36. Do you love me ?
Depois daquele momento intenso que Harry e eu tivemos, já estavamos vestidos e ele se encontrava sentado apoiado com suas mãos no joelho encarando o chão pensativo.
Eu não estava diferente, também estava sentada distante dele prestando atenção em cada movimento e expressão que ele fazia.
Minha cabeça estava um caos, e eu tenho certeza que ele deveria estar sentindo a confusão de meus pensamentos.
— Pode me dizer o que você quer de mim merda ? – ele disse alto fazendo eu me assustar.
— Como assim o que eu quero de você ?
— Você foi embora Amber, e não devia ter voltado.
— Você me mandou embora seu idiota – gritei me levantando.
— Não fiz mais do que o certo – cuspiu.
Ele se levantou e me deu as costas, mas eu fui atrás dele o puxando agressivamente.
— Você tá louca ?
Seus olhos pretos transparecia raiva e ódio, mas eu não tive medo dessa vez.
— Não me dê as costas Harry.
Ele soltou uma risada alta me encarando com deboche, sua mão foi a minha garganta e eu senti o local em chamas, Ele me levantou me deixando sem ar e sem forças, seu sorriso de satisfação fizeram meus olhos explodirem em ódio.
— Solta ela papai – a voz do menino ecoou no corredor fazendo eu e o Harry encara-lo.
Ele estava tão grande, seus olhos verdes e seus cabelos loiros fizerem eu me perder em sua feição angelical.
Harry riu e voltou a me olhar.
— Andrew, saia daqui agora.
— Não vou sair, solta ela.
Seus olhos foram ficando vermelhos e seu rosto começou a se transformar de angelical para diabólico e macabro, se fosse humana iria achar aquilo horrendo, mas nessa minha forma demoníaca, eu estava muito orgulhosa.
Ele era poderoso e era só uma criancinha.
Olhei pra Harry e tentei dar meu melhor olhar de misericórdia, eu sentia, lá no fundo, que o Harry tinha sentimentos por mim.
Harry sorriu e me soltou, cai no chão e logo senti uma mão pequena em meu ombro, quando olhei pro lado, vi aqueles olhos grandes e verdes me encarando, ele mantinha uma expressão neutra em seu rosto o que me fez lembrar de tudo de ruim que eu fiz.
Ele sorriu pra mim e uma lágrima escapou dos meus olhos.
— Oi – sua doce voz disse.
— Oi – sorri.
Harry encarava aquela cena com raiva, mas honestamente, eu tinha até esquecido que ele estava ali.
— Obrigada, eu... – olhei pra baixo sentindo a culpa me atingir.
— Eu te desculpo mamãe, Você é a minha mãe, não é ? – ele olhou pro Harry que continuava estático.
— Sim, sou eu.
— Eu sabia – ele sorriu.
Ele era a criança mais adorável que eu já tinha visto, seu sorriso era doce e puro, ele tinha meu sangue e por mais idiota que eu tenha sido, eu estava arrependida.
— Cadê o Liam garoto ? – a voz do Harry soou me tirando dos meus pensamentos.
— Eu fugi dele.
— Você o que ? – Harry disse indignado.
Eu não consegui conter o riso, ele era esperto demais.
— Tem que obedecer seu tio Liam – eu disse sorrindo pra seu lindo rosto.
— Ele estava ocupado com uma mulher – ele disse me olhando – Sabia que estava precisando da minha ajuda.
Encarei seus olhos sinceros, sua mão estava agarrada em um bichinho de pelúcia, seu cabelo loiro estava começando a formar cachos como os do Harry.
— Obrigada, não precisa se preocupar comigo, tudo bem ? – toquei seu rosto – Eu estou bem.
Ele assentiu e sorriu pra mim, eu queria tanto abraça-lo e dizer que eu queria ficar perto dele sempre, mas o Harry, ele era o problema.
— Posso te dar um abraço ? – falei.
Logo senti seus pequenos braços me envolvendo, apertei ele contra mim e pude sentir uma parte minha se acender, a parte adormecida que tinha sentimentos por essa criança.
Ele era meu filho.
— Eu sinto tanto – disse chorosa – Me perdoe pelas coisas ruins, eu te amo muito.
Levantei o olhar e vi Harry nos encarando com um semblante indescritível, seus braços cruzados me davam a entender que ele estava entediado com toda situação.
Coloquei seu rosto entre minhas mãos e beijei sua testa, ele sorriu e disse:
— Eu também amo você, e o papai também – apontou olhando pro Harry.
— Já chega, Você... Vai lá pra cima agora Andrew – ele disse sério.
— Mas eu não quero ir.
— Você não tem querer, vai logo moleque.
Ele entrou no antigo quarto que foi meu e subiu as escadas.
Harry veio até mim e agarrou meu braço me levando até a sala.
— Me solta !
— Você tá interferindo nos meus planos mais uma vez. A última coisa que eu quero, é que ele tenha esses sentimentos de amar – disse rude.
— Mas ele é só uma criança, qual o problema dele amar os pais ?
— Amar. Esse é o problema, ele não pode.
— Porque amar é um problema ? Só porque é um demônio, não pode ter sentimentos ? – falei um pouco alto.
— Não, demônios não tem sentimentos, demônios não amam – ele gritou.
— Não amam porque não conseguem ou porque teem medo Harry ? – me aproximei dele com raiva.
— Porque... – ele pausou – Porque isso não é bom. Amar te deixa fraco, amar faz você pensar em outra pessoa que não é você, amar faz você perder o controle das suas atitudes, te deixa vulnerável e incapaz de perceber o que você tá se tornando – ele gritou.
— Uma pessoa fraca ! – ele se aproximou de mim, senti sua respiração bater em meu rosto – É por isso que demônios não amam, não fomos criados pra ser fracos.
— Você me ama ? – saiu dos meus lábios a pergunta que eu menos queria saber a resposta.
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