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16 - No calor do momento

Berlim foi o último a entrar na carrinha. Assim que o fez e as portas se fecharam Palermo, que conduzia, começou a acelerar. A vida e a liberdade de todos eles dependia disso.

- A Sofia? - perguntou a Sara tirando a sua máscara.

- Tive de a deixar lá. - disse o Berlim.

- TU O QUÊ? - gritou Reh, tirando também a sua máscara, espantando algumas pessoas que não tinham noção de que ela tinha conseguido escapar.

- Teve de ser. Ela não conseguia correr mais.... - começou o Berlim.

- TU DEIXAS-TE A SOFIA SER APANHADA? SÓ PORQUE ELA NÃO CONSEGUIA CORRER? - perguntou a Reh, claramente irritada.

- Não fui eu a decidir. - disse o Berlim.

- Eu não acredito.... - disse o António.

- Temos de voltar para trás. - disse a Catarina.

O Berlim não respondeu. Apenas ficou sentado a pensar no que tinha acabado de acontecer. Naquela cabeça apenas estava a última imagem que ele teve antes da carrinha ter começado a ser conduzida. Mateo a alcançar Sofia, que tinha ficado deitada no chão.

- O plano é deixa-la lá sozinha e indefesa? - perguntou Sara.

- Ela está melhor onde está acredita. - disse o Professor.

- SE FOSSE UM DE VOCÊS NÓS TINHAMOS DE ARRISCAR AS NOSSAS VIDAS PARA VOS AJUDAR! - gritou a Reh.

- NÓS JÁ ARRISCAMOS AS NOSSAS VIDAS POR VOCÊS! POR TODOS VOCÊS QUE NÃO CONSEGUIRAM SEGUIR UM PLANO BÁSICO! ESTAMOS AQUI POR VOSSA CAUSA! - gritou o Professor já irritado.

- EU NÃO VOU FICAR AQUI PARADA ENQUANTO ESTÃO COM A MINHA IRMÃ! - gritou a Reh.

- ENTÃO TALVEZ FOSSE MELHOR TERES IDO COM ELA! - gritou o Professor.

Todos olharam para o Professor com indignação. Não era normal vê-lo irritado, mas era menos normal ainda ele ser cruel.

Pedro meteu a mão nas costas de Reh, numa maneira desesperada de a acalmar. Se ela dissesse mais alguma coisa aquilo podia acabar bastante mal. Para tristeza de Pedro, ela não falou por ele a ter conseguido acalmar, mas sim por ter sido interrompida.

- CALEM-SE! - gritou Toulouse, surpreendendo todos. Inclusive o Professor. - Todos temos culpa. TODOS. E vocês não vão resolver absolutamente nada aqui aos berros uns com os outros. A Sofia precisa de nós sim, mas o Professor sabe o que está a fazer. E não pensem que eu não entendo o vosso lado. Porque eu juro-vos que compreendo que vocês queiram proteger a vossa amiga. Mas é a escolha certa a fazer.

Todos ficaram em silêncio a ouvir Toulouse.

- Finn, tu culpas-te a Sofia pelo que aconteceu, sendo que ela ajudou-vos a todos a irem a um concerto... QUE ELA QUERIA. António, tu deste os bilhetes à Sofia mesmo sabendo que nenhum de vocês podia sair. Pedro, tu fizes-te o plano com a Reh e juntos fizeram chantagem para que ela ficasse a "distrair o Berlim". Berlim... tu deixaste-te enganar por causa dos teus sentimentos e... - disse a Leonor.

- Não te atrevas a meter o meu nome no meio. Se ouve alguém que fez algo de jeito fui eu. - disse o Berlim.

- O algo de jeito que fizeste foi deixá-la sozinha? - perguntou o António.

- Eu não a deixei porque quis. - disse o Berlim. - Ela estava magoada e todos sabiam. E agora ela está sozinha, sabe Deus onde.

- Se ela nos denunciar... - começou o Professor.

- Ela não faria isso. - respondeu o Berlim.

- E como tens tanta certeza?

- Porque eu confio nela.

- Não sei se essa é a escolha certa neste momento.

- Não sei se é a escolha certa ouvir as tuas escolhas.

- Falamos todos melhor quando chegarmos a casa. - disse Toulouse.

O silêncio instalou-se na carrinha. Apenas se ouviam as sirenes dos carros da polícia que ainda os seguiam.

Pedro puxou Reh para si, fazendo-a pousar a cabeça no seu ombro. Sara e Finn davam as mãos. Professor e Toulouse apenas se sentavam um ao lado do outro. António analisava todas as expressões de quem ali estava. Catarina estava com os braços cruzados. Berlim passava as mãos pela cara, quase como se tentasse apagar a imagem que insistia em passar na sua mente: Mateo a alcançar Sofia. Tinha acontecido exatamente o mesmo que aconteceu no dia em que ele a deixou, uma criança, ainda mais indefesa do que estava naquele momento. Mas havia uma diferença. Da última vez Berlim demorou demasiado tempo a agir. Desta vez iria ser diferente.

- Professor, eles estão cada vez mais próximos. - disse Miguel da parte da frente da carrinha, quebrando o silêncio.

- Metam as máscaras. - disse Berlim. Apenas o Professor e a Toulouse o fizeram. - Apenas façam o que vos mando não temos muito tempo. Os próximos a serem apanhados podem ser vocês.

Pedro suspirou fundo e colocou a máscara, sendo seguido, muito lentamente, por todos.

Berlim abriu as portas da carrinha e começou a disparar a sua pistola contra as rodas dos carros da polícia, que não estavam de todo preparados para tal.

Os carros iam ficando pelo caminho mas os polícias iam tentando disparar, mesmo com a distância a que a carrinha agora de encontrava.

Passados alguns minutos a carrinha seguia sozinha pela estrada. O Professor mandou o Palermo desviar o caminho, até uma zona de mato pouco conhecida. Assim que Palermo estacionou todos saíram da carrinha. Toulouse distribuiu lanternas por todos eles e, seguindo o Professor, começaram uma caminhada que demorou o que parecia uma eternidade, até chegarem a uma casa, com aspeto bastante abandonado, em pior estado do que a casa onde até então tinham ficado.

- Vamos ficar aqui esta noite. Amanhã de manhã tentamos voltar, se conseguirmos. - disse o Professor.

Berlim, que já conhecia os cantos à casa, começou a andar até ao fundo do corredor e entrou numa das divisões fechando a porta atrás de si. O Professor tentou chamá-lo, mas sem sucesso.

- Amanhã falamos. Vão ter de partilhar quartos mas de certeza que se desenrascam nisso. - disse por fim Toulouse.

Todos obedeceram em silêncio. O ambiente estava pesado, ninguém queria fazê-lo pior.

Na entrada da casa apenas ficaram a Toulouse e o Professor, que depois de um outro momento de silêncio, foi abraça-la.

- Eu não sei o que se passou comigo. - sussurrou ele.

- Apenas estás irritado. Mas não podes descontar tudo neles. No fundo eles só estão a reagir humanamente.

O Professor suspirou e afastou-se de Toulouse, pousando as mãos na sua cintura.

- Também não sei o que se passou com ele. - disse referindo-se ao Berlim.

- Pediste-lhe que ele a deixa-se para trás.... e ele seguiu as tuas ordens. Provavelmente está a culpar-se a si mesmo... e a ti.

- Mas tu sabes as regras...

- Talvez estejas preocupado de mais com regras e pouco preocupado... com ele. Quando é que foi a última vez que vocês falaram? Sem discutir?

O Professor parou e pensou um pouco, até perceber que não tinha resposta.

- Estás a ver? - continuou a Toulouse. - Vocês não podem discutir assim. E tu tens de o apoiar.

- Apoiar a apaixonar-se? A estragar tudo? Já cometemos erros a mais.

- Para de te preocupar com os erros. Uma vez na vida faz o que te digo.

- Eu estou sempre a fazer o que tu dizes.

- Se isso fosse verdade já tinhas ido falar com ele.

- Mas ficar aqui é tão melhor. - disse o Professor recebendo um sorriso de Toulouse como resposta.

- Estás a ver? Não fazes o que te digo. - disse a Leonor, afastando-se.

O Professor voltou a puxa-la para si e beijou-a.

- Desculpa ter ficado irritado contigo também. - disse o Professor.

- Desculpas aceites. - disse Toulouse, voltando a beijá-lo.

O Professor suspirou fundo e olhou na direção do fundo do corredor. Sabia o que tinha de fazer e por mais que fosse difícil era por um bem maior.

Começou a andar em direção à porta e bateu. Não houve qualquer resposta. Bateu mais uma vez. E mais uma vez nada. Suspirou fundo. Não se podia irritar. Estava a fazê-lo pelo bem do plano.

- Berlim... Nós precisamos de falar. - disse o Professor.

Longos minutos de silêncio seguiram-se. O Professor não sabia se devia ficar ali parado, bater novamente ou simplesmente ir embora. Tinham sido poucas as vezes que tinha falado com o irmão sobre questões sentimentais, provavelmente por causa da estranha infância que tiveram. Nenhum deles se dava ao trabalho de perguntar ao outro um simples "como estás?".

Para surpresa de Professor, antes dele decidir exatamente o que fazer, Berlim abriu a porta, mas rapidamente voltou para dentro. Ficou em pé, a olhar pela janela da divisão. O Professor entrou e fechou a porta, indo para perto de Berlim.

- Não devias estar com ela? - perguntou Berlim.

- Precisava de falar contigo primeiro. - disse o Professor.

- Decisão estúpida.

- Porquê? - perguntou Professor, cruzando os braços e olhando para ele.

- Não sabes se a polícia por acaso nos encontra. Se por acaso não decidem entrar aqui dentro e começar a disparar contra tudo o que se mexe. De certeza que irias preferir estar com ela nos vossos últimos momentos.

- Tu ias preferir estar com ela?

Berlim sorriu e finalmente olhou para o Professor.

- Eu dava tudo para estar com ela.

- Andrés... Eu sei que talvez te tenha pedido muito, mas eu fiz isto para bem do plano. E para o nosso próprio bem. - disse o Professor depois de respirar fundo

- "Talvez" me tenhas pedido muito? Tu fizeste-me deixá-la para trás. - disse o Berlim, virando-se para o Professor.

- Bem... Tecnicamente... Tu deixaste-a, na verdade eu nem tive de fazer muito.

O Berlim ficou algum tempo em silêncio. Não podia acreditar que realmente estava a ouvir aquilo.

- Tens razão. Tu tens toda a razão. Eu apenas... Limitei-me a seguir-te.

- Se não a tivesses deixado ela não teria conseguido correr o suficiente e tu terias de a carregar.... E provavelmente ambos seriam alcançados pela polícia. Pelo menos agora ela vai ter os cuidados....

O Professor parou para pensar. Ficou parado e percebeu que o que ele havia feito tinha sido um erro horrível. Que ele tinha cometido.

- Sérgio? - perguntou o Berlim, despertando o Professor.

- O corte na perna... - sussurrou.

- O que tem o corte?

- As câmeras de vigilância.

O Berlim parou naquele momento. Eles tinham acabado de perceber que tinham enviado Sofia para o seu fim. Depois de levar a facada na perna, o Berlim tirou as máscaras para que ambos conseguissem respirar melhor. Na loja havia câmeras de vigilância que não conseguiram detectar nenhuma das nossas caras, mas que com as testemunhas certas e com uma melhor análise, era fácil de provar que a filha do polícia que tinha sido salva como uma refém, tinha anteriormente sido salva pelo mesmo ladrão. E tudo, por causa da facada na perna de Sofia, que de certeza não iria passar despercebida à Polícia.

O Berlim saiu da divisão e foi seguido pelo Professor, entrando no quarto onde estavam Toulouse, Miguel e Palermo.

- Nunca batem à porta. - disse a Toulouse.

O Berlim foi até ao portátil de Miguel, que tinha toda a informação que era fornecida à polícia do mundo inteiro atráves de, por exemplo, relatórios ou imagens. Escusado será dizer, que essa informação era conseguida ilegalmente.

- Merda. - sussurrou o Berlim, enquanto lia o que lhe apareceu no computador.

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