• • 🦁 EPÍLOGO
𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
EPÍLOGO
─── SALTOS NO TEMPO E A ÚLTIMA RIMA
25 de dezembro de 2009
— MAMÃE! PAPAI! — vieram os gritos e emoções excitadas de quatro crianças pequenas, cada uma delas entrando no quarto dos pais e pulando na cama no meio da manhã. — É Natal! Acorde, acorde! Pai! O Natal chegou!
— Feliz Natal, meus bebês. — bocejou Hermione, sorrindo, enquanto se sentava contra a cabeceira da cama para abraçar seus filhos carinhosamente. Então, quando as molas da cama rangeram mais uma vez, ela voltou sua atenção para seu segundo filho mais velho, sussurrando: — Tenha cuidado, Ellie! Se você continuar pulando, você vai acordar seu pai.
— Um pouco tarde para isso. — Charlie gemeu, enterrando o rosto no travesseiro e se espreguiçando um pouco, enquanto sua esposa ria dele e dava um beijo gentil em sua cabeça.
— Papai! — veio a voz animada de Scarlett Julianne Granger, de seis anos, com os joelhos cravados nas costas do pai enquanto ela pulava em cima dele. — Papai, acorde! Temos que abrir nossos presentes!
— Presentes! Presentes! — comemoraram os mais novos e mais novos membros da família Granger-Hawthorne; Hermione deu à luz meninos gêmeos há três anos, e Arden e Tobias eram a cara de seu pai. — Papai Noel deixou presentes, mamãe! Nós vimos eles!
Hermione balançou a cabeça com uma risada, seu olhar mudando entre seus quatro filhos. — Vamos, você conhece as regras. Primeiro o café da manhã, depois abrimos os presentes.
— Mas o café da manhã demora muito! — choramingou Eleanor, com os braços cruzados sobre o peito de maneira semelhante à de Hermione durante seu primeiro ano em Hogwarts.
— Não se preocupe, Ellie. — disse Scarlett à irmã mais nova, sorrindo maliciosamente. — Só temos que comer mais rápido para podermos abrir nossos presentes mais cedo.
— Não, você não vai. — repreendeu Hermione em tom de advertência, balançando a cabeça para esconder sua diversão. — Seu pai e eu não vamos permitir que você se engasgue só porque quer abrir presentes.
— Mas os gêmeos sempre comem tão devagar. — Eleanor revirou os olhos. — Vai demorar muito até que eles terminem!
— Eles são apenas três, El. — riu Charlie, tornando conhecida sua presença na conversa, enquanto rolava e esfregava os olhos. — E só porque você pode comer como seu tio Ron não significa que todos nós podemos.
— Isso não é justo! Quero abrir os presentes agora! — Eleanor choramingou. — Por que tenho que esperar para abrir os presentes só porque os gêmeos não conseguem comer mais rápido?
— Porque somos uma família e abriremos nossos presentes juntos ou não abriremos. — Hermione apontou o dedo severamente. — Se você não parar de reclamar, não abriremos os presentes até depois do almoço.
Eleanor engasgou: — Você não faria isso!
— Eu poderia.
— Ok, vou ficar quieto, eu prometo!
— Aqui. — Charlie sentou-se encostado na cabeceira da cama, evocando um livro infantil nas mãos. — Por que não lemos enquanto sua mãe prepara o café da manhã?
— Acho que é uma excelente ideia. — Hermione sorriu para o marido, saindo da cama enquanto cada uma das crianças se acomodava perto do pai, inclinando a cabeça para ver as páginas.
— Era uma vez três irmãos que viajavam por uma estrada solitária e sinuosa ao anoitecer...
E Hermione parou na porta do quarto deles, abrindo um sorriso na direção de sua família aninhada na cama, cada um com uma expressão de extrema concentração, e ela se sentiu emocionada ao perceber o quão perfeita sua vida havia sido.
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1º de setembro de 2017
O outono parecia chegar repentinamente naquele ano. A manhã de primeiro de setembro estava fresca e dourada como uma maçã, e enquanto a pequena família atravessava a estrada barulhenta em direção à estação, quatro grandes gaiolas chacoalharam em cima dos carrinhos carregados que os pais empurravam; os gatos e as corujas dentro deles ronronavam e piavam indignados, e a garotinha de cabelos castanhos e espessos se arrastava chorosa atrás dos irmãos e irmãs, agarrada ao braço do pai.
— Não demorará muito e você também irá. — disse Charlie à filha mais nova, Clarissa Rose.
— Quatro anos. — fungou Clarissa. — Mas eu quero ir agora!
Os passageiros olhavam com curiosidade para as jaulas dos animais enquanto a família avançava em direção à barreira entre as plataformas 9 e 10. A voz de Tobias voltou para Charlie, apesar do clamor ao redor: seus filhos gêmeos haviam retomado a discussão que haviam iniciado no carro.
— Eu não vou! Não estarei na Sonserina!
— Bem, você definitivamente não estará na Corvinal!
— Arden, dê um tempo! — Hermione disse em tom de advertência, arriscando um olhar divertido para o marido.
— Eu apenas disse que ele poderia estar. — defendeu Arden, sorrindo para seu irmão gêmeo. — Não há nada de errado com isso. Ele pode estar na Son...
Mas Arden chamou a atenção de sua mãe e ficou em silêncio. Os sete Granger-Hawthornes se aproximaram da barreira. Com um olhar ligeiramente arrogante por cima do ombro para seu irmão mais novo, Arden - seu cabelo castanho bagunçado já fora da forma que Hermione havia tentado colocá-lo. mais cedo naquela manhã - pegou o carrinho da mãe e começou a correr. Ele desapareceu um momento depois, desaparecendo entre as plataformas.
— Vocês vão me escrever, não é? — Tobias perguntou imediatamente aos pais, aproveitando a ausência momentânea do irmão.
— Todos os dias, se você quiser. — sorriu Hermione, dando um beijo rápido na testa de seu filho de forma carinhosa.
— Não todos os dias. — Tobias balançou a cabeça rapidamente. — Ellie disse que a maioria das pessoas só recebe cartas de casa uma vez por mês.
A segunda criança mais velha de Hawthorne parou em frente à barreira entre as plataformas, olhando para o irmão mais novo com a boca aberta em estado de choque.
— Eu não!
— Bem, esperemos que não. — repreendeu Scarlett, rindo da expressão no rosto da irmã. — Porque eu me lembro de mamãe escrevendo para você três vezes por semana, no início.
— E você não quer acreditar em tudo o que seus irmãos lhe contam sobre Hogwarts. — Charlie acrescentou em um sussurro para Tobias, observando enquanto suas duas filhas mais velhas finalmente empurravam seus carrinhos através da barreira. — Eles gostam de rir, você. sabe. Além disso, se você precisar de mim, você sempre pode visitar meu escritório.
Com um aceno tranquilizado de Tobias, ele empurrou o quarto carrinho ao lado de seu pai, ganhando velocidade. Assim que chegaram à barreira, Tobias estremeceu, mas nenhuma colisão ocorreu. Em vez disso, a família Granger-Hawthorne emergiu na plataforma nove e três quartos, que estava obscurecido pelo espesso vapor branco que saía do Expresso de Hogwarts escarlate. Figuras indistintas fervilhavam em meio à névoa, na qual Scarlett, Eleanor e Arden já haviam desaparecido.
— Onde eles estão? — perguntou Tobias ansiosamente, olhando para as formas nebulosas por onde passavam enquanto desciam a plataforma.
— Nós os encontraremos. — disse Hermione de forma tranquilizadora, afastando os fios soltos de cabelo do rosto do filho enquanto Charlie pegava Clarissa, a filha mais nova, e a carregava pelo resto do caminho.
Mas o vapor era denso e era difícil distinguir os rostos de alguém. Separados de seus donos, as vozes soavam anormalmente altas. Charlie poderia jurar que ouviu Percy Weasley discursando em voz alta sobre os regulamentos de vassouras pelas telecomunicações, e ficou muito feliz com o desculpa para não parar e dizer olá...
— Acho que são eles, Tobi. — murmurou Hermione, apontando.
Havia um grupo de pessoas que emergiu da névoa, parado ao lado da última carruagem. Seus rostos só entraram em foco quando Charlie, Hermione, Clarissa e Tobias se aproximaram deles.
— Oi. — acenou Tobias, parecendo imensamente aliviado. Amber Lily Potter, que já estava usando suas vestes novas de Hogwarts, sorriu para ele.
— É tão bom ver você! — veio a voz agradavelmente surpresa de Elaina Dumont-Potter enquanto ela abraçava Charlie. — Nós pensamos que você poderia estar muito ocupado se preparando para o início do semestre.
— E sente falta disso? — Charlie acenou com a cabeça em direção a seus filhos, que estavam em conversas profundas com os filhos de Potter e Weasley.
— Você estacionou bem, então? — Harry perguntou a Charlie enquanto Elaina e Hermione se abraçavam. — Demorou um pouco, mas consegui. Elaina achou que o examinador devia ter enlouquecido quando passei no teste.
— Bem, certamente é uma possibilidade. — disse Elaina com seu sorriso travesso. — Olá, Rony. — ela acrescentou rapidamente, abraçando ele e sua esposa, Lilá Brown-Weasley, como forma de evitar mais acusações.
— Sim. — Charlie riu, antes de acrescentar, com uma risada para Hermione. — Melhor do que quando peguei o meu, Hermione estava convencida de que eu teria que confundir o examinador.
— Não, eu não estava! — Hermione ofegou defensivamente, batendo no braço do marido. — Eu tinha total fé em você.
— Na verdade, eu fiz o Confund o meu. — Ron sussurrou para Charlie enquanto, juntos, ajudavam Harry a colocar o malão e a coruja de Tyrion Potter no trem. — Eu só esqueci de olhar no espelho retrovisor, e vamos encarar os fatos, Posso usar um amuleto supersensorial para isso.
De volta à plataforma, eles encontraram Clarissa, Flora e Elijah, os três mais novos dos quatro filhos principais, tendo uma animada discussão sobre em qual Casa eles seriam classificados quando finalmente tivessem idade suficiente para frequentar a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
— Se você não estiver na Grifinória, nós o deserdaremos. — disse Rony olhando para a filha. — Mas sem pressão.
— Won-Won! — Lavender repreendeu, com os olhos estreitos.
— Ah, tudo bem, suponho que a Corvinal também não seja tão ruim. — Ron acrescentou com um sorriso. — Sua tia Luna era da Corvinal e ela acabou bem, eu acho.
Clarissa, Flora e Elijah riram, mas Tyrion e Tobias pareceram repentinamente solenes, trocando um olhar.
— Ele não quis dizer isso. — garantiram Hermione e Elaina simultaneamente, mas Ron não estava mais prestando atenção. Chamando a atenção de Charlie, ele acenou secretamente para um ponto a cerca de cinquenta metros de distância. O vapor havia diminuído por um momento, e quatro pessoas estavam de pé. em nítido relevo contra a névoa inconstante.
— Olha quem é.
Draco Malfoy estava parado lá com sua esposa grávida e filhos, um casaco escuro abotoado até o pescoço. Seu cabelo estava recuando um pouco, o que enfatizava o queixo pontudo. Seu filho se parecia com Draco tanto quanto Arden e Tobias se pareciam com Charlie. Draco avistou-o. Charlie, Harry, Rony, Hermione, Elaina e Lilá olharam para ele, assentiram brevemente e se viraram novamente.
— Então esse é o pequeno Scorpius. — Ron murmurou baixinho antes de se voltar para as crianças. — Vocês se certifiquem de vencê-lo em todos os testes. Espero que vocês Hawthornes tenham herdado o cérebro de sua mãe.
— O quê, os nossos não são suficientes? — Harry brincou, com uma sobrancelha levantada em direção à esposa. Charlie riu, balançou a cabeça e deu um tapinha nas costas do amigo.
— Rony, pelo amor de Deus. — disse Hermione, meio severa, meio divertida. — Não tente virá-los um contra o outro antes mesmo de começarem a escola!
— Você está certo, desculpe. — disse Ron, mas incapaz de se conter, ele acrescentou. — Mas não seja muito amigo dele. Vovô Weasley nunca irá perdoá-lo se você se casar com um sangue puro.
— Ei!
Antes que alguém pudesse repreender Ron novamente, James e Scarlett reapareceram; eles haviam se despojado de seus baús, corujas e carrinhos, e estavam evidentemente repletos de novidades.
— Teddy está lá atrás. — James disse sem fôlego, apontando por cima do ombro para as nuvens de vapor. — Acabei de vê-lo! E adivinha o que ele está fazendo?
Scarlett então olhou para os adultos, evidentemente desapontada com a falta de reação: — Nosso Teddy! Teddy Lupin! Agarrando Victoire! E eu perguntei a Teddy o que ele estava fazendo...
— Você os interrompeu? — Hermione ofegou, balançando a cabeça. — Você é igualzinho ao seu tio Ron!
— Oi! O que isso quer dizer? — Ron gritou, fingindo um olhar de mágoa, enquanto as crianças riam dele.
— E ele disse que viria se despedir dela! E então ele nos disse para irmos embora. Ele está beijando ela! — James acrescentou, seus olhos castanhos grandes e arregalados, tão preocupado, embora ele não tivesse sido claro.
— Oh, seria ótimo se eles se casassem! — sussurrou Flora em êxtase. — Teddy também faria parte da família Weasley!
— De qualquer forma, ele tem uma família conosco. — lembrou Elaina à jovem. — Você sabe disso.
— Sim, ele já vem jantar aqui cerca de quatro vezes por semana. — disse Harry, rindo. — Por que simplesmente não o convidamos para morar conosco e acabamos com isso?
— Sim! — exclamou James com entusiasmo. — Não me importo de dividir com Tyrion - Teddy poderia ficar com meu quarto!
— Não. — afirmou Harry com firmeza. — Você e Tyri só dividirão um quarto quando eu quiser que a casa seja demolida.
— Acho que podemos acabar sendo parentes no final. — Ron disse pelo canto da boca para Harry, com um olhar de soslaio para Elijah e Flora.
— Merlin ajude a todos nós se isso acontecer. — Charlie riu e verificou o relógio velho e surrado que uma vez pertenceu a Fabian Prewett. — Tudo bem, são quase onze horas, é melhor você embarcar.
— Não se esqueça de dar nosso amor a Neville e Ginny! — Hermione disse a Arden enquanto o abraçava, dando um beijo em sua bochecha.
— Mãe! — choramingou o gêmeo mais velho Granger-Hawthorne. — Não posso dar amor aos meus professores!
— Mas você conhece Neville e Ginny!
Arden revirou os olhos.
— Lá fora, sim, mas na escola ele é o Professor Longbottom, não é? Não posso entrar na Herbologia e dar-lhe amor! E se eu desse amor à Madame Weasley, todo o time de Quadribol iria me provocar!
— Não tenho certeza de como conhecer um dos melhores artilheiros de sua geração seja algo para se envergonhar! — Charlie disse ao filho, bagunçando seu cabelo provocativamente. — Além disso, é melhor você não agir dessa maneira quando me ver passeando. sobre. Porque estou totalmente preparado para envergonhar você na frente de todos os seus amigos.
Balançando a cabeça diante da tolice de seus pais, Arden desabafou seus sentimentos dando um chute em seu irmão mais novo: — Vamos, Tobi. Cuidado com os testrálios.
— Testrálios? — Tobias ficou com os olhos arregalados. — Eu pensei que eles eram invisíveis? Você disse que eles eram invisíveis!
Mas Arden limitou-se a rir, permitiu que a mãe o beijasse mais uma vez, deu um abraço firme no pai e depois saltou para o comboio que se enchia rapidamente. Viram-no acenar e depois correr pelo corredor para encontrar Scarlett e os seus amigos.
— Os testrálios não são nada com que se preocupar. — Charlie disse a Tobias, observando enquanto Harry e Ron se despediam de seus filhos com um beijo de despedida próximo. — Eles são coisas gentis, não há nada de assustador neles. Além disso, você não irá subir para escola nas carruagens, você irá nos barcos.
Hermione se aproximou, dando um beijo de despedida em Tobias. Clarissa agora estava ao lado de Elaina, fascinada por um dos brinquedos que o jovem Elijah Potter havia trazido com ele; sua figura de ação de super-herói voou pelo ar com um movimento da varinha de Harry, entretendo as crianças na plataforma com extraordinária facilidade.
— Vejo você na escola, Tobi. — sussurrou Charlie enquanto seu filho mais novo o abraçava com força. — Não se esqueça que Hagrid nos convidou para o chá na próxima sexta-feira. Não mexa com Pirraça. Não duele com ninguém até que você' Eu aprendi como. E não deixe seus irmãos acabarem com você!
— O que acontecerá se eu estiver na Sonserina?
O sussurro era apenas para seu pai, e Charlie sabia que apenas o momento da partida poderia ter forçado Tobias a revelar o quão grande e sincero era aquele medo. Scarlett havia herdado todo o lado confiante de Charlie, enquanto Eleanor permaneceu teimosa e inteligente, assim como ela. mãe. Arden havia se tornado um encantador convincente, e a pequena Clarissa Rose estava apenas começando a desenvolver as características que a diferenciariam de seus irmãos. Tobias Hawthorne, no entanto, era diferente. Ele era muito mais quieto que seu irmão gêmeo, mais reservado e controverso; muito mais parecido com Hermione na forma como ele pensava logicamente, em vez da imprudência de Charlie.
Charlie se agachou para que o rosto de Tobias ficasse um pouco acima do seu. Dos cinco filhos de Charlie, Tobias herdou os olhos castanhos dourados de seu pai. Ele era quase o sósia de Charlie, embora sem as cicatrizes da batalha final, e definitivamente tinha a frente proeminente de Hermione. dentes até que ele exigiu que sua mãe os reduzisse de tamanho - como ela havia feito anos antes consigo mesma - naquele verão.
— Escute-me, Tobias. — Charlie disse baixinho, para que ninguém além de Hermione pudesse ouvir, e ela teve tato o suficiente para fingir que estava acenando para Eleanor, que agora estava no trem. — Você e eu somos parecidos em muitos aspectos. Porque quando eu tinha a sua idade, havia uma parte de mim que estava apavorada com a minha Seleção, assim como sei que você está agora. Mas, ao longo dos anos, percebi a verdade: nem todos os Ravenclaw são sábios, nem todos os Lufa-Lufas são fracos, nem todos os Grifinórios são corajosos e nem todos os Sonserinos são maus. Com toda a honestidade, meu querido menino, são as nossas escolhas que nos mostram quem realmente somos, muito mais do que qualquer título.
— Mas e se...
— Então a Casa Sonserina terá ganhado um excelente jovem bruxo, não é? — Charlie disse com um sorriso orgulhoso. — Não importa para nós, Tobi, pois qualquer Casa teria muita sorte em ter você. Mas se isso realmente importa para você, o Chapéu Seletor levará sua escolha em consideração.
— Realmente?
Charlie assentiu, acrescentando: — Já aconteceu antes.
Ele nunca havia contado isso a nenhum de seus filhos antes, mesmo depois de todos os seus anos como diretor, e viu a admiração no rosto de Tobias quando disse isso. Mas agora as portas estavam batendo ao longo de todo o trem escarlate, e os contornos borrados dos pais estavam fervilhando em busca de beijos finais e lembretes de última hora.
Com um beijo final em sua bochecha, Hermione guiou Tobias até o vagão e fechou a porta atrás dele. A atenção dentro do trem foi atraída e os alunos estavam pendurados nas janelas mais próximas deles. Tanto dentro quanto fora do trem, um grande vários rostos pareciam estar voltados para Harry, Charlie, Hermione e Ron: os heróis da guerra.
— Por que eles estão todos olhando? — perguntou Tobias enquanto ele e Levi Weasley - seu cabelo com a textura arejada de Lilá e a vermelhidão de Rony - se esticavam para olhar para os outros alunos.
— Não se preocupe. — Ron deu de ombros, sorrindo maliciosamente. — Sou eu... Sou extremamente famoso.
— E eu também sou famoso e incrivelmente bonito. — brincou Charlie, sorrindo, enquanto sua esposa lhe dava um tapa no braço.
Tobias, Levi, Flora, Clarissa e Elijah riram. Então, com um barulho alto, o trem começou a se mover, e Harry caminhou ao lado dele, observando o rosto magro de seu filho, já em chamas de excitação. Charlie continuou sorrindo e acenando, mesmo embora fosse como um pequeno luto, ver seu filho deslizar para longe dele...
— Vejo você em Hogwarts! — ele gritou depois do trem, sua mão ainda levantada em despedida, e depois de alguns momentos fugazes, o último vestígio de vapor evaporou no ar de outono quando o Expresso de Hogwarts dobrou uma esquina e desapareceu.
— Ele vai ficar bem. — Hermione murmurou em relação a Tobias, inclinando-se para beijar o marido na bochecha.
Charlie se virou e sorriu para ela - sua esposa há dezessete anos - e depois para sua filha mais nova, sua doce Clarissa Rose, que estava segurando a mão da mãe. Ele baixou a mão distraidamente e tocou a cicatriz desbotada da Marca Negra em seu braço.
— Eu sei que ele vai.
E com isso, ele deu um beijo suave e amoroso na testa de sua esposa antes de Harry e Ron finalmente se juntarem a eles; os quatro trocaram um olhar, sorrindo, enquanto lágrimas brotavam de cada um de seus olhos. Juntos, parecia como se tudo o que passaram os tivesse levado a isso, ao momento em que tudo o que sacrificaram de repente valeu a pena.
— Conseguimos. — disse Harry sem fôlego, enquanto passava as pontas dos dedos ao longo da cicatriz iluminada em sua testa.
A cicatriz não machucava Harry há dezenove anos.
Tudo foi bem.
★
Depois de deixar seus filhos em Kings Cross, com a promessa de vê-los todos mais tarde, Charlie Hawthorne aparatou em Hogwarts. Nas horas que se passaram, Charlie se preparou nos aposentos do diretor, vestindo suas vestes azul-marinho, como notícia da chegada de os primeiros anos percorrem os corredores.
Com um sorriso gravado nos lábios, Charlie entrou em seu escritório com um passo de satisfação. Ele cumprimentou os retratos dos diretores anteriores e sentou-se atrás de sua mesa, cumprimentando sua coruja em miniatura, Fozy, e Fawkes, a Fênix, com um tapinha na cabeça.
— Olá, Fawkes. — ele sussurrou para a mítica Fênix, que estava cantando silenciosamente em seu poleiro, enquanto Charlie lhe dava um tapinha na cabeça. Seus olhos então se voltaram para o retrato de Dumbledore, e uma onda de admiração tomou conta de Charlie quando ele viu seu retrato. os gentis olhos azuis do avô brilhando para ele.
— Charles, meu garoto. — Dumbledore chamou seu neto em seu tom familiar e alegre. — Está quase na hora do banquete? Você está pronto? Tem seu discurso preparado?
— Eu estava apenas improvisando. — Charlie disse timidamente, um rubor subindo por seu pescoço, não apenas Dumbledore, mas o Professor Snape olhou para ele com sorrisos divertidos. — O que você disse, Professor?
— Você deveria saber que normalmente não sou de fazer discursos, Hawthorne. — murmurou Snape, seus lábios se contraindo para cima. — No entanto, eu mencionei que o Lorde das Trevas havia cessado o controle da escola, e que se algum delito ocorresse, eles iriam ser tratado... Apropriadamente.
— Um pouco ameaçador, senhor. — respondeu Charlie, rindo levemente.
No rescaldo da guerra, o antigo ódio de Charlie por Snape havia desaparecido, e embora ele ainda desejasse ter sabido a verdade há muito tempo, ele não podia se permitir ficar chateado com Snape depois de ele tê-los defendido de Voldemort. Portanto, ao se inscrever como Diretor, Charlie respirou melhor quando insistiu que o retrato de Snape fosse pendurado em seu escritório, sabendo que o homem poderia retornar a um estado de dignidade, não esquecido em seu leito de morte na Casa dos Gritos.
Olhando para os olhos negros de Snape, a escada para o escritório do diretor começou a roncar, e quando parou, Charlie chamou a pessoa para entrar antes que ela pudesse bater.
— Charles, é hora do banquete. — anunciou a Professora McGonagall, entrando no escritório, com suas vestes verde-floresta e chapéu combinando. Não muito tempo atrás, a Professora McGonagall foi aconselhada a se aposentar da escola e usar uma bengala depois de pegar celulite em seu tornozelo esquerdo, mas sendo a mulher que era, ela recusou imediatamente.
— Perdi a noção do tempo, professora. — disse Charlie cansado, estalando os dedos enquanto se levantava da mesa, colocando a pena de volta no lugar original. — Vamos? — Charlie perguntou, oferecendo seu braço para a mulher que ele desde então pensava como figura materna.
— Não seja idiota, garoto, eu sou velha, não frágil. — McGonagall revirou os olhos, batendo no braço dele de brincadeira; seus olhos ainda tinham carinho pelo garoto doce e inocente que ela conheceu. Charlie estava com quase trinta anos agora , e os anos de estresse e tormento infligidos a ele por seu pai podiam ser demonstrados nas poucas rugas em sua testa e nos cabelos grisalhos aparecendo.
— Sim, senhora. — Charlie riu, seguindo a Professora McGonagall em direção à porta. Assim que alcançou a maçaneta, no entanto, ele inclinou a cabeça para trás e se despediu de Snape e Dumbledore. — Vejo vocês dois mais tarde. — ele disse encantadoramente. — Deseje-me sorte.
— Você não vai precisar disso, meu garoto! — sorriu Dumbledore, com um brilho infantil nos olhos. — Estamos orgulhosos de você, independentemente do que aconteça!
— Devo estar muito inclinado a concordar, Hawthorne. — acrescentou Snape, sorrindo apesar de si mesmo. — Agora, pelo menos, parece que Hogwarts está em boas mãos. Rápido agora, vá e viva sua vida como todos pretendíamos. Merlin sabe o que todos nós sacrificamos por você.
— Eu mesma não poderia ter dito melhor, Severus. — McGonagall olhou para seu colega. — Sabe, devo dizer, gosto muito do seu comportamento recente, embora seja uma pena que só tenha surgido com o seu morte.
— Antes tarde do que nunca, Minerva. — brincou Snape, torcendo seu nariz longo e torto em algo semelhante a uma risada ao lado de Dumbledore e McGonagall. Então, depois de alguns momentos, McGonagall e Charlie saíram do escritório do Diretor, suas capas esvoaçantes seguindo-o. seus rastros enquanto desciam a escada em caracol.
A caminhada pelos corredores foi silenciosa até chegarem ao Hall de Entrada. Charlie podia ouvir o zumbido de centenas de vozes vindo de uma porta à direita - o resto da escola já devia estar aqui - mas a Professora McGonagall o acompanhou até uma pequena sala, câmara vazia ao lado do corredor para saudar os primeiranistas. Eles estavam amontoados, parados um pouco mais próximos do que normalmente estariam, olhando ao redor nervosamente.
Com um aceno de longe, os olhos de Charlie permaneceram em seus dois meninos gêmeos - Arden e Tobias - que estavam no meio da multidão, com as capas já desabotoadas, e ele lançou-lhes um sorriso encantador antes de sair da câmara, de volta ao corredor, e através de um par de portas duplas para o Salão Principal.
Embora já tivesse pisado no Salão Principal inúmeras vezes, Charlie ainda se maravilhava com o lugar estranho e esplêndido. Era iluminado por milhares e milhares de velas que flutuavam no ar sobre quatro mesas compridas, onde o resto dos alunos estavam sentados. ... Essas mesas estavam dispostas com pratos e taças douradas brilhantes, e no topo do salão havia outra mesa comprida onde os professores estavam sentados. As centenas de rostos olhando para Charlie enquanto ele caminhava pelo corredor do meio pareciam lanternas pálidas no brilho bruxuleante. Então, espalhados aqui e ali entre os estudantes, os fantasmas brilharam como uma névoa prateada, incluindo o cômico poltergeist de Fred Weasley.
Charlie acenou para as mesas enquanto ele passava, abrindo um sorriso ainda mais largo para Scarlett, que estava sentada entre os Corvinais, e Eleanor, que conversava com seus colegas da Lufa-Lufa. Então, principalmente para evitar todos os olhares fixos, Charlie olhou para cima e viu um teto preto aveludado pontilhado de estrelas, sua boca se curvando em um sorriso ao se lembrar da frase infame que sua esposa havia falado pela primeira vez no primeiro ano.
— Está enfeitiçado para se parecer com o céu noturno...
E com um sorriso afetuoso ao lembrar, Charlie alcançou o banquinho de quatro pernas na frente do Salão, onde estava o Chapéu Seletor remendado e puído. Quando chegou à cadeira do diretor, ele acenou com a cabeça em agradecimento a Neville Longbottom. o Chefe da Grifinória e Professor de Herbologia, e em Ginny Greengrass nascida Weasley, a nova Instrutora de Voo e Treinadora de Quadribol em Hogwarts, observando enquanto Hagrid, que chamou sua atenção e lhe fez sinal de positivo, marchou os novos alunos do primeiro ano entre a Grifinória e Mesa da Lufa-Lufa.
A Cerimônia de Seleção veio e passou com eficiência milagrosa, e Charlie bateu palmas para todos os alunos, independentemente da Casa em que foram colocados. Assim que a Professora McGonagall enrolou seu pergaminho e tirou o Chapéu Seletor, ele se levantou e sorriu para os alunos. , com os braços bem abertos, como se nada pudesse tê-lo agradado mais do que vê-los todos ali.
— Bem-vindos, todos vocês, a mais um ano em Hogwarts. — Charlie cumprimentou, a luz das velas brilhando em sua barba, enquanto sua voz se espalhava pelo Salão Principal. — Antes de começarmos nosso banquete, gostaria de dizer algumas palavras em homenagem. do nosso falecido diretor, Albus Dumbledore - Nitwit! Gordura! Estranheza! Ajuste!
E sem explicação, já que haveria tempo para isso mais tarde, Charlie recuperou seu lugar enquanto todos aplaudiam e aplaudiam suas palavras de boas-vindas.
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13 de outubro de 2092
Hermione Granger sabia que iria morrer.
A morte era inevitável, e Hermione não estava tão incomodada com esse fato quanto deveria. Ela havia enganado a morte muitas vezes, até mesmo a enfrentado ao lado de seus amigos mais vezes, talvez, do que qualquer outra pessoa jamais havia enfrentado. No quarto ano , ela viu o amor de sua vida suportar os horrores do Torneio Tribruxo e teve que lidar com a realidade da morte pela primeira vez. Então, apenas um ano depois, ela lutou ao lado de seus amigos no Departamento de Mistérios, apenas assistir enquanto Lord Voldemort lentamente assumia o controle.
Aos dezesseis anos, Hermione sentiu a sensação angustiante de desgosto e foi deixada completamente sozinha. Na Batalha de Hogwarts e nos eventos que levaram a ela, ela perdeu mais pessoas e viu mais amigos morrerem do que nunca. Mas, Infelizmente, eles venceram a guerra, e Hermione enfrentou seus próprios demônios pessoais e lutou ao lado de seus melhores amigos. Finalmente, em seus dezoito anos de vida, Hermione Granger estava livre para abraçar a normalidade novamente.
No rescaldo da guerra, todos recomeçaram, casaram com seus entes queridos e criaram suas famílias. Hermione se casou com o amor de sua vida, sua melhor amiga, e deu à luz cinco filhos, cada um dos quais trouxe uma grande alegria para sua vida que ela nunca conheceu antes.
Quando Kingsley Shacklebolt se aposentou como Ministro da Magia, todo o Mundo Mágico encorajou Hermione a aceitar o cargo. Relutantemente, ela o fez, e o Ministério da Magia funcionou melhor do que nunca sob seus cuidados. Políticas novas e mais inclusivas tomou posse, e Hermione estabeleceu uma excelente reputação em sua posição, com seu marido saboreando sua posição de diretor em Hogwarts da mesma forma.
E então, com o passar dos anos, Hermione se tornou uma mulher idosa e notável. Seus cabelos castanhos e espessos haviam se tornado grisalhos, seu rosto estava marcado pela idade e ela passou por mais dificuldades e triunfos do que jamais imaginara depois. a guerra.
Os filhos dela e de Charlie se casaram e tiveram seus próprios filhos, que agora estavam todos em Hogwarts. Scarlett puxou a mãe, herdando o cargo de Ministro com seu intelecto, antes de se casar com o mestiço Sebastian Thorpe, da Casa da Grifinória. Eleanor, o mais puro dos corações, surpreendeu Hermione e Charlie ao se apaixonar por um trouxa enquanto estava em Londres; seu nome era Alfie Dunham, e Charlie certamente se envolveria em conversas trouxas casuais enquanto jogava futebol americano sempre que tinha oportunidade.
Os gêmeos, Arden e Tobias, seguiram seus tios e se tornaram Aurores no Ministério. Apesar do melhor julgamento de Charlie, Arden se casou com a filha mais nova de Draco Malfoy, Celeste, e uniu as famílias nos livros de história. Tobias, no entanto, tinha casou-se com outra mestiça chamada Vanessa Starling e rivalizou com a natureza adoradora de seu pai em relação à sua parceira. Então, por último, mas não menos importante, Clarissa Rose finalmente se formou em Hogwarts e se casou com a nascida trouxa Thea Cowen, uma intelectual , jovem da Corvinal.
Assim, com todos os seus filhos envolvidos romanticamente, Charlie e Hermione ficaram satisfeitos em saber que cada um dos seus doze netos daria continuidade ao seu legado.
No entanto, com cada triunfo viria a luta, e Hermione experimentou a perspectiva sempre tão enervante da morte mais uma vez.Mesmo depois de suas longas vidas, Hermione não ficou tão angustiada ao ver Molly e Arthur Weasley, suas vidas chegando ao fim natural. já que eles foram enterrados ao lado de seu filho no cemitério de Ottery St. Catchpole. McGonagall foi a próxima a ir, então Hagrid logo depois, e aqueles dois foram de longe os piores.
A essa altura, aos cento e cinco anos de idade, Hermione começou a suspeitar que seu tempo - junto com o de seus companheiros mais próximos - estava se aproximando. E então, ela esperou que a Morte viesse até ela como uma velha amiga, passando os anos restantes de sua vida com o marido, seus amigos mais próximos e seus filhos, netos e bisnetos.
Hermione já havia aceitado há muito tempo o fato de que seus amigos, colegas e familiares mais antigos estavam chegando ao fim de suas vidas felizes. Embora, com o coração pesado, tenha sido um choque quando Rony foi o primeiro a partir, e Hermione, Charlie , e Harry ficou arrasado ao saber que seu quarteto era reduzido a um trio; eles sabiam que Ron estava em um lugar melhor, mas não podiam deixar de sentir falta dele a cada dia que passava.
Em seguida veio o infame Harry Potter e sua esposa, Elaina Dumont, ambos falecendo com um ano de diferença um do outro, como se nunca tivessem tido a intenção de viver uma vida sem o outro. Charlie e Hermione, os últimos membros integrantes da Batalha de Hogwarts , foram atingidos por uma queixa mais dura do que qualquer coisa que já haviam experimentado, apesar do fato de estarem dispostos a reconhecer que em breve teriam que partir desta vida para outra.
Então, quando o momento da morte prematura de Charlie Hawthorne chegou até eles, Hermione foi esmagada por um desgosto muito maior do que qualquer coisa que ela já teve que suportar. Charlie e Hermione eram inseparáveis há mais de um século, vivendo o resto de sua vida caótica. vive como um par emblemático cujo amor nunca se afastou um do outro. Portanto, quando Charlie faleceu aos cento e sete anos, tirou vários anos da vida já esgotada de Hermione e a deixou sozinha para chorar até dormir. noite; ela quase não saía de casa e muitas vezes via a pena nos olhos dos netos quando eles vinham visitá-la.
E agora, alguns anos depois, Hermione sentou-se em seu lugar favorito ao lado da lareira na grande e vazia casa dela e de Charlie e manteve o olhar fixo no mesmo álbum de fotos do tempo que passaram na Floresta Proibida, embora agora estivesse completo com as fotografias recém-descobertas de suas vidas após a guerra. De aniversários a Natais, ao primeiro dia de seus filhos em Hogwarts e até mesmo às fotos aleatórias dos quatro principais entre suas aulas de anos atrás; o álbum de fotos funcionou como uma linha do tempo do princípio ao fim, quase como que perfeitamente transcrito em palavras, numa crónica de vários capítulos...
O momento de sua morte, Hermione sabia, estava a apenas algumas horas de distância. Agora, por mais que lhe doesse fazê-lo, era hora de dizer adeus àqueles que ela amava e que deixaria para trás. Seus bisnetos com seus pais vieram primeiro, e Hermione adorava que eles fossem tão jovens e cheios de vida, e tivessem, esperançosamente, uma vida longa pela frente. Eles derramaram lágrimas e disseram seu último adeus.
Agora, nas últimas horas de sua vida, seus filhos idosos o cercavam. Seus cabelos estavam com mechas grisalhas, seus rostos marcados pela idade, mas Hermione via apenas as crianças pequenas que um dia foram. Suas três lindas filhas, Scarlett, Eleanor, e Clarissa, e seus lindos filhos, Arden e Tobias, tinham vindo à casa de sua infância para se despedir.
Clarissa começou a chorar, lágrimas silenciosas escorrendo pelo rosto. Então, com um pequeno sorriso, Hermione olhou entre elas, com o coração inchado. Scarlett parecia arrasada, mas Hermione viu a pitada de responsabilidade que vinha de ser a filha mais velha; Hermione sabia ela cuidaria de seus irmãos. Eleanor estava triste e triste, brincando ansiosamente com a barra de sua saia. Tobias e Arden andavam de um lado para o outro, não querendo aceitar o que estava acontecendo; Hermione sabia que eles estavam contendo as lágrimas.
A filha mais nova, Clarissa, foi a única que teve coragem de não abafar o choro, mas agarrou com força a mão da mãe, farejando baixinho.
— Não chore, minha doce Clarissa Rose. — Hermione disse a ela, colocando a mão em seu rosto. Isso, é claro, só a fez chorar mais quando ela colocou a mão sobre a de sua mãe. — Nós nos veremos novamente.
Os outros também choravam agora, incapazes de impedir que as lágrimas escorressem por suas bochechas. Tobias assoou o nariz em um lenço e desabou ao lado da mãe no sofá, estendendo a mão para ela desesperadamente.
— Você e seu irmão se parecem muito com seu pai, Tobias. — sussurrou Hermione de forma tranquilizadora, suas mãos quebradiças enxugando as lágrimas de seu lindo rosto. — Vou vê-lo de novo, ok? Vou ver suas tias e tios, e seus avós... Todos eles.
Tobias não pôde deixar de sorrir em meio às lágrimas ao ver o sorriso feliz de sua mãe.
— Mamãe... — a voz de Eleanor quebrou ao pronunciar a palavra, soando como a criança que Hermione lembrava, e num impulso, ela se virou para sua segunda filha mais velha e a abraçou em um abraço apertado e eterno.
— Sabe, seu bisavô disse uma vez que para uma mente bem organizada, a morte é apenas a próxima grande aventura. — Hermione falou em um sussurro abafado, afastando-se para olhar entre cada um de seus filhos. — Não chore por mim. Por causa de vocês cinco, conheci um amor muito maior do que qualquer outro e, por isso, sou grata.
Os soluços das crianças ficaram mais altos, embora nenhum deles conseguisse pronunciar uma palavra em resposta. Juntos, os cinco filhos Granger-Hawthorne apenas se aconchegaram e ficaram juntos em solidariedade.
— Scarlett... — Hermione acenou, e sua filha mais velha se adiantou. — Por favor, lembre-se de mim... Lembre-se do que eu fiz, para que outros possam aprender com isso.
— Como poderíamos esquecer você, mãe? — foi a resposta de Scarlett, e Hermione deixou lágrimas escorrerem pelo seu rosto.
Então, quando o silêncio caiu sobre eles, Hermione sorriu, e todos ficaram imóveis, esperando, por um longo tempo. O corpo de Hermione tossiu e seus filhos correram para ajudá-la ou ligar para alguém no St. Mungus, mas a mãe deles apenas acenou para eles.
Era muito cedo para se preocupar com isso.
A morte estava impaciente.
O coração cansado de Hermione já havia batido as batidas de uma vida inteira, embora ela não tivesse medo de admitir.
— Meus bebês. — ela murmurou, olhando para os filhos, o calor enchendo seu coração moribundo; eles sorriram, ouvindo a mãe sem hesitar. — Eu amo muito todos vocês. Estou muito orgulhosa de cada um de vocês. Se cuidem. um do outro e sejam gentis um com o outro. Pelo menos, saibam... Tive muita sorte de ser sua mãe.
Nenhuma das crianças conseguiu conter as lágrimas e cada uma agarrou a mãe - as mãos, os ombros - e abraçou-a com amor.
— Ellie. — disse Hermione suavemente, e sua segunda filha mais velha olhou para ela. — Você pode ler para mim?
— Claro, mamãe. — Eleanor respondeu, fungando. De debaixo da capa, ela tirou um pequeno livro desgastado e de aparência antiga - que Hermione lembrava com tanto carinho como um presente herdado - e abriu-o na última história no final do livro. o livro.
— Era uma vez três irmãos que viajavam por uma estrada solitária e sinuosa ao anoitecer...
Todos ouviram em silêncio, com lágrimas escorrendo pelo rosto, e Hermione sentiu o abraço gentil da Morte. A Morte demorou, deixando Hermione ouvir a história infame na voz linda e triste de sua filha. Seu olhar se dirigiu para o álbum de fotos ainda em suas mãos enquanto Eleanor leu, Hermione estava grata por não poder ver a mágoa nos olhos de seus filhos quando ela começou a partir deste mundo para outro.
— E então ele cumprimentou a Morte como um velho amigo, e foi com ele alegremente, e, como iguais, eles partiram desta vida.
Enquanto seus dedos frágeis e ossudos folheavam as fotografias e a história do 'Besouro, o Bardo' chegava ao fim, Hermione sabia que era hora da próxima grande aventura... Como Dumbledore sempre dizia.
E assim, Hermione Granger finalmente fechou os olhos sem medo e arrependimento, dissolvendo-se na escuridão.
★
Parecia que nenhum tempo havia passado.
A sala estava quente, iluminada pelas velas bruxuleantes e pelo fogo crepitante para manter a brisa de outono à vontade. Hermione abriu os olhos mais uma vez, e os tormentos da velhice aparentemente se dissolveram no nada. Ela sentiu seu corpo crescer com uma nova energia. energia, uma juventude esquecida que ela não sentia desde a adolescência. Seus sentidos pareciam ter aumentado; o quarto brilhava ao seu redor com um brilho dourado, lindo e sereno. Ela estava com uma camisola de seda, enrolada em um cobertor grosso em volta dos ombros para mantê-la aquecida e travesseiros atrás dela.
Hermione sentiu a textura macia do linho de algodão sob as pontas dos dedos e engasgou quando a cama rangeu ao lado dela. Ela virou-se de lado lentamente até que pudesse entender adequadamente o assunto de sua intriga.
Charlie Hawthorne.
Ele estava dormindo, enterrado profundamente nas cobertas, como sempre fazia quando estava frio. Hermione sorriu gentilmente ao se lembrar de como o cabelo dele ficava bagunçado e desgrenhado quando sua cabeça deitava no travesseiro. Seu marido parecia tão inocente enquanto dormia; suas características distintas eram tão jovens quanto eram aos dezoito anos. Hermione sentiu seu coração bater forte dentro do peito com a visão diante dela; fazia anos desde que ela tinha sido capaz de vê-lo em qualquer lugar que não fosse em seus sonhos. As memórias de seus A vida inteira juntos inundou sua mente, sufocando-a com tanto amor e admiração. Tantas noites, eles adormeceram juntos, abraçados um ao outro, mantendo-se aquecidos e protegendo-se do mundo exterior.
Hermione ansiava por ser reintroduzida ao toque dele, ao sabor de seus lábios. Respirando fundo, ela se aninhou mais perto de seu abraço. Charlie não acordou, mas ele se mexeu levemente, deitado de costas. Não havia nenhum ornamento por perto. ele; ele parecia o jovem que já foi, em vez do poderoso bruxo que teria sido quando o sol nascesse no horizonte. Hermione o observou dormir por um momento, com tanto amor e esperança em seus olhos enquanto escovava uma mecha de cabelo. cabelo do rosto dele; ela havia esquecido como era ter faíscas de amor acesas sob as pontas dos dedos.
Inconsciente de seus movimentos, Hermione deslizou a mão em direção à bochecha dele e segurou-a suavemente, estremecendo com o calor que emanava de sua pele. Houve uma respiração instável que saiu de seus lábios; foi a primeira vez que ela o tocou desde que ele tomou seu último suspiro. Hermione passou o polegar pela bochecha de Charlie, como fazia sempre que ele precisava relaxar após um longo dia de trabalho, e sentiu seu corpo estremecer com a sensação. Sua mão a guiou enquanto ela se aconchegava mais perto e dava um beijo em a parte inferior de sua mandíbula, persistente.
Charlie reagiu, farfalhando sob os lençóis. Ele apoiou a cabeça na palma da mão dela, ainda dormindo profundamente. Hermione se permitiu ser lembrada do amor que eles compartilharam, o amor que sempre compartilhariam. Mesmo enquanto ele dormia, Charlie estava ciente de a presença de sua esposa. Eles estavam tão sintonizados, tão emaranhados, tão conectados.
Hermione não estava mais no controle de seus movimentos seguintes, e ela não sabia se queria estar. Seus lábios finalmente se tocaram, lentos e gentis. Seu corpo doía por estar mais perto dele, o beijo deles se tornou mais profundo quando Charlie começou a se aproximar dele. despertar de seu sono. Hermione não sabia o que ele faria quando acordasse, mas ficou agradavelmente surpresa quando ele imediatamente retribuiu o beijo, as pontas dos dedos enroscando-se em seus cachos.
Pela primeira vez em muito tempo, Charlie Hawthorne sentiu-se completa e totalmente acordado. Ele estava cheio de tanto prazer e calor que imediatamente reconheceu o gosto dos lábios pressionando contra ele. Sua esposa o conheceu na vida após a morte, enroscada em seus braços e o beijou por sua própria violação. Ele sorriu profundamente no abraço, seus braços envolvendo seu pequeno corpo e segurando-a perto. O resto do mundo desapareceu quando eles se reuniram, e eles se separaram apenas quando perderam o fôlego. tornou-se poderoso o suficiente para separá-los um do outro. Os lábios de Charlie se esticaram em um sorriso infantil.
Seus olhos se encontraram pela primeira vez, admirando-se.
Hermione sorriu para ele, rindo timidamente como se fossem dois adolescentes pegos se beijando no sofá da sala comunal. Eles falaram com os olhos por um momento ou dois, ambos alegremente inconscientes de que agora teriam a eternidade para fazer isso. Seu coração contente, Charlie não esperava sua chegada, mas mesmo assim acariciou sua bochecha com o dedo indicador.
— Meu amor. — ele murmurou suavemente, e Hermione sentiu lágrimas caírem de seus olhos ao ouvir o som incrédulo de sua voz.
— Charlie. — ela sussurrou. — Estou aqui.
— Eu estive esperando por você.
Hermione encostou a testa no peito de Charlie e murmurou: — Isso não parece real.
— Nada jamais foi mais real. — ele proclamou sem fôlego, seus lábios levemente inchados pelo beijo. — Eu te amo, Hermione. — ele acrescentou com os braços serpenteando em volta da cintura dela. — Eu sempre amei.
— Eu também te amo. — respondeu Hermione, olhando profundamente nos olhos dele e admirando o brilho juvenil do marrom dourado dentro deles. Seus lábios então provocaram uma risada suave e divertida enquanto ela falava. — Eu quase esqueci o quão jovens nós já fomos. eram.
Charlie sorriu para ela mais uma vez, enroscando os dedos em seus ricos cachos castanhos enquanto suspirava; a última vez que se viram, ambos tinham cabelos prateados e rugas que definiam suas feições. Ele se apoiou nos cotovelos, olhando para o rosto dela.
— Fale por si mesma. — ele riu suavemente. — Sempre preferi me considerar um jovem muito bonito, não importa a idade que eu possa ter.
Hermione sorriu aquele sorriso novamente. Ela então se inclinou para beijá-lo antes que seu rosto caísse de compreensão; suas feições ficaram sobrecarregadas com tudo o que ela sentiu antes de morrer, tudo o que ela foi forçada a suportar sem Charlie ao seu lado nos anos. após sua morte prematura.
— Nossa vida juntos parece ter acontecido há muito tempo. — ela refletiu, com a voz embargada de emoção. — Tem sido tão difícil sem você, Charlie... Tão difícil...
— Shhh. — Charlie sussurrou, falando suavemente em seu ouvido. — Isso tudo acabou agora, meu amor. — e ele a beijou profundamente como se para lembrá-la da vida que eles ainda tinham para viver. te deixar de novo.
Com um pequeno aceno de segurança, Hermione pressionou o lado da cabeça contra a têmpora dele, saboreando seu abraço caloroso. A luz do sol da tarde inundou o quarto algum tempo depois, muito mais branca e nítida agora, já que não era mais de manhã cedo... Com o silêncio se estabelecendo entre eles, demorou um ou dois momentos até que Charlie conseguisse sair do confinamento seguro do abraço caloroso de sua amorosa esposa.
— Vamos. — ele sussurrou para Hermione, estendendo a mão para ela enquanto se levantava.
— Para onde estamos indo? — , sua esposa respondeu, entrelaçando as mãos cansadamente com uma expressão confusa.
— Tem alguém que eu quero que você conheça...
E juntos, Charlie e Hermione Granger-Hawthorne saudaram a morte como um velho amigo, embarcando em sua jornada na vida após a morte como se nunca mais se separassem...
FIM
E aí está, o fim de uma era...
Parabéns! Você alcançou com sucesso o tão esperado final da história de Charlie Hawthorne, ou como todos vocês o conhecem, 'O Garoto que Amava' :))
Obrigada pelo seu apoio contínuo! Isso realmente mudou minha vida e não posso agradecer o suficiente pelo que você fez por mim <33
I also want to thank -we-are-infinite-, for giving me permission to translate this story! Thank you so much for this.
Amo vocês e adeus!
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