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Capítulo 1

  


    

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1942

O PEQUENO APARTAMENTO CONTINUAVA O MESMO DE SEMPRE, mas Violet não o olhava mais como o seu lar. Tudo naquele lugar era nostalgia, saudade e perda. Olhava para o quarto de sua mãe e odiava o fato de tudo ainda estar exatamente no lugar como se ela ainda fosse voltar. O roupão aguardava educadamente pendurado na porta do guarda-roupa, os sapatos debaixo da cama pareciam ansiosos para serem calçados e a garota apoiada no batente da porta trocaria qualquer coisa no mundo para ter só mais um abraço de Alyssa Stark.

Então era isso, pensava Violet, estava órfã. Sozinha no mundo se seu tio Howard não tivesse a convidado a morar com ele. Howard dissera que ela poderia trabalhar com ele num novo projeto científico e que uma mente brilhante não poderia ser desperdiçada. Violet sempre dera extrema importância aos estudos. Para uma mulher da década de 40 era extremamente difícil conquistar algo naquela simples vida, ainda mais sendo filha de mãe solteira, já que havia perdido o pai muito cedo. Então realmente a oportunidade que o tio lhe oferecia era rara e preciosa.

De certa maneira estava feliz por estar se preparando para ir embora, sair daquele apartamento poderia ser o que ela precisaria para seguir em frente. Nas últimas semanas estava empacotando tudo e jogando algumas coisas fora, mas simplesmente não conseguia mexer no quarto da mãe. Mas naquele instante cheio de melancolia, ela colocou algumas coisas dentro de uma caixa. A escova de dente, o pente, os chinelos e o roupão foram para dentro de uma caixa.

Sentia-se horrível, mas sabia que era preciso. Respirou fundo e saiu do apartamento, desceu as escadas até a parte de trás do prédio e jogou a caixa no lixão violentamente. Estava cansada de ver tudo aquilo lhe assombrando dia e noite. Deu às costas para a lata de lixo, mas ao segundo passo recuou e voltou a tirar a caixa do lixo. Ia chorar e pedir desculpas à falecida mãe, mas sentiu que não estava sozinha.

Ao olhar do outro lado da cerca percebeu que um jovem magricela e baixinho a observava com olhos azuis solidários e tristes. A luz do sol deixava o cabelo de Steven completamente dourado.

— Desculpe, eu não quis ser indelicado. — Ele começou meio sem jeito, estava se esforçando para não desviar os olhos dos dela. — Eu só queria dizer que eu soube sobre Alyssa, era uma mulher incrível. Eu sinto muito, Violet.

Violet balançou a cabeça e respirou fundo fazendo força para não deixar as lágrimas rolarem.

— Eu também perdi os meus pais...

— Eu sei, Steve. — Respondeu Violet delicadamente. — É muito gentil de sua parte, obrigada. — Deu o melhor sorriso que poderia entregar a alguém naquele momento.

Steve sempre fora gentil, contido e inseguro. O conhecia a alguns anos desde que se mudou para o bairro, sempre sendo atormentado pelos outros garotos quando na verdade era o melhor de todos. Violet tinha o costume de ler sentada na janela todas as noites, às vezes via Steve chegar e trocavam um aceno. Esse era o tipo de contato que eles tinham. Já com Bucky Barnes, amigo inseparável de Steve, Violet conversava mais.

— Como foi no alistamento hoje? — Perguntou ao loiro, mas logo se arrependeu. A expressão no rosto dele era de tristeza e decepção. Todos sabiam do sonho de Steve de servir na guerra, mas sua saúde e porte físico nunca permitiriam isso.

— Não consegui. Pela quarta vez. — Suspirou sendo sincero, o que lhe confortava era que Violet não iria o achar idiota por isso. Bem, talvez achasse, mas não diria. — Mas o Bucky entrou, 107 infantaria. Vai amanhã para a Inglaterra.

— Eu sinto muito, Steve. De verdade. — Naquele momento soltou a caixa dentro da lata de lixo e se aproximou da cerca para ficar perto dele. — Mas se esse é o seu sonho, vai encontrar algo que só você pode fazer para ajudar. Basta seguir em frente.

Steve sorriu de verdade e Violet retribuiu por alguns segundos, até os dois rirem do nada.

— Vai estar na Exposição do Futuro hoje? Seu tio vai estar lá não é?

Violet revirou os olhos fazendo Stevie rir.

— Claro que vai, já fui intimada a ir. E você?

— Eu vou, sim. — Steve colocou as mãos nos bolsos. — É a última noite do Bucky na cidade, ele quer se divertir um pouco.

— Bem, então... eu vejo vocês lá. — Violet alisou seu vestido e começou a se afastar enquanto Steve seguia o seu caminho. Voltou para casa e agora entendia que no momento não precisava superar tudo de uma vez, por ora, bastava seguir em frente.

      

     

Atualmente

        

O SOL ESTAVA SE PONDO e fazia exatamente 72 horas que Steve não dormia. Desde que começara a treinar os novos vingadores e a descobrir antigas bases da HIDRA, não conseguia baixar a adrenalina para dormir. Romanoff tinha que atualizar as informações a todo segundo, cada dia era uma nova morte de agentes antigos da Hidra. E todos suspeitavam que o Soldado Invernal estivesse fazendo isso.

Ao terem acesso às bases antigas da HIDRA, Romanoff fez o possível e o impossível para coletar informações. Há alguns meses atrás encontrou uma base no subsolo de uma cidade pequena russa, mas conseguiu lá um hd antigo e desde então dedicava seu tempo a tirar alguma informação dali.

Steve se afastou e pela janela encarou a cidade de Nova Iorque. Pensou em como faria para encontrar Bucky, entender o que aconteceu com ele e impedi-lo de matar mais e mais pessoas. Desde que os Vingadores enfrentaram Ultron no último ano, Steve não tinha parado. E o treinamento dos novos vingadores vinha dando trabalho, ainda mais Wanda que estava muito instável depois da morte de seu irmão.

— Capitão, você precisa ver isso. — A voz de Romanoff soou pelo cômodo. Steve atravessou a sala e foi até ela olhando para a localização que ela encontrou na tela.

— O que é isso?

— É uma antiga base da HIDRA que havia aqui em Nova Iorque, quero ir lá pra ver se não encontramos algum registro.

Steve suspirou cansado, já haviam passado por isso inúmeras vezes.

— Nunca encontramos algo, eles são extremamente cuidadosos quando se trata de apagar rastros, Romanoff.

— Ah é? — Natasha arqueou uma das sobrancelhas enquanto se levantava e vestia a jaqueta. — Então por que nosso sistema captou que há um computador conectando a rede lá nesse exato momento?

Sem responder, Steve simplesmente pegou o seu escudo e seguiu Romanoff.

Era um prédio de uma rua sem saída de um bairro pequeno. Natasha suspirou dizendo o quão clichê aquilo era, Steve conseguiu abrir com facilidade o portão todo enferrujado enquanto argumentava que devia ser pra despistar qualquer suspeita.

Ele avaliou os ratos que saiam correndo enquanto eles passavam pela entrada. Com um chute dele a porta da frente abriu e Natasha seguiu na frente com uma lanterna.

— Realmente e completamente abandonado, Agente Romanoff. — Provocou o Capitão e quando recebeu um olhar reprovador da ruiva quase sorriu.

Seguiram pelo amplo hall de entrada. A lanterna de Natasha não dava conta de iluminar todo o teto em estilo gótico e as grandes pinturas na parede.

— Decoração antiquada para uma empresa não acha? — Comentou Steve curioso ao ver o piso xadrez. Seguiram do hall até as escadas. — Não se parece nem um pouco com as bases que encontramos anteriormente.

— É sério, tem alguma coisa aqui. — Insistiu a agente intrigada.

— Só admite logo que não vamos encontrar nada e...

A voz do Capitão foi interrompida pelo som de passos no topo da escada. Ambos se calaram imediatamente e desligaram a lanterna, mal se ouvia o som da respiração dos dois. Aguardaram em silêncio por trinta segundos, quando nada aconteceu novamente começaram a subir devagar em silêncio absoluto com Romanoff na frente e o Capitão na retaguarda.

Chegaram ao amplo corredor que era iluminado somente pela luz da lua que entrava por uma vidraça quebrada. Se não fossem os passos que escutaram antes, nada mais diria que havia alguém ali. Seguiram até a primeira porta fechada, Natasha do lado esquerdo e Rogers do direito. Trocaram sinais indicando que o Capitão iria na frente, Steve abriu a porta rapidamente sem fazer muito barulho. Com a luz da lanterna em questão de segundos vasculharam todo o quarto até constatarem que não havia nada ali além de velhos computadores que encontraram nas bases anteriores.

Ainda em silêncio saíram do quarto, assim que Natasha colocou o pé no corredor, soltou um sibilo baixo de dor. Direcionou a lanterna para sua perna que doía e viu ali uma faca cravada no músculo.

Instantaneamente Steve girou olhando ao redor à procura de alguém. Um vulto preto passou pela janela e uma risada divertida ecoou pelo corredor. Natasha arrancou a faca da perna e sacou sua arma.

Um sibilo metálico passou de raspão entre eles e foi desviado pelo escudo do Capitão, provavelmente outra faca atirada. Mas não tinham tempo pra checar, porque a presença misteriosa se jogou contra Natasha. A ruiva sentiu o corpo do adversário envolver o seu tronco e agarrar o seu pescoço a jogando no chão, começou a sufocar, mas conseguiu utilizar os braços para sair do golpe.

Steve acertou um soco no adversário, sem saber muito bem onde por causa da escuridão e conseguiu agarra-lhe o braço, Natasha segurou uma das pernas. Mas a força dele era incrível conseguiu girar todo o corpo escapando das mãos deles, acertou um soco em Steve que revidou, mas o adversário se abaixou e o soco acabou por acertar Romanoff.

— Merda, Cap! — Gritou e chutou o adversário que simplesmente riu e torceu o seu pulso, ia quebra-lo, mas a investida de Steve não deixou. O escudo acertou a cabeça do adversário que arfou com raiva e avançou para cima do Capitão o lançando contra a parede, mas ele era mais forte. Percebeu que ao adversário tinha um corpo menor e mais esguio que o seu e o jogou contra a parede, Natasha acertou em cheio um pontapé na cabeça dele. Mas ainda assim ele se levantou.

A agente pegou a lanterna do chão e iluminou o adversário, tanto ela quanto o Capitão perceberam que se tratava de uma figura feminina com o mesmo porte físico de Natasha. Cabelos longos presos por um rabo de cavalo e uma máscara obscura que só deixavam os olhos para fora.

Rogers e Romanoff partiram para o ataque, Steve mirou o escudo no peito e Natasha investiu em uma rasteira para ela cair, mas a mulher com um salto fez uma acrobacia, girou no ar e suas mãos se apoiaram no escudo. Ela pairou no ar por um segundo e aterrissou no chão do outro lado. Mas Steve e Natasha continuaram com as investidas e a mulher escapava de cada uma sempre movendo corpo com facilidade e agilidade incríveis enquanto acertava tapas provocativos e golpes brutos no peito que faziam o Capitão cambalear e Romanoff perder a respiração.

Natasha urrou de raiva e mesmo com a perna sangrando avançou com sua maior velocidade, vários golpes de ataque que foram defendidos um a um, mas rápidos demais e não deram nenhuma chance de ataque à adversária. Enquanto a luta com Natasha se tornava intensa Steve rondou a inimiga e no momento de distração acertou a cabeça dela com o escudo.

A mulher caiu ao chão.

...

Algemaram a mulher desacordada e Steve a carregou para fora do prédio depois que ele e Romanoff checaram os outros cômodos e seguiram de carro até a sede dos Vingadores.

-Por mim ela deveria ser morta. –O sussurro de Natasha saiu carregado de ódio. Tinham colocado a mulher em uma cama na enfermaria improvisada da nova sede. Agora com o ambiente iluminado era possível ver os detalhes de sua roupa. Um aparente uniforme colado ao corpo de cor escura, parecido com um dos uniformes que agentes da Shield usavam, mas não havia nenhum símbolo. E a máscara era preta com detalhes de um vermelho tão vivo que parecia que as linhas do desenho ascendiam.

Capitão, Romanoff e Barton encaravam a mulher presa à cama.

— O que fazemos com isso? — Natasha praticamente cuspiu a última palavra.

— Obviamente vamos interroga-la. Não há dúvidas de que tiraremos boas informações. — Barton cruzou os braços e revirou os olhos. — Mas antes vamos identifica-la.

Steve estava muito ansioso por isso, queria muito tirar aquela máscara. Sentia que precisava conhecer o rosto da adversária, precisava obter informações e achar uma maneira de rastrear Bucky. Aproximou-se da cama, seus dedos tocaram a máscara e a retirou.

O mundo parou, Steve encarava o rosto à sua frente confuso e quase tonto. Largou a máscara a deixando cair do chão e aproximou o rosto para encarar de perto a mulher que ele reconhecia tão bem os traços. Ouviu Barton e Romanoff perguntarem o que tinha de errado, mas as vozes soaram distantes.

As bochechas coradas, os lábios carnudos e vermelhos, o formato do rosto e o castanho avermelhado dos cabelos. Tão familiar para ele quanto o seu próprio rosto. Não havia um dia de sua vida em que não se lembrava daquelas feições. Se arrependia todas as vezes que lembrava do último momento em que viu os olhos dela com medo se afastarem dele e ele gritar eu vou te achar, eu vou te achar. Prometeu salvá-la e não tinha conseguido.

— Capitão, quem é ela? — Perguntou Barton com uma expressão extremamente séria e perturbada.

— Outro fantasma do meu passado. — Sussurrou Steve sem conseguir reconhecer a própria voz enquanto encarava o rosto dela.

— Steve da onde a conhece? — Natasha perguntou perdida.

— De 1942. — Respondeu o Capitão num sussurro, passou os dedos pelo cabelo da mulher. — Ela é Violet Stark.

Barton abriu a boca surpreso, mas não conseguiu dizer nada. Natasha se apoiou na beirada da cama levando um tempo para processar toda a informação.

E enquanto Steve encarava perplexo o rosto tão próximo do seu, os olhos de Violet se abriram.

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