Episódio 27
Eu preciso ir atrás dele! Usando meu poder, o sigo por toda a cidade. Pelo caminho, vejo que ele está me levando de volta para o viaduto. Paro assim que ele faz o mesmo. Estamos do mesmo local de antes, do início do conflito de hoje
—olha que bela rua—ele a olha, sua voz não está demoníaca está a de um ser humano normal e descente—desértica e extensa, aqui poderemos visitar o passado. Está pronto herói?
—para que?
—você verá—apontando sua mão com o punho fechado para frente, evidenciando um anel com um raio, dali, dispara uma roupa amarela. O meu inimigo a pega sumindo nos raios vermelhos em círculos, ele surge vestindo o seu trage—hora de correr!—ele parte em linha reta na sua alta velocidade
—Barry!—surge Patty e atrás meus amigos
—Patty!—ela acaba por me abraçar
—eu tenho que pegar ele!
—você vai. Só queria ver se você estava bem, o seu sinal foi bloqueado por um tempo
—eu estou bem, obrigado
—pega ele, Barry! Eu sei que você consegue, você é o Flash—sorrindo, ela caba por me roubar um beijo rápido—eu te amo! Agora corre, Barry, corre!
Saio em disparada atrás do meu inimigo correndo o mais rápido possível e finalmente o encontrando. O agarro, iniciando uma luta enquanto corremos. Acertando golpes um no outro, arremessando o corpo um do outro contra carros e paredes. As linhas de nossos raios percorrem por todo local que passamos, percebo as pessoas assustadas e sendo pegas de surpresa
—vamos ver o quão rápido você é, herói. Corra, Barry, corra!—debochando ele me acerta um soco que me faz perder um pouco a velocidade
Acabo recuperando o meu auto controle. Ele está mais rápido! Não consigo alcança-lo
—vamos, herói! Hahah!—ele assume uma velocidade fora do normal, até para mim, sumindo da minha visão
Não, não, não! Ele é mais rápido! Começo a desacelerar cansando e perdendo a força de vontade. Fecho meus olhos buscando a força de aceleração dentro de mim. Por favor!
"O que você se tornou, é incrível, um milagre até"
"Você, é o maior tesouro que eu tenho na minha vida, meu filho. Sempre vou amá-lo. Sempre vou estar com você. Posso não estar presente, mas sempre vou estar com você"
"Eu te amo"
"Corre, Barry, corre!"
Abro meus olhos, sinto a força de aceleração percorrendo meu corpo... A minha alma
"Você é o Flash!"
—eu sou, o Flash!
Movimentando as minhas pernas mais rápido do que antes, mais rápido do que nunca, corro em disparada. Sinto e ouço a explosão no vendo e os vidros dos veículos explodindo, se estilhaçando e seus alarmes disparando. Correndo na Auta velocidade, alcanço o Flash Reverso. Ele está a poucos metros de mim. Continuamos correndo como raios percorrendo uma tempestade no meio do oceano
—isso, herói! Prove que é o mais rápido!
Quando mais ele fala, mais acelero minha velocidade. Quase o alcançando, na minha visão, vejo lá na frente um buraco de minhoca surgir
—o que?
—me pegue, se puder!
Ele acelera e entra para dentro do buraco de minhoca. Sem poder desacelerar e querendo pegá-lo, o sigo para lá. Quando entro, vejo várias visões, como fragmentos de imagens. Vejo imagens minhas que nunca vivi, outras que estão frescas na minha memória, como o dia da morte da minha mãe. Em um dos fragmentos, vejo uma estátua minha, dourada, em frente a um S.T.A.R lebs modificado, vejo o letreiro do nome: "Museu do Flash". Eu... Tenho um museu?
Continuo correndo, é um vasto túnel azulado repleto de raios e luzes rápidas com esses fragmentos de imagens. Num próximo vejo uma grande estrutura, como um salão. Na entrada o nome que está escrito é Sala da Jus... De repente uma criatura parecendo uma fantasma passa voando querendo me atacar, gritando, seu corpo todo esquelético e preto, com fumaça negra saindo de seu corpo. A criatura não me acerta pois desvio e passa direto. Quando olho de novo para a frente, uma saída se abre e atravesso. Meu corpo caí indo de encontro ao chão de um asfalto
—auuu!!—nunca vou me acostumar com isso
Caído no chão, vejo uns pés à minha frente. Me levanto e percebo de quem eles são
—onde estamos?—pergunto ao Flash Reverso enquanto olho ao redor
—não reconhece? É a rua da sua casa—como odeio a voz demoníaca dele
Começo a pensar em tudo que foi me revelado, e pensando na passagem do buraco de minhoca, lanço a pergunta:
—em que dia e ano estamos?—consigo ver um sorriso no seu rosto, mesmo que ele esteja vibrando
—estamos no dia 18 de março... De 1999—um calafrio me percorre com essa frase e minhas pernas tremem quase desfalecendo—o fatídico dia em que Nora Allan morreu. O dia, que sua mãe morreu—minha respiração se acelera e fica falha. Meu corpo todo teme
—por que me trouxe aqui?!—pergunto alterado e tremendo
—para viver o passado e concluir o que está escrito na linha do tempo
—o que?—fico sem entender
—sua mãe ainda está viva, por enquanto—o olho e ele direciona seu olhar pra mim, com seus olhos vermelhos—mas isso está prestes a mudar—o vejo correr seguindo a rua para ir até a minha casa
—não!—corro o perseguindo
Quando chegamos perto da minha casa, ele ataca me derrubando no chão
—ahh!
—olhe—ele indica as luzes do meu quarto se apagando. É a hora que minha mãe termina de ler a história para mim—ela está indo para a sala, terminar de ler seu livrinho enquanto seu pai vai para a cama. Bom, já sabe o que irá acontecer, né?
—n-não!
—sim!—ele corre para ir até a minha casa e eu o persigo
Quando entramos começamos a trocar golpes pela sala. O acerto um soco que o lança para o teto mas ele se apoia nos seus pé e pernas e se impulsa me acertando um soco de direita. Começamos a correr por toda a sala, pelo teto e paredes, trocando golpes, formando uma bola de raios vermelhos e azuis em volta da minha mãe. É exatamente como eu vi naquela noite! O tempo ao nosso redor fica em camara lenta ainda na nossa luta que se intensifica cada vez mais
—se eu não vou poder matar a sua mãe, eu vou matar você! Te apagando da realidade!—ele se irrita e agora, seu alvo é eu em versão criança
—nããoo!!
Conforme corremos e lutamos, consigo ouvir os diálogos que troquei com a minha mãe naquela noite
—Barry!! Corre filho!! Corre!!
—mãe!! O que tá acontecendo?!
—Barry!!
—pai!
—Barry sai daqui, corre filho!!
—pai, mas a mamãe!!— Flash Reverso começa a ir na direção do Barry criança
—filho, corre!—ouço meu pai falando para minha versão criança
Atropelo o meu inimigo e agarro a minha versão criança o lavando para o mais longe possível dali, impedindo que eu seja apagado da linha do tempo
POV Flash Reverso
Golpeio o Henry Allan, pai do Barry. Quando o Barry vai embora, é tudo o que eu queria. Paro de correr e vejo Nora Allan chorando assustada. Quando ela me vê, se assusta, com certeza com meus olhos vermelhos e corpo vibrante. Não posso negar que isso me faz achar graça. Vejo uma faca de cozinha em cima da mesa de jantar, a pego e a Nora começa a chorar mais ainda conforme me aproximo lentamente
—não, por favor! Eu te imploro!—ela faz o que pede, implora com a mão estica na frente chorando desesperada—não me tire do meu filho!—não digo nada e levanto a minha mão com a faca, para finalmente, concretizar aquilo escrito na linha do tempo. Impulso a mão indo até o peito dela, no lugar do coração—nããooo!!—cravo a faca no seu coração, a vejo paralisar enquanto lágrimas escorrem pelo seu rosto e seu corpo cair indo para chão, escorregando pela faça
Largo a faca no chão e saiu em Auta velocidade da casa, deixando Nora agonizando até a morte
POV Flash
Depois de afastar o bastante minha versão criança, sigo o mais rápido que consigo de volta para casa. Não, não, não, eu preciso ser mais rápido! Quando chego na porta de casa, meu mundo... Meu mundo se destrói, mais uma vez... Vejo seu corpo, agonizando no chão e meu pai golpeado inconsciente. Corro até ela pegando sua mão, ela se surpreende comigo me estranhando
—tá tudo bem, tudo bem, vai ficar tudo bem—digo para tranquiliza-la
—por favor... Meu marido e meu filho, estão bem?—é bom ouvir sua voz, mas nesse momento, isso me quebra
—sim, sim, eles estão bem. Eles estão seguros, eu prometo—ela relaxa um pouco e se tranquiliza
—q-quem... Quem é você?—ela olha atentamente em mim
—eu sou...—dou uma parada. Sinto lágrimas se aglomerando em meus olhos—... Eu sou o Flash—digo segurando suas mãos
—e-eu... Eu não estou entendendo—ela fala enquanto já sinto lágrimas descendo de meus olhos
Abaixando a cabeça decidindo se faço isso... Eu vou. Já sinto meus olhos liberando algumas lágrimas. Solto suas mãos, levo as minhas até a minha máscara e a retiro, deixando ao nosso lado
—você... Você se parece com meu pai...—acabo soltando um riso por sua fala
—eu... Eu sei que isso não vai fazer nenhum sentido...—meu olhar se vai para o chão mas volta para ela—... Mas sou eu, mãe. O seu filho
—ah, Barry...!
—o seu Barry—um sorriso nos seus lábios surge mesmo ainda estando no final do fio da vida, e isso me contagia, mesmo meus olhos transbordando
—meu filho querido—ela pousa suas mãos nos lados de meu rosto e caiu em lágrimas enquanto seus olhos também se iluminam
—eu acabei tendo uma segunda chance, de vim aqui e te dizer—acabo chorando mais ainda—que eu vou ficar bem. Eu e meu pai estamos bem...—ela acena com um curto sorriso de canto com lágrima escorrendo pelo seu rosto—... E que te amamos... Eu te amo, mãe!—falo as palavras que eu tanto queria, sentindo sua mão em contato com a pele do meu rosto, deixo cair mais lágrimas
—eu também te amo, meu filho. Meu filho querido—vejo umas poucas lágrimas escorrem de seus olhos—adeus, meu filho... Adeus, Barry...—virando seu rosto pro outro lado, escuto o último respiro de vida dela e o brilho que se destacava tão radiante, se apagando
—mãe... Mãe...—vejo... Que ela já não mais pode me responder—... Mãe...—deposito a minha cabeça no seu ombro soluçando e chorando, não me segurando, deixando todas as lágrimas saírem agarrado ao corpo dela...
[...]
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