4.
Acordei no sofá assustada só então percebi que tinha pegado no sono nele e não tinha me dado conta.
Fui em direção ao quarto e deitei na minha cama, o relógio marcavam meia noite em ponto e eu decidi ir tomar banho.
Estava no meio no banho quando a luz acaba.
- Merda ! - exclamei.
Sai do banho com o roupão, coloquei a calcinha e fui atrás de uma vela pra acender, mas não tinha nenhuma vela e nem gerador nesse andar, peguei meu celular e fui iluminando o caminho até chegar na porta e abrir ela.
O corredor estava escuro e frio, me encolhi e bati na porta do meu vizinho esperando que ele tivesse velas.
Nada.
Tentei abrir a porta e ela estava aberta, entrei em seu apartamento e ele estava com velas acesas na sala.
Era parecido com o meu, mas o dele tinha um ar mais antigo, seus móveis eram de madeira rústica, as paredes era um tom vermelho vinho, os quadros pendurados mostravam pinturas incrivelmente perturbadoras mas ainda assim bonitas.
Será que ele estava em casa ?
Ouvi uns barulhos abafados quase inaudíveis de um grito feminino e batidas. Tentei ouvir com atenção de onde vinham aqueles sons, segui com cuidado porque não queria que ele me pegasse aqui.
Estava sendo invasiva e mal educada por estar entrando dessa forma no apartamento de um desconhecido, mas a curiosidade sempre falou mais alto em mim.
Segui até o que parecia ser um quarto, abri e porta devagar mas estava vazio, entrei e os sons sessaram.
Fiquei observando em volta e tudo era antigo que me chamou muito a atenção, então ele gostava dessas coisas, sorri vendo o bom gosto.
Meus olhos pousaram em um lugar no canto do quarto, uma porta atrás da cortina que estava um pouco descoberta. Era um sótão ?
Meu apartamento não tinha isso.
Subi as escadas devagar, o ambiente ainda estava iluminado por velas que facilitou minha visão.
Subi até chegar no último degrau que rangeu quando olhei o espaço de cima completamente amplo mas esquisito,
Havia umas ferramentas estranhas, uma cadeira e o mais bizarro de tudo.
O meu vizinho de costas.
Assim que ele ouviu o barulho virou a cabeça e me encarou com... Com... Aqueles olhos completamente negros.
Havia uma mulher sentada na cadeira amarrada e ensanguentada.
- Mas o que ...? O que ... - Não consegui falar, desci os degraus correndo pra chegar até a saída mas assim que sai da porta do quarto dei um grito ao dar de cara com ele parado na minha frente com aqueles olhos cobertos pela escuridão.
- Ora, Ora... O que temos aqui ? - disse passando a mão no meu rosto - Você é curiosa não é bebê ? - sorriu com diversão em seus lábios.
Eu estava estática, não sabia o que fazer. Minhas pernas estavam fraquejando e eu senti que a qualquer hora poderia cair sobre elas.
- V-voce ... O que você fez ? Quem é você ? - falei com medo na voz.
- Você não deveria estar aqui não acha ? - me analisou de cima a baixo com aquele roupão.
Senti seus olhos me queimarem por baixo da roupa o que me fez dar uma passos pra trás.
- Está com medo ? - perguntou com seus olhos no verde esmeralda saltitando.
Não respondi.
Ele se aproximou mais e mais de mim até me colar na parede ao lado da porta que dava pra aquele quarto horrível .
- Responda meu amor - ele disse colocando a mão por dentro do meu roupão e apertando minha coxa com força - Está com medo ? - ele gritou agora seus olhos voltando ao preto assustador.
- S-sim - comecei a chorar, lágrimas quentes caiam dos meus olhos me impossibilitando de ter uma visão clara.
- Me deixe ir embora - solucei - por favor - disse.
- Ah, mas agora ? - fez uma cara de tristeza - Agora que a brincadeira vai começar ?
- Porque está fazendo isso ? - disse - Você é um cara legal Harry - tentei convence- lo do que ele sabia que era mentira.
- Sou um cara legal ? Você nem me conhece - levantou um canivete como no meu sonho - Regra número um de morar sozinho - Enfiou na minha perna - Nunca convide um estranho pra jantar com você.
Gritei de dor e desespero, o que era pra ser uma mudança maravilhosa está sendo um pesadelo.
Eu quero acordar.
- Não é um pesadelo baby, é real, e eu - disse apontando pra si - Serei sua pior agonia - sorriu maldoso.
- Porque está fazendo isso ? - perguntei em prantos.
- Porque eu gosto ! Amo ver as pessoas sofrer como você está sofrendo - sorriu se afastando.
- Você é um monstro - cuspi.
- Tem razão, eu sou - falou - E adoro ser um.
Ele pegou pelo meu braço e me jogou dentro do quarto, amarrou meus braços e minhas pernas na cama e disse:
- Fique ai, depois que terminar meu serviço com aquela vadia - apontou pra cima - resolvo com você querida.
Saiu do quarto me deixando lá a ouvir todos os gritos de dor e desespero daquela mulher, a cada grito dado era uma lágrima de pavor que descia dos meus olhos.
Não queria acabar como ela. Não queria morrer pelas mãos de um psicopata.
Não ouvi mais nada. Ele a matou.
Seus passos descendo as escadas me desesperaram, minha boca estava presa com um pano e nada que eu fizesse ia me soltar daqueles nós fortes que ele deu.
Assim que desceu ele me olhou com luxúria e passou direto, depois de alguns minutos ouvi barulho de água caindo.
Ele devia está tomando banho.
Depois de um tempo ele voltou ao meu quarto de calça e regata preta, suas tatuagens no braço me davam falshes do meu sonho que agora eu tinha quase certeza que foi real.
Eu... Eu dormir com esse ser ?
Minha cara de espanto fez ele rir.
- Descobrindo algo que queira me contar ? - falou tirando o pano da minha boca.
- V-voce me ... Você - não consegui terminar de falar, estava horrorizada pelo que aconteceu de fato.
- Tecnicamente não - ele passou a mão no meu rosto descendo pela pequena abertura do meu roupão - Você quis também.
- Não, você... Você é nojento - disse com repugnância.
- Não foi isso que pareceu quando eu estava entre suas pernas - desceu a mão até minha intimidade - Sabe, o sexo assim é bem mais excitante - disse me massageando por cima do tecido da minha calcinha.
- Não me toca seu monstro - gritei.
- Ah linda amber price, você não sabe com quem está lidando não é ? - sorriu.
Sorriso da perdição.
Chorei mais com medo do que ele podia fazer comigo. Eu odiava ele mas me odiava mais por ter convidado ele pra entrar na minha casa, por ter confiado nele, e ainda mais por ter gostado dele me tocar.
Merda !
- O que você quer de mim ? - chorei.
- Dor, sofrimento, desespero - disse sério - Esse cheiro de terror que emana de você, me fortalece - abriu os olhos e pude ver os olhos negros dele me penetrando.
- Você é irresistível não vou negar - encarou meu corpo - Desde o dia que a vi chegando aqui sabia que eu faria você ser minha, mas você só adiantou as coisas - sorriu pelo nariz.
- Você me espionou ? - perguntei incrédula sabendo que não podia esperar nada mais dele.
- Sim, o tempo todo. - percorreu meu corpo com suas mãos.
Ele desfez o nó do meu roupão e me deixou exposta pra ele, o pânico me consumiu e chorei descontroladamente.
- Ah qual é ! Já fizemos isso uma vez, não lembra ? - falou.
- Para por favor ! - disse chorando.
- Esqueceu do quanto anseia meu toque ? - disse com a cabeça entre as minhas pernas, senti sua respiração quente na minha intimidade.
Ele rasgou a minha calcinha e tentei me encolher mas meus braços e pernas estavam amarrados a cama de ferro antiga.
Sua língua passou pelo meu clitóris e senti um frio na barriga, não queria aquilo, não queria ! Ele é um monstro desumano sem coração, não posso sucumbir aos seus toques mesmo que quisesse.
- E-eu não quero ! - gritei.
Ele aumentou os movimentos com a língua e penetrou dois dedos em mim,foi bom, a sensação de estar amarrada com ele no comando me deu uma ponta de prazer, mas era só me lembrar da cena dele fazendo mal aquela mulher que a vontade ia embora.
- Sentiu falta disso ? - seus movimentos com a boca e com a mão aceleraram me fazendo ter um mix de sensação e sentimentos.
Prazer, raiva, dor, êxtase, tristeza, luxúria, medo. Não sabia o que estava acontecendo só sei que cheguei ao ápice sem ao menos perceber.
Ele tirou os dedos e chupou os dois me deixando completamente com vergonha e excitada.
Como podia ser tão perverso e sedutor ao mesmo tempo ?
Que droga !
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