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𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
CAPÍTULO NOVENTA E DOIS
─── SUCESSO NO SÉTIMO ANO E ELA DISSE SIM!
[Este capítulo contém cenas +18]
1º de setembro de 1998
NÃO HAVIA NADA além de uma escuridão pacífica e aveludada, e Charlie Hawthorne vagava satisfeito, quase sem perceber essa escuridão. Ele se mexeu um pouco sob os lençóis, quando uma brisa fresca em seu rosto o acordou de seu sono profundo no pequeno quarto que dividia com Harry e Rony na Toca.
— Charlie. — uma voz chamou.
Ondulações agitaram-se na escuridão reconfortante da alma, e a mente flutuante e feliz de Charlie tentou desesperadamente ignorar a intrusão.
— Charlie, vamos! Acorde!
Com um empurrão não tão gentil, Charlie despertou de repente, e o lindo vazio foi substituído por um brilho abrasador e uma desorientação nebulosa quando ele abriu os olhos. Ele rapidamente se sentou, espreguiçou-se um pouco e esfregou o rosto antes de fixar o olhar nas duas figuras parecidas com silhuetas que estavam à sua frente.
— Bom dia, seu idiota preguiçoso. — veio a voz brincalhona de Rony Weasley através da escuridão da cortina fechada, enquanto ele e Harry Potter riam juntos ao lado da cama de Charlie. — Que bom que você se juntou a nós.
— Que horas são? — perguntou Charlie, grogue, bagunçando seu cabelo castanho escuro. Ele semicerrou os olhos, deixando-os se ajustarem ao brilho, e focou em Harry e Ron mais uma vez, abafando um bocejo no processo.
— Oito e quinze: — relatou Harry. — A Sra. Weasley nos disse para irmos acordá-lo para o café da manhã.
— Saúde. — Charlie assentiu, enquanto saía da cama e vestia um suéter velho dos Chudley Cannons por cima do torso nu. — É para ser o nosso café da manhã de despedida, suponho.
— Ainda não consigo acreditar que Hermione convenceu você a voltar para o sétimo ano. — gemeu Ron, enojado com a simples ideia de mais trabalhos escolares. — Sinceramente, prefiro ser estrunchado de novo do que passar por mais exames.
— Você faria a mesma coisa por Lilá, tenho certeza. — retaliou Charlie, rindo, enquanto as bochechas de Ron coravam de vergonha. — Além disso, se assistir a mais um ano de aulas significa passar mais tempo com minha namorada, então que assim seja. Hermione sempre quis terminar os exames de nível NEWT, você sabe, e eu não vou atrapalhar isso. que.
— É justo. — Harry encolheu os ombros, caminhando em direção à porta do quarto. — Será diferente sem vocês dois aqui. Sentiremos sua falta, companheiro.
— Ainda não é tarde para se inscrever nas aulas. — Charlie ergueu as sobrancelhas sugestivamente. — Vamos, será como nos velhos tempos.
Harry riu, balançando a cabeça naquele instante.
— Não vou sentir tanto a sua falta. — disse ele. — Desculpe dizer, Charlie, mas estou com Ron nesta questão. De jeito nenhum vou assistir a outra aula de História da Magia.
— Tudo bem. — suspirou Charlie, abaixando os ombros. — Mas mande uma carta pelo correio de vez em quando, não é? Também sentirei muita falta de você.
— Isso. — disse Harry, balançando a cabeça junto com Ron. — Nós podemos fazer.
— Vou ver se consigo arranjar tempo para isso, — Ron encolheu os ombros, brincando, puxando as cortinas da janela para que pudessem ver o sol brilhar sobre o jardim da Toca. — Mas de qualquer forma, vamos descer - estou morrendo de fome.
Charlie revirou os olhos.
— Sim, mas quando você não está?
Com uma risada compartilhada, os três garotos da Grifinória amontoaram-se pela porta, um após o outro. Eles tropeçaram no corredor, e o cheiro da infame comida caseira da Sra. Weasley rapidamente inundou suas narinas vindo dos andares de baixo. A Toca estava estranhamente silenciosa ultimamente, pois até o ghoul no sótão parecia estar de luto pela morte de Fred Weasley. Faziam apenas cinco meses desde o fim da Segunda Guerra Bruxa, mas ajustar-se ao novo normal de suas vidas provou ser um processo mais longo do que originalmente previsto.
Todo o Mundo Mágico mudou significativamente desde 2 de maio de 1998; o Lorde das Trevas finalmente foi conquistado, a guerra foi vencida. As consequências do caos, no entanto, tornaram-se algo que era uma luta diária. Terminada a guerra, havia sobreviventes para procurar e corpos para recuperar, feridos para cuidar e mortos para enterrar; que infelizmente incluiu um pequeno funeral privado no jardim da Toca para as almas caídas de Fred, Tonks e Remus.
Enquanto os últimos mortos eram enterrados, Charlie passou as semanas seguintes na Austrália com Hermione, procurando por seus pais na tentativa de desfazer o Feitiço da Memória e trazê-los de volta para casa. Quando eles finalmente voltaram para a Inglaterra e Hermione começou a fazer com que seus pais voltassem à vida antiga, Charlie desperdiçou seus dias à beira do lago no jardim dos fundos da Toca, silenciosamente tentando evitar o transbordamento de dor e tristeza que pairava sobre ele como um nuvem negra.
No final de junho, houve uma cerimônia realizada para homenagear aqueles que lutaram e morreram na guerra, e o orgulho sentido pelos ganhadores dos prêmios da 'Ordem de Merlin' foi manchado pelos Malfoys que de alguma forma conseguiram evitar a prisão por um detalhe técnico. . Porém, quando agosto chegou, o início do novo período letivo de Hogwarts estava se aproximando rapidamente, e esse mesmo fato parecia despertar uma nova vida nas ruas do Mundo Mágico; George reabriu a Wizard Wheezes dos Weasleys; Harry e Elaina finalmente se acostumaram a cuidar do filho de Tonks e Remus, Teddy; A Sra. Weasley estava de volta ao que era antes, cozinhando, limpando e preocupando-se com os filhos.
E agora, no dia primeiro de setembro, Charlie finalmente seguiu pelo corredor atrás de Harry e Rony, passou por todas as outras portas dos quartos e desceu as escadas até a cozinha, certificando-se de pular o último degrau que sempre rangia. Ele olhou para o pé da escada e encontrou os olhares gentis do Sr. Weasley, Gina, Percy, Gui e Fleur enquanto o som do jornal sendo amassado e do tilintar da xícara de chá enchia seus ouvidos quando ele entrou na cozinha.
— Bom dia, queridos. — cumprimentou a Sra. Weasley, enquanto colocava um pedaço de bacon no prato do marido. — Você dormiu bem?
— Muito bem. — assegurou Charlie, e sentou-se ao lado de Bill na cabeceira da mesa; A Sra. Weasley rapidamente veio buscar um prato de comida, colocando-o na frente do jovem, enquanto ele murmurava: — Obrigado.
— Vocês estão no jornal de novo, rapazes. — disse o Sr. Weasley, brandindo a última edição do Profeta Diário na mão esquerda enquanto tomava um gole de seu chá matinal. — Rita Skeeter ainda está delirando com a sua derrota de Você-Sabe-Quem.
— Bem, você pode culpá-la? — perguntou Ron brincando, suas palavras abafadas pela boca cheia de comida. — Somos ridiculamente famosos hoje em dia.
Bill riu muito na cabeceira da mesa, balançando a cabeça para o irmão mais novo.
— E incrivelmente modesto, caso você não saiba.
— Mas fica um pouco chato. — disse Harry calmamente. — Você pensaria que eles já teriam seguido em frente.
— É uma história e tanto, devo admitir. — lembrou o Sr. Weasley, espiando por cima do jornal. — Mas suponho que seja difícil para as pessoas desistirem...
Houve um breve - e solene - momento de silêncio antes que o som de passos se aproximando pudesse ser ouvido na escada rangente; era ninguém menos que Elaina Dumont, seus olhos castanhos brilhantes, com um bebê de cabelo turquesa nos braços enquanto ela cambaleava para a cozinha.
— Bom dia! — ela cumprimentou a todos alegremente, enquanto atravessava a sala e beijava o namorado na bochecha. — Teddy está agitado há horas, Harry, então acho que ele quer seu padrinho.
Com um sorriso brilhante, Harry pegou Teddy nos braços, e o bebê de cinco meses balbuciou contente, seu cabelo mudando de um azul profundo para um tom de preto que inegavelmente refletia o próprio cabelo de Harry.
— Veja. — Elaina sorriu ao ver Harry e Teddy juntos. — Eu sabia que era isso.
— Bonjour, mon amie. — disse Fleur alegremente, acenando para Elaina enquanto ela se sentava ao lado de Harry. — Você está com fome?
— Faminta. — respondeu Elaina, e Fleur rapidamente colocou um prato de comida na frente dela. — Obrigada.
Teddy gritou alto nos braços do padrinho mais uma vez, estendendo as mãozinhas desajeitadamente para os ovos e bacon no prato de Elaina. Sorrindo, Harry bagunçou o cabelo do bebê enquanto o resto da mesa continuava suas diversas conversas sobre as últimas notícias do Profeta Diário.
— Sr. Weasley, eu queria perguntar ao senhor. — chamou Charlie, chamando a atenção do Weasley mais velho. — Você ouviu alguma coisa sobre o julgamento do meu pai?
— Kingsley não falou muito, infelizmente. — disse o Sr. Weasley. — Embora haja um boato de que Fenwick foi condenado por sua lealdade passada ao Lorde das Trevas, e desde então foi sentenciado ao Beijo do Dementador por tentativa de homicídio. Precisarei buscar uma confirmação oficial, veja bem, mas você será o primeiro a saber quando eu faço.
— Eu apreciaria isso. — disse Charlie calmamente, com a garganta entupida com uma mistura de emoções. Ele tossiu levemente, então rapidamente mudou de tato, — Obrigado novamente pelo café da manhã, Sra. Weasley.
— De nada, querido! — a bruxa Weasley mais velha sorriu em resposta, evidentemente grata pela mudança de assunto da conversa. — Eu não poderia deixar você embarcar no trem sem uma última refeição adequada agora, poderia?
— É meu último ano também. — Ginny falou abruptamente, murmurando baixinho. — Mas acho que todos nós sabemos agora que Charlie é o seu favorito, não é?
— Ah, cale-se! — repreendeu a Sra. Weasley, batendo suavemente no ombro da filha. — Eu faria o mesmo por todos vocês! — ela se virou para Charlie, batendo palmas com entusiasmo. — Estou tão orgulhosa que você foi nomeado monitor-chefe, Charles! Você e Hermione vão se sair bem, vai ser tudo ótimo! Sempre soube que vocês dois conseguiriam!
— Mãe, já entendemos. — gemeu Ron, com a boca cheia de ovos mexidos. — Você tem chorado sobre isso desde que eles receberam as cartas da Professora McGonagall.
— Diretora McGonagall. — corrigiu Gui, sorrindo ao lado de Fleur. — Ela vai quebrar sua cabeça se você chamá-la de algo menos.
— Orgulhosa! Tão orgulhosa! — cantou a Sra. Weasley, seu sorriso tão largo como sempre. — Monitor-chefe! Monitora-chefe! Estou tão orgulhosa!
— Eu sou o capitã de quadribol! — retrucou Gina. — Onde estão meus gritos de 'orgulho de você', mãe? Ou você simplesmente esqueceu sua filha favorita?
— Oh, Gina, querida. — a Sra. Weasley envolveu seu filho mais novo em um abraço apertado. — Você sabe que sempre estou orgulhosa de você.
— Sim, e além disso. — acrescentou Charlie, sorrindo de maneira provocativa enquanto empurrava Ginny sobre a mesa. — Você é apenas co-capitã do time de quadribol, se bem me lembro.
— Ugh! Você não pode me deixar ter nada, pode? — Gina revirou os olhos de brincadeira. — Você tem sorte de ser um artilheiro decente, Hawthorne, ou então eu teria apontado um balaço na sua cabeça há muito tempo.
Charlie riu antes de morder um pedaço de bacon.
— Eu também te amo, Gin. — ele murmurou brincando.
— Sim, sim. — Ginny acenou para ele como se estivesse irritada com um de seus irmãos. — Bem, de qualquer forma, por que você não vai procurar Hermione? Ela está perdendo o café da manhã e devemos partir logo.
— Onde ela está? — perguntou Charlie, franzindo as sobrancelhas. — Achei que ela ainda pudesse estar dormindo.
— Não, ela estava acordada quando fui dar a mamadeira a Teddy mais cedo. — Elaina entrou na conversa. — Ela me disse que estava planejando escrever para os pais dela, então eu verificaria o estudo.
— Claro. — assentiu Charlie, recostando-se na cadeira. — Eu já volto - Ron, deixe pelo menos um pedaço de bacon para minha namorada, certo?
— Sem promessas! — provocou Ron, sorrindo atrevidamente enquanto Charlie voltava pela cozinha em direção à sala. — Você apenas terá que voltar correndo.
Charlie soltou uma gargalhada que lembra Sirius Black e saiu da sala, indo em direção à área de estar principal da Toca. Ele levou dois minutos para tropeçar no escritório em que Hermione estava sentada na mesa de madeira torta no canto, com Ludo a seus pés, uma pena na mão e o lábio inferior entre os dentes.
Dando vários passos silenciosos em direção à namorada, Charlie se aproximou por trás dela e moveu o cabelo dela para o lado antes de passar os braços em volta dos ombros dela e dar alguns beijos leves na pele recém-exposta; Hermione pulou levemente, assustada, mas rapidamente se inclinou para o abraço do namorado quando percebeu quem era.
— Oi. — disse ela, com um suspiro de satisfação, enquanto colocava a pena sobre a mesa de madeira.
— Oi, querida. — Charlie sussurrou em seu ouvido, mordiscando o lóbulo de brincadeira. Apoiando o queixo na curva do pescoço dela, ele olhou para a mesa, que estava cheia de pergaminhos e cartas espalhadas, e perguntou: — Escrevendo para seus pais?
— Sim, eles nos desejaram boa sorte em nosso primeiro dia de aula. — respondeu Hermione, brandindo a carta correspondente em suas mãos. — E eles também já nos convidaram para passar as férias de Natal em casa.
— Claro. — Charlie sorriu, aninhando-se ainda mais no abraço caloroso de Hermione. — Eles estão bem, entretanto?
— Oh, eles voltaram completamente ao normal, — disse Hermione, com um tom satisfeito em sua voz. — Mamãe diz que está feliz por termos sido nomeados Monitor-Chefe e Monitora-Chefe, mas papai não gostou muito da ideia de dividirmos um quarto juntos.
As bochechas de Charlie coraram.
— Você contou a ele sobre isso? — ele tossiu, com os olhos arregalados.
Hermione inclinou ligeiramente a cabeça para trás na direção dele, seus lábios curvados em um sorriso brincalhão, e disse: — Pode ter escapado.
— Certo. — Charlie engoliu em seco, nervoso. — Bem, lá se vai qualquer chance que eu tive de conquistar seu pai.
— Você está sendo dramático, meu amor. — Hermione riu, inclinando-se para dar um beijo na parte inferior de sua mandíbula. — Eu já te disse o quanto meu pai gosta de você.
Charlie ainda não estava convencido, porém, quando balançou a cabeça e se endireitou, libertando-se do abraço da namorada.
— Sim. — ele começou. — Mas isso não vai durar muito se ele achar que você e eu estamos - você sabe - fazendo alguma coisa...
Com outra pequena risadinha, Hermione se levantou da cadeira, contornou o corpo roncador de Ludo e jogou os braços em volta do pescoço de Charlie. Ela segurou suas bochechas, passando as pontas dos polegares pelos vários cortes e hematomas que ainda estavam se recuperando da guerra. Então, com um sorriso sedutor, Hermione se inclinou e contornou os lábios do namorado com os seus.
— Ele estaria errado em pensar assim? — ela sussurrou, brincando com os cabelos da nuca de Charlie. — Quero dizer, este ano em Hogwarts vai ser bastante interessante para nós dois. Teremos que passar muito tempo - sozinhos - juntos. Você não imaginou o que você e eu poderíamos fazer? com esse tipo de privacidade? — ela perguntou, balançando as sobrancelhas sugestivamente.
— Maldição. — disse Charlie humildemente, seus olhos castanhos escurecendo de desejo. Ele passou os braços em volta da cintura dela e puxou-a para mais perto, depois acrescentou: — As coisas que eu faria com você são indescritíveis...
— Isso foi o que eu pensei. — brincou Hermione, com um sorriso satisfeito, enquanto ela fechava a pequena distância entre eles e começava a dar-lhe uma prévia do tipo de beijo que eles seriam capazes de dar quando estivessem sozinhos em Hogwarts. dormitórios.
Eles balançaram no mesmo lugar por mais um momento, cada um combinando com o fervor do outro, até que o rangido próximo da porta da sala de estudo os separou. Juntos, Charlie e Hermione olharam para a intrusão e encontraram o olhar importuno de Ginny quando ela se encostou no batente da porta, com um sorriso malicioso.
— Então é isso que está demorando tanto. — ela riu, balançando a cabeça. — Eu deveria saber.
— Sim, você deveria ter feito isso. — Hermione revirou os olhos de brincadeira, os braços ainda em volta do pescoço de Charlie. — A que devemos a intrusão, Ginerva?
— Minhas desculpas. — Ginny disse, ainda sorrindo. — Mas eu estava pensando se você gostaria de continuar sua sessão de beijos ou talvez vir e se juntar a nós no café da manhã?
— Depende. — suspirou Charlie, puxando Hermione para mais perto e beijando sua bochecha. — Posso realizar várias tarefas?
— Ugh. — gemeu Ginny. — Esqueça que eu perguntei, então...
— Oi! Mamãe quer saber o que está acontecendo, então... Ah, que merda! — veio a voz irritada de Ron quando ele dobrou a esquina, olhando para Charlie e Hermione todos abraçados no centro da sala. — Mantenha os beijos ao mínimo, não é?
— Sem promessas. — Charlie zombou dele, aninhando-se ainda mais no abraço de sua namorada. — Você apenas terá que se acostumar com isso.
E com isso, a sala de estar da Toca ecoou com dois estalos altos enquanto os irmãos Weasley desapareciam, agradavelmente enojados, e Hermione continuava com sua busca anterior pelos lábios de Charlie sem se importar com as opções de café da manhã que lhe foram oferecidas.
★
O resto da tarde amanheceu chuvoso e sombrio, e Charlie puxou o malão dele e de Hermione pelas plataformas surradas da estação King's Cross. Como estava agora, até o mais novo dos Weasley tinha idade suficiente para fazer magia fora da escola, então o Sr. Weasley, Rony, Gina, Charlie, Hermione, Elaina e Harry aparataram juntos para se despedirem no trem. estação.
Enquanto eles atravessavam a parede de tijolos e entravam na Plataforma 9¾, todos ficaram surpresos ao encontrar George Weasley distribuindo panfletos do serviço de pedidos de coruja da Weasley's Wizard Wheezes para os alunos enquanto eles se movimentavam, embarcando no trem.
— Ei! Ei! — exclamou George, sorrindo apesar de tudo, enquanto colocava uma pilha de panfletos nas mãos de Charlie. — Distribua isso quando chegar à escola, certo, monitor-chefe? Será ótimo para os negócios!
— Claro, Georgie. — sorriu Charlie, que ficou muito satisfeito ao ver o gêmeo Weasley sorrir pela primeira vez desde o fim da guerra. Ele dobrou os panfletos e os enfiou no bolso da jaqueta, depois acrescentou em um sussurro baixo: — Só não conte para Hermione.
Com um sorriso atrevido, George juntou-se à despedida ao lado de sua mãe e de seu pai, envolvendo sua irmã mais nova em um abraço apertado. Charlie observou enquanto o Sr. e a Sra. Weasley derramavam algumas lágrimas enquanto ajudavam Gina a embarcar no Expresso de Hogwarts pela última vez, e de repente ele percebeu o preço da guerra gravado em seus rostos; eles estavam evidentemente exaustos e envelhecidos além da idade. Ele só podia imaginar como eles deveriam estar se sentindo. Eles realmente não mereciam perder um dos filhos; não era justo com ninguém.
A visão do Expresso de Hogwarts vermelho brilhante o tirou de seu devaneio e, pela primeira vez, Charlie finalmente sentiu um entusiasmo genuíno para voltar à escola. Ele se despediu emocionado da Sra. Weasley, permitindo que ela envolvesse ele e Hermione em um abraço esmagador, e então se despediu do Sr. problemas em Hogwarts.
Elaina estava uma bagunça chorosa e emocional enquanto se atirava ao redor de seus amigos que partiam, especialmente quando ela alcançou Charlie e disse-lhe para se permitir ser feliz em um sussurro baixo que causou um arrepio percorrendo seu corpo. A despedida de Harry foi muito mais chorosa e sentimental do que a de Rony (Não se esqueça de dar um chute na Sra. Norris por mim!), já que ele finalmente estava se despedindo de duas das pessoas que estiveram ao seu lado nos últimos sete anos.
— Prometa-me que vocês cuidarão um do outro. — ele disse a Charlie e Hermione, puxando eles e Ron para um último abraço apertado; os quatro podiam sentir os olhos do transeunte sobre eles enquanto se abraçavam, mas nada parecia separá-los.
— Sim. — acrescentou Ron, que de repente pareceu mais emocionado. — E cuide de Ginny por mim, não é?
Muito emocionada para falar, Hermione apenas deu um simples aceno de cabeça e aprofundou o abraço entre os dois garotos que ela considerava irmãos. Charlie, no entanto, conseguiu manter o lábio superior rígido e não cair no choro, rindo enquanto batia no ombro de seus dois melhores amigos.
— Não se preocupe conosco, companheiro. — garantiu aos amigos, com um sorriso encantador. — Cumpriremos nossa parte no trato, desde que vocês dois não deixem toda essa fama chegar às suas cabeças ruivas e cheias de cicatrizes enquanto estivermos fora.
— Isso não será um problema para mim. — riu Harry, levantando as mãos fingindo inocência. — Mas Rony, por outro lado...
— Eu farei o meu melhor. — disse Ron brincando, e os três garotos compartilharam outro abraço turbulento cheio de socos brincalhões e puxões de cabelo fraternos.
E então, quando um assobio ecoou pela plataforma, Hermione foi relutantemente a primeira a quebrar o abraço dos quatro núcleos enquanto lentamente puxava Charlie para embarcar no Expresso de Hogwarts, entrelaçando os dedos; eles, junto com Ginny, subiram no trem enferrujado e acenaram adeus pelas janelas até que toda a família Weasley, Harry e Elaina fossem meros espectros à distância.
No momento em que o Expresso de Hogwarts passou pelos trilhos da Estação Kings Cross, Gina já havia saído para se sentar com Luna Lovegood e Dino Thomas, que estava voltando para seu sétimo ano depois de passar o período anterior fugindo ao lado de Grampo. Charlie e Hermione, no entanto, se acomodaram na frente do trem onde residiam os vagões dos monitores e, juntos, sentaram-se sozinhos em um compartimento desocupado.
Para dar o exemplo adequado como monitor-chefe e monitora-chefe (e porque Hermione insistiu absolutamente que eles se trocassem assim que chegassem à estação de trem), Charlie e Hermione já estavam vestidos com suas vestes escolares, que agora incluíam as novas adições brilhantes de distintivos escarlates e dourados presos em seus peitos. Incapaz de se conter, porém, Charlie continuou puxando a gola de sua camisa.
— Pare de mexer com eles. — repreendeu Hermione, afastando as mãos do namorado de suas vestes.
— Esqueci o quão desconfortável era esse macacão de macaco. — reclamou Charlie, afrouxando a gravata da Grifinória. — Eu me acostumei a usar roupas trouxas enquanto fugia, você sabe.
Hermione riu baixinho, balançando a cabeça diante da falta de decência do namorado. Ela se virou para ele e passou as mãos sobre seus ombros, alisando o material onde ele havia amontoado enquanto o puxava. Arrastando as mãos para baixo, ela brincou provocativamente com o distintivo de monitor-chefe que estava preso em seu peito com os dedos.
— Desconfortável ou não. — ela começou humildemente. — Acho que você está elegante.
— Arrojado, hein? — Charlie encostou a cabeça na dela, apoiando a mão na parte superior da coxa dela. — Você acha?
— Mhm. — cantarolou Hermione, e enquanto ela olhava para ele através dos cílios, Charlie não perdeu tempo quando se inclinou e lhe deu um beijo rápido.
Assim que eles se separaram, Charlie suspirou contente enquanto olhava nos olhos castanhos e calorosos de Hermione pela bilionésima vez. Para sua preocupação imediata, porém, ele notou um leve lampejo de apreensão no olhar dela, incitando-o a se perguntar o que ela estava pensando.
— Tudo bem, amor? — ele perguntou, sentando-se um pouco em alerta. — Posso dizer que você está pensando em alguma coisa.
— O que? Ah, sim, desculpe! — Hermione voltou à consciência ao som da voz de Charlie. — É só que - é muito, sabe? Estou um pouco nervosa, para ser sincera. Há muito tempo que sonho em me tornar monitora-chefe, mas agora que isso aconteceu, estou perdendo um pouco a cabeça. É incrivelmente estressante, e eu não...
Charlie a interrompeu com outro leve beijo nos lábios.
— Você está divagando, meu amor.
— Desculpe...
— Está tudo bem. — ele riu, roçando a bochecha dela com a ponta do polegar. Ele então beijou sua testa, sussurrando baixinho: — Você quer que eu te ajude a relaxar?
Houve uma mudança repentina na atmosfera, pois a tensão mudou da maneira mais milagrosa ao som daquelas oito palavras. Hermione estremeceu ao sentir o hálito quente de Charlie em sua orelha. Ele deslizou os lábios pelo pescoço dela, mordiscando a pele exposta, enquanto sua mão subia cada vez mais pela saia. Hermione fechou os olhos com a sensação, agarrando-se à beirada da cadeira enquanto uma onda repentina de desejo inundava seus sentidos. Ela casualmente se aproximou dele, inclinando a cabeça para o lado para dar mais acessibilidade ao namorado.
— E c-como você faria isso, exatamente?
— Seria mais fácil se eu te mostrasse. — ele disse humildemente, sua respiração fazendo cócegas na pele dela no processo. — O que você diz?
As palavras de Hermione ficaram presas em sua garganta; sem perceber, ela agarrou a nuca de Charlie e o segurou com firmeza, como se subconscientemente lhe dissesse para não parar. A lua havia começado a nascer nos arredores do interior da Inglaterra e brilhava suavemente através das janelas que refletiam nos olhos castanhos escuros de Hermione quando ela finalmente os abriu. Seu olhar caiu sobre as portas de vidro do compartimento enquanto Charlie continuava a beijar seu pescoço, fazendo com que ela hesitasse por um mero momento enquanto afrouxava o aperto em torno dele.
— Charlie. — ela avisou, embora o olhar cansado de desejo lascivo lhe dissesse algo diferente. — Não podemos...
— Sim, podemos. — ele sussurrou em contradição, mordiscando sua orelha. Com um gemido baixo, ele se afastou e ergueu a varinha em direção à porta do compartimento. — Muffliato! Colloportus! Nox! — ele murmurou cada encantamento em um sussurro, mergulhando-os em uma escuridão silenciosa, antes de jogar a varinha de lado e pressionar os lábios nos de Hermione.
— Isso é ruim da nossa parte. — Hermione o lembrou apesar de suas perseguições, embora ela não tenha feito nenhuma tentativa de impedi-lo de alcançar o cós de sua saia. — Devemos dar o exemplo...
— Mas isso não é divertido. — Charlie gemeu, envolvendo as duas mãos em volta da cintura dela. — Vamos, querida, você está me matando.
— Charles Hawthorne. — Hermione olhou para ele através da escuridão, a leve silhueta de seu sorriso provocando-o. — Você está sugerindo que não podemos nem andar juntos em um trem sem que você seja dominado por seus impulsos mais básicos?
— Deus, sim. — disse Charlie descaradamente. — Então você vai fazer algo a respeito? Porque você está me fazendo querer transar com você contra a parede agora mesmo.
— É assim mesmo? — os lábios de Hermione estavam ligeiramente entreabertos e sua voz estava um pouco sem fôlego. — Bem, então acho que teremos que fazer algo sobre isso.
Ela sentiu os braços de Charlie apertarem-na ao seu redor, e então os lábios dele estavam nos dela e ela não conseguia pensar em mais nada. Sem perder o ritmo, Hermione se lançou da cadeira e caiu no colo do namorado. Entrelaçando os braços em volta do pescoço dele, ela olhou diretamente nos olhos dele e o que viu refletido nele a deixou sem fôlego; ela engoliu em seco e respirou fundo, pois apenas seu namorado tinha a capacidade de fazê-la perder todo o senso de racionalidade.
— Droga, Charlie...
— Você adorou. — ele brincou, balançando levemente os quadris para cima. — Eu conheço você - mmmph!
Hermione o silenciou com um beijo profundo e alucinante enquanto suas mãos subiam e se enroscavam em seus cabelos. Charlie sabia o momento exato em que ela mudou; aquela sensação incrivelmente excitante dela se fundindo nele. Ele passou a língua pelos lábios dela, exultando quando ela se abriu para ele. Ela estava montada em suas pernas, e seu peso quente e perfumado quase o deixou tonto. Ele a sentiu puxando o cós de sua calça jeans e, com um esforço supremo de força de vontade, separou-se dos lábios dela.
Com uma força extraordinária, Charlie levantou Hermione e os virou, prendendo os braços no assento acolchoado do compartimento do trem. Ele perdeu o controle no momento seguinte, empurrando-a contra a parede com um beijo destrutivo que roubou o fôlego de ambos. Os dedos dele deslizaram pelos cabelos dela, puxando a nuca, forçando-a a gemer em sua boca enquanto suas línguas colidiam. A necessidade consumiu os dois, e Charlie ficou surpreso quando Hermione se encostou na parede para se sentar, puxando-o ainda mais; eles agora estavam pressionados peito contra peito enquanto suas línguas lutavam pelo domínio.
Suas pernas envolveram instintivamente a barriga de Charlie, eliminando toda a distância entre eles e posicionando-o exatamente onde ele esperava estar desde que entraram juntos no compartimento; estar preso entre as pernas longas e sedosas de Hermione com sua ereção tão perigosamente perto dela, quente, querendo...
— Isso é imprudente. — ela sussurrou entre beijos, puxando a barra do colete de mangas compridas de Charlie para colocá-lo sobre sua cabeça. Ele deixou, deslizando para fora e observando-o ser jogado no chão antes de voltar a olhar para os dela. — Muito imprudente.
— Você quer parar?
— Não... Deus, não. — Hermione levou a mão até a bochecha dele. — Nunca pare, querido.
E quando Charlie a beijou novamente, foi muito mais suave e gentil do que nunca. A mão dela deslizou para trás em volta do pescoço dele, e as mãos dele encontraram o caminho por baixo do suéter de Hogwarts, puxando-o pela cabeça com sutil facilidade. Hermione gemeu baixinho enquanto ele descia beijo após beijo delicado por seu corpo, desabotoando sua camisa ao longo de seu caminho. Então, com a camisa jogada no chão, ela estendeu a mão para trás e desabotoou cada alça do sutiã com cuidado, sua coragem crescendo a cada puxão de botão desalojado.
O vapor de suas ações parecia criar uma névoa nebulosa ao longo das janelas dos compartimentos. Charlie não pareceu perceber isso, pois permitiu que seus olhos percorressem a curva dos seios de Hermione e a redondeza de seus quadris antes de perceber algo que fez sua pele arrepiar. Seu olhar caiu sobre o braço gravado com aquela palavra desagradável, e assim que Hermione percebeu o que ele estava olhando, sua apreensão reapareceu e ficou gravada em seu rosto entre as sombras. Charlie percebeu isso, entretanto, e gentilmente levou o braço dela aos lábios, beijando cada letra:
— Você.
S.
— É.
A.
— Linda.
N.
— Inteligente.
G.
— Corajosa.
U.
— Sexy.
E.
— Compassiva.
R.
— Minha.
UI.
— E eu estou tão apaixonado por você, Hermione Granger.
M.
O nome dela vindo dos lábios dele era como uma oração, intocável e significativa, e Hermione não conseguia evitar reacender o desejo lascivo entre eles. Ela o empurrou de costas, montando nele mais uma vez enquanto girava os quadris. Os olhos de Charlie pousaram na parte de trás de sua cabeça enquanto as mãos dela percorriam seu corpo, seguindo do contorno de seu abdômen até seu membro endurecido e vestido. Ela arrancou febrilmente as vestes restantes de seu corpo, jogando-as de lado, apesar de seus protestos anteriores de arruinar o traje escolar; tal como estava agora, o latejar entre as pernas parecia ter precedência sobre todo o resto.
Hermione se viu lambendo os lábios, a habilidade sexual nela rastejando das profundezas de sua alma para se estabelecer entre as pernas dele enquanto ela alcançava a fivela do cinto e se atrapalhava para desfazê-lo. Charlie reprimiu cada gemido que saiu do fundo de sua garganta enquanto sentia sua namorada dar vários beijos de boca aberta em seu abdômen, enquanto as mãos dela desabotoavam o último botão de sua calça, puxando-o até os tornozelos e libertando seu membro de seus limites. Incapaz de se controlar, Charlie balançou os quadris quando as mãos de Hermione o envolveram, e quando ela começou a deslizar pelo comprimento de seu pênis, ele gemeu mais alto do que nunca.
— Deus, Hermione, por favor...
Deslizando mais para baixo, Hermione o provocou ainda mais enquanto dava um beijo na parte interna de sua coxa, saboreando os sons de seus murmúrios ofegantes e gemidos com suas ações. Ela mostrou a língua e girou alegremente ao redor da cabeça de seu pênis. Seus olhos se fecharam com a sensação, a mão de Charlie se estendeu e agarrou uma boa parte de seu cabelo, encorajando-a a separar os lábios para absorvê-lo por completo. Então, conforme solicitado, a boca de Hermione deslizou ao redor dele, ajustando-se ao seu comprimento, apertando-o e não deixando espaço além disso para sua língua molhada e lábios macios.
Charlie gemeu, os dedos dos pés curvando-se sob ela, enquanto Hermione descia até a base de seu membro. Suas mãos estavam cravadas na borda do assento enquanto ele lutava para manter o controle; os músculos de seus braços estavam tensos e gotas de suor brilhavam em sua testa enquanto sua namorada aumentava o ritmo, fazendo com que ele liberasse o fundo de sua garganta.
— Merlin, porra, Jesus Cristo... — ele sibilou por entre os dentes, enquanto Hermione o segurava ali por um momento, deixando seu entusiasmo desaparecer, antes de inclinar a cabeça para trás e saborear o que restava do gosto insaciável em sua boca.
— Isso satisfez seus desejos? — ela perguntou com voz rouca, e Charlie levou alguns momentos para recobrar o juízo e abrir os olhos, absorvendo-a por completo mais uma vez.
— Não exatamente... — ele conseguiu dizer, e Hermione esperou, os olhos semicerrados de ansiedade enquanto ele a puxava para seu colo mais uma vez e deslizava os dedos entre as pernas dela, finalmente tocando o lugar que praticamente ansiava por ele. Seu dedo médio deslizou entre as dobras dela enquanto o polegar empurrava a calcinha rendada para o lado para melhor acesso. Ele traçou ao redor de sua entrada, arrastando ao longo de sua fenda, provocando.
— Charlie... — Hermione sussurrou no ar úmido do compartimento, colocando a mão contra a janela para se equilibrar. — Sim... Ah... Sim, Charlie, assim...
Seus dedos trabalhavam em um ritmo constante, sem diminuir a velocidade ou colocar muita pressão. Os quadris de Hermione se inclinaram para frente em resposta, e Charlie começou a beijar seu pescoço enquanto guiava seu comprimento até sua entrada com a mão oposta, enchendo-a com ainda mais até que sua boca se abriu quando ele bateu nela como uma mão em uma luva. Com a cabeça jogada para trás, os braços em volta do pescoço dele, Hermione balançou contra a pélvis dele enquanto Charlie segurava seus quadris com força, empurrando para cima enquanto trabalhava os dedos contra o clitóris dela ao mesmo tempo. Eles estavam em perfeito uníssono, ambos os corpos entrelaçados, confiando um no outro da maneira mais íntima enquanto faziam amor na escuridão silenciosa do compartimento do trem.
Charlie banhou sua pele exposta com beijo após beijo enquanto ele entrava e saía dela. Hermione passou as unhas pelas costas dele em resposta, ganhando um gemido moderado dele contra a curva de seu pescoço.
— Porra... — ele ofegou, mordiscando o lóbulo da orelha dela. — Você... Não tem ideia... Do que você... Faz comigo...
— Mais forte, Charlie... Oh meu Merlin, foda-me com mais força...
E sob seu comando, os impulsos de Charlie tornaram-se mais ásperos e rápidos, e ele agarrou seu traseiro em busca de apoio enquanto entrava nela, o quarto ficando cada vez mais quente. Hermione gritou, perdida na dor e no prazer, sem saber o que era melhor. Ela arqueou as costas, pressionando os seios no rosto dele. Charlie colocou um em sua boca, e Hermione quase perdeu o controle, desfazendo-se pelas costuras, e antes que ela percebesse o que estava acontecendo, ele a embalou para outro orgasmo enquanto ela gritava a plenos pulmões. Ele enterrou a cabeça em seu ombro, ofegante, levando os dois até o fim antes de se libertar, perdido em uma confusão de palavras incoerentes.
Os dedos de Hermione estavam emaranhados nos cabelos do namorado, agarrando os cachos dele enquanto seu corpo tremia. Da mesma forma, as próprias pernas de Charlie tremiam debaixo dele. Ele olhou para ela, perdido em seu próprio orgasmo primitivo, com a boca aberta e os olhos pesados.
— Relaxada? — ele perguntou atrevidamente, e os dois riram no compartimento ecoante do Expresso de Hogwarts.
— Você tem sorte de eu te amar, você sabe. — sussurrou Hermione, dando uma cotovelada nas costelas dele de brincadeira, antes de segurar o rosto dele entre as mãos e dar alguns beijos suaves em seus lábios inchados. Eles desfrutaram do silêncio por alguns momentos, tentando recuperar o fôlego, descendo do ponto mais alto enquanto sentiam cada solavanco do trem enquanto ele voava pelos trilhos. — Devíamos nos vestir. — ela disse finalmente, para o olhar imediatamente descontente de Charlie. — Estamos quase na escola e devemos dirigir os alunos do primeiro ano.
Incapaz de resistir, Charlie apertou sua cintura e continuou a beliscar sua pele exposta, rindo levemente enquanto Hermione batia em suas mãos na tentativa de se libertar de seu abraço.
— Mas e quanto a outro...
Silenciando-o com um beijo rápido nos lábios, Hermione aproveitou a oportunidade e usou-a como uma distração, fingindo ceder a ele mais uma vez, antes de sair de cima dele e sair de seu alcance.
— Nem pense nisso, Hawthorne. — ela repreendeu de brincadeira. — Você tem que se comportar.
— Onde está a diversão nisso? — Charlie riu, pegando uma das mãos dela enquanto a levava à boca e começava a dar beijos suaves nos nós dos dedos. — Vamos, querida, por favor - serei rápido, prometo.
— Tentador, mas não. — Hermione ergueu uma sobrancelha para ele, rindo consigo mesma enquanto vestia as roupas descartadas. — Teremos bastante tempo para mais disso mais tarde, especialmente quando estivermos sozinhos em nosso quarto...
Os olhos de Charlie se iluminaram, seu sorriso atrevido ficou ainda maior.
— Eu vou exigir isso de você, então, Granger.
Seus lábios perseguiram, Hermione recuou em direção ao namorado mais uma vez, inclinando a cabeça para cima e diminuindo a distância entre eles em um movimento rápido. Ela se afastou momentos depois, deixando Charlie totalmente atordoado por suas ações insaciáveis.
— Oh, estou contando com isso. — ela sussurrou baixinho contra sua boca, deixando suas mãos vagarem perigosamente em direção a seu membro amolecido. — Então vista-se e terminaremos isso mais tarde - essa é a minha promessa.
Tendo ouvido a voz levemente ofegante de Hermione que o deixou saber que ela não estava imune às suas atenções, Charlie cedeu e começou a vasculhar o compartimento em busca de suas vestes. Então, quando o Expresso de Hogwarts parou em seu destino final, o monitor-chefe e a monitora-chefe se limparam e cumpriram seus deveres com suas mentes vagando para outro lugar, pois ambos não podiam deixar de fantasiar sobre os muitos dias pacíficos - e noites de luxúria - que virão com seu sétimo ano em Hogwarts...
★
18 de março de 1999
— Não acredito que ele se desculpou. — exclamou Ginny, enquanto ela e Charlie voltavam para o castelo depois do treino de quadribol uma tarde. — Eu não achei que ele tivesse isso dentro dele, para ser honesto.
— Sim, eu também não pensei. — Charlie encolheu os ombros, colocando sua vassoura no ombro enquanto caminhava pelos corredores em direção ao seu dormitório. — Mas acho que as pessoas podem mudar, não é?
— Mas ele sempre será um idiota para mim. — riu Ginny, cutucando Charlie levemente. — É melhor fazê-lo trabalhar pelo nosso perdão, não acha?
— Ele tem que provar seu valor, sem dúvida. — Charlie respondeu, concordando. — Isso não quer dizer que ele não mereça uma chance. Todo mundo mudou desde a guerra, não é? Por que isso não deveria se aplicar a ele também?
— Suponho que você esteja certo. — assentiu Ginny, enquanto subiam os degraus em direção aos dormitórios. — Oh meu Merlin, ouça-nos - quem poderia imaginar que teríamos uma queda por Draco Malfoy?
— Como eu disse. — riu Charlie, encolhendo os ombros. — Todo mundo mudou desde a guerra.
Chegando de volta ao dormitório de dois quartos do monitor-chefe que ele dividia com Hermione, Charlie conduziu Ginny para dentro com um rápido murmúrio da senha, e encontrou sua namorada enrolada na sala de estar, com o nariz enfiado no livro de Aritmancia. Charlie não ficou surpreso ao encontrar Hermione lendo, já que era seu passatempo habitual depois de uma tarde de aulas, mas ficou um pouco surpreso ao encontrá-la vestindo o suéter azul que ele ganhou da Sra. Weasley no Natal.
— Ei. — ele cumprimentou, dando um beijo no topo de sua cabeça.
— Oi, querido. — Hermione respondeu, largando o livro e sorrindo para o namorado. Ela desviou o olhar novamente e disse: — Ei, Gin! Como foi o treino?
— Muito surpreendente. — disse Ginny sem fôlego, enquanto desabava no sofá da sala comunal. — Malfoy interrompeu nossa luta.
Hermione franziu as sobrancelhas.
— Pelo que? — ela perguntou, movendo-se um pouco para que Charlie pudesse se sentar ao lado dela em sua poltrona favorita. — Oh Merlin, por favor, não me diga que vocês dois causaram uma cena.
Charlie zombou de brincadeira: — Você pensa tão pouco de nós.
— Mas você quase o amaldiçoou assim que ele entrou em campo... — murmurou Ginny baixinho.
Os olhos de Hermione se arregalaram, sua cabeça inclinada para trás em direção ao namorado de forma acusadora.
— Você fez o que?
— Quase. — enfatizou Charlie, passando os braços em volta da cintura de Hermione e puxando-a para mais perto, apesar de seu olhar repreendido. — Eu ainda não manchei minha imagem de monitor-chefe, querido, então não se preocupe.
— Sim. — acenou Ginny. — Porque Malfoy surpreendentemente se desculpou por ser um idiota antes que Charlie tivesse a chance, você acredita?
— Espere o que? — perguntou Hermione incrédula. — Ele se desculpou no meio do seu treino?
— Sim, e na frente de todos também. — Ginny riu, colocando os pés em cima da mesa de centro. — Você deveria tê-lo ouvido, Hermione. Ele falou muito sobre a guerra e como deveria ter lutado ao nosso lado em vez dos Comensais da Morte.
— Resumindo, ele está se sentindo culpado. — suspirou Charlie, recostando-se na cadeira. — Então dissemos a ele que entendíamos por que ele fez o que fez. Você não pode escolher sua família, sabe?
— Ele parecia um pouco patético, para ser honesta. — acrescentou Ginny, pensando no treino de quadribol. — Ele nos disse que até procurou Harry e Ron na esperança de ganhar seu perdão.
— Estranho. — comentou Hermione, com as sobrancelhas ainda franzidas. — Não me lembro de ter recebido nenhum pedido de desculpas dele.
— Suponho que ele vai te perguntar amanhã durante Poções. — disse Charlie de forma tranquilizadora, seus olhos esperançosos. — No entanto, imagino que o pedido de desculpas dele para você possa ser o mais difícil de entregar.
— Certo. — murmurou Hermione, seus olhos vidrados enquanto ela distraidamente passava o polegar pela cicatriz em seu antebraço. Tendo notado isso, Charlie apertou ainda mais sua cintura e deu um beijo suave em sua têmpora. — Teremos que esperar para ver. — acrescentou ela finalmente, enquanto seu corpo relaxava no abraço do namorado.
— Falando em Harry e Ron. — interveio Gina, mudando rapidamente de tato. — Algum de vocês teve notícias deles?
— Ron está ocupado ajudando George com a loja de piadas. — explicou Charlie, sorrindo suavemente. — E quanto a Harry, imagino que ele e Elaina estejam preocupados em planejar o casamento.
— Ainda não consigo acreditar que eles ficaram noivos no Natal! — exclamou Ginny, balançando a cabeça em descrença. — Eu apostava que vocês dois seriam os primeiros a se casar.
— Sim, bem, você pode culpar Hermione por isso. — Charlie riu, cutucando sua namorada de brincadeira. — Ela já rejeitou meus esforços em diversas ocasiões.
— Não, não tenho! — repreendeu Hermione, dando um tapa no peito de Charlie. — Eu apenas sugeri que deveríamos esperar até nos formarmos. Além disso, não me lembro de você ter comprado um anel!
Para a falta de consciência de Hermione, os olhos de Ginny franziram-se em confusão com isso e ela lançou um olhar na direção de Charlie, que apenas balançou a cabeça ansiosamente. Não tendo interpretado isso como uma dica, ela insistiu com a necessária exigência de uma resposta.
— Mas eu pensei que você...
— Merlin, estou morrendo de fome. — Charlie a interrompeu, levantando-se abruptamente. — Não tive tempo de comer antes do treino.
— Foi o que pensei, — respondeu Hermione, e como se soubesse do resultado, levantou-se e foi em direção à cozinha do dormitório. — Mas não se preocupe, guardei um jantar para você.
— É precisamente por isso - entre muitas outras razões - que eu te amo. — Charlie gritou para sua namorada, enquanto ela saía da sala para pegar sua comida. Ele esperou por um momento, então se virou para Ginny, sussurrando. — Cale-se sobre o anel, não é? Eu não contei a ela ainda.
— E por que você não fez isso, exatamente? — Ginny cruzou os braços sobre o peito. — Você sabe que ela dirá sim!
— Você a ouviu. — disse Charlie humildemente, acenando com a cabeça na direção da cozinha. — Ela quer esperar.
— Se ela soubesse que você já tem um anel. — começou Ginny, lançando um olhar cauteloso para a porta por onde Hermione havia desaparecido. — Então eu sei que ela mudaria de ideia sobre...
— Aqui está. — veio a voz de Hermione mais uma vez, enquanto ela voltava para a sala com um prato de comida nas mãos. Ela entregou o prato para Charlie, depois olhou entre ele e Ginny, que pareciam estranhamente desconfiados, e disse: — Sobre o que vocês dois estavam conversando?
— Absolutamente nada. — mentiu Charlie, sentando-se em uma mesa próxima e usando magia para reaquecer as sobras. — Eu estava dizendo a Ginny o quanto você é uma dona de casa perfeita... Você sabe, cozinha e tudo mais.
— Acho que não. — Hermione riu, concordando, enquanto se sentava na cadeira em frente a Charlie. Ela desenvolveu um amor pela culinária e não tinha problemas em preparar o jantar para o namorado de vez em quando, mas sua vida era mais do que ser dona de casa.
— Sim. — riu Charlie, encolhendo os ombros. — Não é realmente você, é?
— Na verdade não. — Hermione concordou, seus lábios se curvando em um sorriso suave. — Mas você está reclamando?
— Eu não trocaria você por nada. — admitiu Charlie, seus olhos observando-a da cabeça aos pés. — Mesmo que você seja uma provocadora com essa roupa. — acrescentou ele, sorrindo.
— Estou apenas lhe dando uma olhada na sobremesa. — Hermione respondeu suavemente, encolhendo os ombros, o que fez o suéter escorregar ainda mais para baixo em seu braço.
— Não tenho mais certeza se estou com fome. — murmurou Charlie, com a boca ligeiramente aberta. — Ou pelo menos não por comida.
— Tudo bem, vou interpretar isso como uma deixa para ir embora. — tossiu Ginny sem jeito, e ela se levantou e praticamente correu para o buraco do retrato. — Vejo vocês mais tarde, seus esquisitos hipersexuais! — ela gritou atrás deles, enquanto saía para o corredor e a porta do retrato se fechava atrás dela.
Hermione esperou até que eles estivessem completamente sozinhos mais uma vez, então olhou para Charlie com um sorriso malicioso enquanto se inclinava sobre a mesa, o queixo apoiado na mão.
— Você não vai terminar de comer?
— A única coisa que eu quero é você. — Charlie respondeu humildemente, alcançando Hermione e puxando-a para seu colo. — Gostaria de dormir cedo?
— Eu pensei que você nunca iria perguntar. — suspirou Hermione satisfeita, enquanto ela segurava o rosto dele entre as mãos e juntava febrilmente seus lábios.
Ainda presos em um abraço caloroso, o casal da Grifinória caminhou lentamente até o quarto compartilhado, onde passaram o resto da noite nos braços um do outro.
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2 de maio de 1999
O chão estava frio e o ladrilho preto abaixo dela parecia querer ser um abismo. Seu corpo estava sendo pressionado ainda mais contra ela, tanto quanto ela podia ir, embora a imagem parecesse durar para sempre. Olhando para cima, um lustre de vidro pendia ameaçadoramente sobre ela, pronto para cair sobre seu corpo delicado se caísse.
A Mansão Malfoy estava coberta de escuridão, a única luz na sala vinha da varinha, fazendo-a se contorcer de dor. A varinha, tão insana quanto seu dono, curvou-se ao longo da mão da bruxa enlouquecida enquanto ela apontava e esculpia o corpo no chão; Bellatrix Lestrange sabia torturar seus prisioneiros, sabia como fazê-los confessar seus pecados.
— Diga-me, sangue ruim. — uma voz misteriosa disse a ela, causando arrepios em sua espinha quando a quebra da maldição lhe deu um momento para recuperar o fôlego. — Onde você conseguiu a espada?
— Encontramos, não é real. Eu prometo! — ela chorou, sabendo que não importa o que ela fizesse, a dor não iria parar até que ela morresse ou perdesse a cabeça. grunhido de frustração com as mentiras contínuas do prisioneiro. A dor no braço de Hermione foi cegante quando Bellatrix baixou a faca encantada e começou a gravar letras em sua pele.
— HERMIONE! HERMIONE! — veio a voz assombrada de Charlie do outro lado da sala, e provou ser o único som que lhe deu forças para continuar lutando.
— Sangue ruim imunda. — Bellatrix rosnou, sua voz estridente alcançando toda a mansão. — Todos vocês deveriam ser marcados!
— Não, não, não. — ela se ouviu dizer, mas quando a última carta foi gravada em seu braço, o entorpecimento tomou conta dela e o fogo queimou em suas veias. — Faça isso parar... Por favor, faça isso parar...
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— Faça isso parar... Por favor, faça isso parar...
— Não é real, querido, não é real!
— Não, não, não!
— Acorde, Hermione, acorde! HERMIONE!
E com um leve empurrão, Hermione acordou assustada, com a respiração pesada e a cama encharcada de suor. Seu braço se contraiu de dor, fazendo com que ela esfregasse levemente a mão sobre as letras marcadas. Ela piscou lentamente ao seu redor, e sentimentos de alívio absoluto a dominaram quando percebeu onde estava; as cortinas da cama de dossel estavam fechadas, embora ela reconhecesse o contorno do quarto mesmo no meio da escuridão.
Quando a cama rangeu ao lado dela, Hermione ficou levemente tensa até que o calor da palma da mão de Charlie entrou em contato com sua bochecha. Ele puxou o olhar dela para se concentrar nele, e todos os seus terrores pareceram desaparecer ao ver seus olhos castanhos dourados. Hermione praticamente se derreteu em seu abraço, grata pelo conforto. Sem dizer uma palavra, Charlie gentilmente passou os braços em volta da cintura dela e a abraçou, beijando o lado de sua cabeça como uma forma de carinho.
Olhando para cima, Hermione olhou para ele mais uma vez, falando tantos pensamentos subconscientes com aquele único olhar. Tendo entendido, Charlie apenas assentiu e diminuiu a distância entre eles, beijando-a profundamente e com força, segurando-a mais perto de seu peito. Ele jogou todo o amor que pôde naquele beijo e pensou que seu coração poderia ter explodido quando ela lentamente retribuiu. Quando eles romperam o abraço depois de vários momentos, Charlie deixou Hermione se acomodar na curva de seu pescoço enquanto ele começava a beijar sua cicatriz de ' sangue ruim' mais uma vez; ele a sentiu estremecer quando um relâmpago iluminou o céu através das vidraças do quarto.
— Eu não queria te acordar. — ela disse fracamente. — É só que... Tenho tido esses pesadelos todas as noites.
— Eu sei.
— É o aniversário, Charlie...
— Eu sei.
— Eles são sempre iguais... Mansão Malfoy... B-Bellatrix e... E...
— Shhh... Chega, meu amor. Agora acabou, está tudo bem. — ele a acalmou, com palavras suaves e carícias gentis, pois entendia suas lutas melhor do que ninguém. Hermione fechou os olhos e apoiou a cabeça no peito dele, logo acima do coração. Ela podia ouvir a batida suave e constante e se permitiu relaxar com o som. Foi um gentil lembrete de que ela não estava sozinha, que eles sempre teriam um ao outro. — Tente dormir um pouco, baby. — ele sussurrou suavemente, e eles se recostam nos travesseiros mais uma vez, ainda emaranhados. — Eu não vou a lugar nenhum, eu prometo.
Com um suspiro suave, Hermione assentiu baixinho antes de se inclinar e dar um último beijo na parte inferior do queixo de Charlie. Ela então se recostou contra o peito dele mais uma vez, combinando com o sorriso que estava gravado em seus lábios, e finalmente caiu em um sono profundo.
Juntos, eles dormiram pacificamente durante a noite...
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Charlie caminhou pelos corredores mal iluminados de Hogwarts numa noite de domingo. A lua brilhava através das grandes janelas quando o relógio bateu meia-noite e sinalizou o fim de suas funções de monitor-chefe de patrulha, embora, enquanto ele involuntariamente segurava o bolso direito, houvesse um último destino que surgiu em sua mente.
Enquanto seus pés o levavam pelo corredor familiar pertencente aos aposentos do Diretor, Charlie parou na frente da gárgula e murmurou a senha antes de subir os degraus de dois em dois e bater três vezes, ouvindo uma saudação fraca atrás da porta.
Ele abriu a porta e os olhos de Charlie imediatamente encontraram McGonagall, o cabelo fora do coque apertado de sempre e o roupão amarrado em volta dela. Em uma das poltronas à sua frente estava o Ministro da Magia, Kingsley, que sorriu levemente ao cumprimentar o jovem Hawthorne.
— Ah, Charles! É bom ver você, meu jovem. — cumprimentou Kingsley, em sua voz calma e tranquilizadora de sempre. — Eu queria falar com você, mas estava disposto a esperar até amanhã à noite, dadas as circunstâncias.
— Tudo certo? — Charlie perguntou, sua paranóia da guerra aparecendo novamente. Ele ficou visivelmente tenso ao entrar na sala, lançando um sorriso de alívio para o retrato de seu avô, que apenas retribuiu o sorriso do jovem e olhou para ele através dos óculos semicerrados.
— Talvez você devesse se sentar, filho. — disse McGongall fracamente, e Charlie assentiu, sentando-se em frente à mesa ao lado de Kingsley e em frente à diretora.
— É sobre o seu pai. — murmurou Kingsley, fazendo com que a expressão de Charlie mudasse momentaneamente para mostrar um leve medo, que foi reprimido pelo Ministro. — Não se preocupe! Ele ainda está em Azkaban, está tudo bem.
— Então é sobre o julgamento dele? — Charlie perguntou, e Kingsley assentiu, dando uma rápida olhada no retrato de Dumbledore, que acenou com a cabeça.
— Metade do Ministério pediu a pena de morte, a outra metade pediu o beijo do Dementador, pois parecem contentes em deixar o homem sofrer pelo resto da vida. — explicou Kingsley, e Charlie sentiu um leve arrepio ao ouvir isso. menções às criaturas horríveis. — No entanto, como seu filho e último herdeiro vivo do escalão Hawthorne, o Ministério decidiu que você deveria obter o voto decisivo.
— E-eu? — Charlie perguntou, sua frequência cardíaca disparando enquanto ele começava a suar.
— Fenwick Hawthorne teve muitas vítimas, mas você e Hermione são os únicos que sobreviveram para contar a história. — suspirou Kingsley, balançando a cabeça. — Veja, eu já falei com a Srta. Granger...
— E?
— Ela... Ela votou pela morte de Fenwick. — sussurrou Kingsley, e Charlie assentiu, respirando fundo enquanto enxugava o suor da testa com a manga.
Houve um breve momento de silêncio, pois até mesmo os retratos dos diretores e diretoras anteriores pareciam chocados com a notícia.
— Hermione está certa. — murmurou Charlie finalmente, e McGonagall, que havia permanecido em silêncio junto com todos os outros, engasgou em estado de choque, mas o jovem a ignorou. — Meu pai pode ter sido um homem horrível, mas ninguém merece o Beijo do Dementador.
— Ok, vou avisar o Ministério. — Kingsley tossiu, levantou-se abruptamente, despediu-se da diretora e do garoto Hawthorne e saiu da sala com grande pressa, deixando Charlie e McGonagall sozinhos com seus pensamentos.
— Talvez você devesse ir para a cama agora também, Charles. — sugeriu McGonagall calmamente, olhando para o relógio. — São meia-noite e meia e você tem aula amanhã.
— Eu queria perguntar uma coisa a você e ao avô, na verdade. — rebateu Charlie, lembrando-se do motivo de sua visita, e McGonagall suspirou, balançando a cabeça enquanto Dumbledore continuava a olhar para ele com interesse. — O que você diria... — ele começou, tentando tirar uma pequena caixa do bolso. — Se eu pedisse a Hermione em casamento no final do semestre, na formatura?
Quando uma onda de suspiros e murmúrios irrompeu no escritório do diretor, Charlie abriu a pequena caixa preta distraidamente, ignorando todos ao seu redor. Havia um fino anel de ouro dentro, com apenas um diamante incrustado nele, mas a história por trás dele significava mais do que seu valor real; o anel pertenceu à sua avó, Florence, e deveria ser transmitido à família.
— Eu poderia reconhecer isso de qualquer lugar. — Dumbledore saltou, sorrindo levemente. — Mas onde você encontrou isso?
— Ainda estava na mansão Hawthorne. — explicou Charlie, encolhendo os ombros. — Mamãe o guardava no sótão com o resto das coisas da avó, e Fenwick parecia nunca encontrar seu esconderijo.
— Mas você tem certeza que quer fazer isso, Charles? Vocês dois são tão jovens. — McGonagall tentou argumentar com ele, mas Charlie não aceitou.
— Se você tivesse me perguntado isso no início da guerra, eu teria concordado com você. — Charlie disse a ela, levantando-se e andando de um lado para o outro. — Entre meu pai e Voldemort, havia a possibilidade de eu não ter sobrevivido. Eu desafiei a morte mais vezes do que você poderia imaginar, professor, mas de alguma forma Hermione ficou ao meu lado durante tudo isso. Ela lutou por nós em em todos os sentidos, e ela me provou que podemos fazer nosso relacionamento funcionar mesmo nos momentos mais sombrios. Somos almas gêmeas e sei que não há coração para mim como o dela. Acredite, nunca tive tanta certeza sobre qualquer coisa na minha vida.
— Sim, sim, nós sabemos. — cantarolou o retrato de Dumbledore. — Minerva e eu sempre soubemos que você acabaria com a Srta. Granger desde o início do seu quarto ano.
— Isso mesmo. — sorriu McGonagall, com um sorriso divertido no rosto. Ela pigarreou: — Agora, vá para a cama, Charles! Falaremos mais sobre isso mais tarde.
— Claro. — o jovem sorriu. — Boa noite. — e com um aceno de despedida, ele se despediu de McGonagall e Dumbledore antes de sair da sala com um sorriso satisfeito estampado em seu rosto.
— A resiliência que esse jovem possui é notável. — afirmou McGonagall, apontando para a porta por onde Charlie havia acabado de desaparecer. — E é exatamente por isso que sei que um dia ele será um excelente diretor.
— Falando nisso. — começou Dumbledore, seus olhos azuis gelados brilhando sob o luar espiando pelas janelas, — você já pensou mais sobre quando poderá entregar a notícia, Minerva?
— Acho que seria apropriado contar a ele no final do semestre. — McGonagall o informou. — E se tudo correr bem, Charles terá um novo emprego e um noivo para recebê-lo no novo ano...
★
25 de junho de 1999
A aula de Hogwarts de 99 foi um tanto incomum. Embora fosse um pouco maior do que a maioria, pois incluía alguns daqueles que deveriam ter se formado um ano antes, mas foram atrasados pela guerra, o que o tornou realmente incomum foi a maturidade da maioria dos formandos e a pátina de tristeza que até mesmo o as celebrações de fim de aula não podiam desaparecer. Considerando o facto de alguns destes formandos terem lutado na batalha que ocorreu no mesmo terreno pouco mais de um ano antes, muitos dos quais perderam amigos e familiares, era natural que ainda estivessem um pouco tristes.
E, no entanto, o final do ano letivo ainda havia amanhecido, e os formandos se reuniram com seus entes queridos no castelo na encosta da Escócia, cada um deles aliviados com a conclusão dos exames NIEM, dos quais Hermione recebeu as notas mais altas do século. Eles usavam túnicas pretas, embora as golas fossem forradas com as cores de suas casas, e as borlas em seus bonés de formatura imitassem as de uma cerimônia de formatura trouxa.
Como Monitor-Chefe e Monitora-Chefe, Charlie e Hermione sentaram-se na frente, com funcionários de Hogwarts e funcionários do Ministério sentados em lados opostos. A cerimônia estava em pleno andamento há cerca de uma hora, durante a qual o Ministro, seguido por mais alguns dignitários, fez breves discursos de parabéns antes de McGonagall subir ao pódio e dar as boas-vindas ao próximo orador.
— Estou honrada e encantada em convidar a bruxa mais brilhante que já conheci para se apresentar agora. — começou McGonagall, que olhou para os formandos com um olhar de orgulho choroso. — Esta jovem notável é uma heroína de renome mundial da Segunda Guerra Bruxa, uma das mais jovens recebedoras da Ordem de Merlin e nossa monitora-chefe. Agora, sem mais delongas, junte-se a mim para dar as boas-vindas à Srta. Hermione Granger para falar em nome da turma de formandos.
A multidão de convidados e formandos explodiu em aplausos, vaias e gritos. Hermione respirou fundo e fez o possível para reprimir a vontade de vomitar, embora com um aperto de mão do namorado ao lado dela, ela se levantou e manteve a cabeça erguida enquanto caminhava para o pódio, usando sua varinha para silenciosamente lançou o Feitiço Sonoro em si mesma. Ela resistiu à vontade de limpar as palmas das mãos na saia quando começou a ensaiar por horas no dia anterior com Charlie no dormitório deles.
— Senhoras e senhores, bruxos e bruxas, eu pessoalmente gostaria de agradecer a todos vocês por se reunirem aqui hoje para celebrar o fim do nosso tempo como estudantes e o início de nossas vidas como adultos no Mundo Mágico. — ela começou trêmula, limpando sua garganta um pouco. — Estamos profundamente gratos ao pessoal deste estabelecimento consagrado pelo seu esforço para nos transformar de um bando de crianças, na sua maioria irresponsáveis, com pouco ou nenhum conhecimento das nossas capacidades, para o que somos agora - bruxos e bruxas adultos que podem carregar nas grandes tradições de nossa espécie.
— Dito isto, é importante notar que nossos professores não foram os únicos a nos moldar durante nosso tempo aqui. Como tenho certeza que muitos de vocês sabem, houve outros eventos que afetaram todo o Mundo Mágico e não perdoaram A Segunda Guerra Bruxa que ocorreu nestas mesmas terras há apenas quatorze meses nos moldou da mesma forma e, em alguns casos, até mais.
— A guerra nos ensinou sobre bravura, integridade, sacrifício e muito mais. Quando comecei a escrever este discurso, disse a mim mesmo que não iria subir no meu palanque sobre esta guerra e a devastação que ela deixou para trás. Disse a mim mesmo que Eu não permitiria que os horrores de ontem atormentassem nossos sonhos de amanhã. No entanto, sei que nossa dor compartilhada não desaparecerá da noite para o dia, nem estes dias serão iguais, pois as almas de nossos entes queridos perdidos são forçadas a cuidar de nós...
— É por isso que gostaria de aproveitar agora para reconhecer a coragem e o sacrifício daqueles que perderam em batalha, e espero garantir a todos vocês que suas vidas não serão em vão. Nossos sucessos hoje são em homenagem a eles, pois eles nos deram a chance de embarcar em nossos novos começos. Obrigado em nome de todos nós aqui reunidos hoje, sentimos muita falta de vocês.
Hermione fez uma pausa por um momento de silêncio e continuou: — Para meus colegas de classe, enquanto olho para vocês, penso em nossa época como calouros aterrorizados, que estavam prestes a embarcar na jornada que iria um dia nos transformaremos nas pessoas que somos hoje. E eu, assim como todos vocês, serei eternamente grato a Hogwarts por me proporcionar os melhores anos da minha vida, apesar de qualquer turbulência que possamos ter enfrentado ao longo do caminho.
— Veja, tudo que eu já conheci se tornou um testamento por trás das muralhas do castelo. As memórias que eu criei durarão para sempre, e tenho a honra de dizer que Hogwarts me permitiu encontrar os melhores amigos e o amor da minha vida. Acredite, minha maior esperança é poder contar aos meus filhos, aos meus netos e, se eu viver o suficiente, aos meus bisnetos, sobre o brilho de cada um de vocês.
— Então, com isso dito, deixo-vos agora com uma anedota final que tenho certeza que todos vocês se lembrarão com muito carinho. Nas palavras do nosso falecido diretor, Albus Dumbledore, 'A felicidade pode ser encontrada mesmo nos momentos mais sombrios, se alguém apenas se lembrar de acender a luz.
— Então, parabéns a todos, conseguimos, conseguimos!
Todos se levantaram e aplaudiram o final do discurso de Hermione; muitas pessoas estavam chorando, Charlie e a Diretora McGonagall entre elas. Parecia ressoar profundamente entre a multidão, pois murmúrios e sussurros de comemoração e compreensão conseguiram agitar-se dentro deles; eles pareciam perceber que tinham que sair e viver, ou então estariam envergonhando aqueles que se sacrificaram por um bem maior. Hermione fez contato visual com Charlie enquanto ela estava no pódio, aceitando seus aplausos, e ele sorriu para ela em meio às lágrimas.
— Essa é minha namorada! — ele gritou com orgulho, e as pessoas ao seu redor ficaram maravilhadas quando Hermione desceu do pódio, encontrou Charlie no meio da multidão e rapidamente deu um beijo suave em seus lábios em resposta. — Brilhante. — ele sussurrou contra sua boca. — Absolutamente brilhante.
— Eu vou te amar para sempre. — Hermione corou, serpenteando as mãos em volta do pescoço dele. — Desde que você me tenha.
— Você não pode se livrar de mim tão facilmente... — Charlie a silenciou com outro beijo, este mais apaixonado.
Julianne Hawthorne enxugou as lágrimas dos olhos enquanto observava seu filho, e futura nora, do céu. Sua melhor amiga, Lily, também estava chorando, e James a abraçava para consolá-la. Sirius e Lupin também pareciam à beira das lágrimas e, embora ninguém percebesse, Snape estava chorando um pouco; todos que morreram na guerra estavam lá, inclusive Tonks e Fred, que não sabiam se riam ou choravam de pura alegria. Solidários, havia centenas de pessoas no Céu ouvindo o discurso de Hermione Granger, e isso tocou seus corações...
— Isso aí garoto, Char! — gritou Hagrid no meio da multidão, e todos os mortos conseguiram rir.
Eles estavam simplesmente felizes porque, depois de um ano tão torturante, todos pareciam encontrar a felicidade uns com os outros; Julianne começou a chorar novamente, pois seu filho havia encontrado um amor, e num amor tão especial...
★
A cerimônia terminou, o sol começou a se pôr no horizonte e Charlie se viu andando ansiosamente pelo cais escondido que mostrara a Hermione no quinto ano; ainda parecia incrivelmente desgastado, mas robusto, e o pôr do sol refletido na água aumentava a beleza da paisagem ao redor da alcova escondida que Charlie encontrou quando era criança.
Ele estava pensando desde o final da cerimônia, com as palmas das mãos suadas enquanto se preparava mentalmente para o que estava prestes a fazer. Seus dedos brincaram cautelosamente com a pequena caixa preta em seu bolso enquanto ele olhava para a água, perguntando-se como poderia começar a proclamar o desejo mais profundo de seu coração.
Caminhar para a morte não foi nada comparado a isso.
Charlie nunca esteve tão nervoso em toda a sua vida. Ele realmente deveria ter pensado nisso, mas planejar era o forte de Hermione, não o dele, infelizmente. Sua mente correu com os milhares de resultados possíveis enquanto ele andava pelo desgastado cais de madeira, e eles consumiram toda a sensibilidade que ele tentou reunir durante o dia.
Ela poderia dizer não.
Ele poderia tropeçar ao tentar se ajoelhar.
Ela poderia dizer não.
Ele poderia dizer algo errado, fazer algo errado.
Ela poderia dizer...
— Aí está você. — veio a voz da mulher que ocupava seus pensamentos, e Charlie rapidamente saiu de seu devaneio a tempo de ver Hermione caminhar pelo caminho em direção a ele, seus lábios curvados para cima. — Você está perdendo o baile, sabia?
— Desculpe. — respondeu Charlie, com um pequeno sorriso, enquanto seu nervosismo diminuía um pouco quando Hermione se juntou a ele no cais. — Eu só precisava de um momento para pensar.
— Tudo certo? — perguntou Hermione preocupada, diminuindo a distância entre eles e colocando o rosto dele nas mãos. — Você esteve agindo de forma estranha a noite toda.
— Sim, estou bem. — disse Charlie, tentando afastar a preocupação. — Só estou me sentindo um pouco nervoso, nada mais.
— Sobre o que? — Hermione riu, como se os sintomas dele não fizessem sentido para ela. — Isso é sobre mim? — ela perguntou humildemente, passando o polegar sobre o lábio inferior dele. — Estou deixando você nervoso?
— Você sempre me deixa nervoso. — sussurrou Charlie, e ele jurou que o anel estava queimando em seu bolso, seu coração batendo mais rápido que as asas do Pomo de Ouro. — Mas sim, suponho que seja mais proeminente hoje.
Hermione olhou nos olhos dele, não convencida. — Amor, o que há de errado?
— Nada! Bem, existe, mas isso não deveria me preocupar e está, e...
— Charlie... — ela sussurrou, passando as mãos pelo torso dele para entrelaçá-las. — Você sabe que pode me dizer qualquer coisa.
Ele engoliu em seco, olhando para suas mãos agora unidas e encontrou forças para o que estava prestes a dizer.
— Hermione, já passamos por muita coisa, não é?
— Mais do que outros. — ela respondeu, com um sorriso tímido.
— Sim. — ele começou, respirando fundo. — E isso me fez pensar mais sobre como seria nosso futuro juntos. Meu amor, os últimos três anos foram os melhores da minha vida por sua causa, e eu não nem quero pensar em passar mais um dia sem você...
Ele olhou nos olhos de Hermione e os encontrou cheios de lágrimas. — Charlie...
— Você salvou minha vida, Hermione. — ele pressionou, a emoção obstruindo sua garganta. — Cada vez que você me toca, o lugar onde você me tocou fica dormente. Cada vez que você entra em uma sala, meu coração começa a bater forte no peito. Cada vez que você olha para mim, de alguma forma acredito que há algo dentro de mim que vale a pena do seu amor.
— Eu te amo desde que me lembro, e não quero nada mais neste mundo do que poder chamá-la de minha para sempre. Hermione, quero envelhecer com você, começar uma família com você e cair mais e mais apaixonado por você a cada dia pelo resto da minha vida. Sou completa e fielmente seu, e há tanto tempo estou morrendo de vontade de te perguntar isso...
Ele enfiou a mão no bolso e tirou a pequena caixa do anel. Lágrimas rolando por seu rosto, as mãos de Hermione cobriram sua boca enquanto Charlie abria a caixa com o polegar, revelando a linda herança de família que estava dentro.
— Hermione Jean Granger. — ele sussurrou, ajoelhando-se. — Tudo que eu já conheci me levou até você. Então, se você me aceitar, quero dedicar o resto da minha vida para provar quão completamente estou apaixonado por você. Por favor, você me faria o bruxo mais feliz do mundo e se casaria comigo?
— Sim, Charlie! — ofegou Hermione, sem a menor hesitação. — Sim, sim, mil vezes sim!
— Realmente? — impressionado Charlie, com os olhos arregalados em descrença.
— Claro, vou casar com você! — gritou Hermione, enquanto Charlie colocava o anel em seu dedo e se levantava, tomando-a nos braços antes de beijá-la apaixonadamente. — Você demorou bastante. — ela brincou, jogando os braços em volta dele. — Estamos noivos, Charlie... Estamos noivos!
— Estamos. — ele cantarolou contente. — E isso teria acontecido antes, mas você disse que queria esperar até depois da formatura.
— Entendido, não é? — riu Hermione, esfregando os narizes enquanto seu sorriso ficava cada vez mais amplo. — Eu te amo tanto, Charlie Hawthorne.
— Esse é o diretor Charlie Hawthorne para você. — brincou Charlie, enfatizando a palavra. — Eu queria te contar, mas McGonagall me ofereceu o emprego.
— Diretor Hawthorne. — repetiu Hermione, gostando da maneira como o título saiu de seus lábios enquanto ouviam o zumbido dos cedros ao seu redor. — Eu gosto do jeito que isso soa.
— Oh, não sei. — Charlie suspirou satisfeito, apoiando a testa na dela. — Eu pessoalmente acho que 'futura Sra. Hawthorne' soa muito melhor.
— Você está certo. — sussurrou Hermione, pressionando seus lábios nos dele rapidamente. — Muito melhor.
— Minha noiva. — murmurou Charlie, passando os braços em volta da cintura de Hermione e puxando-a para mais perto.
— Meu noivo. — ela repetiu, olhando entre o anel em seu dedo e Charlie. — Mal posso esperar para me casar com você.
— Será uma honra ser seu marido. — ele respondeu, com a voz cheia de felicidade crua e sem filtro. — Eu te amo.
— Eu também te amo.
E Charlie Hawthorne sabia que ali mesmo, naquele momento, ele era de fato o homem mais feliz e afortunado do mundo.
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