Amber

Ele piscou algumas vezes tentando entender o que eu tinha acabado de perguntar pra ele.

Seu peito subia e descia rapidamente, tudo que eu conseguia pensar era na minha imprudência de perguntar isso, e esperar uma resposta positiva vindo de uma pessoa como ele.

— Foi o que pensei – disse rindo ligeiramente decepcionada.

— Eu... Já estou indo então, não tenho motivos pra ficar aqui ou pra esperar algo de um ser como você.

— Você é exatamente igual a mim Amber, você é um demônio – seu tom era sério.

Me afastei dele e tentei me recompor, eu era um ser demoníaco, mas não precisava ser como ele.

— Eu não sou como você – disse com nojo – Eu sou bem diferente do idiota que você é, eu me importo com minha família e amigos, aprendi a amar meu filho e a amar vo... – Parei e o olhei.

Ele me encarava e sua expressão era neutra, tudo que eu queria era poder ficar bem com ele.

— Me amar, certo ? – ele riu.

— Você aprendeu a me amar – ele riu e virou de costas pra mim.

— Eu.. – respirei fundo e soltei o ar – Eu, é Harry... Eu t... – Não consegui concluir.

— E porque ? Porque você me ama ? Eu sempre te machuquei, te ofendi, te agredi, te torturei, e você vira e diz que me ama Amber, como... – ele esfregou os olhos – Como ?

— Eu não sei, eu só... Eu não quero ficar longe de você mesmo sabendo que o melhor a se fazer, é manter distância.

—  É o melhor a se fazer Amber.

Suas palavras foram duras e frias, mas clara.
Ele estava dando um ponto final no sentimento que acabei de confessar.

— Tudo bem, então não sente nada por mim.

Ele ficou em silêncio.

— Pode ir e por favor, não volte.

Uma lágrima surgiu no canto dos meus olhos, fui em direção a porta e abri ela olhando um última vez pro Harry na sala.

— Fala pra ele que se ele precisar de mim, eu estarei pronta pra ajudá-lo.

— Ele não vai precisar, ele tem a mim e isso é o suficiente.

— Ok.

Fechei a porta atrás de mim e fui em direção ao elevador, encontrei Liam com a cara mais tensa de todas que rapidamente disse:

— Ele está aí ?

— Está – sorri – Vai precisar ser mais esperto da próxima vez.

— Ainda bem.

— Tchau Liam – disse apertando o botão do elevador.

— Já vai ? Achei que você e o Harry tinha feito as pazes.

— O Harry foi criado pra ser sozinho.

Entrei no elevador e antes dele se fechar, eu falei pra ele cuidar bem do Andrew.

Iria voltar pra Londres, ter vindo aqui foi inútil, ao menos recebi o perdão do meu filho.

Harry

Já fazia alguns minutos que ela tinha saído, eu continuava parado na sala tentando digerir suas palavras proferidas claramente dizendo que me amava.

Ela tinha dito isso.

— Porra ! – gritei.

Logo o Liam entrou pela porta assustado, ele me olhou e me analisou balançando a cabeça dizendo:

— Eu sugiro que vá atrás dela Harry.

— O que ? Da Amber ? – ri nervoso.

— De quem seria ? Quem é a pessoa que te deixa dessa forma, a não ser ela ? – ele bufou.

— Não posso.

— Porque não ?

— Ela disse que me ama – admiti – Eu não sei lidar com essa merda Liam.

— E você não a ama ? – ele riu – Fala sério Harry, amar é uma palavra forte, concordo, mas algum sentimento por ela você tem, e isso é óbvio.

— Eu... – ele estava certo – Eu quero que ela se foda.

— Ela vai mesmo, com outro cara que estava lá embaixo com ela.

— O que ?  – Perguntei.

— Se você não liga pra ela, não vai se importa dela foder com quem quiser.

— Você está mentindo.

— Eu sei, mas a sua reação é de quem se importa, então deixa de ser idiota e vai atrás dela logo – ele jogou o casaco no sofá – Antes dela voltar pro Zayn – ele riu.

— Já acabei com ele.

— Certeza ?

— Absoluta.

— Cadê o Garoto ?

— Lá em cima – respondi.

— Ótimo, então vai logo.

— Se você não fosse a única pessoa que eu confio, juro que te mataria agora por falar essas merdas pra mim.

— Tchau Harry.

Ele entrou no quarto e subiu as escadas me deixando sozinho na sala, eu estava perdido em meus pensamentos se deveria ir ou não.

{...}

Eu sei que estava sendo extremamente idiota por ir atrás dela, eu não sou assim, o que vou dizer a ela ? " Eu te amo amber" ?

Não, não. Eu não posso.

Cheguei na rua deserta, olhei pra direta e depois pra esquerda procurando algum sinal dela mas nada, andei naquela rua fria e gélida mas tudo que via eram ratos correndo em busca de restos.

— Cacete – chutei uma lata qualquer fazendo um barulho enorme ecoar por um beco em que passava.

Eu estava frustrado e nem sabia disso até me dar conta do sentimento que senti por não ter encontrado a amber.

Dei meia volta fazendo meu caminho pra casa, mas antes de chegar em frente ao prédio que morava, meu telefone tocou mostrando o número do Liam na tela.

— O que você quer Liam ?

— Papai ?

— Andrew ? Porque está com o telefone do Liam ?

— Eu peguei pra dizer que a mamãe está na estação de trem.

— Na estação – repeti – Moleque, você não tem que ficar se metendo nas minhas coisas – ri.

— Tá bom, me desculpe.

Ele desligou e eu ri, ele era tão esperto e inteligente que eu ficava fascinado com sua avidez.

Chegando na estação de trem, ela estava pouco movimentada, algumas pessoas esperavam o trem, outros eram funcionários trabalhando obrigatoriamente, e lá estava ela, afastada dos demais, em pé olhando pro nada.

Me aproximei dela e rapidamente ela pulou nos trilhos e correu em direção a escuridão.

O que ela estava fazendo ?

Ninguém tinha visto o acontecido então eu fui atrás dela, pulei e corri nos trilhos seguindo seu cheiro e seus passos rápidos.

— Amber ? – gritei.

Ela não me olhou, continuou correndo até entrar em um lugar que parecia estar abandonado.

Ela sumiu diante dos meus olhos, mas eu sabia exatamente onde ela estava.

Subi em um vagão abandonado, e lá estava ela, na escuridão.

— Você gostar de jogar, não é ? – disse me aproximando dela.

Meus passos estralando naquele chão foram altos, sua respiração era regular.

Ouvi um riso sair de seus lábios e quando ela se virou, vi sua roupa cheia de sangue e seus olhos negros como a noite me encarando.

— Você é má amber – sorri sabendo o que ela tinha feito.

Ela deu de ombros avançou em cima de mim.

— Você fez isso comigo Harry, porque ? – ela dizia entredentes querendo me bater.

Prendi seus pulsos com força, e num impulso a grudei na parede daquela vagão frio.

— Você fez isso consigo mesma, não me culpe pelos seus pecados – sorri sentindo cada um deles em seus olhos.

— Eu te odeio, porque veio atrás de mim ? Não pode me deixar em paz ?

Naquele momento veio a tona o real motivo de eu estar aqui, querer ela de volta.

Meus amores peço perdão pela demora, tive uns problemas pessoais ai haha mais a história já esta pronta pro final, prometo att ainda hoje se quiserem haha

Agradeço demais a compreensão e o carinho perguntando sobre a história haha muitoooo Obrigada, até mas 💕💕💕😍🌹💕🍬