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Sangue jorrou das mãos de Kallias.
Irina o torturou durante horas consecutivas, ele havia perdido até a noção do tempo, quando ela finalmente resolveu parar de brincar e usar seu sangue para o ritual.

....

Ele ainda não sabia ao certo o motivo dela estar precisando dele, ou simplesmente queria fingir que não sabia, certos assuntos não eram muito agradáveis de serem recordados.

─ Quod sanguis filium vetus amor et beatos vos, quod sanguis filium vetus amor et beatos vos. - Irina repetia as palavras na língua que o Grão-Senhor não conhecia, repetidas e repetidas vezes, cada vez a voz ficava mais baixa e os sussurros de almas perdidas ficavam mais fortes. ─ Quod sanguis filium vetus amor et beatos vos, quod sanguis filium vetus amor et beatos vos, quod sanguis filium vetus amor et beatos vos...

Uma dor dilacerante surgiu na cabeça do macho, era como se o ar do mundo tivesse sumido de seus pulmões e agora faziam pressão para esmagar sua cabeça. Kallias urrou com a dor que o ivandia e logo em seguida caiu no chão desacordado.

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Rhysand e o Círculo Íntimo já haviam retornado para a Casa do Vento.

Desde então não saíram da sala, exceto para ir até a cozinha pegar algo para beber ou comer.

A tradução daquela língua, Latim, até então desconhecida pelos feéricos ali presentes estava cansando. As palavras eram longas e difíceis de serem pronunciadas ou até mesmo de serem lidas.

Hope estava quase dormindo em cima de um livro quando sentiu algo; um "clic" no interior do seu corpo. Como se alguém tivesse ligado algo dentro dela.

A garota achou que fosse por conta do cansaço e que estava imaginando coisas, mas logo percebeu estar completamente errada quando vozes começaram a surgir em sua cabeça, atormentando ela.

─ Mãe. - Hope chamou Hayley em um sussurro, por mais que soubesse que praticamente todos naquela sala poderiam ouvir até a mais baixa de sua respiração.

─ Algum problema? - Hayley virou imediatamente para a sua filha, olhando bem nos seus olhos.

─ Não sei... estou com uma sensação estranha - a sua voz diminuía a cada segundo.

As vozes da sua cabeça no entendo aumentaram, agora eram como gritos na cabeça da jovem, beatos vos; os gritos diziam, um por cima do outro.

Hope consegue se erguer e anda cambaleando até a sacada, sua respiração estava irregular, seu coração parecia um tambor de tão alto que batia.

Ela mal chega na sacada e se agacha gritando, suas mãos vão para a sua cabeça, pressionando ela, como se isso fosse fazer as vozes se calarem.

"Beatos vos, beatos vos..." repetiam sem parar.

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