Episódio 11
POV Cisco
Termino de preparar a refeição da Caitlin e com uma bandeja, levo para ela. Quando entro a vejo olhando para a parede, quando me nota dá um sorriso debochado. Boto sua comida através de um compartimento sem arriscar que ela fuja. Ela recebe a comida e começa a comer
—valeu—ela sorri debochando, mais uma vez
Fico a observando, tenho certeza que minha amiga ainda está ali, em algum lugar de baixo de todo esse "gelo"
—que foi?!—ela para de comer e me traz de volta a realidade—não é legal ficar olhando as pessoas enquanto elas comem—ela fala de boca cheia
—como foi que você assumiu o corpo da Caitlin?—pergunto de braços cruzados
Ela sorri e deixa o prato no chão ao seu lado
—eu sempre estive dentro da Caitlin. Desde pequena. Quando ela nasceu, eu nasci
—então como assumiu o controle?
—quando o acelerador explodiu, a energia que emanou dela, explicando de uma forma simples, me acordou. A Caitlin acabou dormindo e eu assumindo o controle—ela ri—ai, não sabe quando merda eu fiz com o corpo dela. Matei, roubei, fiz parte de um grupo suicida, matei de novo. É, eu gosto de matar—ela ri e volta a comer
—vou arranjar um jeito de trazer a Caitlin de volta. E você deixará de existir—ela engole a comida e volta a me olhar
—to morrendo de medo—ele ri mais uma vez
Aperto o botão que faz com que a porta revestida de aço dessa. Enquanto ela dá um tchauzinho com a mão debochando
Volto meu caminho em direção a sala central
POV Shophia
Estou no laboratório de pronto Socorros examinando amostras de metas humanos. Essa última semana todo dia pareceu 3 ou 5, ou até pessoas com tecnologias modificadas, é, Central City não é mais a mesma. Quando levo minha mão em direção ao equipamento que preciso ela encosta no quadro com a foto da...
Faby. Minha expressão muda rapidamente com a lembrança dela. Pego o quadro e retiro a foto, paço meus dedos sobre a foto, meus olhos brilham cheios de lágrimas. Passo meus dedos sobre a foto lembrando de nossos momentos juntas
Sinto o Cisco entrando na sala e rapidamente limpo as lágrimas involuntárias que desceram pelo meu rosto. Ele percebe a foto em minhas mãos e coloca sua sobre meu ombro
—sei que não mudará nada e que ela não voltará, mas sinto muito—ainda lembro da notícia que recebi quando ela foi encontrada... Morta, quando o acelerador explodiu. Mas também lembro de nossos momentos felizes. Como no dia em que ela me pediu em namoro e aceitei sem exitar, pois eu a amo. Nunca mais me relacionei com ninguém depois dela—quer um abraço?!—Cisco me traz de volta a realidade com os braços abertos
—quero!—sorrio e limpo minhas lágrimas e o abraço. Um abraço de amizade sincero e caloroso
Ele faz carinho com as mãos nas minhas costas e repouso minha cabeça em seu ombro
—bom, vamos voltar ao trabalho!—saio do abraço limpando as poucas lágrimas no meu rosto
Percebo que Cisco também derramava lágrimas
—você tá chorando?!—pergunto rindo
—é claro que não! Só caiu um cisco no meu olho
—háháhá, aham sei. Bom, vamos voltar ao trabalho
—sim, vamos!
POV Barry
Mais um dia visitando meu pai, não estou reclamando, longe disso mas, com certeza preferia mil vezes ve-lo fora desse lugar e inocentado. Eu sei que ele não matou minha mãe
—oi filho—o vejo se sentar e pegar o telefone para falarmos
—oi pai—sorrio o vendo. Sempre irei me encher de alegria em ve-lo
—como você está campeão?
—bom, eu estou bem. A última semana foi digamos, rápida e muito emocionante.
—que bom, campeão. Fico feliz em saber que está seguindo em frente
—mas nunca irei seguir, sem você. Um dia você vai sair daí, e vamos recuperar o tempo perdido
—Barry eu...
—não pai! Você sabe que eu nunca vou seguir em frente sem você. Enquanto você estiver aqui, nunca te abandonarei. Eu te amo pai!
—também te amo, filho
XXX
—mais um?—ouço a voz da Patty quando chego na delegacia e a vejo sendo informada por um policial com Joe ao seu lado
—mais um o que?—quando retornei para a delegacia, a escuridão da noite se expandia pelo céu
—ah olá, Barry. Como seu pai está?—Patty me dá atenção enquanto o policial se afasta e o Joe se encosta na parede
—foi ótimo. Sempre é bom ver meu pai—falo com as mãos na cintura
Ela sorri
—que bom! Eu gosto bastante dele. Acredito que ele é inocente—ela coloca a pasta de informações debaixo dos braços
—você foi uns dos poucos que acreditou em mim, quando eu contei o que aconteceu naquela noite—falo ao lembrar desses momentos
—Barry... Sempre irei acreditar em você. E hoje em dia, o mundo mudou muito! Podemos esperar qualquer coisa
—sim!—sorrio. Nossos olhos se concentram um no outro, com sorriso no rosto de ambos
—cof cof—Joe tosse e nosso olhar se quebra
—a-ah b-bom hã... Sobre o que você falava quando cheguei?—pergunto me ajeitando
Ela cossa a nunca e abre a pasta em suas mãos
—bom, avistamos outro velocista na cidade—ela informa
—como?!—me impressiono ao saber disso
—as câmeras da cidade fotografaram um raio vermelho passando pelas ruas que o flash passou minutos antes. No início do raio vermelho, avistamos uma mancha amarela borrada. Ele me lembra do que você me contou que aconteceu naquela noite. Aqui, veja—ela se aproxima e me mostra a imagem. Esse borrão esses raios vermelhos, a única coisa que minha mente liga isso é ao homem de amarelo da minha infância—Barry, você está bem?
—que?
—você ficou pálido de repente—ela bota a mão no meu ombro
—ah eu... Eu tô bem
—tem certeza? Não devia ter mostrado eu...
—não! Eu tô bem, tá tudo bem!
—ok, então. Desculpe mesmo. Bom eu vou ver o capitão. Vamos ver um jeito de encontrar esse velocista
—ok—ela se retira
—Barry—Joe se aproxima de mim
—o que?
—eu sei que aquela mancha na foto... É o homem que você viu naquela noite. Desculpe não ter acreditado em você, filho. Eu devia ter acreditado em você, eu fui um péssimo pa...
—ta-tá tudo bem, Joe. Naquela época, o mundo ainda era normal—sorrio e o abraço com uns tapinhas nas costas
—bom, agora eu vou ver se ajudo a Patty e o Capitão—ele se retira com um aceno com a cabeça
O homem de roupa amarela...
"Roupa amarela... Olhos vermelhos... Raios vermelhos..."
Nunca esquecerei ele. Talvez a chance que eu esperei a vida inteira, esteja próxima
Subo para o laboratório da delegacia. Quando chego, descubro o quadro que tem todas as pistas, informações que reúne durante esses anos. Tudo que eu seguia terminava em nada, nunca consegui encontrar uma pista desse homem
Me apoio na mesa perto da janela, e começo a pensar nos últimos acontecimento
Percebo pela janela que o céu começa a trovejar. Espero que nenhum acelerador exploda. Tudo que aconteceu na minha vida ultimamente foi bem rápido, seres com poderes estão aparecendo todo dia, e também tem a volta da Patty, eu acho que ela... Não sei, acho que ela ainda mexe comigo
Percebo mais um raio pelo céu que ilumina o prédio a frente, meus olhos são dirigidos a ele e me deparo com... Um ser de roupa amarela me olhando...
É ele!
Ele não movimenta nenhum músculo, ele continua me encarando, como se enxergasse a minha alma. Um arrepio percorreu por todo meu corpo com seu olhar
Eu o encaro e vejo raios vermelhos ao redor do seu corpo, e o vejo correr caminhando pela lateral do prédio e seguindo pelas ruas da cidade. Não vou deixá-lo escapar! Com a minha velocidade corro saindo da delegacia, e começo a seguir o raio vermelho, hoje eu faço justifiça!
POV Patty
—Barry, eu vim ver se você quer...—paro de falar assim que vejo que ele sumiu—onde ele foi?—percebo raios azuis no reflexo do vidro da janela. Me aproximo da janela, e vejo um raio azul correndo atrás de outro vermelho. Deve ser o Flash e o novo velocista
Desço do segundo andar e vou até uma colega que está ocupada com o computador
—tenente—a chamo
—sim, detetive?—ela me dá atenção
—preciso que calcule o destino mais provável pela rua Staly de se chegar—a peço com uma mão na cintura
—ok. Me dê um minuto... Pronto! O destino mais provável é o Ginásio de Central City
—ok. Obrigada. Quero que mandem polícias para lá e...
—senhora, nossos policiais estão todos tentando conter um protesto no outro lado da cidade—ela informa
—ah, raios! Preciso que quando tiver qualquer policial disponível, mande para lá. Informe eles que é incidente com meta humanos velocistas! Eu vou sozinha por enquanto—começo a me retirar para ir pro meu carro
Quando entro no mesmo, o ligo e piso no acelerador indo em direção ao ginásio
POV Barry
Conforme o sigo ele me leva em direção ao ginásio. Quando entro no mesmo o vejo no gramado me olhando, com os olhos vermelhos brilhantes, corro em direção dele parando a poucos metros dele, o encarando com ódio nos olhos e serrando meus punhos de raiva. Eu o odeio, com todas minhas forças!
—você! Foi você que eu vi naquela noite! Por que?! Por que matou minha mãe?!—exijo a resposta que busquei por quinze anos
—por que?—sua voz é grossa e demoníaca, essa voz não pode ser de humano. Sinto um arrepio percorrer meu corpo—isso você terá que descobrir, Flash!—ele fala calmamente
—quem é você?!—é a pergunta que lanço
—alguns me chamam de reverso...
... Flash Reverso.
[...]
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