O padrão é sempre o mesmo.
—O que tem de tão especial na sete? —Peterson perguntou pegando o objeto metálico que Thomas o entregava.
—Eu não sei. Mas ontem á noite, quando vocês mataram o Verdugo, a área sete estava aberta. Eu acho que ele deve ter vindo de lá. Amanhã nós vamos dar uma olhada mais de perto.
Quando Minho terminou, Jeff e Clint apareceram na porta ofegantes.
—Ei, o que estão fazendo? Não podem entrar aqui!
—É a garota. —Clint anunciou ignorando o aviso de Minho.
—O quê? Ela acordou? —Peterson indagou preocupado.
—Pode-se dizer que sim.
Clint e Jeff os levaram de volta para ver Teresa. Gritos de garotos pedindo que ela descesse se espalhavam pela Clareira, mas o que mais chamava atenção eram os risos de Chuck.
—Chuck, o que foi? —Thomas questionou.
—Garotas são incríveis! —Chuck riu gargalhando e apontando para a Casa da Árvore que alguns garotos rodeavam gritando para cima.
—Me deixem em paz! —Teresa gritava lá de cima jogando pedras nos garotos que se protegiam com madeira, baldes e panelas.
—Escuta aqui, se você jogar mais uma pedra... AI! —Gally gritou após levar uma pedra na cabeça.
—Gally, o que está havendo? —Thomas perguntou.
—Acho que ela não gosta muito da gente. —Newt falou se escondendo debaixo de uma placa de madeira com Winston.
—Ei, a gente só quer conversar! —Thomas avisou para Teresa.
—Eu estou avisando! —Teresa gritou jogando mais pedras neles e não deixando que nenhum garoto escapasse da dor.
—Ei, Ei! É o Thomas! É o Thomas!
Nesse momento, Teresa parou de jogar pedras e olhou lá para baixo.
—Eu vou subir aí, tudo bem?
Teresa não respondeu e desapareceu, mas parou de jogar pedras nos Clareanos.
—Tudo bem, só eu! —Thomas disse olhando para os garotos e se dirigiu para as escadas.
Gally o recriminava com o olhar, como se Thomas quisesse comandar toda a Clareira da noite para o dia.
—Eu estou subindo, tudo bem? —Thomas falava enquanto subia lentamente. Os garotos riam como se fosse algum tipo de brincadeira.
Depois de um tempo, os garotos começaram a ficar inquietos.
—O que está acontecendo aí em cima? —Newt questionou olhando pra cima.
Thomas apareceu e viu que Gally, Minho, Caçarola, Newt, Chuck e Peterson permaneciam alí.
—E aí, Tommy? Ela vai descer? —Peterson perguntou.
—Escuta. Dá um tempo para gente, tudo bem?
—Tudo bem! —Newt gritou e chamou os garotos para saírem.
—Todas as garotas são assim? —Caçarola questionou, mas não obteve resposta.
—Garotas são loucas. —Minho disse dando as costas.
Então Peterson e Newt foram para o riacho onde eles gostavam de ir para conversar à sós desdo dia que acharam o mesmo.
—Foi burrice sua entrar no Labirinto. —Newt falou enquanto eles se sentavam na beira do riacho. —Você sabe que é perigoso.
—Não podia deixar o Tommy ir sozinho. —Peterson disse cabisbaixo. —Ele é meu irmão, e eu quero protegê-lo.
—Eu sei, mas fiquei mal durante aquele dia todo e não consegui dormir á noite. —Newt contou. —E pensei que tinha perdido você, perdido o meu melhor amigo.
—Me desculpa, Newt. —Peterson pediu. —Não queria causar nada disso, mas eu sei sobre tudo isso aqui.
—Espera aí, você sabe de tudo? Até em como sair do Labirinto? —Newt perguntou confuso e Peterson apenas assentiu. —Por que nunca disse nada?
Peterson franziu o cenho antes de olhar para Newt incrédulo. Newt pareceu perceber que a pergunta era besta e desviou o olhar para o riacho.
Então os dois ficaram em silêncio só olhando para as correntezas do riacho e para os peixes que viviam alí.
—Sabe o que eu fiquei pensando durante esse dia que você entrou no Labirinto? —Newt questionou olhando para Peterson, esse que também o olhou. —Todos os dias percebo que o fato de você ser mudo dificulta você muito, então eu pensei: se nós conseguirmos aprender à falar do seu jeito, por que você também não pode aprender à falar do nosso?
Peterson franziu o cenho e ficou confuso por um tempo, até entender onde Newt queria chegar.
—Então eu prometi pra mim mesmo que se você voltasse do Labirinto, eu iria te ensinar e te ajuda à falar sem precisar das libras. —Newt continuou e Peterson sorriu. —Quer tentar?
Peterson assentiu diversas vezes, completamente empolgado.
—Então tá, vamos começar com algo fácil. Tipo... —Newt deu uma pausa e olhou para o riacho pensativo, então logo voltou a olhar para Peterson. —Que tal nomes? Vamos tentar.
Peterson pensou por um tempo, uma vez quando estava sozinho, ele conseguiu dizer o nome de Newt.
—Eu sei falar o seu. —contou e Newt ficou surpreso.
—É sério? —Newt perguntou e Peterson assentiu. —Pode me mostrar?
—Newt. —Peterson falou com um pouco de dificuldade.
—Olha, me impressionou. —Newt comentou sorrindo. —Então a partir de hoje, vamos continuar ensaiando até você conseguir falar sem precisar das libras. Tá bom?
Peterson concordou sorrindo abertamente. Newt tinha razão, falar usando libras dificultava Peterson em muitas coisas.
—Quer nada um pouco? —Newt questionou se levantando. —Depois nós vamos na enfermaria ver o Alby.
Peterson se levantou e começou a tirar a roupa assim como Newt, então depois eles entraram no riacho.
E depois de um tempo nadando e brincando de ficar jogando água um no outro, eles saíram da água e se vestiram antes de ir para a enfermaria.
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