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Como o mundo é regido pelo tempo e espaço, tudo nasce, cresce, envelhece e morre. Tudo existe e dura por um determinado período e depois simplesmente deixa de existir e não pode ser mais encontrado em tempo algum. As memórias ficam fazendo com que o passado possa ser vivido novamente em nossas mentes. Todos nós guardamos memórias de período anteriores que vivenciamos e sabemos que daqui a algum tempo, seja daqui a dez minutos ou dez anos, vamos morrer.

Para Violet Stark, sua relação existencial com o tempo foi bem diferente. Lutar na Segunda Guerra Mundial e depois passar anos como servindo como arma da Hydra, mudou completamente sua vida. Levou muito tempo até se reencontrar, compreender quem realmente ela era e quem seria no presente.

Os meses que passou sobre monitoramento em casa lhe deram a oportunidade de começar um novo projeto de investigação, começar seu trabalho nas Indústrias Stark e ainda cultivar os laços familiares que nunca achou que poderia estabelecer novamente. A investigação de casos de experimentos e violência contra humanos seria apresentada para o Comitê de Segurança Pública e Defesa dos Direitos Humanos, ela tinha um mês para reunir o resultados de seus estudos e preparar a apresentação.

Ela estava no laboratório encarando a tela do computador, Peter Parker havia mandado um vídeo descrevendo como havia sido o dia dele. Ele tinha um dispositivo em seu traje que permitia que ele mantesse a comunicação. Desde que ficara em detenção domicilar, Violet separava parte do seu dia para ver como estava o Moleque Aranha.

Tony entrou no laboratório enquanto dobrava as mangas da camisa social.

— Me chamou, Vi? — Ele disse passando os olhos sobre o monitor. — Espero que o pirralho não esteja mandando selfies de novo.

— Não, eu o chamei para mostrar as alterações que fiz no traje. — Ela acionou o controle de sua mesa. Uma das cabines de uniforme acendeu mostrando o traje escuro, com linhas roxa e douradas como adorno.

Tony se aproximou, a mão no queixo enquanto avaliava.

— Eu gostei. Mudou os detalhes... — Ele comentou.

— Sim, achei que seria bom se eu usasse minhas próprias cores. — Ela disse se aproximando dele.

— Ótimo, marquei a conferência com a mídia para o próximo mês. — Ele disse e eles trocaram um olhar de cumplicidade. — Vamos oficialmente te apresentar como uma Vingadora, então nada de encrenca até lá. Já basta o Peter.

Ele se virou para sair da sala.

— Por isso estou fazendo terapia. — Ela gritou antes que ele fechasse a porta. Se virou para o traje e tocou o tecido observando a cor violeta que representava Ghost, o preto que representava a guerra e o dourado que a lembrava do seu dever.

— Lady de Aço em todas as suas cores. — Ela sussurrou satisfeita e abriu um sorriso. — Eu estou no comando.

O sol iluminou o símbolo da letra 'L' no tecido do traje como a promessa de uma nova era para uma nova heroína.

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