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TRINTA ANOS SOB A MONTANHA

Rhysand a estava mostrando Velaris naquela noite.

Ele costumava fazer isso com bastante frequência.

Se sentar no chão da cela dela, tirar as correntes e a focinheira, a deixando momentaneamente livre.

A enorme cabeça peluda de Cibele descansaria nas pernas dele, onde Rhysand faria carinho entre as orelhas dela, enquanto a mostrava Velaris.

Foi em um dia como aquele, que Rhysand a chamou de "Filhote". Um apelido que ele usaria muito, para confortar e acalmar.

As imagens que Rhysand a mostrava pareciam tão reais. Tão lindas.

Um sopro de vida em um lugar tão cercado pela morte e dor.

Cibele, naquele momento não estava olhando para a imagem tão linda de Velaris. Aquelas ruas que ela caminhou e o lago congelado ao qual patinou.

Não.

Ela estava olhando para Rhysand.

Rhysand.

Com seus olhos fechados e semblante tão inquieto.

Rhysand.

Que era o único motivo para Cibele ainda continuar.

A cada dia que passava, a cada feérico e humano que Cibele era obrigada a matar, porque não estava sendo alimentada de outra forma, um pedaço dela morria junto.

Sua vontade de continuar diminuía.

Em momentos assim, onde ela achava que não havia mais nada que pudesse fazer, que não havia mais sentido em continuar, que não havia mais esperança, e que a morte era a única forma de liberdade que ela teria.

Rhysand estava lá.

Estava com ela.

Como naquele momento.

A mostrando Velaris. Mostrando que ainda havia algo lá fora esperando por ela.

Uma liberdade que ela nunca conheceu antes.

Cibele encarou Rhysand.

Rhysand, que ela tentou por tanto tempo odiar, mas falhou tão miseravelmente nisso. Aquele que não pôde salvar a mãe dela, mas a estava salvando com tudo de si.

As emoções eram demais, mesmo naquela forma, e Cibele se pegou começando a chorar.

Rhysand abriu os olhos, a imagem de Velaris ainda estava alí.

Como se eles estivessem sentados no topo de uma das Montanhas de Velaris, e não em um calabouço frio e escuro.

Filhote? O que foi? ㅡ Rhysand perguntou com preocupação. ㅡ Você quer ver outra coisa?

Cibele fungou. Era estranho chorar naquela forma.

Ter seus soluços transformados em ganidos.

Rhysand ainda estava olhando para ela com preocupação. Suas mãos acariciando atrás das orelhas dela.

Rhysand.

Seu Rhysand.

Seu aliado.

Seu amigo.

Seu irmão.

Irmão dela, de uma forma que Tamlin nunca foi.

"Eu amo você." Ela sussurrou a confissão do que sentia a tanto tempo na mente para ele, por trás daquelas paredes que ele a estava ajudando a erguer.

Para deixar outros fora, até mesmo ele algum dia.

Rhysand arregalou levemente os olhos perante a confissão, e um instante depois, abraçou o pescoço dela, enterrando o rosto em seus pelos brancos.

ㅡ E eu amo você, filhote.

E naquele instante, Cibele não lamentou por estar viva.

QUARENTA ANOS SOB A MONTANHA

Cibele sabia o que viria a seguir.

Sempre que ela era levada até à sala do trono, ela deveria executar um prisioneiro.

Depois da primeira execução que Tamlin e Lucien presenciaram, Cibele nunca mais os viu.

Provavelmente foi melhor assim.

Não havia restado muito da Cibele que eles conheceram.

Naquele dia, havia poucas pessoas na sala do trono.

Havia Rhysand, ao lado de Amarantha, seu rosto como pedra, seus olhos quase deixando algo escapar.

Não parecia bom.

Os Grão Senhores estavam reunidos, exceto por Tamlin, assim como alguns dos membros de suas Cortes e da Corte de Amarantha.

Kallias, o Grão Senhor da Corte do Inverno, estava sendo mantido segurado.

Cibele olhou para Rhysand, pedindo uma explicação.

Rhysand não a deu nenhuma naquele instante.

Sim, parecia ruim.

ㅡ Meu animal de estimação premiado. ㅡ Amarantha disse olhando para Cibele. Risadas e zombarias soaram.

O sorriso cruel de Amarantha era nojento.

Kallias tentou gritar algo pela mordaça que foi forçado a usar.

Sim, Cibele podia sentir isso em seus ossos, era ruim. Muito ruim.

ㅡ Traga ela. ㅡ Amarantha ordenou.

Cibele observou enquanto Kallias se debatia, tentando se soltar.

Então os guardas retornaram com alguém.

Cibele ofegou.

Eles seguravam uma garotinha.

Uma garotinha fae. De cabelos platinados e olhos azuis.

A irmãzinha de Kallias.

A garotinha estava chorando, sua face delicada manchada de lágrimas.

Ela tentou chegar até Kallias, mas os guardas a impediram.

Ela foi colocada diante de Cibele.

Cibele ofegou outra vez.

Ela havia matado muitos humanos e feéricos. Alguns bastante jovens.

Mas nunca uma criança.

Nunca uma garotinha.

O estômago de Cibele se embrulhou. E ela teria vomitado se estivesse em sua forma feérica.

A garotinha estava olhando para ela.

Olhos azuis cheios de medo. Cheios de puro pavor.

Aquilo estalou algo em Cibele.

A memória de seu pequeno eu, doente e morrendo, de frente para um ser terrível, voltando para a mente dela.

Cibele já havia estado no lugar daquela garotinha.

Só que agora, Cibele era o mostro terrível.

Kallias estava se debatendo. Gritando sob a mordaça. Tentando salvar a irmãzinha.

A salvar de uma forma que Tamlin nunca tentou salvar Cibele.

Havia tanto desespero e dor nos olhos do Grão Senhor da Corte do Inverno.

Algo estalou em Cibele.

Algo estalou no lugar que ela pensou estar seu coração quebrado.

Algo estalou em sua alma destruída, para a qual ela sentia que não havia redenção.

Ela não podia permitir isso.

Não podia fazer isso.

Um guarda segurava a pequena fae de joelhos de frente para Cibele.

Attor se aproximou, chaves em mãos.

A focinheira caiu no chão em um baque.

A garotinha fae fechou os olhos.

Esperando por seu fim.

A fome retumbou dentro de Cibele. Mas algo se agitava mais fortemente em seu ser.

Raiva.

Uma raiva que a fez ver vermelho.

A fez ignorar a fome, essa raiva se tornando seu alimento.

Kallias estava gritando.

Rhysand estava olhando para ela.

Amarantha sorria.

Cibele ofegou, de novo, lutando contra a fome e o instinto.

Ela se moveu então.

E duas das correntes que a seguravam se partiram.

Magia estalou no ar.

A magia dela.

E parte da magia que uma vez foi da mãe dela.

A amada e gentil, mãe dela. Que nunca a perdoaria se Cibele cruzasse tal linha.

A terceira corrente se partiu.

Havia muito tempo que Cibele não causava problemas, por isso, o guarda pensou que Cibele estava fazendo isso para se aproximar da garotinha, porque estava faminta, e por isso, se aproximou ainda mais de Cibele.

A besta que era a lady da Corte Primaveril rosnou. A raiva a alimentando.

O guarda não conseguiu se defender quando Cibele partiu a última corrente e se lançou nele.

Bem na garganta.

O guarda caiu morto no segundo seguinte.

A garotinha abriu os olhos ao ouvir a comoção.

Ela olhou para o guarda morto, depois para Cibele, pelo branco manchado de sangue.

E como uma vez, Cibele havia feito, a garotinha fae se aproximou do monstro terrível que havia a poupado, a salvado.

Dois outros guardas se aproximaram, Cibele se colocou na frente da garotinha fae. Rosnando e mordendo.

Os guardas caíram mortos também.

Kallias estava olhando para ela agora, mas ele não era o único. Os outros Grão Senhores também a estavam olhando.

Kallias parecia tão confuso, como se não entendesse por que ela faria algo assim, mas ele parecia tão agradecido.

ㅡ Parece que meu animal não gosta de carne jovem demais. ㅡ Amarantha debochou, mas havia ódio em seus olhos.

Ódio o suficiente, para Cibele saber que pagaria muito caro por a desafiar na frente dos Grão Senhores.

ㅡ Sorte a sua, Kallias. ㅡ Amarantha debochou. ㅡ Parece que você ficará com sua irmã. Mas não se esqueça de se comportar, pois posso mudar de ideia muito facilmente. ㅡ ameaçou.

Com um gesto, Kallias foi solto.

O Grão Senhor tirou a mordaça e correu até Cibele.

Ao se aproximar, ele andou mais calmamente, temendo a irritar.

A garotinha fae se aproximou do irmão com passos lentos. Se apoiando em Cibele.

Então ela sussurrou para a besta que havia sido levada até alí para a assassinar, mas havia decidido que não o faria:

ㅡ Muito obrigada.

Sua voz doce aqueceu o coração quebrado de Cibele.

Kallias abraçou a pequena irmã, a envolvendo protetoramente. Mas seus olhos olhavam agradecidos para Cibele. Como se tudo que uma vez ele ouviu e viu sobre ela, fosse mentira.

ㅡ Attor! ㅡ Amarantha chamou.ㅡSabe o que fazer com ela.

Mesmo após a pior tortura que já sofreu, e outras semanas sem ser alimentada, Cibele nunca duvidou nem por um segundo que havia feito a coisa certa.

A voz da pequena fae, seu agradecimento ecoando em sua mente, afastando a risada de Attor, afastando a dor e os sons.

Dessa vez, a raiva e o ódio de Cibele não deram lugar ao desespero ou ao pavor.

Não.

Eles deram lugar ao contentamento.

E a certeza, de que mesmo depois de anos cometendo atrocidades, ela ainda foi capaz de salvar alguém.

QUARENTA E CINCO ANOS SOB A MONTANHA

Era dia da Queda das Estrelas.

E esses dias sempre eram difíceis para Rhysand.

Que era obrigado a ficar por todo o dia e noite nos aposentos de Amarantha.

E nos últimos anos estava ficando cada vez mais difícil suportar isso.

O prazo estava se acabando. E talvez, a única esperança deles estivesse se esvaindo.

Rhysand quase chorou de alívio quando Amaratha permitiu que ele finalmente se retirasse de seus aposentos.

Rhysand foi direto para o quarto dele, onde tomou banho e esfregou a pele até que a pele estivesse avermelhada e o cheiro dela diminuído.

Depois disso, ele se vestiu e foi para o único lugar onde ele sabia que poderia encontrar paz.

As masmorras.

O que era algo irônico.

Mas não era sobre o lugar. E sim sobre quem estava lá.

Presa e maltratada, mas ainda a única a qual ele podia contar.

Cibele.

Ele se aproximou da cela dela, a adentrando rapidamente.

Ela parecia mal, suas feridas pareciam piores dos que as da semana anterior. Depois que Cibele salvou a irmã de Kallias, há cinco anos, as punições se tornaram muito mais severas.

Cibele nunca cansava de surpreender Rhysand, mesmo naquela forma. Ela havia salvado àquela pequena fae. E não se arrependia, mesmo depois de seções de tortura tão horríveis, que Rhysand sentia vontade de vomitar quando a via depois.

Filhote? ㅡ Rhysand chamou.

Cibele levantou um pouco a cabeça, seu pelo branco manchado de sangue. O sangue dela.

Ainda assim, ela parecia feliz em o ver.

Ela sempre parecia feliz em ver ele. Ele sentia o mesmo.

Rhysand a soltou.

E como todas as vezes, ele se sentou ao lado dela, sua enorme cabeça em suas pernas.

Rhysand abriu um sorriso fraco.

Cibele era tão preciosa.

Tão maravilhosamente perfeita.

E pelo Caldeirão, como ele a amava.

Por algum motivo, alguma ironia do destino ou vontade superior, Cibele se tornou a pessoa mais amada por ele. Acima de Cassian e Azriel. Acima de Mor. Cibele simplesmente havia tomado conta de todo o coração dele.

"Estou aqui. Estou com você." Ela sussurrou para ele na mente dela.

Rhysand fungou, segurando as lágrimas.

Sim.

Ela estava alí. Ela estava com ele.

Ela era a única coisa que o impedia de enlouquecer, de desistir de tudo. Se quebrar completamente.

Ele precisava sair. Não só por ele, e sim por ela, para a dar a liberdade que ela nunca teve.

Ele precisava sair daquele lugar infernal para patinar com Cibele novamente. Para voar com ela, rir com ela em Velaris e a apresentar à outra família dele.

Afinal, ela havia se tornado família dele ao longo dos anos. Desses anos terríveis, cheios de morte e sofrimento, onde tudo o que Rhysand tinha era ela.

Cibele.

Sua Cibele.

Sua melhor amiga.

Sua confidente.

Sua irmã.

As lágrimas começaram a escorrer pelos olhos dele, sem permissão.

Rhysand tentou secar as lágrimas, mas Cibele o impediu com o focinho.

"Você pode chorar, Rhys. Somos só você e eu." Ela sussurrou na mente para ele. "E eu estou aqui. Estou sempre aqui pra você. Você pode chorar."

Rhysand começou a chorar então.

Seu rosto se enterrou nos pelos dela, sentindo o cheiro dela e apenas dela. Apenas o cheiro de Cibele.

Ele deixou que o cheiro dela o envolvesse, se impregnasse na pele dele, afastando o cheiro de Amarantha.

Rhysand abraçava fortemente o pescoço dela enquanto chorava.

E aquilo partiu o coração de Cibele. Quebrou algo que já estava quebrado.

E a encheu de ainda mais ódio.

Ela não aguentava mais ver o sofrimento de Rhys. Saber o que aquela feérica desprezível fazia com ele. A forma que o torturava de uma maneira, que Cibele pensou ser pior que a maneira que ela era torturada.

"Algum dia, vou arrancar a cabeça dela com meus dentes. Não só pelo que ela fez comigo. Não. Farei isso por tudo que ela fez com você." Cibele sussurrou para ele. "É uma promessa, Rhys. Uma promessa."

Rhysand chorou ainda mais, sentindo que não merecia alguém tão perfeita em sua vida, depois de tudo que ele fez, principalmente com ela. Pelo Caldeirão, ele não havia salvado a mãe dela, e lá estava Cibele fazendo uma promessa daquelas.

E havia algo na voz dela.

Na seriedade em que ela disse aquela frase.

Isso fez Rhysand acreditar que ela realmente, cumpriria àquela promessa, algum dia.

QUARENTA E NOVE ANOS SOB A MONTANHA

Ela havia sonhado em ouvir o que o Rhysand estava a dizendo, há muito tempo.

Muito tempo mesmo.

E isso a encheu de algo que ela havia perdido há muitos anos. Algo perigoso e maravilhoso 

Esperança.

Pura, simples e brilhante esperança.

I. Oie pessoas. O que acharam do capítulo? Gostaram?

II. Rhysand e Cibele são meu tudo. Sério. Amo eles demais, amo como eles se apoiam e se amam. E a promessa que ela fez pra ele em? Será que ela vai cumprir?

III. Espero que tenha conseguido mostrar um pouco do que a Cibele sofreu, e porque ela será uma pessoa tão diferente no futuro.

IV. A irmãzinha do Kallias foi inventada por mim. Ela é uma personagem minha, que é irmã adotiva dele.

V. Amo como a Cibele não cruzou a linha e salvou a irmã do Kallias. Isso mostra como apesar de tudo que ela fez, parte dela ainda está lá.

VI. Vi as pessoas perguntando se não poderia pular essa parte de sofrimento da Cibele. E não. Não posso. Porque no futuro, quando a Cibele for diferente, não gostar do toque das pessoas, abraços, ou sons muito altos, as pessoas vão entender por quê. Vão entender e saber por tudo que a Cibele passou e tudo que ela superou.

VII. Por hoje é só, mas nós nos vemos em breve.
Bye ♡.

29.09.2023
Duda.

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