Capítulo não revisado

<Pov Alex>

Eu estava dormindo, mas acabei ouvindo uns barulhos altos, então acordei.

Ainda me sentia meio cansada, porém sentei no sofá e percebi que eu não estava mais no colo de Regina.

Sem nenhum motivo, parei para escutar a conversa, e parecia que meu pai estava gritando. Pera...meu pai?

Merda, mil vezes merda!

Quando ia levantar pra ir em direção a porta, ouvi o que eu menos queria escutar.

"Você não vai querer chegar em casa"

Essa simples frase protagonizou a maioria dos piores dias da minha vida.

E uma coletânea de flashbacks passou pela minha cabeça
~14 de agosto de 2012 (13 anos)- Minha primeira nota abaixo de NOVE
~22 de maio de 2015 (16 anos)- Chegar em casa 15 minutos depois do combinado
~07 de fevereiro de 2017 (18 anos)- Brigar com o Graham.

E o pior era que ele já tinha me batido várias outras vezes por motivos banais, esses foram os únicos que consegui entender o porquê dessa atitude.

Uma lágrima solitária caía pelo meu rosto, e os olhares das meninas caíram sobre mim.

Corri pro banheiro, tranquei a porta e me ajoelhei em frente ao vaso, vomitando um pouco.

Eu sempre me sentia muito mal quando eu sabia que algo de ruim acontecia, e poucas vezes, a consequência desse ato era vomitar.

Dor de cabeça, de garganta, de barriga se distribuíam por meu corpo, me deixando quase que ESTRAGADA.

Ouvia inúmeras batidas na porta, que só piorava minha dor de cabeça.

Estava tentando me levantar quando
uma fumaça cinza se alastrou por meu corpo, me deixando desacordada de pouco a pouco.

Rapidamente acordei e encontrei minha mãe, Ingrid, e por mais estranho que pareça, eu estava no apartamento da pensão da Granny.

Me deu um forte abraço e eu retribuí.

Apesar dela ter suas crises às vezes, ela era uma das únicas pessoas que me amava DE VERDADE.

-Mãe, como eu tô aqui?

-Magia.

-Como magia?

-Filha, eu te trouxe pra cá porque eu sabia que aqui você estaria protegida e que ninguém ia te machucar.

-Isso é mesmo real?

-Claro que é!

-Eu..

-Eu te amo, e eu quero pedir desculpas.

Ela não me deu nem chance de perguntar o porque.

Eu só senti uma dor imensa sair do meu peito, e junto com ela, um objeto vermelho que parecia um coração.

Ingrid desapareceu em meio à fumaça cinza, e me deixou ali sozinha, sem chão.

Fui em direção à montanha mais próxima dali.

Me joguei, mas um braço me segurou e me impediu de cair.

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Bjss