2. Meu melhor amigo
Algumas pessoas que passavam por mim me encaravam como se eu fosse loca. Eu tinha um sorriso bobo no rosto e uma flor cheia de vida em mãos, que chamava a atenção de quem passasse na rua. Aquele garoto havia feito meu dia, e eu nem sequer sabia seu nome. Eu sentia que precisava encontrá-lo de novo. Eu queria ver seus olhos castanhos clarearem com a luz do sol, que às vezes aparecia entre uma nuvem e outra. Queria observar seu sorriso intimidador, que me fazia querer sorrir também. O moreno havia conseguido ocupar minha mente de uma forma inexplicável. O caminho para casa nunca havia sido tão rápido quanto naquele dia.
Depois de entrar no meu quarto, coloquei a flor em um vaso com um pouco de água e usei de decoração para o meu criado-mudo. Havia deixado meu quarto com um toque romântico, e eu confesso que tinha amado.
Me olhei no espelho, que tinha em meu armário, e pude ver as olheiras sobre qual Beth comentou comigo mais cedo. Ela estava certa. A verdade era que eu estava cansada e havia deixado minha vida cair na mesmice. Acordar, trabalhar, voltar para casa e dormir. Nos fins de semana eu não trabalhava, mas ainda assim meu dia não era muito diferente dos outros. Eu precisava sair da minha rotina massacrante o mais rápido possível.
Liguei para Niall, meu melhor amigo, e pedi para que ele viesse para minha casa. Ele me ajudaria a melhorar meu humor e talvez arrumasse alguma solução para os meus problemas. Em menos de meia hora ele já estava na minha porta.
— Estava com saudades, não é? — Niall perguntou, me apertando em um abraço.
— Talvez um pouco. — confessei sorrindo timidamente ainda presa em seu abraço.
— Você estava querendo conversar sobre alguma coisa específica? — enfim me soltou.
— Eu não sei. Só precisava de uma companhia. Esse apartamento pode ser bem solitário às vezes. — falei olhando ao redor do lugar.
— Se você deixar eu chamar meus amigos para cá isso aqui anima rapidinho. — Niall sugeriu animado, esfregando suas mãos uma na outra.
— Ah, não. Você só tem amigo chato. O único que salva é o Harry. Ele é um amorzinho, e o único que me trata bem. — eu disse relembrando.
— Tira o olho, menina, ele está comprometido. — falou com uma voz afetada.
— E quem é a sortuda? — eu quis saber.
— Sortudo. — me corrigiu. — Ele está pegando um tal de Louis Tom... Tomate, sei lá. — falou incerto.
— Louis Tomlinson? Ele já estudou comigo uma vez. — comentei.
— Esse mesmo.
Fomos até meu quarto e me joguei na cama fechando os olhos logo em seguida de cansaço.
— Isso é uma flor? — Niall perguntou olhando para o vaso com os olhos cerrados, e eu assenti. — Comprou por quê?
— Não passou pela sua cabeça que eu posso ter simplesmente ganhado uma flor de presente? — eu ri.
— Não. Pessoas encalhadas recebem flores? — Niall questionou, fazendo cara de sonso.
— Seu ridículo! — fiquei com raiva jogando um travesseiro acertando bem no meio de seu rosto.
— Doeu, sua agressiva. — ele disse massageando seu rosto que tinha uma coloração vermelha causada pelo impacto do travesseiro.
— Eu não sou encalhada só porque eu não vivo pegando gente que nem você. E para a sua informação, eu não comprei essa flor, eu ganhei. — falei convencida.
— De quem? — cruzou os braços.
— Eu não sei o nome dele. — ri sem humor.
— Você já chegou nesse ponto, foi? Marcando gol sem nem saber quem é o adversário. — comentou.
— Não fala besteira, Niall. É que eu conheci ele hoje. — tentei me explicar.
— Você conheceu um cara hoje e ele te deu uma flor? Em que século ele vive? Você tem que arrumar um namorado mais atual, alguém tipo o... Liam, por exemplo. — sugeriu.
— Cruzes, nunca. Não sei como você consegue ser amigo daquela coisa. — fiz cara de nojo.
— Não é o que as mulheres acham dele. — maliciou.
— Acho que sou homem então. — brinquei e Niall revirou os olhos. — Mas falando sério agora, eu preciso sair, fazer alguma coisa que não seja trabalhar. — suspirei.
— Esse sábado vai se reunir um pessoal lá na casa do Louis, Harry que me chamou. Eu posso perguntar se posso te levar.
— Ah, que bom. Obrigadinha. — abracei ele, agradecendo.
— E se prepara porque vai ter muita bebida. — Niall disse com um sorriso enorme no rosto.
— Só vou beber só um pouco.
— Está falando isso agora, mas quando chegar lá vai encher a cara. — ele disse, me deixando incrédula.
— Mentira! — exclamei, e ele gargalhou.
Niall não ficou muito e logo foi embora. Infelizmente, nós dois tínhamos que acordar cedo para trabalhar. Eu sentia saudades da época que só tínhamos a escola para nos preocuparmos. Sentia saudades dos amigos, da bagunça, das brigas, das fofocas, das nossas saídas. Infelizmente, depois que o último ano acabou me afastei de tantas pessoas que até perdi a conta. Mas a pessoa com quem eu realmente podia contar era Niall. Ele era muito mais que um melhor amigo para mim e eu confia nele como ninguém. A amizade das nossas famílias foi o que fez com que estivéssemos sempre juntos, e eu era muito agradecida por elas terem nos aproximado.
Mesmo tendo tudo o que eu queria, eu ainda sentia que alguma coisa faltava para completar minha felicidade. E eu pretendia encontrar esta coisa.
N: Prometo animar mais as coisas nos próximos capítulos, mto obg por cada um dos comentários e votos, já amo mto vcsss sz
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