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Capítulo 5


 ═════ ∘◦ ミ⛧ ◦∘ ═════    


1942


TERMINAR QUINHENTOS ABDOMINAIS FOI UMA TAREFA ÁRDUA, e até mesmo cruel para Steve que nunca foi do porte atlético e muito menos saudável. Todos já haviam terminado os exercícios, o sol já havia se posto, mas Rogers não era do tipo que desistia. E sabendo disso o comandante até se retirou e deixou que Steve terminasse sozinho.

Quando chegou ao último abdominal ele esticou seu corpo sobre o gramado e respirou fundo sentindo os pulmões comprimidos com tamanho esforço e cada parte do seu corpo ardia violentamente, mas seu coração estava eufórico. Era pouco se comparado a que soldados comuns faziam, mas para o pequeno Steve era a meta do dia sendo alcançada.

Encarou satisfeito as estrelas que começaram a surgir no céu, sorriu de lado imaginando-se numa grande batalha correndo pelos campos de combate acompanhado de vários soldados que lado a lado lutariam pelo seu país, lutariam pela liberdade e direito de igualdade...

O momento estava tão agradável que Steve poderia até mesmo imaginar uma música distante embalando aquela cena. Encarou as estrelas novamente e percebeu que realmente a música estava vindo de algum lugar e não só das coisas que estavam imaginando. Levantou-se devagar e com dificuldade, parou para respirar com mais facilidade e começou a caminhar tentando seguir o som baixo da música.

Chegou até o pátio fechado de treinamento e ouviu a musica vir lá de dentro como um sussurro suave. Abriu a porta devagar e entrou.

No lugar onde geralmente vários soldados, recrutas e agentes treinavam não havia ninguém além da garota sentada ao chão do lado da vitrola. Era uma coisa bem peculiar naquele cenário onde alguns sacos de pancadas e outros materiais de treinamento a cercavam, mas a música suave e a expressão no rosto de Violet pareciam trazer uma beleza singela àquele lugar.

Ele fechou a porta sem fazer barulho e atravessou o pátio em silêncio, não queria cortar aquele momento de prazer que ela parecia estar mergulhada. Sentou-se perto dela e escutou a música em silêncio.

We'll meet again
We'll meet again,
Don't know where,
Don't know when
But I know we'll meet again some sunny day

A melodia calma do jazz parecia ecoar dentro de Steve e ele sorriu relaxando. Então a voz doce e macia de Violet começou a cantar ao seu lado.

Keep smiling through,
Just like you always do
Till the blue skies drive the dark clouds far away

Ele virou para o lado para ver o rosto dela, ainda estava de olhos fechados e cantarolava baixinho.

Então Steve se lembrou de não ter chamado ela para dançar na feira e como Bucky havia dito que ela gostava de dançar e que era um grande erro não tirar uma garota para dançar. E naquele momento ele se levantou e estendeu a mão para Violet bem na hora em que ela abriu os olhos. A jovem o encarou com um sorriso surpreso, mas aceitou a mão dele e se levantou.

Ela era um pouco mais alta que ele, mas ainda assim se encaixaram perfeitamente em um abraço. A mão esquerda de Steve envolveu a cintura dela enquanto a direita a guiava no embalo da melodia.

— Sentia falta de ouvir uma música, então roubei temporariamente a vitrola do comandante. -Ela sussurrou como se aquilo fosse um grande segredo e quando Steve afastou um pouco a cabeça para a olhar nos olhos, ele viu um lampejo de um divertimento ousado nela como se eles fossem parceiros de um crime.

— Eu também sentia falta de música. — Steve contou olhando a vitrola no canto do pátio. — Ajuda muito a relaxar.

— Seu desempenho é incrível, Steve. — Agora Violet tomava aquele tom de análise que sempre usava quando conversavam sobre o Projeto. Seus olhos ficavam sérios e profissionais o que na maioria das vezes todos os recrutas achavam incrivelmente sexy. — Sua força de vontade é maior que já vi também. Está ansioso para amanhã?

O amanhã era o grande dia, quando finalmente testariam a empreitada cientifica que seria o Projeto Supersoldado. Steve sonhava que fosse dar certo, precisava dar certo. Ele nem precisou respondê-la, só de olhá-la ele viu no sorriso dela que ela sabia.

— Vai ficar tudo bem. — Ela lhe assegurou com aquele tom sério novamente. — Vamos cuidar disso.

Então ela deitou a cabeça em seu ombro e aquele foi um dos abraços mais reconfortante que Steve já sentira em toda a sua vida e por um minuto não existia guerra, não existia o dever de ser um soldado ou a preocupação de viver e morrer lutando. Havia somente a melodia reconfortante ecoando pelo pátio e a presença inebriante de Violet em seus braços.
   


Atualmente

DEPOIS DE QUASE TRÊS HORAS DE LUTA COM NATASHA, Violet parecia realmente estar cansando. Na primeira hora tinha se saído muito bem, cada golpe havia sido defendido e bloqueado, tirando algumas investidas surpresas tanto da parte dela quanto de Natasha. Enquanto as duas executavam seus movimentos, Clint observava de um canto da sala e parecia quase decepcionado, até que em um dado momento ele decidiu participar.

Violet não entendeu o propósito da coisa toda e achou até mesmo injusto precisar lutar contra os dois, mas para sua surpresa tinha se saído muito bem. Conseguia desviar dos vários golpes da dupla, chegou a executar um mortal tomando impulso na parede. Mas isso durou apenas alguns minutos, o corpo dela já começava a demonstrar cansaço. Os músculos ardiam muito, os ossos pareciam doloridos demais e quando Natasha a acertou no joelho esquerdo ela caiu.

Sentiu que teria batido com a cara no chão se não tivesse sido capaz de colocar as mãos para amortecer a queda. Mal conseguiu respirar sentido o joelho latejar, sabia que aquela parte do corpo era mais sensível. O golpe de Natasha não fora tão cruel assim, provavelmente Violet já havia machucado aquela área antes. Tentou se levantar, mas um chute em seu estômago fez com que ela se curvasse de novo.

Ao abrir os olhos e erguer a cabeça, viu o rosto de Clint como um borrão e tentou se levantar e recebeu outro chute no estômago.

— Levanta. — Ele disse como uma ordem. E Violet tentou obedecer, mas ele a acertou com outro chute no estômago.

— Que merda. — Ela sibilou se colocando de joelhos. Outro chute de Clint a derrubou.

— Eu acho que você consegue fazer mais do que isso. — Ele disse pegando Violet pelos ombros e a levantando. Ela mal teve tempo de respirar, porque no segundo seguinte Clint a jogou contra a parede. Ela bateu a cabeça violentamente e por mais que fora da sala de treino ele fosse uma pessoa gentil, ela realmente estava começando a odiá-lo agora.

— Eu consigo fazer mais. Nunca ouviu a lenda que conta como eu chutei a bunda de Hitler? — Ela sibilou em um tom sarcástico. Natasha riu do outro lado da sala e tomou um gole de água enquanto descansava assistindo os dois.

— Ela às vezes parece o Tony. — Disse a russa.

Violet piscou irritada. Tony era incrivelmente irritante e idiota, só tinha o visto uma vez e tinha certeza de que não queria o ver de novo. Não queria ser parecida com ele.

— O que foi? Ficou irritada? — Clint perguntou quase sorrindo e Violet bufou de raiva, tentou se desprender com uma chave, mas o punho esquerdo de Clint a acertou no estômago.

O punho de aço fez seu corpo todo tremer violentamente com o golpe e Violet sentiu as costas serem prensada ainda mais na parede. Ela franziu a testa confusa, Clint não tinha um braço de aço. Olhou para o braço forte e ameaçador enquanto ele lhe dava outro golpe. De repente a única coisa da qual ela sabia era de que iria morrer. Tinha certeza de que iria morrer.

— O que aconteceu com o seu braço? — Ela perguntou e Clint viu que ela estava com medo.

Ele observou o próprio braço sem entender a pergunta, estava tudo normal e ela encarava o seu braço como se tivesse alguma coisa ali.

— Me solta. — Ela disse com os olhos cheios de lágrimas. — Você não pode me matar. ME SOLTA!

O grito ecoou pela sala e Clint se assustou sem entender o que Violet queria dizer, Natasha levantou atenta observando enquanto a expressão de Violet se tornava dura e furiosa. A íris da jovem mudou de castanho para violeta e antes que Clint pudesse soltá-la ela o acertou com o joelho e ele se desequilibrou.

Violet acertou um chute alto no peito dele e Natasha soube na hora que ela estava fora de controle. A russa se lançou contra Violet, mas ela se abaixou, agarrou as pernas de Natasha e a jogou violentamente no chão. O baque do corpo de Natasha sendo lançado ecoou juntamente com o seu grito de dor.

Clint que estava se levantando acertou Violet por trás, mas ela se virou agarrou-lhe pelo braço e o torceu. Clint gemeu de dor, mas usou a outra mão para golpear a barriga dela.

A jovem se inclinou com a força do golpe, mas ainda assim não soltou o braço dele. Ele sentiu o osso torcer aos poucos com a força da garota, Natasha se levantou e com o cotovelo acertou a cabeça de Violet. Se não fosse por isso, provavelmente estaria com o braço quebrado.

Com o golpe da russa, Violet caiu no chão arfando com o corpo tremendo.

Natasha e Clint ficaram atentos a cada movimento, mas ela não tentou se levantar. Ela deitou no chão e respirou fundo.

— Senhorita Stark, você está bem? — Natasha perguntou se aproximando. Agachou-se ao lado dela e viu que quando Violet abriu os olhos eles estavam normais.

— Sim, vocês só me irritaram um pouco. — Ela murmurou se sentando no chão, massageou o joelho esquerdo que estava bem dolorido e lembrou-se do braço de aço que viu e de como ela sabia que não iria escapar. Era uma lembrança fragmentada que não poderia trazer muita informação, mas que com certeza trouxe pavor.

Violet olhou Clint enquanto ele a observava, ele sabia que ela tinha se lembrado de alguma coisa. A mesma coisa tinha acontecido na sala de interrogação, mas talvez ele fosse tentar explorar isso em um outro momento.

— Você precisa de roupas. — Natasha se levantou e pegou uma garrafa de água. Entregou a garrafa para Violet e pegou a bolsa da mesma. — Não posso ficar te dando as minhas todos os dias.

Violet se levantou e pegou a sua bolsa acompanhando Natasha e Clint até a saída.

— Onde posso conseguir dinheiro? — Perguntou não fazendo ideia de poderia arranjar algum tipo de emprego naquela torre.

— Você não possui direito sobre as Indústrias Stark? — Natasha sorriu. — Por que se sim, a fortuna do Tony também é sua.

A oficina de Tony tinha várias prateleiras com capacetes diferentes. Em cada canto do cômodo havia um computador, ou uma tela plana e o no centro da mesa havia um grande holograma em terceira dimensão mostrando as imagens e os desenhos de projetos que Anthony estava desenvolvendo.

Ao entrar no local, Violet sentiu-se familiarizada com o ambiente, mas não acreditando que já estivesse ali, mas sim porque uma oficina de trabalho e projetos tecnológicos de última geração era como uma sala de estar, pra ela era confortável.

Ela se aproximou da mesa e observou o holograma, a imagem mostrava uma armadura completamente de aço. Com capacete, braços e pernas. Violet tocou o holograma e deu um zoom nos ombros da armadura, lá Tony tinha feito uma anotação "alterar programação dos microcompulsores". Violet girou a imagem e checou os relatórios de atividade dos microcompulsores da armadura.

Ao levantar o olhar e encarar a prateleira de Tony, notou os capacetes expostos que pareciam fita-la meticulosamente. Ela seguiu até a prateleira e encarou o capacete dourado e vermelho sendo iluminado pela luz do sol que entrava pela parede de vidro. Parecia imponente, autoritário e sagaz. Ela levantou a mão para tocá-lo.

— Não mexa nas minhas coisas. — A voz de Tony parecia calma enquanto ele fechava a porta da oficina, mas seus olhos deixavam bem claro que para ele Violet era como uma criança pequena: curiosa e perigosa.

— Seu brinquedinho é impressionante. — Violet sorriu para Tony enquanto apontava para o holograma no centro da mesa. Puxou a cadeira e se sentou enquanto ampliava a imagem com as mãos. -Vejo que o antigo projeto de microcompulsores do Howard deu certo com você.

Tony tirou o blazer e o pendurou sobre outra cadeira, olhou rapidamente para o holograma que era analisado por ela e sorriu de canto.

— Bem melhor do que aquelas bugigangas da sua época, não é? — Tony comentou sentando-se na mesa ao lado. — Pra vocês gás mostarda era um grande avanço tecnológico.

Violet virou-se para ele com um olhar furioso.

— Não. Um soro capaz de criar o maior soldado já visto até hoje é que era um grande avanço tecnológico. — Ela sorriu como se aquele comentário fosse o bastante para calar a boca de Tony. — E olha só, pode até ter construindo grandes coisas, mas eu achei o erro dos seus microcompulsores.

Ele olhou para o holograma e depois para o sorriso dela, riu alto.

— Eu duvido que seu conhecimento de 70 anos atrás possa me ser útil agora.

— Por que você é sempre tão irritante? — Ela suspirou rolando os olhos e voltando a mexer no holograma.

— E por que você é tão chata?

Os lábios dela ficaram comprimidos enquanto segurava uma resposta mal criada na ponta da língua.

— Olha Violet, sou um homem muito ocupado e não quero que me atrapalhem enquanto estou na oficina. Então por que não me diz logo o que você está procurando? Estou atrasado para o meu banho de beleza. — Ele se levantou da cadeira, seguiu até o frigobar e tirou uma latinha de refrigerante de lá.

Violet o observou por um momento em silêncio. Reconhecendo aos poucos as atitudes e a voz de Tony que a faziam ter pequenos lampejos das lembranças que tinha de Howard.

— Eu queria saber se a sua família... quer dizer, a nossa família... — Ela respirou fundo e olhou ao redor na oficina, procurando não fixar o olhar em Tony. — Eu queria saber se a nossa família não guardou nenhum pertence meu, algo de valor ou que me ajude a ter dinheiro.

A latinha não chegou aos lábios de Tony, ele precisou parar cada movimento para processar as palavras dela.

— Está me pedindo dinheiro? — Ele perguntou surpreso. — Ah, é claro. Peça ao bilionário. Você não pode trabalhar ou algo assim?

Ela se levantou claramente furiosa e sua expressão era assustadora. Ela andou até Tony e cruzou os braços, o fitando com olhos lindos e mortais.

— Eu trabalhei tanto, Anthony, que graças a muitos projetos meus é que essa empresa foi construída. — Ela andou devagar, dando uma volta ao redor de Tony e o observando atentamente. — Eu continuaria a trabalhar sem problema se eu não estivesse sob vigilância dos Vingadores. E tem mais, estou pedindo a você, porque você é meu tutor.

O tom na voz de Violet trouxe um arrepio na pele de Tony. Não foi medo que sentiu, mas sim um respeito grande e reconhecimento. Violet falou como Howard falaria. Ele não queria nenhum pouco servir de tutor a alguém, mas ao olhar para os cabelos castanhos e os olhos de coragem dignos de uma Stark ele percebeu que de fato ela poderia ser sua única família.

Ele suspirou e a encarou como se ela fosse uma criança petulante, então tomou um gole do refrigerante e caminhou até a mesa, tocou em algumas funções e falou em voz alta:

— Jarvis, poderia procurar nos arquivos para mim quais eram as coisas de Violet Stark que meu pai guardava?

— Bom dia, Senhor Stark. — A voz soou clara e calma pela oficina. — Estou checando os meus bancos de dados, devido a algumas falhas no sistema poderá levar alguns minutos.

— Jarvis... — Violet sussurrou olhando ao redor como se procurasse o dono da voz.

Tony a encarou curioso com a expressão de surpresa dela.

— Sim, é o meu sistema. Ainda está sendo reconstruído. Ultron acabou com ele da última vez e...

— Jarvis... — Repetiu Violet. Os olhos ela pareciam sem foco e ela mal escutou Tony terminar a frase.

Ele esse aproximou dela franzindo a testa.

— Violet, você está bem?

Ela olhou para ele a abriu o maior sorriso que Tony já tinha visto ela dar.

— Eu lembro que Jarvis era o mordomo de Howard. — Então fechou um pouco o sorriso e olhou em volta. — Me lembro de estar em uma sala com tio Howard desenhando projetos e Jarvis servia café pra gente enquanto trabalhávamos.

Tony colocou a lata de refrigerante sobre a mesa e sentou-se de volta na cadeira organizando os hologramas que Violet tinha bagunçado enquanto mexia neles curiosa.

— Jarvis se foi quando eu era jovem. Quando montei o sistema de defesa achei que seria um bom nome.

Então Anthony a olhou um pouco pensativo.

— Disse que identificou o erro nos meus microcompulsores. Quer tentar consertá-los?

Violet arqueou uma sobrancelha dizendo:

— Tá bom. Vamos ver no que meu conhecimento ultrapassado pode te ajudar.

Passaram horas discutindo, desenhando e testando novas formas de configurações dos micocompulsores. Chegaram até o ponto de afastar as mesas e testar um protótipo das peças no chão. Tony se concentrava na configuração da armadura e Violet tentava arrumar uma nova forma de aperfeiçoar as peças para que elas pudessem ter um melhor desempenho.

Nas primeiras horas o que mais fizeram foram discutir e discordar, até acharam melhor separar as tarefas e estavam trabalhando melhor assim.

Tony estava sentado no chão configurando os fios que iriam para os ombros da armadura e Violet acabou sujando o rosto com um pouco de óleo quando conseguiu encaixar os novos microcompulsores.

— Como descobriu como fazer isso? — Tony perguntou fechando as ombreiras da armadura.

— Eu lembrei de quando Howard pensou em construir o carro do futuro. Um carro que iria voar e não teria rodas. Foi assim que começou a surgir a ideia dos microcompulsores.

Os dois olharam para as ombreiras, o resultado de um trabalho que durou horas.

— Acha que vai funcionar? — Ela perguntou observando o rosto cansado e satisfeito de Tony.

— Vou testar amanhã. Se der problema, vou colocar você pra fazer tudo de novo.

Violet soltou uma risada cansada e esticou as pernas no chão.

— Sua armadura é incrível, mas talvez haja algumas coisas que podem mudar. Se tirar muitas coisas, ela ficaria mais leve. Também parece passar uma imagem de poder inumano...

— Mas às vezes é essa a intenção. -Tony colocou as ombreiras em cima da mesa e se levantou. — Se lutasse com todo tipo de criatura que ataca as pessoas lá fora, iria querer uma arma assustadora também.

Ela parou para pensar em um segundo e depois se levantou.

— É, pode ser que sim. Mas minha armadura seria muito mais estilosa. — Brincou dando uma piscadinha para Tony.

Ele levantou as sobrancelhas e com uma expressão de incredulidade e divertimento falou saindo da sala:

— Você pode até tentar, mas o Stark mais estiloso que já existiu sou eu.

— Eu adoraria continuar discutindo com você, mas sabe que não dá pra argumentar com loucos. — Ela colocou vestiu a jaqueta enquanto falava com um tom irônico. — E eu preciso levantar cedo, Clint e Natasha estarão esperando para eu dar uma surra neles.

Violet seguiu até corredor e Tony a acompanhou até a porta. Pensou em discordar, mas seria outra discussão que não teria fim. E aquela tarde na oficina de Tony foi a prova de que eles tinham o dom de discutir por horas a fio.

— Até mais, chato. — Ela murmurou quando o elevador parou no andar e ela entrou apertando o número de seu andar.

— Até mais, vovó. — Tony falou enquanto o elevador fechava e antes que ela pudesse respondê-lo irritada.

Ao voltar para a oficina, Tony trancou a porta e com um comando fez com que as paredes de vidro escurecessem para que quem passasse do lado de fora não conseguisse ver o que aconteceria lá dentro.

— Jarvis. — Chamou Tony sentando-se em sua mesa. — Pode me passar a informação que pedi para que encontrasse mais cedo?

— Sim, Senhor Stark. Estava aguardando a sua permissão, já que acionou o protocolo de sigilo enquanto Violet estava aqui. — Jarvis ligou o holograma no centro da sala e começou a apresentar a Tony vários arquivos com fotos de Violet e alguns documentos guardados por Howard. — A Senhorita Stark é co-fundadora da Stark Enterprises e patenteou vários projetos importantes e revolucionários. Segundo Howard Stark, Violet tinha em sua posse 40% das ações da empresa. Por ter sido dada como morta, Howard assumiu a parte de Violet e assim teve sob seu domínio 100% das ações da empresa.

— Eu sabia disso. Mas ela tinha 40%? Caramba, isso é muita coisa. — Tony murmurou levantando as mangas da camisa e afrouxando o colarinho.

— Tecnicamente ela ainda pode ter 40%, Senhor Stark. Afinal, ela está viva e pode querer reivindicar seus direitos de co-fundadora. — Explicou Jarvis enquanto apresentava velhas fotos em família dos Starks.

— Que bom que ela não recuperou a memória. Sabe-se lá quem ela realmente é e quais suas intenções, ela ter essas habilidades bizarras e poder aquisitivos pode ser um grande desastre. -Ele suspirou pesadamente massageando as têmporas. — Jarvis, por favor, mantenha esses arquivos e informações em segurança e se possível tente acessar através da rede outros arquivos, quero saber quem mais tem conhecimento disso.

— Senhor, acabei de detectar que a Shield tem algumas informações. vJarvis jogou no holograma uma imagem de Howard e Violet Stark ao lado de Peggy Carter. — Parece que a Senhorita Stark serviu de inspiração para a fundação da Shield e segundo os relatos de Peggy e Howard a ideia inicial de montar uma força tática foi dela.

— Mas que merda. — Murmurou Tony alarmado. — Certo, Jarvis. Muito obrigado.

— O que o Senhor pretendo fazer? — Perguntou Jarvis desligando o holograma.

— Preciso ter uma conversinha com o picolé.


Enquanto caminhava pelo corredor Violet sentiu a barriga roncar violentamente, suspirou cansada sem saber se poderia ir até a cozinha para comer alguma coisa antes de dormir. Só havia tomado um café da manhã depois do treino com Natasha e Clint e Tony ainda servira um sanduíche com refrigerante para ela durante a tarde na oficina. Mas fora isso não havia comido nada e seu corpo parecia ter sido moído devido ao árduo trabalho no treino e na oficina.

Mesmo que tenha sido cansativo, foi a primeira vez em que sentia que fez algo que gostava ali na Torre. Poderia não se lembrar do que gostava, mas ao treinar e criar um novo modelo de microcompulsores, Violet entendeu porque fez parte da Divisão Estratégica Cientifica do exército e do Hollowing Commandos. Violet gostava tanto da parte de estratégia quanto da ação e encontrou algo em que realmente era boa. Sorriu ao perceber que pela primeira vez não estava tão desesperada e que talvez tivesse dado o primeiro passo para encontrar a si mesma.

Caminhava devagar pelo corredor enquanto tentava lembrar qual era a porta do seu quarto. Bocejou cansada e levantou os braços para se espreguiçar. Ao abrir os olhos viu a silhueta de Steve no corredor, ele estava encostado na porta de seu quarto e parecia estar segurando alguma coisa.

Ele observou Violet se aproximar e quando ela chegou perto ele percebeu que ela estava com a bochecha suja do que parecia ser óleo. Lembrou-se de que Clint havia avisado que ela estava na oficina de Tony e apesar da aparência cansada, os olhos dela estavam brilhando de contentamento, algo que Steve se lembrava de ver depois de missões que eles cumpriam juntos.

— Oi. — Ela disse ao parar na frente da porta. Olhou nos olhos de Steve e depois para o que ele trazia nas mãos.

— Oi, Violet. — Ele disse, de repente sentiu-se um pouco sem jeito. — Eu trouxe bolo e um pouco de chá e algumas outras coisas que podem te ajudar.

Ela sorriu e abriu a porta do quarto.

— Nossa, Capitão. Muito obrigada! Eu estou morrendo de fome. — Ela deixou a porta aberta para Steve passar, tirou o casaco e o pendurou no cabide.

Depois virou para trás e encarou Steve parado do lado de fora do corredor.

— Não vai entrar? — Ela perguntou confusa.

Sem saber o que responder ele entrou no quarto e fechou a porta. Colocou o prato com bolo e a garrafa com chá em cima da escrivaninha e sentou-se na cama com outras coisas no colo. Violet se aproximou e sentou-se ao lado dele.

— O que é isso?

— É seu. — Ele respondeu entregando o disco de vinil a ela e um livro antigo também. — Você me emprestou há muitos anos atrás e eu não tive a chance de devolver.

Violet pegou o disco primeiro e leu o nome na capa. "We'll meet again" de Vera Lynn e depois pegou o livro antigo das mãos de Steve. O título era "Um conto entre duas cidades" de Charles.

— Seu livro favorito. Talvez possa te ajudar a recuperar alguma memória. — Ele esticou o braço até a escrivaninha e serviu um pouco de chá em um copo. — E o disco tem uma música que você roubou do comandante durante nosso treinamento.

Violet sorriu e aceitou o copo de chá. Encarou o disco pensativa e depois fitou os olhos azuis de Steve.

— Eu não tenho vitrola, queria poder ouvir agora.

— Eu tenho uma no meu quarto. — Steve respondeu colocando a garrafa de chá de volta na escrivaninha.

Violet sorriu divertida.

— Isso é um convite para eu ir até o seu quarto?

Ele ficou um pouco vermelho e precisou respirar fundo para não engasgar com o chá.

— De maneira alguma, eu não faria isso de maneira inadequada...

Violet riu brincando.

— Estou brincando, Capitão. — Ela pegou um pedaço de bolo e tirou os sapatos sentando na cama.

Alguns segundos de silêncio se seguiram enquanto ela observava o livro e o disco que ele trouxera e Steve pensava em como formular as palavras.

— Eu gostaria de me desculpar com você. — Steve olhou para o rosto atento e confuso de Violet. -Por ter sido grosseiro ontem e ter te ameaçado daquela forma.

A expressão dela se suavizou e ela maneou a cabeça compreensiva.

— Tudo bem. Você só está se assegurando de que não vou causar problemas.

— É que você tem um certo dom para causar problemas, deve ser uma coisa dos Starks. — Ele lhe lançou um sorriso divertido para mostrar que estava brincando.

Ela sorriu visivelmente segurando uma risada e observou enquanto Steve se levantava e caminhava até a porta. Ela o seguiu e parou se encostando no batente enquanto ele parava no corredor de frente à ela.

— Obrigada. Pelo lanche, pelo livro e também pelo disco. — Franziu a testa como se estivesse refletindo sobre algo. — Talvez eu aceite suas desculpas.

Steve riu baixo e balançou a cabeça.

— Você sempre se faz de difícil. — Ele murmurou saindo pelo corredor.


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