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𝒊. um orfanato é a casa dos monstros.


CAPÍTULO UM.
UM ORFANATO É A CASA DOS MONSTROS.


⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀SE EU SOUBESSE O QUÃO RUIM E IRÔNICO seria esse dia, eu falaria: Galera, se vocês puderem escolher se nascem ou não, por favor, escolha a segunda opção. Principalmente se você for filho de um dos Deuses do Olimpo.

Olha, eu não queria ser um meio-sangue. Ser um meio-sangue é perigoso. Assustador. As chances de morrer ainda criança por um monstro qualquer que sinta seu cheiro é grande, assim como as chances de morrer ao ir numa missão que um dos Deuses irresponsáveis lhe enviou também é bem grande. A maioria de nós não sobrevivem até os dezoito, agradeço por ainda ter apenas doze anos e ter alguns anos de vida.

Pelo menos não teria uma morte normal, não é? Mas se morrer de um jeito não tão irrelevante para os deuses, talvez vá para os livros de história.

Contudo, sei que estou em um livro. No meu. Da minha história. O Percy também tem seus livros, mas achei que ter mais um ponto de vista da guerra seria divertido.

Uma dica para você, meu caro leitor: Caso se reconheça nesses capítulos — se sentir um calafrio que seja e tudo isso parecer real demais —, saia daqui imediatamente. Você pode ser um dos azarados e meio-sangue. Assim que toma proporção do que é, leva pouco tempo para que eles também sintam, e venham atrás de você.

Não diga que eu não avisei.

Eu não tinha acordado animada naquela manhã, assim como não tinha acordado animada durante toda a torturante semana anterior. No orfanato onde cresci, chamado "As irmãs do Eterno Amparo Lar Lambeth para meninos e meninas", era um lugar bem pobre. Nós conseguíamos viver até, mas pelo problema financeiro que estávamos enfrentando há alguns anos, não tínhamos dinheiro para comprar uma boa quantidade de comida e fazer todos aqui terem ótimas condições físicas e serem totalmente fortes.

Acordei com a barriga vazia e sabia que não iria conseguir enchê-la no café da manhã.

Fui direto no banheiro e dei uma olhada no meu reflexo no espelho. Eu era uma menina não muito alta, mas também não muito baixa. Meu cabelo estava bem curto, parecia um menino pra quem olhava de longe. Aqueles malditos piolhos me pagam, pensei. Não era corpulenta, mas me considerava uma pessoa forte. Esses bracinhos curtos e magricelos tinham uma força que nem eu sabia de onde vinha.

Uma vez me disseram que eu era uma pessoa forte. Não sei direito se estava falando da questão física ou emocional, talvez fosse dos dois. Foi a coisa mais legal que já disseram pra mim. Aqui não é um lugar onde todo mundo é querido uns com os outros, então considero bastante as pessoas que são no mínimo educadas comigo, mesmo que seja o mínimo na maioria das vezes. Os adultos daqui aparentemente não sabem criar uma criança, nós mesmos tínhamos que formar nosso caráter. Não sei ainda qual o rumo eu vou tomar quando completar dezoito anos e ter que sair daqui.

As pessoas legais sempre vão embora alguma hora.

Será que pensavam em mim como eu pensava nelas? Sentia minha falta como eu sentia a dele?

Eu era um tipo de pessoa que pensava demais, às vezes queria me desligar de tudo e não pensar em mais nada. Uma garota qualquer no orfanato quase abandonado não faria falta.

— Vai morar aí, Jude?! — ouvi o grito de umas das crianças que se encontrava do lado de fora do banheiro esperava sua vez de usá-lo.

Ouvi um chute na porta.

— Se acalma! — gritei de volta um pouco aborrecida. — Insuportável...

Falei baixo a última palavra para a pessoa do outro lado não ouvir. Era fácil se aborrecer aqui. As crianças eram chatas e os adultos resolviam as coisas na base da gritaria e violência.

A pequena marcar na minha mão esquerda e a pequena cicatriz em meu rosto explicava bastante coisa. Quase não dava pra ver, mas me sentia mal olhando-as.

Sim. As crianças dali também eram meio impossível, afinal eu também era uma delas, talvez a minha cabeça esquisita fosse culpa da minha criação também.

De acordo com um laudo feito por mim mesma, eu tinha TDAH, dislexia e déficit de atenção. As irmãs não perdiam tempo levando-nos no médico a não ser que fosse caso de estar à beira da morte. Então, eu tinha que ver por conta própria o que tinha de errado comigo.

Não bastava ser órfã, ainda vim com defeito de fábrica. Talvez fosse por isso que a maioria das crianças daqui também não tentavam muito contato comigo, apenas o básico, já que morávamos todos juntos.

Éramos pra ser uma família, certo? Bem, espere pra ver como essa família é unida até um casal vir aqui querendo adotar alguém.

Altos riscos de cabeças rolarem.

Eu já tinha desistido da ideia de ser adotada. As pessoas querem os mais novos, não uma pré adolescente de doze anos cheia de problemas e com uma beleza duvidosa.

As palavras que ouvi ao meu respeito também me fizeram acreditar nisso.

Crianças podem ser tão cruéis.

A vontade de ir embora era grande, mas eu precisava de dinheiro.

Espera só alguém dar mole por aí. Podem me chamar de ladra se quiser, eu deixo. Mas eu não aguentava mais aquele lugar doentio.

Quem sabe virar uma delinquente das ruas fosse melhor mesmo. Na chance que eu tive de fugir não consegui, agora eu que arque com as consequências.

— Aqui, Juju.

Eu já estava no refeitório tomando o café da manhã. Esta era irmã Abbie, ela tinha chegado aqui não fazia muito tempo. Era uma das mais novas daqui. Me perguntava como uma moça dessa viria logo pra cá, tem tanto orfanato de freira melhor por aí. Ela era uma das únicas que me tratava bem.

Mas eu estranhava seu tratamento especial. Por que ela era legal comigo? E, às vezes, eu a pegava me olhando de uma maneira estranha, como se tivesse algo bem fedorento debaixo de seu nariz. Sentia também ela forçando uma intimidade inexistente comigo, e quando estávamos sozinhas seus olhos pareciam mudar de cor.

Tem coisas que eu vejo, que só eu vejo. Olho ao redor pra ver se mais alguém tá vendo, mas não. Mas parece tão real que chega ser assustador. São monstros. Talvez não fossem, mas alguns me lembram aqueles da mitologia grega.

Não é possível que minha cabeça seja tão estragada ao ponto de imaginar coisas.

Sinto um calafrio no pescoço, ao olhar para trás, vejo Abbie. Diferente das outras vezes, ela não estava sorrindo, não que os sorrisos anteriores fossem os mais encantadores, parecia mais o capeta.

Que Deus me perdoe.

No segundo em que olhei novamente, estava sorrindo, mas não era mais um simples sorriso. Seus dentes pareciam presas afiadas, e eu poderia estar louca, mas eu poderia jurar que tinha sangue em volta de sua boca.

Era a fome me fazendo ter essas alucinações. Tinha que ser.

— Ei! – chamei Kaya, uma garota um pouco mais velha que eu que estava sentada à minha frente. — Você está vendo como tá a Abbie?

A morena olhou para direção da mais velha, mas pareceu não ter visto nada.

— O que tem de errado? – questionou fingindo um falso cansaço. Ela realmente não queria saber o que eu tinha visto.

Mas eu respondi mesmo assim.

— Os dentes dela! Tá parecendo dente de tubarão de tão afiados! E a boca dela cheia de sangue! Você não está vendo?

Era real demais pra só eu estar vendo aquilo.

— Jude, para de inventar coisas. Todo dia você fala que viu algo novo. – pareceu estressada ao falar, e se levantou de seu acento, mas ainda não tinha terminado de comer, acho que ela apenas ia trocar de lugar. — É por isso que ninguém te leva a sério. Ou você está querendo chamar atenção ou tem algo muito errado com a sua cabeça.

E finalmente foi embora.

Eu estava acostumada dizerem o quão esquisita eu era, mas ouvir aquilo doía. Sempre como se fosse a primeira vez.

NOTAS DA AUTORA.

para aqueles que me acompanham a mais tempo: estão surpreso de estarem vendo eu postar o primeiro capítulo de uma fanfic sem ser depois de um mês de publicação?

oi! então, aqui está o primeiro capítulo de TGW. eu decidi falar um pouco mais sobre a vida um pouco difícil da jude :(

me falem a opinião de vocês! algum chute sobre o pai ou mãe da jude? acho que com tão pouco da história não da pra ter muita noção, mas falem aí!

até a próxima.

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