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10 - Durante a noite

Sofia acordou a meio da noite depois de ouvir umas vozes no quarto ao lado. Parecia que estavam a discutir. Sem se mexer muito, até porque isso seria impossível tendo em conta que estava numa cama com mais duas pessoas e com um corte da perna, percebeu que eram o Berlim e o Professor e começou a ouvir.

- Nós tinhamos um plano, que estudamos diversas vezes! - disse o Professor de forma agressiva.

- Preferias que a deixasse ali? A morrer sozinha? Imagina que ela tinha sido apanhada pela polícia? E que contava sobre tudo? Ela foi esfaqueada! - disse o Berlim irritado.

- Ambos sabemos muito bem que tu a salvas-te não por ter sido esfaqueada, mas sim por ser ela! - disse o Professor. - Se fosse qualquer outro tu jamais terias movido um dedo para ajudar!

- Como tens tanta certeza disso?

- Não brinques comigo... se tivesse sido o António terias ido embora. Tu não estas a ser boa pessoa, estas a ser um otário apaixonado que não está 100% focado no plano como deveria estar!

- Tu também estas a ser um otário apaixonado! Desde que a Leonor aqui entrou não fazes mais nada se não dar-lhe atenção!

- Eu e a Leonor somos noivos.

Leonor. Então era esse o verdadeiro nome de Toulouse. Depois da discussão o Professor saiu do quarto, indo até ao quarto que partilhava com Toulouse.

Sofia sentiu-se mal por Berlim e culpada. Sentiu que estava a estragar tudo e isso mexia muito com ela. Não estava nos planos deles que era se magoasse assim. E muito provavelmente ela era mais valiosa estando completamente bem do que ferida.

- Sofia... - sussurrou a Reh.

- Também ouviste? - perguntou Sofia.

- Sim. Pelos vistos ele gosta de ti ao ponto de discutir com o Professor... se fosse eu começava já a escolher o nome dos filhos.

- O pai também dizia que gostava da minha mãe, no entanto tu estás aqui.

- É por isso?

- É por isso o quê?

- Que não admites que também gostas dele?

- Eu não gosto dele... e não quero que mais ninguém sofra como nós sofremos.

- Até parece que tu ias deixar alguém sofrer. E além disso, tens noção de onde nós estamos? Ou do que fizemos? As nossas histórias de amor não vão ser iguais às dos nossos pais.

- Nas histórias deles também não existia amor.

- Exatamente. Mas agora tu sabes que existe, pelo menos da parte dele.

- E como é que tu sabes que eu gosto dele?

- Porque tu acabas-te de admitir. E porque está nas vossas caras.

- Eu não admiti.

- Admitis-te sim.

- Não.

- Sim.

- Não.

- Sim.

- Reh vai mas é dormir.

- A questão é... tu vais?

- Dormir? Não sei. Isto ainda dói.

- Então devíamos fazer uma direta apenas a conversar.

- Se alguém nos ouve não vai haver direta nenhuma.

- Shiu! - disse Reh tapando a boca de Sofia.

- O que é que...

- Ouve.

Quando o Professor entrou no quarto depois da discussão ele estava extremamente irritado, e talvez até um pouco triste. Se havia coisa que o Professor odiava era discutir com o Berlim. Para tentar animar o Professor, Toulouse fez questão de naquela noite dar ao homem tudo o que ele tinha direito, o que fez com que Sofia e Reh, deitadas na cama conseguissem ouvir gemidos ainda que baixos. As irmãs olharam uma para a outra.

- Se não estou em erro... é o Professor e a Toulouse. - sussurrou Reh.

- Apenas a Toulouse no caso.

- O quê? Tu consegues pelo gemido saber se ela se está a masturbar ou a fazer sexo???

- Não sua otária! É apenas ela que esta a gemer!

- Sexo oral. - sussurrou a Reh.

Depois de alguns momentos em silêncio ouviram-se gemidos mais altos.

- Agora sim, os dois. - sussurrou Sofia.

- Tu já alguma vez te masturbas-te?

- Não. E tu?

- Uma vez aí... ou duas.

- É bom?

- Prefiro algo maior do que os meus dedos a entrar em mim... se bem que eu podia comprar um vibrador.

- Já não gostas de homens?

- Gostar gosto, mas o mercado aqui está muito escasso.

- Está? - perguntou Sofia.

- Sim.

- Falas tanto sobre o Berlim mas tão pouco sobre o Pedro... Está tão na cara que ele sente algo por ti.

A Reh sentiu-se corar e agradeceu que o quarto estivesse completamente escuro. Ela já tinha notado, mas achava que eram apenas coisas da sua cabeça e que apenas se estava a iludir. Ter outra pessoa a apontar o que ela via fe-la sentir-se um pouco mais segura.

- Mas enfim, tu e o Berlim... - começou a Reh evitando aquela conversa.

Sofia agarrou numa almofada e mandou-a para cima de Reh, que se controlou para não ter uma reação muito exagerada para não chamar a atenção de ninguém.

Depois de outro momento em "silêncio" Sofia voltou a falar.

- Nós estamos a falar sobre masturbação e sobre gajos enquanto estamos a ouvir as pessoas que tiveram a ideia de nos raptarem a fazerem sexo, definitivamente não somos normais.

- Antes eles do que tu e o Berlim.

- Antes eles do que ouvir-te a gemer porque compras-te um vibrador. Ou porque estás com o Pedro.

- Tens noção de que conseguiste que um dos ladrões que roubou a fábrica da moeda se apaixona-se por ti? Isso já te entrou na cabeça?

- Agora só vais falar sobre isso?

- Sim.

O resto da noite foi apenas as irmãs a conversarem, não só sobre sexo ou sobre o Berlim  mas sobre de tudo um pouco, o que soube bem a ambas. Já há imenso tempo que não tinham realmente parado para conversar uma com a outra, o que fez com que se pudessem atualizar sobre o que tinha acontecido, não só entre o Berlim e a Sofia, mas também entre o Pedro e a Reh, alimentando apenas a necessidade que tinham de se envergonhar uma a outra.

No quarto ao lado Berlim estava sentado na sua cama, apenas com a luz da lua a iluminar a divisão. Ele estava a pensar sobre tudo. Desde que ele tinha brincado com o Pedro sobre a hipótese de se atirar a Reh até a discussão om o Professor. Estava a sentir-se preso numa teia de aranha.

Berlim sabia que Sofia e Reh não iam estar como estavam a última vez que as viu. Mas estar a sentir-se atraído por uma delas, ainda por cima da que mais tinha hipóteses de se lembrar dele, não estava nos seus planos. Ele não entendia o porquê de estar a gostar tanto de a provocar, ou o que é que o tinha feito agir daquela forma tão protetora na loja. Ou talvez até entendesse, apenas não o quisesse admitir. O ladrão não queria que as coisas ficassem estranhas entre ele e as irmãs. E se elas descobrissem sobre tudo? Se por acaso lhes chegasse a informação que elas estavam ali agora porque o Professor aproveitou parte do plano que Berlim tinha feito quando chegou a casa depois de Mateo ter descoberto sobre todo o seu histórico policial? E se o Pedro por acaso conseguisse algo com a Reh e fosse dar com a língua nos dentes? Sem contar que Toulouse provavelmente iria mata-lo. E se não o matasse ia julga-lo até á morte.

Já não era a primeira vez que Berlim pensava em tudo isso, então decidiu enconder o que tinha começado a sentir: fingindo que tudo o que ele fazia por Sofia era apenas uma maneira de a conseguir levar para a cama. Seria ainda mais estranho do que aquele sentimento que lhe tinha causado tantas dores e traumas, mas seria uma melhor desculpa tendo em conta a personalidade que Berlim demonstrava.

Berlim suspirou fundo e olhou pela janela, vendo a lua a brilhar no céu, o que o lembrou do que Sofia tinha dito: que a lua trazia conforto. E mais uma vez sentiu-se perdido nos seus pensamentos, mas desta vez pensamentos bons. Pensamentos dela.

Já no quarto em frente ao do Berlim estavam a Toulouse e o Professor, ofegantes de mais para terem qualquer pensamento que não fosse o outro.

Toulouse deu a mão ao Professor e ambos foram até ao chuveiro, onde entraram os dois. Sem dizer uma única palavra o Professor abraçou-se a Toulouse, aproveitando o calor do corpo dela e da água que escorria pelos seus corpos.

- Tu lembras-te... Da noite em que nós nos conhecemos? - sussurou Toulouse.

- Como é que eu me poderia esquecer? - perguntou o Professor ainda abraçado a Toulouse.

- Também tinhas acabado de discutir com o teu irmão...

O Professor estava irritado. Andava por uma rua escura enquanto chovia torrencialmente, sem rumo nenhum. Saiu de casa com o propósito de apanhar um pouco de ar, mas a chuva apareceu de surpresa. Não que ele se importasse. Tinha acabado de discutir com o seu irmão sobre uma das partes do plano para assaltar a Fábrica Nacional da Moeda. Eles normalmente davam-se bem, mas quando se tratavam de planos o Professor gostava que tudo ficasse o mais claro possível, principalmente naquele plano. Ele estava a fazer aquilo pelo seu pai.

No meio dos seus pensamentos em como chegar a um entendimento entre os dois, ouviu um alarme de uma loja a disparar e depois alguns passos ao longe. Era alguém a correr. O Professor tirou os óculos, que estavam molhados com a chuva e limpou-os, voltando a colocá-los para conseguir ver melhor o que se passava. Á sua frente estava a figura de uma mulher, que estava claramente nervosa e cansada de correr.

- Tu estás a ouvir-me? O que é que acabaste de fazer? - perguntava a mulher. Só aí é que o Professor percebeu que ela usava um escuta e que se estava a comunicar com outra pessoa. - Eu sabia que não podia confiar em vocês de qualquer das formas. Infelizmente para ti eu ainda tenho o dinheiro.

O Professor olhava para ela a tentar analisar o que se passava.

- É por causa disto que se fazem planos que têm de ser seguidos! - disse a mulher tirando o escura e mandando-o ao chão.

Foi só aí que percebeu que estava a ser observada, o que a fez ficar assustada e apontar a arma ao Professor, que rapidamente meteu as mãos no ar.

- Calma eu... Eu... - começou o Professor, mas foi interrompido pelas sirenes da polícia.

- Merda. - disse a mulher, metendo as duas alças da mochila que trazia às costas.

- Eu posso ajudar-te se quiseres. - disse o Professor.

A mulher pareceu desconfiar no início, mas as sirenes começaram a ficar mais próximas. Ela não tinha escolha, então aceitou a ajuda. Começaram os dois a andar na direção oposta a das sirenes, e a meio do caminho entraram por um túnel, aparecendo no meio de diversas ruas pequenas, com alguns becos entre as casas. Chegaram ao beco mais longe possível e esconderam-se ali. Os dois ofegantes por terem de andar tão rápido.

- Obrigada. - disse a mulher. - Eu não conhecia esta zona então, nunca teria chegado aqui.

- Felizmente eu conheço. - disse o Professor.

- Porque é que me ajudas-te? - perguntou a mulher apontando-lhe novamente a arma.

- Porque tu precisavas de ajuda. Parecias um pouco desorientada.

- Vais entregar-me á polícia?

- Se eu quisesse fazer isso não te tinha ajudado.

A mulher foi baixando a arma, fazendo contacto visual e tentando parecer minimamente intimidadora.

- O que é que estás a fazer a andar assim sozinho á noite? - perguntou a mulher.

- Eu só queria apanhar um pouco de ar.

- E decidiste simplesmente ajudar-me?

- Sim porque... Bom... Eu também sou um ladrão.

- Tu... És ladrão?

- Eu sei que não parece. E também sei que a probabilidade disto acontecer é muito pouca. Mas eu não te podia deixar ali sozinha certo?

A mulher sorriu e olhou para ele.

- Leonor. - disse, entendendo a mão.

- Sérgio. Posso aproximar-me? - perguntou ele.

A Leonor sentiu o seu coração amolecer com a pergunta. Ele sabia que ela estava insegura e alerta sobre tudo o que se passava, então perguntar se se podia aproximar era uma forma dele demonstrar que ela não precisava de ter medo. Leonor aceitou que ele se aproximasse e eles apertaram as mãos.

Quando terminaram de tomar banho, Toulouse e Professor vestiram os seus pijamas.

- Vocês vão resolver-se. Resolvem-se sempre. - disse Toulouse ao ver que Professor ainda parecia preocupado.

O Professor aproximou-se de Toulouse e começou a dar-lhe vários beijos pela sua cara, fazendo-a rir-se.

- O que é que seria de mim sem ti? - perguntou o Professor. 

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