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Capítulo 14




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Capítulo 13

Rússia, 1974

NÃO ERA UM BOM MOMENTO PARA A HYDRA. Após o surgimento do Tratado de Desarmamento Nuclear em 1968, onde sessenta e três países concordaram com o desarmamento para dar fim a uma era de guerras, houve um enfraquecimento dos ideais pregados pela organização. Talvez enfim começasse uma era de paz e aqueles que ainda compactuavam com a Hydra precisava se preparar para o novo mundo que estava se formando.

Ainda que o mundo estivesse formando laços de paz, a Hydra ainda procurava crescer nas sombras, embaixo de cidades, por trás de cortinas. Como tentáculos que suavemente se espalhavam, se enrolavam entre governos esperando os momentos oportunos. Uma saída foi começar novos recrutamentos e dar continuidade aos projetos, a preparação para a guerra era o mais importante. Investir na ciência para aprimoramento e testes seria essencial nesse momento, então decidiram resgatar dois cientistas que estavam sob custódia nos EUA.

Devido ao clima tenso da Guerra Fria ainda estar presente, selecionar os melhores indivíduos para uma missão desse nível seria a decisão mais sábia. O comandante de operações Barão Von Strucker recordou do projeto Darksouls há muito tempo arquivado. Tinha a vantagem de usar uma combatente especial que não deixava rastros, mas a operação para criá-la não teve muitos avanços. Ghost era eficiente, mas instável. Decidiram deixá-la na criogenia desde a década de 60.

Strucker achou que este era momento de acordar o fantasma. Para que a missão saísse como o esperado, poderia enviar com ela um outro individuo que pudesse assegurar o sucesso da operação caso Ghost apresentasse uma falha.

— Vamos mandar Ghost e o Soldado Invernal. — Strucker disse diante da equipe de operações.

Todos usavam o uniforme com o símbolo de uma caveira com oito tentáculos estampado no braço direito e no peito. Os oficiais se olharam refletindo sobre a decisão.

— Sabemos que Ghost pode ter algumas falhas se for em uma missão a longo prazo e não sabemos da situação do Soldado Invernal desde que fora congelado há dez anos atrás. — Disse um dos oficiais. — Sem falar que esses dois se conheciam antes, um pode acabar ativando a memória do outro.

— Poderíamos fazer um teste. Acordamos os dois indivíduos, prosseguimos com o protocolo de controle mental e os colocamos juntos para observar como reagem. — Sugeriu outro oficial.

Ninguém levantou objetificações.
Strucker piscou seu único olho.

— Então está na hora de acordar as crianças.


***


Quando Violet abriu os olhos, sentiu a luz branca da sala quase a cegar. Respirou com dificuldade e não conseguia se mover, seu corpo parecia pesar toneladas. Tinha a sensação de que tinha morrido e voltado à vida de repente. Piscou várias vezes até conseguir enxergar um grupo de médicos ou cientistas ao seu redor.

Um deles usou uma seringa para injetar algo no seu braço e nos instante seguinte Violet se sentiu muito acordada. Todos os sentidos funcionando ao máximo, ela sentia cheiros de produtos químicos, conseguia ouvir as conversas em russo da sala ao lado, distinguiu uma equipe de seis pessoas ao seu redor. Não sabia o motivo, mas queria sair dali.

Mexeu os braços, mas eles estavam firmemente presos por amarras. Ela chacoalhou a cadeira de aço em que estava.

Um homem com farda e chapéu militar vermelho se aproximou com um livro da mesma cor que os detalhes do seu uniforme.

— A Hydra saúda nossa agente. — Ele disse. — Você foi recrutada quando nossas forças operavam na Alemanha, nossa casa. Nós crescemos, outras cabeças surgiram. Agora operamos na Rússia e solicitamos os seus serviços.

Violet sabia que ele estava falando em russo e que aquilo não um bom sinal, mesmo que ela não soubesse explicar o porque. O oficial abriu o livro e começou a recitar:

— Saudade. — Ele disse e o corpo de Violet tremeu. — Conhecimento, vinte e um, morte, fogo.

No fundo de sua mente ela vislumbrou um incêndio que a separava de sua vida anterior, as chamas começaram a percorrer cada célula de seu corpo. Ela podia sentir que algo estava despertando.

— Nove, sono, Darksoul. — O oficial continuou a recitar. — Zero, combate.
O tremor passou e os olhos dela se fecharam.

— A Hydra saúda Ghost. — Disse o oficial mais uma vez. — Bom dia, agente.

Ela abriu os olhos, a íris violeta se destacou na sala.

— Pronta para servir. — Ela respondeu.

Heil Hydra. — Disse o oficial.

Heil Hydra. — Concluiu Ghost.

Ela se levantou e a equipe recebeu ordens para examinar seu corpo. Um do grupo jogou um macacão preto que tinha uma estrela vermelha no braço e ordenou que ela se trocasse.

Ela colocou o macacão e calçou os coturnos que outro lhe entregou.

— Me siga. — Disse o oficial quando ela ficou pronta, ele saiu da sala. Ela o seguiu.

Logo atrás vinha a equipe, percorreram corredores mal iluminados. Havia um leve aroma de esgoto, goteiras em algumas curvas e várias lâmpadas piscavam pelo caminho. A Hydra estava tentando sobreviver com o pouco que tinha.

Entraram em um salão mais amplo, no centro havia um octágono cercado por grades. Quem quer que entrasse lá para lutar, não poderia sair até segundas ordens. Abriram a porta para ela.

— Ghost, entre. — Ordenou o oficial e ela obedeceu. Fecharam a porta atrás de si, os outros se espalharam pelo espaço para observar.

— A única coisa que precisa fazer é lutar, mas não tire a vida do oponente. Dê o seu melhor, o Barão estará observando. — O oficial murmurou do outro lado da grade. A porta de metal do salão se abriu e Strucker entrou, todos fizeram mesuras conforme ele passava.

Ghost observou o símbolo da Hydra na farda dele, os enfeites de reconhecimento em seu uniforme e um dos olhos tinha uma lente de vidro embutida em seu rosto. O olho comum piscou e a observou seriamente. Ele era o Barão e reconhecendo isso, Ghost fez uma mesura inclinando a cabeça.

O olhar dele era perturbador, mas ela não tinha o que temer. Estava ali para servir.

Começou a aquecer as pernas flexionando as pontas dos pés repetidamente para alongar a panturrilha. Abriu as pernas e se curvou até os dedos da mão tocarem os pés. O soro que haviam dado a ela já havia deixado seu corpo quente.
Houve uma movimentação do outro lado da gaiola e todos que estavam do lado oposto de Ghost se afastaram para abrir caminho.

Um outro soldado se aproximava. O cabelo grande passava da altura dos olhos, ele vestia o mesmo macacão que ela, porém a manga esquerda fora cortada para mostrar o braço de metal que ele tinha. Uma estrela vermelha havia sido desenhada no braço.

Ele se aproximou sem vacilar, os movimentos quadrados e pacientes como um robô. Abriram o portão do lado dele e ele entrou.

— Este é o Soldado Invernal, seu oponente. — Disse o oficial atrás de Violet.

O Soldado direcionou os olhos para ela, eram azuis e tão sem vida quanto os dela.

Não houve uma contagem, nem um anúncio de que começara, eles simplesmente se observaram. Ele começou a andar pela esquerda e Ghost pelo lado contrário.

Era bem treinados para combate corpo a corpo, não tinham pressa pra fazer algo por impulsivo. Ghost foi quem tomou a iniciativa, fechou os punhos e os manteve na altura do queixo para defesa e avançou com a perna direita.

O Soldado não recuou, na verdade se aproximou como se esperasse pra ver a tentativa dela. Ghost tomou impulso com a perna direita e levantou a esquerda na altura do abdômen dele.

Claro que ele defendeu, com o antebraço golpeou a perna esquerda dela. Mas Ghost estava contando com isso e ainda no breve segundo que estava no ar, girou e o atingiu no peito com a perna direita.

Não foi um golpe forte, mas de qualquer maneira acertou.

— Vocês tem cinco minutos para derrubar o seu adversário. — Anunciou um dos oficiais.

O Soldado Invernal avançou com o braço comum, Ghost desviou, mas ele lhe acertou na coxa com um dos joelhos. Ela sabia que precisava evitar o braço de metal, era o ponto forte dele e desvantagem pra ela.

Ela desviou de uma chave, mas estava encurralada com a grade em suas costas. O Soldado percebeu a chance e avançou com o braço de metal, usando seu corpo como barreira para ela não saísse. Ele a acertou na barriga.

Ghost ofegou, a impaciência se transformou em irritação. O tempo estava passando, ela olhou para o rosto dele e se perguntou o por quê. Por quê ele a acertou? Por quê continuava tentando lhe bater? Ela usou a coxa dele como apoio para o pé direito e saltou no espaço estreito, saltou para cima dele. Se jogou contra o tórax dele. As pernas entrelaçaram o pescoço do Soldado e ela alcançou o braço de carne e osso dele.

Rolaram pelo chão até que ela conseguiu firmar a chave prendendo o braço dele. Ele usou o braço de metal para acertar a perna dela várias vezes para fazê-la soltar, mas ela mal sentiu. A irritação era maior, não era assim que ele devia agir com ela. Ela não sabia explicar, mas algo lá no fundo fazia com que ela sentisse que havia algo de errado.

— O tempo acabou. — Disse o oficial. Mas Violet não escutou.

O Soldado a acertou na perna novamente.

Por quê, por quê, por quê ele de todas as pessoas?

— Ghost. — Chamou o oficial.

O Soldado Invernal apertou o tornozelo dela com o punho de aço que tinha, ela afrouxou com um sibilo. Ele saiu da chave e prendeu o corpo dela contra o chão.

Ghost olhou o Soldado Invernal nos olhos. Os punhos dele prendiam seus braços no chão e as respirações ofegantes pelo esforço pareciam uma só.

"Por quê". Algo ressoou dentro dela, além dela. Mas foi só um segundo.

— O tempo acabou. — Ele sibilou entre dentes e se levantou.

Ghost se levantou e seguiu para a porta oposta da cela. Fez uma mesura para o Barão e saiu quando o oficial abriu para ela.

— Ela é feroz. — O Barão comentou com o oficial ao seu lado enquanto observava Ghost ser escoltada para fora do salão. — Ele continua implacável. Prepare-os para a missão.

 

Wasgington, D.C. Atualmente


Violet Stark estava mais uma vez confinada sendo interrogada em uma sala. A diferença era que agora se lembrava mais da própria vida e sabia quando o Secretário Ross fazia perguntas idiotas. Ele fez questão de fazer algumas perguntas assim que ela foi resgatada em Viena após a explosão.

Um estilhaço havia cortado seu antebraço e outro a bochecha, mas nada que um band aid não resolvesse. O Acordo não foi assinado e começaram uma caçada à Bucky Barnes. E Violet estava confinada na sede de segurança nacional com a cara nojenta de Ross a encarando como se fosse superior à ela.

— Senhorita Stark, depois de ser capturada e usada para os interesses da Hydra, manteve contato com alguém? — Ross questionou.

— Quer saber se vi Barnes desde que estou com os Vingadores? — Ela reformulava a pergunta para que ele talvez se tocasse do seu tom idiota. — Não, Senhor Secretário. Os Vingadores foram bastante rigorosos, eu não podia sair do complexo e em caso de alguma urgência eu deveria sair somente acompanhada.

— Em algum momento teve a intensão de se apresentar à justiça americana? Precisamos lembrar que seu histórico pode conter crimes que impactam a politica mundial.

Violet respirou e expirou devagar.

— Sim, por isso mesmo achei que seria mais sensato comparecer na conferência em Viena e demonstrar minha boa vontade e arrependimento. — Ela deixou as mãos sobre a mesa e olhou no rosto do Secretário deixando de lado a aversão que tinha a ele. — Eu entendo que eu tenha que responder a esses crimes e gostaria de ajudar com as lembranças e conhecimento que tenho. Poderia cooperar com o governo e com os Vingadores para manter nosso mundo seguro e evitar que casos como o meu e o de Barnes ocorram novamente.

Ross limpou a garganta e Vi percebeu que ele não estava esperando por uma resposta tão educada.

— Vamos continuar a investigação do seu caso. Até segundas ordens, não pode agir sem autorização. — Ross se levantou e apoiou uma das mãos sobre a mesa. — Temos um centro de detenção especial para agentes que se recusaram a cooperar com as exigências do governo. Você será mantida lá até o encerramento do caso.

Violet não reclamou, mas ficou curiosa sobre o novo centro de detenção. Não estava exatamente surpresa que o governo já tivesse criado uma prisão para seus agentes especiais e para heróis também.

Ross saiu da sala com um sorrisinho convencido. Quem entrou em seguida foi Tony, ele estava sem o blazer do terno, as mangas da camisa estavam dobradas até os cotovelos deixando seu rolex de ouro visível, mas de algumas maneira era os sapatos italianos que brilhavam mais.

Ele olhou para Violet com cautela como se esperasse seu súbito ataque de fúria.

— Hoje de manhã eu estava no funeral de uma amiga, à tarde vi o salão de conferência da ONU explodir e agora acabei de ser presa. -Violet listou os fatos, soltou um suspiro pesado. — Estou cansada demais pra gritar com você agora.

— Ótimo. — Ele disse visivelmente mais relaxado, mas continuou em pé como se ignorasse a cadeira disponível. — Não foi um dos melhores dias pra mim também. Trouxeram Steve e Sam da Romênia, Bucky Barnes está sob custódia sendo avaliado.

Violet fechou os olhos por um segundo e expirou lentamente.

— Esses dois idiotas, sempre fazendo bagunça. — Ela murmurou pra si.

Tony se sentou sobre a mesa ao seu lado.

— Ele não quis assinar o Acordo. — Tony resmungou, agora mais de perto Violet podia ver as orelhas vermelhas, a veia da têmpora saltada e o suor gelado se formando na testa de Tony. Ele estava nervoso, provavelmente havia brigado com Steve.

— Às vezes dá vontade de socar aqueles dentes perfeitos.

— Nem me diga. — Ele concordou.

— Mas sabe, Tony. — Ela amenizou o tom de voz. — Eu sempre achei que não devíamos aceitar o Acordo de Sokóvia.

Não foi nenhuma grande revelação, ele já sabia que Violet estava hesitando.

— Eu achei que deveria fazer o que é certo, atender a essas ordens e exigência e quem sabe um dia não estar mais em débito com governos e superiores. — Ela disse se virando na cadeira na direção de Tony. — Mas eu não posso confiar neles, nessa politicagem tola. Usam segurança pra minar a liberdade. Não me mantiveram segura na segunda guerra, não me mantiveram segura durante todos esses anos que estive presa pela Hydra. Com certeza não vão me manter segura agora. Mas eu me sentia segura com vocês.

— E vai continuar. — Tony garantiu. -Eu fiz algumas exigências e garantiram que durante toda a averiguação do seu caso iriam cooperar. Tenho tentado, Violet, graças a Deus não te confinaram em um cubículo ambulante como um animal.

Algo acendeu na mente de Violet.

— Mas fizeram isso com Barnes... — Ela concluiu percebendo pelo olhar de Tony que era isso o que tinham feito com Bucku.

De repente um gosto amargo subiu na boca de Violet, uma raiva que estava crescendo.

— Eu sei que não é perfeito, mas é o melhor que podemos fazer agora. — Tony falou agora fechando a mão em um punho, algo pesava dentro dele. — Não precisa concordar com o Capitão pelo rostinho bonito dele.

O que crescia em Violet explodiu e ela se levantou ficando de frente para Tony.

— Ora, pensa tão pouco de mim assim? Acha que concordo com Rogers por conta de um rosto bonito, acha que sou fútil? Acha que eu não sei de todas as questões em jogo? — Ela perguntou sem levantar muito o tom de voz, queria manter a coerência no diálogo. — Você não pode me diminuir dessa maneira, Anthony. Tenho mais experiência política para discutir essa questão do que você e seu terno de trezentos mil dólares.

A expressão de Tony era de uma surpresa e no instante seguinte o rosto se fechou, ele sabia que havia sido um idiota. Ele se sentir envergonhado por isso fez com que Violet sentisse uma vitória saborosa.

— Estou cansada de comentários idiotas, já basta o "Ross mainsplaining all the time". — Ela se afastou alguns passos de Tony.

— Me desculpe, Violet. — Tony disse. E quando ele se desculpa, era raro e sincero.

— Você é minha família, Tony. — Ela disse ainda de costas. — Te conheço o bastante pra saber que você é mais parecido com Howard do que gostaria. Está carregando esse peso consigo desde que encontrou a mãe de Charlie Spencer. — Ela caminhou pela sala e Tony a ouvia pensativo. — Eu sei que tem sido cuidadoso e que provavelmente nunca mencionou minha parte das Indústrias Stark porque não me deixaria assumir nada sem estar despreparada, não correria esse risco.

Tony olhou os olhos de Violet quando ela voltou a se aproximar dele.

— Eu fiquei chateada por você não ter mencionado isso pra mim. — Ela confessou com um sorriso chateado. — Mas eu entendo o seu lado, eu também não deixaria alguém que surge depois de 70 anos e sem memória assumir uma parte nos negócios. Então eu decidi ganhar a sua confiança e aceitar os pequenos trabalhos, me inserir aos poucos. Porque afinal, você é a única família que me restou.

Ele piscou devagar, as palavras dela lhe acertando o peito já dolorido.

— Eu não podia deixar até ter certeza das suas intensões. — Ele murmurou.

— Tudo bem, eu disse que entendo. — Ela deu um meio sorriso chateado. — Mas mesmo que você seja minha família e mesmo que eu reconheça seu esforço, eu ainda acho que podemos fazer melhor do que isso. Não abrir mão da nossa liberdade.

Ela apertou o ombro de Tony que sempre estavam tensos.

— Não podemos deixar a nossa culpa definir quem nós somos. — Ela sussurrou e pela primeira vez em muito tempo, o peso que ele carregava aliviou por um instante.

Os Starks trocaram um olhar significativo, porque nunca eram muito bons com palavras. Até que Tony revirou os olhos.

— Steve está na sala de operações neste andar. — Ele disse por fim cruzando os braços. -Se alguém te pegar no caminho diga que eu esqueci a merda porta aberta.

No segundo seguinte, Violet já tinha saído da sala.

A sala de operações era ampla e com mesas de reunião compridas bem distribuídas. Havia o centro do andar com várias telas exibindo imagens de segurança, canais de noticiários e monitoramento, ao redor havia aquários que eram separados pela paredes de vidro. Violet notou que Steve e Sam estavam em um deles e seguiu na direção, tendo cuidado para não cruzar com os alguém e chamar atenção para si.

Entrou na sala e os dois se viraram para ela enquanto fechava a porta.

— Tony tinha dito que você estava em cana de novo. — Ponderou Sam.

— Tony deve ter pago uns milhões pra manter minha ilustre presença nesse buraco modernizado. — Ela disse se aproximando dos dois e puxou uma cadeira do lado de Sam.

Olhou para o rosto sério e ansioso de Steve.

— O que houve?

— Encontramos Bucky em Bucharest a tempo, teríamos conseguido sair se o Príncipe T'Challa não tivesse dificultado a situação. — Steve contou brevemente o que ocorreu.

Violet havia visto o príncipe uma vez e foi quando ele tentava socorrer o pai na explosão em Viena. Ela entendia que ele buscava vingança, mas estava sendo precipitado ao julgar que Bucky era o autor daquele atentado.

— Aquele idiota me arranhou inteiro. — Resmungou Sam que parecia particularmente chateado. — Bucky será julgado, mas estão fazendo algum tipo de Avaliação Psicológica com ele agora.

Ao tirar os olhos de Sam, ela flagrou Steve a observando. Ele tinha uma certa curiosidade na expressão e ela soube o que ele estava perguntando.
Assinou o Acordo?

Violet balançou a cabeça de forma negativa.

Ele franziu o cenho curioso como se perguntasse o motivo. Mas ela não teve a chance de responder pelo olhar ou verbalmente, porque a Agente 13 entrou na sala, manteve o olhar atento ao redor da sala de operações e se aproximou do controle que estava sobre a mesa. Ela digitou um código e a tela da sala deles ligou.

Quando a imagem na tela carregou, foi possível notar que estava sendo transmitida pela câmera de segurança da sala onde Bucky Barnes era mantido. Violet observou que colocaram ele preso numa espécie de cubo, como Tony havia mencionado.

— Ninguém pode saber que estou liberando o acesso pra vocês. — Ela disse em voz baixa.

Vi a olhou brevemente e não conseguiu identificar se ela tinha alguma semelhança com Peggy, mas certamente percebeu que Sharon Carter ficou em pé ao lado de Steve depois de apreciá-lo bastante com os olhos.

Mas ela não podia ficar observando o que acontecia ao redor, o fato de Bucky estar preso naquela situação era o que realmente merecia sua atenção.

Em situações como aquela, o governo já tinha o contato de profissionais bem indicados e reconhecidos para realizarem as avaliações psicológicas. Quem quer que fosse o psicólogo, devia ter um ótimo currículo e boas indicações para auxiliar nos processos confidenciais daquele nível. Nunca era qualquer um.

O avaliador começou com perguntas básicas para se certificar do nível de consciência e lucidez de Bucky.

— Então, James...

— Bucky. — Violet o ouviu corrigir o Doutor.

Ele não deixava que o chamassem de James. Por isso ela o chamava assim, para implicar com ele. Mas ele nunca de fato havia reclamado disso, talvez até gostasse.

— Conte-me o que se lembra. — Disse o Doutor e logo em seguida as luzes se apagaram.

Todas as luzes se apagaram. Eletrônicos foram desligados em toda a central de operação.
Não era uma simples queda de energia. Um prédio de segurança máxima estaria preparado para aquilo.

Alguém chamou no rádio da Agente 13.

— Parece que houve uma explosão que ocasionou um apagão pela cidade. — Ela comentou.

Violet sentiu que algo estava errado. As coisas ultimamente nunca ocorriam por acaso. Ela se levantou e saiu da sala com Steve e Sam logo atrás.

— Acham que é o príncipe dos gatos de novo? — Sam perguntou enquanto eles corriam pelo corredor.

— A essa altura pode ser qualquer um. — Disse Steve quando chegaram em frente aos elevadores desligados.

Violet saiu na frente e fez a curva para seguir para a saída de emergência.
Ela abriu a pesada porta de metal como se fosse papel.

— Qual o andar? — Ela perguntou quando eles começaram a descer os lances. A escada era um círculo formando um buraco no meio, se se dirigisse para o parapeito era possível ver o piso do subsolo metros abaixo.

— Subsolo.

— Vocês dois se certifiquem de que Barnes esteja bem. — Violet falou olhando de Sam para Steve. — Eu vou avisar os outros, precisamos bloquear todos os acessos. Ninguém entra e ninguém sai dessa central.

Steve continuou a descer e Violet voltou para o corredor, as luzes de emergência foram acionadas e um alarme começou a soar em cada canto do local. Ela retornou para a sala central e encontrou Tony.

— Steve já desceu para verificar o que aconteceu com Barnes. — Ela falou. — Tem algo errado, Tony. Alguém quer chegar até ele, vamos fechar todos os acessos do local.

— Eu já alertei os outros, estão tentando recuperar o acesso às câmeras de segurança. — Ele respondeu indicando para que ela o seguisse.

Enquanto andavam pelo corredor Tony tirou do bolso da calça uma tiara dourada, parou no meio do corredor e colocou a tiara na cabeça de Violet desajeitadamente.

Tirou mais duas pulseiras douradas do bolso e encaixou elas em cada um dos pulsos de Violet.

— Não testei, mas sei que funciona. — Ele disse retomando a corrida. — Caso precise, pode ter o resto da sua armadura se acionar o comando na pulseira.

Ela observou o fino metal em volta dos pulsos e ajeitou a tiara sobre a cabeça.

— Espero que não exploda. — Ela murmurou.

O sistema de Tony, FRIDAY, informou que havia uma movimentação na saída oeste onde ficava a praça de alimentação. Os dois desceram até o térreo e correram pelo pátio iluminado, todas as portas de vidro permitiam que eles vissem a imensidão do local.

Violet viu algumas mesas serem jogadas para longe, logo na frente estava o Soldado Invernal derrubando Natasha com seu braço de aço. Sharon Carter estava no chão levantando. Ninguém ia conseguir pará-lo.
Violet olhou ao redor, mas não viu Steve.

Tony avançou tocando o rolex em seu pulsos que se transformou em nano partículas de metais que cobriram sua mão. Ele defendeu um soco do soldado invernal, mas não conseguiu acertá-lo. O braço dele bloqueou o golpe, o som de metal contra metal ecoou e Tony foi lançado longe.

A última coisa que ela queria era reencontrá-lo daquela maneira, ela sabia que não ia conseguir pará-lo. Ainda assim avançou.
Com o comando a tiara dourada se transformou em uma fina máscara dourada que cobria metade do seu rosto, as pulseiras se desfizeram em minúsculas partículas de metal para se reconstruir em luvas douradas. Violet tentou não parecer impressionada com isso caso Tony estivesse olhando.

Ela se lançou contra o Soldado, o punho esquerdo foi em direção ao abdômen e o direito já estava preparado para segurar o braço dele. Ele foi atingido e Violet já havia o enfrentado vezes o bastante para saber que o sibilo que lhe escapou era de irritação, ele raramente era acertado.

O Soldado pousou os olhos sobre ela, nenhum traço de reconhecimento. Ele prendeu Violet contra uma das pilastras do salão.

— A gente precisa melhorar nossa comunicação. — Ela murmurou prendendo um dos braços dele antes que ele a acertasse. — James, olhe pra mim.

Ele franziu a testa, um leve estranhamento passou pelas suas feições. Com bastante esforço, Violet poderia tentar acalmá-lo.
Mas alguém avançou no Soldado, separando os dois. Era um homem negro, alto e que Violet reconheceu como o príncipe de Wakanda que estava no encontro em Viena.

Ele tinha um estilo de luta corporal muito diferente, com movimentos mais bruscos e que impactavam de forma diferente e ao mesmo tempo lembravam os movimentos rápidos de um felino. Mesmo com essa habilidade ele não foi capaz de impedir que o Soldado o jogasse longe e desaparecesse no instante seguinte.
Violet suspirou de frustração e se deixou deslizar até o chão próxima de Tony.

Os dois gemeram em uníssono.
Mas para ela não havia acabado. Sabia que Steve ia conseguir encontrá-lo e ela precisava ver os dois, havia algo em toda aquela situação que ainda não fazia sentido. Felizmente, ela não havia assinado acordo algum.

O que ela precisava fazer no momento era pegar o restante de sua armadura e ir embora. As duas coisas deixariam Tony muito irritado.


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