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𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
CAPÍTULO SESSENTA E DOIS
─── O TEMPO VOA E MENTIRAS ENGANOSAS

[Este capítulo contém cenas +18]

CHARLIE! — gritou Hermione, em pânico quando ele foi arrancado de suas mãos e, logo, perdido no meio da multidão indisciplinada.

Tudo aconteceu tão rápido; algo pegou Charlie pelos tornozelos e ele caiu espetacularmente, derrapando de frente por um metro e oitenta antes de parar. Alguém atrás dele estava rindo. Ele rolou de costas e viu Malfoy escondido em um nicho sob um feio vaso em forma de dragão.

— Viagem Jinx, Hawthorne! — ele disse antes de se virar para encontrar Umbridge no meio da multidão. — Ei, professora - PROFESSORA! Eu tenho um!

Charlie entrou em pânico, lutando para ficar de pé, mas assim que ele se moveu, Draco tentou contê-lo segurando-o no chão.

— Cai fora, Malfoy! — rosnou Charlie, tentando se libertar. — Que diabos você está fazendo?!

— Leia o distintivo, Hawthorne! — riu Draco, apontando para um pequeno 'I' prateado em suas vestes logo abaixo de seu distintivo de monitor. — Eu faço parte do Esquadrão Inquisitorial agora. Um seleto grupo de estudantes que apoiam o Ministério da Magia, escolhidos a dedo pela Professora Umbridge para garantir a ordem.

Com os olhos arregalados em choque, Charlie tentou fugir, mas Draco enfiou a varinha sob o queixo de Charlie, provocando-o com a ideia de repercussão. Com toda a intenção de se envolver em uma luta, Charlie cerrou os punhos, mas ele rapidamente vacilou quando Umbridge apareceu no canto mais distante, sem fôlego, mas com um sorriso encantado; Harry Potter estava sendo arrastado atrás dela, seu punho cerrado firmemente no capuz de suas vestes.

— Ah sim, Sr. Hawthorne! — ela disse exultante ao ver Charlie à mercê de Draco; Harry e Charlie trocaram um olhar assustado. — Excelente, Draco, excelente, oh, muito bom - cinquenta pontos para a Sonserina! Vou levá-lo daqui... Venha aqui, Hawthorne!

Com um forte empurrão de Malfoy, Charlie foi empurrado na direção de Umbridge, apesar de seus olhares intensos que trocavam entre os dois. Ele nunca tinha visto Umbridge tão feliz. Ela agarrou o braço dele com força e virou-se, com um sorriso largo, para Malfoy.

— Vá correndo e veja se consegue reunir mais algum deles, Draco. — ela disse alegremente. — Diga aos outros para procurarem na biblioteca - verifiquem em todos os lugares, ok? Podem ir - e vocês dois. — ela acrescentou em sua voz mais suave e perigosa, enquanto Malfoy se afastava. — Vocês irão comigo ao escritório do diretor.

Charlie e Harry gemeram simultaneamente enquanto eram arrastados da Sala Precisa. Eles estavam na gárgula de pedra em poucos minutos. Charlie se perguntou quantos dos outros haviam sido capturados. Ele pensou em Ron, George, Fred e Ginny - a Sra. Weasley os mataria - e em como Elaina se sentiria se fosse expulsa durante seu primeiro ano em Hogwarts... E Neville estava ficando tão bom... E isso tinha sido o primeiro encontro de Seamus...

Sua mente entrou em pânico ao pensar em Hermione. Ele rezou para que ela não tivesse sido pega. Charlie não conseguia nem imaginar a expressão de desdém em seu rosto se ela fosse expulsa antes de tirar seus NOMs.

Espero que ela esteja bem... Por favor, fique bem. Ele implorou em pensamento. Se Parkinson encostar uma mão nela, eu juro...

Fizzing Whizzbee. — cantou Umbridge; a gárgula de pedra saltou para o lado, a parede atrás se abriu e eles subiram a escada de pedra móvel. Eles alcançaram a porta polida com a aldrava de grifo, mas Umbridge não se preocupou em bater, ela caminhou direto para dentro, ainda segurando Harry com força em uma mão e Charlie na outra.

O escritório estava cheio de gente. Dumbledore estava sentado atrás de sua mesa, sua expressão serena. A professora McGonagall estava rígida ao lado dele, seu rosto extremamente tenso. Kingsley Shacklebolt estava posicionado ao lado da porta como um guarda, e a forma sardenta e de óculos de Percy Weasley pairava animadamente ao lado da parede, uma pena e um pesado rolo de pergaminho em suas mãos, aparentemente pronto para fazer anotações. Os retratos de antigos diretores e diretoras não estavam fingindo dormir esta noite. Todos eles estavam alertas e sérios, observando o que acontecia abaixo deles.

Todos os olhos estavam no Ministro da Magia, Fenwick Hawthorne, e quase imediatamente após perceber, Charlie se encolheu de medo. Fenwick estava balançando para frente e para trás na ponta dos pés ao lado do fogo, aparentemente imensamente satisfeito com a situação.

Quando a porta se fechou atrás deles, Charlie se livrou do aperto de Umbridge. Seu pai estava olhando para ele com uma espécie de satisfação perversa.

— Bem. — ele demorou. — Bem, bem, bem...

Charlie respondeu com o olhar mais sujo que conseguiu. Seu coração batia loucamente dentro dele, mas seu cérebro estava estranhamente frio e claro.

— Nós os encontramos - exatamente como você desejou, Ministro. — disse Umbridge. Havia uma excitação indecente em sua voz, o mesmo prazer insensível que Charlie ouvira ao observar a professora Trelawney se dissolver de tristeza no saguão de entrada. — O garoto Malfoy encurralou seu filho.

— Sério? — Fenwick sorriu apreciativamente, embora seu olhar não se desviasse dos olhos de Charlie. — Devo me lembrar de contar a Lucius. Bem, Charles, meu garoto... Espero que você saiba por que está aqui? — ele finalmente desviou o olhar para Harry, que também havia se livrado de Umbridge. — Você também, Sr. Potter.

Charlie pretendia dar uma resposta desafiadora: sua boca entreaberta para formar a palavra 'sim', mas ele rapidamente perdeu o foco quando teve um vislumbre do rosto de seu avô. Dumbledore não estava olhando diretamente para Charlie - seus olhos estavam fixos em um ponto logo acima de seu ombro - mas enquanto seu neto o encarava, ele balançou a cabeça uma fração de centímetro para cada lado.

Portanto, Charlie mudou sua resposta:

— Não.

Fenwick ficou surpreso: — Desculpe-se?

— Não. — repetiu Harry imediatamente antes que Charlie tivesse a chance. — Não sabemos por que estamos aqui.

Fenwick olhou incrédulo dos dois meninos para a professora Umbridge. Charlie aproveitou sua desatenção momentânea para dar outra olhada rápida em seu avô, que deu um leve aceno de cabeça e uma sombra de uma piscadela.

— Então você não tem idéia. — disse Fenwick, em uma voz positivamente flácida com sarcasmo. — Por que a Professora Umbridge trouxe você a este escritório? Você não está ciente de que quebrou alguma regra da escola?

— Regras escolares quebradas? — Harry questionou, seu tom insinuando uma leve diversão. — Eu não tenho ideia do que você está falando.

— E quanto aos Decretos do Ministério? — Fenwick corrigiu com raiva.

— Não. — Charlie disse brandamente, encolhendo os ombros enquanto resistia à vontade de rir junto com Harry. — Nenhuma que eu saiba.

Seu coração ainda batia muito rápido. Quase valia a pena contar essas mentiras para observar a pressão sanguínea de seu pai subindo, mas ele não conseguia ver como poderia se safar delas; se alguém tivesse avisado Umbridge sobre o promotor, então ele e Harry poderiam estar fazendo as malas agora.

— Então, é novidade para você, não é... — rebateu Fenwick, sua voz agora cheia de raiva. — Que uma organização estudantil ilegal foi descoberta dentro desta escola?

— Sim, é. — Charlie murmurou, erguendo um olhar nada convincente de surpresa inocente em seu rosto.

— Acho, Ministro... — disse Umbridge sedosamente ao lado dele. — Que podemos fazer um progresso melhor se eu descrever o que fui informado por nossa fonte.

— Muito bem. — rosnou Fenwick, balançando a cabeça, e olhou maliciosamente para Umbridge. — Afinal, onde está nosso informante?

— Infelizmente. — começou Umbridge, parecendo completamente enojado. — Sr. Zacharias Smith, filho de George Smith do Departamento de Transporte Mágico, foi vítima de um terrível azar - o rosto do pobre garoto está atualmente desfigurado por uma série de close - definir pústulas roxas!

Charlie teve que se conter para não sorrir ao sentir orgulho pela habilidade de azarar de Hermione...

Isso vai te ensinar, ele pensou com orgulho.

— Bom Deus. — suspirou Fenwick com raiva enquanto continuava a olhar na direção de seu filho. — E ainda temos que encontrar um contra-azar?

— Ainda não consegui encontrar um. — Umbridge admitiu a contragosto, claramente envergonhada. — Mas não importa se ele não fala, posso contar a história daqui.

— Muito bem então. — disse Fenwick impacientemente, incitando Umbridge a continuar. — Prossiga.

— Bem, Ministro. — Umbridge começou docemente, sorrindo orgulhosamente enquanto revelava suas descobertas. — Sr. Smith veio ao meu escritório depois do jantar esta noite e me disse que se eu fosse para uma sala secreta no sétimo andar, às vezes conhecida como Sala Precisa, eu descobriria algo a meu favor. Eu o questionei um pouco mais e ele admitiu que haveria algum tipo de reunião lá.

Fenwick cruzou os braços, parecendo completamente preocupado agora. — Certo, e? Diga-me o que aconteceu nesta reunião. Qual era o propósito? Quem estava lá?

— Você deve se lembrar, Ministro, que eu lhe enviei um relatório em outubro de que seu filho e o Sr. Potter encontraram vários colegas estudantes no Cabeça de Javali...

— E qual é a sua evidência para isso? — interrompeu a professora McGonagall, tentando defender os dois meninos.

— Eu tenho o testemunho de Willy Widdershins, Minerva, que por acaso estava no bar na hora. Ele estava fortemente enfaixado, é verdade, mas sua audição estava intacta. — disse Umbridge presunçosamente. — Ele ouviu cada palavra que foi dita e correu direto para a escola para relatar a mim. — ela se virou para o Ministro com um sorriso brilhante. — O objetivo da reunião era persuadir os alunos a se juntarem a uma sociedade ilegal, cujo objetivo era aprender feitiços e maldições que o Ministério decidiu serem impróprios para a idade escolar...

— Acho que você vai descobrir que está errada aí, Dolores. — interveio Dumbledore baixinho, olhando para ela por cima dos óculos meia-lua empoleirados no meio de seu nariz torto.

Charlie o encarou. Ele não conseguia ver como seu avô iria sair dessa; se Willy Widdershins realmente ouviu cada palavra que eles disseram no Cabeça de Javali, simplesmente não havia como escapar disso.

— Errada, estou? — repetiu Umbridge, com um horrível sorriso largo de sapo. — Eu os tenho seguido por semanas! Somente quando finalmente fomos informados pelo Sr. Smith conseguimos localizar a Sala Precisa. Todos eles se espalharam quando cheguei! Não importa, no entanto. Eu tenho todos os seus nomes aqui - o Sr. Smith verificou se os culpados haviam deixado alguma coisa para trás. Precisávamos de provas e providenciamos o quarto.

E para horror de Charlie, ela tirou do bolso a lista de nomes que havia sido pregada na parede da Sala Precisa e a entregou ao pai dele.

— Excelente. — disse Fenwick sombriamente, um sorriso se espalhando em seu rosto. — Excelente, Dolores. E... Você olharia para isso...

Ele olhou para Dumbledore, que ainda estava olhando para Charlie, e puxou sua varinha, segurando-a frouxamente em sua mão.

— Veja o que eles se nomearam? — rosnou Fenwick baixinho. — Armada de Dumbledore.

Dumbledore estendeu a mão e pegou o pedaço de pergaminho de Fenwick. Ele olhou para o título rabiscado por Hermione, e por um momento pareceu incapaz de falar. Então ele olhou para cima, sorrindo.

— Bem, o jogo acabou. — disse ele simplesmente. — Você gostaria de uma confissão por escrito minha, Fenwick - ou uma declaração perante essas testemunhas será suficiente?

Charlie viu McGonagall e Kingsley se entreolharem. Havia medo em ambos os rostos. O menino, porém, não entendia o que estava acontecendo e, aparentemente, nem seu pai.

— Declaração? — perguntou Fenwick lentamente. — Eu não...

— Armada de Dumbledore, Fenwick. — reiterou Dumbledore, ainda sorrindo enquanto acenava a lista de nomes diante do rosto do Ministro. — Não o Regimento de Potter. Não a Brigada de Hawthorne - a Armada de Dumbledore.

— Mas...

A compreensão brilhou de repente no rosto de Fenwick. Ele deu um passo para trás em descrença e cerrou os punhos, uma fúria proeminente crescendo dentro dele.

— Você? — ele sussurrou com raiva.

— Isso mesmo. — disse Dumbledore agradavelmente.

— Você organizou isso?

Dumbledore acenou com a cabeça. — Eu fiz.

— Você recrutou esses alunos para o seu exército?

— Esta noite deveria ser a primeira reunião. — disse Dumbledore, balançando a cabeça. — Só para ver se eles estariam interessados ​​em se juntar a mim. Vejo agora que foi um erro convidar o Sr. Smith, é claro.

Fenwick olhou para Dumbledore, seu peito inchando.

— Você esteve contra o Ministério o tempo todo, não foi, Albus?

— Não o Ministério, Fenwick. — disse Dumbledore com um sorriso maroto. — Mas se essa é a história da qual você está disposto a me acusar falsamente, então que seja.

— Espere, não! — gritou Charlie. — Não, ele não teve nada a ver com isso! Fui eu! Eu fiz isso!

A sala inteira se virou para olhar para ele. Kingsley lançou um olhar de advertência, McGonagall arregalou os olhos ameaçadoramente e Harry ficou alarmado. No entanto, Charlie de repente percebeu o que seu avô estava prestes a fazer, e ele não podia deixar isso acontecer.

— Por favor! Fui eu!

— Está tudo bem, Charles. — disse Dumbledore calmamente, sorrindo na direção de Charlie. — O que está feito está feito.

— Mas você não pode...

— Cale a boca, garoto! — latiu Fenwick, que ainda estava cobiçando Dumbledore com uma espécie de deleite horrorizado. — Bem, bem, bem - vim aqui esta noite esperando repreender meu filho e, em vez disso...

— Ao invés disso, você pode me prender. — sorriu Dumbledore. — É como perder um Nuque e encontrar um Galeão, não é?

— Weasley! — exclamou Fenwick, agora positivamente tremendo de prazer. — Você escreveu tudo, tudo o que ele disse, sua confissão, você conseguiu?

— Sim, senhor, acho que sim, senhor! — disse Percy ansiosamente, cujo nariz estava salpicado de tinta pela velocidade de suas anotações.

— A parte sobre como ele está tentando construir um exército contra o Ministério, e como ele está trabalhando para me desestabilizar?

— Sim, senhor, eu peguei, sim! — sorriu Percy, examinando suas anotações com alegria.

Patético, Charlie pensou imediatamente, estreitando os olhos para Percy. Absolutamente horrendo - seu cachorrinho de colo.

— Muito bem, então. — sorriu Fenwick, agora radiante de alegria. — Duplique suas anotações, Weasley, e envie uma cópia para o Profeta Diário imediatamente. Se enviarmos uma coruja rápida, devemos fazer a edição da manhã! — Percy saiu correndo da sala, batendo a porta atrás de si, e Fenwick voltou-se para Dumbledore. — Agora você será escoltado de volta ao Ministério, onde será formalmente acusado e depois enviado para Azkaban para aguardar julgamento!

— Ah, sim. — riu Dumbledore gentilmente. — Você parece estar trabalhando sob a ilusão de que eu vou - qual é a frase? - ir em silêncio. Receio que você esteja enganado, Fenwick. Veja, eu não tinha nenhuma intenção de ser enviado para Azkaban. Eu poderia escapar, é claro - mas que perda de tempo e, francamente, posso pensar em uma série de coisas que preferiria estar fazendo...

— Chega desse lixo! — latiu Fenwick, erguendo a varinha. — Você vem comigo, Alvo!

De repente, um feixe de luz prateada brilhou ao redor da sala. Houve um estrondo alto, como um tiro, e o chão tremeu; uma mão agarrou a nuca de Charlie e o forçou a cair no chão quando um segundo clarão prateado disparou. Vários dos retratos gritaram, Fawkes gritou e uma nuvem de poeira encheu o ar.

Tossindo na poeira, Charlie olhou para cima para ver uma figura alta e escura cair no chão com um estrondo na frente dele; houve um grito, um baque, e alguém gritou: — Não! — então houve o som de vidro quebrando, passos freneticamente arrastados, um gemido... E silêncio.

Charlie se esforçou para ver quem o estava meio estrangulando e viu a professora McGonagall agachada ao lado dele; ela havia forçado tanto ele quanto Harry a sair do caminho do perigo. A poeira ainda flutuava suavemente pelo ar até eles. Ofegante, Charlie viu uma figura muito alta se movendo em direção a eles.

— Você está bem? — veio a voz preocupada de Dumbledore.

— Sim! — disse a professora McGonagall, levantando-se e arrastando Harry e Charlie com ela.

A poeira estava baixando. Os destroços do escritório surgiram à vista: a escrivaninha de Dumbledore havia virado, todas as mesas finas haviam caído no chão, seus instrumentos de prata em pedaços. Fenwick, Umbridge e Kingsley estavam imóveis no chão. Fawkes, a fênix, voava em amplos círculos acima deles, cantando suavemente.

— Infelizmente, eu tive que enfeitiçar Kingsley também, ou teria parecido muito suspeito, — murmurou Dumbledore em voz baixa. — Agora, todos eles vão acordar muito em breve e será melhor se eles não souberem que tivemos tempo de nos comunicar - você deve agir como se o tempo não tivesse passado, como se eles tivessem sido simplesmente jogados no chão, eles não vão se lembrar...

— Aonde você vai, Alvo? — sussurrou a professora McGonagall. — Largo Grimmauld?

— Oh não. — disse Dumbledore, com um sorriso sombrio. — Eu não estou saindo para me esconder. Fenwick logo desejará nunca ter me desalojado de Hogwarts, eu prometo a você.

— Professor Dumbledore... — Harry começou, querendo se desculpar pelo que tinha feito, mas Dumbledore o cortou antes que outra palavra saísse de sua boca.

— Ouça-me, Harry. — ele disse com urgência. — Você deve estudar Oclumência o máximo que puder, está me entendendo? Faça tudo o que o Professor Snape lhe disser e pratique especialmente todas as noites antes de dormir para que você possa fechar sua mente para pesadelos...

Fenwick começou a acordar, fazendo com que Dumbledore entrasse em pânico e agarrasse o pulso de Charlie.

— E você, meu querido neto. — disse Dumbledore trêmulo, oscilando entre a felicidade e a tristeza. — Continue a manter essa sua mente fechada... Você tem feito isso inconscientemente por anos, mas agora com a paranóia de seu pai, temo que...

— Vovô, por favor. — implorou Charlie, confuso. — Eu não sei...

— Você vai logo, eu prometo. — sussurrou Dumbledore, beijando o topo da cabeça de seu neto antes de soltá-lo de suas mãos.

Dando um passo à frente para protestar, Charlie foi parado quando Fawkes circulou o escritório e voou sobre Dumbledore. Para a surpresa de Charlie, seu avô levantou a mão e agarrou a longa cauda dourada da fênix. Houve um clarão de fogo e os dois se foram...

Charlie ficou paralisado de choque, enquanto seu pai, Umbridge e Kingsley finalmente recobravam o juízo.

— Onde ele está? — gritou Fenwick, levantando-se do chão. — Onde ele foi?!

— Não faço ideia. — encolheu os ombros Kingsley, levantando-se de um salto. — Sabe, Ministro, eu discordo de Dumbledore em muitos aspectos... Mas você não pode negar que ele tem estilo...

— Bem, ele não pode ter desaparatado! — gritou Umbridge, ignorando Kingsley completamente. — Você não pode fazer isso de dentro da escola...

— As escadas, talvez. — sugeriu Kingsley, e ele se jogou sobre a porta, abriu-a e desapareceu, seguido de perto por Umbridge. Fenwick hesitou, depois levantou-se lentamente, limpando a poeira da frente. Houve um longo e doloroso silêncio.

— Bem, Minerva. — disse Fenwick maldosamente, endireitando a manga da camisa rasgada. — Temo que este seja o fim de seu amigo Dumbledore.

— Você acha, não é? — disse a professora McGonagall com desdém.

Fenwick pareceu não ouvi-la. Ele estava olhando em volta para o escritório destruído. Alguns dos retratos sibilaram para ele; um ou dois até fizeram gestos rudes com as mãos.

— É melhor você levar esses dois para a cama. — rosnou Fenwick, olhando para a professora McGonagall com um aceno de cabeça desdenhoso para Harry e Charlie.

A professora McGonagall não disse nada, mas se virou para levar Harry e Charlie até a porta. Quando chegaram à saída, no entanto, a voz de Fenwick gritou mais uma vez, parando-os:

— Pensando bem. — ele disse sombriamente. — Eu gostaria de falar com meu filho.

Engolindo em seco, Charlie se virou para olhar para seu pai. O rosto de Fenwick agora estava marcado por um sorriso sinistro enquanto ele estreitava os olhos na direção de seu filho. McGonagall e Harry também se viraram, mas apenas para olhar entre Charlie e Fenwick com curiosidade. Com um aceno de aprovação de Charlie, no entanto, eles saíram da sala sem dizer mais nada.

Houve um silêncio longo e insuportável quando a porta se fechou e Charlie se mexeu desconfortavelmente em seus pés, evitando contato visual.

— Estranho, não é? — perguntou Fenwick humildemente, seus olhos queimando de fúria. — Meses de atualizações diárias e, ainda assim, nenhuma palavra sobre esse pequeno... Exército.

Charlie não disse nada. Em vez disso, ele ficou tenso e seu batimento cardíaco acelerou quando Fenwick deu alguns passos para mais perto, pairando sobre o filho como se fosse provocá-lo.

— Isso me faz pensar. — continuou Fenwick, seu tom se tornando um rosnado áspero. — Que outras coisas você tem escondido de mim... E aqui eu pensei que tínhamos um acordo...

Novamente, Charlie não disse nada, e simplesmente continuou a olhar para o chão, não querendo dar essa satisfação ao pai. Os retratos haviam se calado agora, mas escutavam bem atentos, tentando decifrar o que o ministro insinuava com seus comentários. Ficando irritado com a falta de resposta de seu filho, Fenwick estalou, atacando agarrando o manto do menino e puxando-o para mais perto.

— Olhe para mim quando estou falando com você. — ele cuspiu, apertando seu aperto; Os olhos de Charlie agora se arregalaram de medo, pois agora ele estava à mercê de seu pai.

Charlie olhou para cima finalmente, e Fenwick olhou nos olhos do menino com uma intenção mortal. Mesmo sem perceber, Charlie limpou sua mente de qualquer coisa, entorpecendo-se inconscientemente para a busca mental de seu pai por respostas. Em vez disso, o menino rapidamente olhou ao redor da sala em busca de uma fuga para o estado em que se encontrava. Com o aperto de seu pai em torno de suas vestes, Charlie olhou para os retratos ao redor da sala em busca da ajuda necessária.

— Cuidado, pai. — ele murmurou trêmulo, apontando para o curioso retrato de Phineas Nigellus que estava observando a interação de perto. — Você tem bastante audiência.

Virando a cabeça para a esquerda, Fenwick olhou para os retratos intrusivos, mas, em contraste, Charlie estava subconscientemente agradecendo. Muito lentamente, Fenwick soltou Charlie de suas mãos, empurrando-o para trás com força, como se não tivesse a intenção de que o confronto terminasse tão rapidamente.

— Você tem sorte. — rosnou Fenwick humildemente, embora suas mãos tremessem de raiva. Voltando-se, Fenwick se elevou sobre Charlie, irradiando terror. — Considere este seu último aviso, Charles... Você e eu sabemos do que sou capaz - fui claro?

Assentindo lentamente enquanto ajustava suas vestes, Charlie murmurou. — Como um cristal.

— Bom. — dispensou Fenwick com um olhar de desgosto no rosto enquanto apontava para a porta. — Agora saia da minha frente.

Levando um segundo para se recompor, Charlie deu aos retratos, que agora haviam retornado às suas posições de consolo, um discreto e final aceno de cabeça na tentativa de mostrar gratidão. Ele saiu do escritório sem dizer mais uma palavra, embora pudesse sentir o olhar de seu pai abrindo buracos na parte de trás de sua cabeça...

Quando a porta se fechou atrás dele, Charlie soltou um suspiro trêmulo e se agachou, colocando as mãos nos joelhos. Na verdade, ver seu pai agora era um lembrete de toda a dor e medo que Charlie experimentou no cemitério, e o mero pensamento o fez estremecer. Ele balançou a cabeça, tentando se livrar de todos os pensamentos negativos, e seguiu em frente, agindo como se sua cabeça não estivesse gritando com ele.

Sua intenção era voltar para a Torre da Grifinória e fingir que seu encontro com seu pai nunca havia acontecido. No entanto, quando ele saiu para o corredor principal, a gárgula se fechando atrás dele, Charlie deu um pulo ao ver uma figura preocupada andando de um lado para o outro no corredor, esperando a eventual abertura da porta. A figura, é claro, era Hermione Granger, que se animou assim que avistou o namorado.

— O que você está fazendo aqui? — Charlie perguntou suavemente enquanto caminhava em direção a ela. — Você não foi pega, foi?

— Não, não. — suspirou Hermione aliviada. Ela deu um passo mais perto dele, levando a mão ao rosto dele e acariciando-o suavemente. — Eu esbarrei no Harry e ele disse que você ainda estava aí - eu só queria ter certeza de que você estava bem...

— Estou bem. — disse Charlie suavemente, e ele recuou um pouco para forçar a mão dela a se afastar de seu rosto; naturalmente, fazendo com que Hermione franzisse a testa com a perda de contato.

— Ouça. — Hermione começou trêmula, sentindo-se incrivelmente arrasada com o súbito desinteresse de seu namorado em afeição. — Eu sei que você provavelmente está chateado comigo sobre como eu lidei com toda a situação de Romilda...

— Hermione, por favor. — interrompeu Charlie, parecendo mais inquieto do que nunca enquanto examinava os arredores. — Podemos conversar sobre isso mais tarde?

Hermione franziu as sobrancelhas ao perceber o estado de ansiedade de Charlie. Ele estava evitando contato visual e mantendo uma distância significativa, o que, ela pensou, era muito estranho.

— O que está acontecendo com...

As palavras nem tiveram a chance de sair completamente de sua boca quando, de repente, a porta da gárgula se abriu novamente. Os olhos de Charlie se arregalaram quando ele se virou para ver seu pai sair do escritório do diretor. Antes que Charlie tivesse a chance de reagir, seu pai notou ele e Hermione, e um sorriso de gelar os ossos apareceu no rosto de Fenwick enquanto ele caminhava até eles.

— Ah, Charles, ainda não saí. — disse ele, fingindo um sorriso enquanto se aproximava deles. — Deve ter pego, eu presumo. — ele desviou o olhar para uma Hermione confusa e disse. — E eu posso ver porque - minha palavra - eu posso ver porque meu filho parece tão apaixonado hoje em dia.

Charlie sentiu seu estômago revirar quando os olhos de Fenwick se estreitaram em Hermione com imensa curiosidade. Um medo maior do que qualquer coisa que Charlie já sentiu antes de repente o dominou. Seu corpo ficou incontrolavelmente tenso e seu coração batia forte em seu peito. Antes que qualquer coisa pudesse acontecer, ele deu um passo à frente, colocando uma mão nas costas de Hermione para levá-la na direção da Torre da Grifinória.

— Estávamos saindo. — disse ele apressadamente, interrompendo a conversa o mais rápido possível. Ele se inclinou para perto de Hermione, sussurrando baixinho enquanto a guiava ligeiramente para a frente. — Vamos, vamos.

Quando Charlie se moveu para dar um passo à frente, no entanto, ele foi parado quando seu braço foi rapidamente pego de forma agressiva por seu pai, e ele foi puxado para trás em um movimento rápido.

— Agora, agora, Charles. — repreendeu Fenwick humildemente, sendo consciente da presença de Hermione. — Você não vai me apresentar ao sua amiga?

Charlie engoliu em seco enquanto se virava, sentindo-se incrivelmente desconfortável. Hermione o observou atentamente, tentando utilizar o conhecimento que ela havia obtido sobre sua linguagem corporal para entender o que estava acontecendo. Fenwick, por outro lado, achou graça na situação, brincando com o filho como se fosse algum tipo de jogo maluco.

— Não? Bem, então acho que terei que fazer isso sozinho. — ele começou, desviando o olhar e estendendo a mão na direção de Hermione. — Fenwick Hawthorne, Ministro da Magia. Agora, perdoe-me se eu estiver errado, mas eu me lembro de nos encontrarmos antes. Você estava na tenda médica após o encontro de meu filho com um dragão no ano passado, não estava?

Sentindo-se indiferente com a reação de Charlie, Hermione hesitantemente deu um passo à frente, dando as mãos a Fenwick e apertando sua mão com firmeza; Charlie observou essa interação cuidadosamente, seu estômago revirando - era como se um pesadelo estivesse se tornando realidade.

Ao apertar a mão do Ministro, Hermione se sentiu incrivelmente perturbada. Ela olhava para o namorado em busca de segurança, mas não encontrava nada escondido em seus olhos, e seu silêncio também não ajudava. Percebendo isso, Hermione começou a formar pensamentos horríveis em sua cabeça, pois ela sabia da agressão de Fenwick, e seu coração doía pelo garoto silencioso ao lado dela. No entanto, ela tentou permanecer o mais composta possível, tendo o cuidado de alertar o Ministro sobre a verdade.

— Sim, senhor. — ela disse educadamente antes de soltar a mão de Fenwick. — Eu sou Hermione Granger.

De repente, o rosto de Fenwick se iluminou como uma árvore de Natal. Seu sorriso malicioso se estendeu de um lado do rosto para o outro. Ele olhou para um Charlie desconfortável, com um sorriso malicioso, e então de volta para Hermione.

— Senhorita Granger? — ele reafirmou, parecendo completamente intrigado. Quando Hermione assentiu, ele continuou. — Ah sim, a professora Umbridge me contou tudo sobre você... E seu relacionamento com meu filho. Vocês dois são muito próximos, não é?

— Uh, e-eu suponho que sim. — gaguejou Hermione, sem saber o que Charlie tinha escolhido para contar a seu pai.

— Somos amigos. — murmurou Charlie, encarando seu pai com a maior aversão. Hermione olhou para o lado do rosto dele imediatamente, quase como se não acreditasse que ele havia sido capaz de formar uma frase.

— Certo. — sorriu Fenwick, plenamente consciente de que estava começando a irritar o filho. — Bem, é melhor eu ir. Eu deveria ir ver se Umbridge e Kingsley tiveram sucesso em sua perseguição a Dumbledore. — ele olhou para Hermione uma última vez, sorrindo perversamente. — Adorável conhecê-la oficialmente, Srta. Granger. Tenho certeza que a verei novamente em breve.

Hermione sorriu sem jeito, sem saber o que o Ministro estava insinuando. Charlie, por outro lado, sentiu um ódio imenso crescer dentro dele enquanto dava um passo na frente de sua namorada, assumindo uma postura protetora.

Os lábios de Fenwick se curvaram em diversão, mas ele encolheu os ombros timidamente, acrescentando: — Isso, é claro, se meu querido filho aqui estiver disposto a deixar nossos caminhos se cruzarem tão graciosamente mais uma vez. — com uma última piscadela zombeteira na direção de Charlie, Fenwick virou o corredor, acenando: — Até então, adeus.

Charlie olhou para o corredor até que seu pai aparentemente desapareceu de sua linha de visão. Hermione ficou perto dele como se esperasse que ele se virasse e lhe contasse o que acabara de acontecer. Quando ele não falou por vários minutos, no entanto, Hermione decidiu fazer a pergunta óbvia que pairava sobre sua cabeça.

— O que está acontecendo?

— Meu avô foi demitido. — murmurou Charlie de uma vez, embora ele nunca parecesse dar mais explicações, nem encontrar o olhar de sua namorada. Em vez disso, ele se virou e começou a caminhar em direção à Torre da Grifinória, mas não antes de sussurrar: — E meu pai é um babaca arrogante.

POR ORDEM DO MINISTÉRIO DA MAGIA:

Dolores Jane Umbridge (Alta Inquisidora) substituiu Albus Dumbledore como Diretora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

O acima está de acordo com o Decreto Educacional Número Vinte e Oito.

Assinado: Fenwick Hawthorne, Ministro da Magia.

Os avisos foram espalhados por toda a escola durante a noite, mas eles não explicavam como cada pessoa dentro do castelo parecia saber que Dumbledore havia derrotado um Auror, o Alto Inquisidor, o Ministro da Magia e seu Assistente Júnior para escapar.

Não importa onde Charlie fosse dentro do castelo, o único tópico de conversa era a fuga de Dumbledore, e embora alguns dos detalhes possam ter dado errado na recontagem, foi surpreendente o quão preciso era o resto de suas informações. Todos sabiam, por exemplo, que Charlie e Harry foram os únicos alunos que testemunharam a cena no escritório de Dumbledore e, como Charlie era conhecido como o neto do diretor, ele se viu assediado com pedidos para dar um relato em primeira mão.

Charlie, no entanto, não estava com humor para entreter alunos intrometidos que desejavam saber os detalhes da história. Na verdade, ele estava mais do que contente o suficiente para esquecer aquele dia completamente, pois a combinação de seu avô sendo demitido e seu pai ameaçando Hermione na frente dele, era insuportável demais para relembrar uma e outra vez.

Superado pela angústia das dificuldades de sua dinâmica familiar, Charlie ainda não havia percebido que a notícia de seu relacionamento com Hermione começou a se espalhar por toda a escola como um incêndio. Somente quando ele entrou no Salão Principal na manhã seguinte, o menino percebeu que todos estavam olhando para ele em busca de respostas.

— Muito popular esta manhã, não é? — brincou Fred quando Charlie se sentou na mesa da Grifinória entre Hermione e Harry, enquanto os Weasleys se sentaram no lado oposto.

George assentiu, rindo levemente. — Ainda mais popular do que o normal, se é que isso é possível.

— Muitas pessoas estão falando sobre o seu avô. — disse Fred gentilmente antes de tentar aliviar o clima balançando as sobrancelhas entre Charlie e Hermione. — Ou sobre vocês dois se agarrando na frente de todo mundo.

— Sério? Não notei. — Charlie disse sarcasticamente, olhando para Lilá Brown e Parvati Patil, que estavam olhando para ele e Hermione da mesa.

— Realmente não é da conta deles. — murmurou Hermione furiosamente, enquanto pegava a mão de Charlie debaixo da mesa. Seu namorado sorriu suavemente, apertando sua mão para tranqüilizá-la.

— Tenho certeza que você fez isso da conta de todo mundo. — Ron zombou com raiva do outro lado da mesa, deixando cair o garfo com raiva. — Ninguém pediu para ver vocês dois enfiarem a língua na garganta um do outro...

Ele foi interrompido quando Ginny se inclinou e deu um tapa na nuca dele.

— Você é tão incrivelmente estúpido, é impressionante. — ela disse com os dentes cerrados, enviando olhares na direção de seu irmão. — O que você esperava que ela fizesse? Afastar-se e observar enquanto outra garota flerta descaradamente com o namorado bem na frente dela? Pelo amor de Merlin! Ela tem total liberdade para...

— Está tudo bem, Gin. Suponho que haja outras maneiras de interpor... — murmurou Hermione culpada, sentindo-se incrivelmente desconfortável. — Eu não sei o que deu em mim, honestamente. — ela se virou para Charlie, acrescentando: — Sinto muito.

E embora Charlie soubesse que a revelação de seu relacionamento iria causar mais mal do que bem, ele não pôde deixar de assentir lentamente, pois uma parte dele sempre queria experimentar o mínimo de normalidade quando se tratava de Hermione. Ele sabia que ela merecia tanto, apesar de não saber quanto tempo duraria.

— Está tudo bem. — Charlie disse consoladoramente, acariciando as costas da mão dela com o polegar. — Todo mundo acabaria descobrindo.

Hermione sorriu feliz, sentindo-se incrivelmente aliviada por ele não estar chateado com ela por expor o relacionamento deles sem a aprovação dele. Embora ela provavelmente nunca admitisse isso, Hermione estava absolutamente radiante com o fato de que eles não precisavam mais se esgueirar. Ela estava feliz por finalmente poder compartilhar seu relacionamento com todos os outros - já fazia muito tempo, para dizer o mínimo.

— Bem, estou feliz por vocês. — veio a voz de Neville de seu lugar na ponta da longa mesa. — Todos nós estamos. — ele acrescentou, apontando para Dean e Seamus, que estavam sentados ao lado dele, balançando a cabeça vigorosamente.

Nem todo mundo, pensou Charlie, olhando para um Ron mal-humorado.

Mesmo assim, ele respondeu com um sorriso tímido: — Obrigado, cara. Agradecemos.

— De qualquer forma. — disse Harry, desviando a atenção do casal recém-descoberto, ao qual Charlie estava grato. — Em termos de Dumbledore, acho que ele vai voltar logo. Ele pertence aqui. Eles não vão conseguir mantê-lo longe. Além disso, o Frade Gordo me disse... — ele baixou a voz de forma conspiratória, para que seus amigos tivessem para se aproximar dele para ouvir. — Que Umbridge tentou voltar para seu escritório ontem à noite depois que eles procuraram por ele no terreno do castelo. Mas ela não conseguiu passar pela gárgula. O escritório do Diretor se lacrou contra ela. — Harry sorriu, acrescentando. — Aparentemente, ela teve um pequeno ataque de raiva.

Charlie riu cruelmente. — Aposto que ela realmente gostaria de sentar lá no escritório do Diretor. Corrompê-lo como a velha bruxa intrometida e louca por poder que ela é...

— Agora, por que eu sei exatamente de quem você está falando?

Elaina Dumont se sentou entre Harry e Neville. Seu rosto gentil estava bem com diversão brilhante.

— Se importa se eu me juntar a você? — perguntou Elaina educadamente, acomodando-se entre eles. Quando eles assentiram, ela riu. — Ótimo, porque eu juro que se eu ouvir Malfoy se vangloriar daquele maldito distintivo Inquisitorial mais uma vez, posso ficar tentada a dar um soco nele.

— Eu já fiz isso antes. — riu Hermione, relembrando sua briga no terceiro ano com Malfoy. — Foi muito divertido.

— Aposto que foi. — Elaina concordou, e Charlie sorriu com o fato de que as duas garotas pareciam ter evoluído desde a evidente antipatia do ano passado. Elaina olhou ao redor da mesa antes de olhar para Neville, um sorriso se curvando em seus lábios. — Você sabe, eu tentei fazer amizade com todos vocês, mas me perdoe, eu não acho que tivemos o prazer conhecer oficialmente - eu sou Elaina.

Neville engoliu em seco com a atenção. — Eu não sou ninguém.

— Não, você não é. — disse Ginny bruscamente em defesa, e Charlie poderia jurar que viu Neville corar de um carmesim profundo. — O nome dele é Neville Longbottom.

— Prazer. — Elaina sorriu educadamente para Neville e ele sorriu em resposta. — Então... — ela falou lentamente quando o silêncio caiu sobre eles novamente. — Por que vocês estavam falando mal da nossa nova diretora quando eu cheguei?

— Tantos motivos. — murmurou Harry, franzindo a testa.

— É realmente uma merda, você sabe. — começou Elaina consoladoramente para Harry. — Que o promotor não possa mais ser uma coisa... Eu realmente gostei de ser ensinado por você.

Os lábios de Harry se curvaram em um sorriso tímido. — Obrigado.

— É a verdade. — Elaina deu de ombros com aprovação antes de acrescentar. — E vai ser uma droga não ver você com tanta frequência... — percebendo como isso soou, ela continuou rapidamente para evitar o olhar ciumento de Ginny. — Quero dizer, todos vocês, claro.

Assentindo lentamente, Harry sorriu, resistindo ao desejo óbvio de corar. Charlie e Hermione trocaram um olhar enquanto o garoto de óculos abaixou a cabeça para evitar a sobrancelha levantada de sua namorada do outro lado da mesa. Felizmente, a tensão estranha durou pouco quando George falou.

— Sabe, Fred. — disse ele com um sorriso malicioso. — Acho que um pouco de caos é exatamente o que nosso querido novo Diretor merece.

Os olhos de Fred se arregalaram e ele sorriu de uma orelha à outra, — Curiosamente, eu estava pensando exatamente a mesma coisa.

Ron grunhiu. — Não façam nada estúpido, ok? Mamãe vai enlouquecer se descobrir que vocês dois se meteram em problemas com a diretora.

George deu de ombros, despreocupado. — Decidimos que não nos importamos mais em nos meter em problemas.

— Vocês decidiram? — perguntou Hermione, seus olhos se estreitando em curiosidade.

— Claro que temos. — Fred riu. — Nunca fomos expulsos, não é?

George assentiu vigorosamente. — Sempre soubemos onde traçar a linha.

Ginny suspirou, murmurando. — Uma linha muito tênue.

— Mas sempre evitamos causar um verdadeiro caos. — acrescentou Fred, sorrindo.

— Mas agora? — disse Ron timidamente, seus braços cruzados.

George sorriu. — Bem, agora, com Dumbledore fora...

— Não há razão para manter um filtro. — continuou Fred, terminando a frase com um sorriso malicioso.

A reação da mesa foi confusa. No típico estilo de Hermione, seus olhos se arregalaram de preocupação. Ginny e Elaina tentaram evitar que sorrisos divertidos se formassem em seus lábios. Ron revirou os olhos enquanto Neville, Dean e Seamus olhavam para cima com espanto e, como esperado, Harry e Charlie compartilharam uma risada.

— Inferno, conte comigo. — Charlie riu, e Fred e George olharam para ele simultaneamente com um olhar de orgulho.

— Você não deve. — sussurrou Hermione em advertência. — Você realmente não deve! Ela adoraria um motivo para expulsá-lo!

Charlie encolheu os ombros, despreocupado. — Aquela mulher repugnante, repugnante, vil e parecida com um sapo merece...

— Eu não terminaria essa frase, Hawthorne. — disse uma voz por trás de Charlie. — Poderia colocar você em apuros.

A cabeça do menino girou instantaneamente e ele se viu quase cara a cara com Filch, o zelador. Ele inclinou a cabeça para trás imediatamente; Filch era melhor visto à distância.

Filch olhou para o menino que estava sentado à mesa com seus amigos. — A diretora gostaria de ver você.

A mandíbula de Charlie se apertou com raiva imediata, e ele sentiu as costas de sua mão formigar só de pensar em mais detenções com aquela mulher horrível. Sem mencionar que ele podia sentir os olhares preocupados de seus amigos que agora caíam sobre ele.

— O que eu fiz desta vez? — rosnou Charlie, parecendo completamente sem graça. A papada de Filch balançou com uma risada silenciosa.

— Deve ter sido alguma coisa. — ele ofegou. — Me siga.

Charlie olhou para seus amigos, que pareciam preocupados. Ele deu de ombros e levou as costas da mão de Hermione aos lábios antes de liberá-la de suas mãos, seguindo Filch até o Hall de Entrada, contra a maré de alunos famintos.

Filch parecia estar de ótimo humor; ele cantarolava baixinho enquanto subiam a escada de mármore. Ao chegarem ao primeiro patamar, ele disse: — As coisas estão mudando por aqui, Hawthorne.

— Eu percebi. — murmurou Charlie friamente.

— Anos... Eu tenho dito a Dumbledore por anos e anos que ele é muito mole com todos vocês. — disse Filch, rindo maliciosamente. — Mas agora, você vai ver. Suas bestas imundas serão repreendidas adequadamente por seu comportamento revoltante. Quando o Decreto Educacional Número Vinte e Nove chegar, Hawthorne, terei permissão para fazer coisas... E ela pediu ao Ministro para assinar uma ordem de expulsão de Pirraça... Ah, as coisas vão ser bem diferentes por aqui com ela no comando... —

Umbridge obviamente tinha feito de tudo para conseguir Filch do lado dela, Charlie pensou, e o pior de tudo era que ele provavelmente provaria ser uma arma importante com seu conhecimento das passagens secretas e esconderijos da escola.

— Aqui estamos nós. — Filch disse, olhando de soslaio para Charlie enquanto batia três vezes na porta da Professora Umbridge e a abria. — O menino Hawthorne, como você pediu, senhora.

O escritório de Umbridge, tão familiar para Charlie de suas muitas detenções, era o mesmo de sempre, exceto pelo grande bloco de madeira na frente de sua mesa, no qual letras douradas formavam a palavra: DIRETORA. Sem mencionar que as vassouras dele e de Harry estavam acorrentadas e trancadas em uma estaca de ferro resistente na parede atrás da mesa.

Umbridge estava sentada atrás da escrivaninha, ocupada rabiscando em algum de seu pergaminho rosa, mas ela ergueu os olhos e sorriu largamente à entrada deles.

— Obrigada, Argus. — ela disse docemente.

— De jeito nenhum, senhora, de jeito nenhum. — disse Filch, curvando-se tanto quanto seu reumatismo permitia e saindo de costas.

— Sente-se. — Umbridge disse secamente para Charlie, apontando para uma cadeira.

Charlie sentou-se, embora não quisesse. Ela continuou a rabiscar por alguns momentos. Ele observou alguns dos gatinhos imundos brincando em volta dos pratos sobre a cabeça dela, imaginando que novo horror ela reservava para ele.

— Bem, agora. — ela disse finalmente, largando sua pena e examinando-o complacentemente, como um sapo prestes a engolir uma mosca particularmente suculenta. — O que você gostaria de beber?

— Desculpe? — disse Charlie, bastante certo de que a ouviu mal.

— Para beber, Sr. Hawthorne. — ela repetiu, sorrindo ainda mais amplamente. — Chá? Café? Suco de abóbora?

Ao nomear cada bebida, ela acenou com sua varinha curta e uma caneca ou copo apareceu em sua mesa.

Charlie balançou a cabeça. — Nada. Obrigado.

— Quero que você beba comigo. — exigiu Umbridge, sua voz ficando perigosamente doce. — Escolha um.

— Tudo bem... Chá então. — Charlie deu de ombros, começando a se sentir desconfortável.

Ela se levantou e fez uma bela performance ao adicionar mel de costas para ele. Ela então se apressou ao redor da mesa com ele, sorrindo de uma forma sinistramente doce.

— Pronto. — disse ela, entregando-o a ele. — Beba antes que esfrie, não é? Bem, agora, Sr. Hawthorne... Achei que devíamos ter uma conversinha, depois dos acontecimentos angustiantes da noite passada.

Charlie não disse nada. Umbridge recostou-se em seu assento e esperou. Depois de vários longos momentos de silêncio, ela disse alegremente: — Você não está bebendo!

Ele levou o copo aos lábios e, de repente, abaixou-o, sentindo-se ligeiramente em conflito com a ideia de beber qualquer coisa oferecida por um inimigo conhecido.

— Qual é o problema? — perguntou Umbridge, que ainda o observava de perto. — Você quer açúcar?

Charlie balançou a cabeça. — Não.

Ele levou a xícara novamente aos lábios e fingiu tomar um gole, mas manteve a boca bem fechada. O sorriso de Umbridge se alargou.

— Bom. — ela sussurrou. — Muito bem. Agora então... — ela se inclinou um pouco para frente, intrigada. — Onde está Alvo Dumbledore?

Charlie franziu as sobrancelhas, confuso. — Não faço ideia.

— Beba, beba. — ela exigiu, ainda sorrindo. — Agora, Sr. Hawthorne, não vamos fazer joguinhos infantis. Eu sei que você sabe para onde ele foi. Certamente, seu avô não desapareceria sem lhe dizer para onde ele foi...

— Eu não sei onde ele está. — Charlie repetiu.

Ela o observava bem de perto, e quando ele foi fingir que estava bebendo mais uma vez, Umbridge o impediu.

— Você sabe, é muito indelicado não ceder a presentes graciosos que são oferecidos a você, Sr. Hawthorne. — disse Umbridge, olhando para o menino com desconfiança. — Devo insistir que você beba desse copo adequadamente... Não vou tolerar uma tentativa tão fracassada de enganar.

O estômago de Charlie revirou, e sua mão segurando a xícara de chá tremeu tanto que ela chacoalhou no pires. Não havia como negar agora que havia algum tipo de poção misturada em sua bebida enquanto Umbridge parecia estar esperando em antecipação.

Sentindo que não tinha outra escolha, Charlie inclinou o copo para a boca mais uma vez, permitindo que até a última gota do líquido quente escorresse por sua garganta. Quando terminou, colocou o copo de volta na mesa, revelando seu conteúdo vazio para Umbridge, que sorriu satisfeita.

— Muito bem. — ela sorriu, embora parecesse descontente. — Agora, seguindo em frente, você gentilmente me contará o paradeiro de Sirius Black.

Esperando que a verdade saísse de sua boca, Charlie ficou bastante surpreso ao não sentir nenhum efeito. Na verdade, sua mente estava mais clara do que nunca, e ele se sentia estranhamente normal, apesar de saber que algo escorregou para dentro de sua xícara.

Talvez tenha sido um fracasso, ele pensou. Quero dizer, deve ter havido uma razão para que Umbridge nunca tenha sido considerada professora de Poções...

— Sr. Hawthorne. — chamou Umbridge, tirando o menino de seus pensamentos. Quando ele olhou para ela, ela repetiu. — Onde está Sirius Black?

— Não faço ideia. — disse Charlie com um encolher de ombros não suspeito. — Não tenho a menor idéia.

— Interessante... Interessante, de fato. — disse Umbridge, parecendo convencida. Houve um pequeno momento de silêncio em que Charlie pensou que estava limpo, mas seu rosto caiu quando Umbridge se inclinou sobre a mesa, sorrindo diabolicamente. — Tenho mais uma pergunta para você, Sr. Hawthorne.

Charlie engoliu em seco, ficando inquieto. — Qual é?

— Seu pai e eu estamos muito curiosos para saber... — ela começou enquanto seu sorriso se contorcia em diversão. — Qual é a sua relação com a Srta. Hermione Granger.

Os olhos do garoto de olhos castanhos se arregalaram. Ele não esperava que Umbridge descobrisse tão rapidamente. Na verdade, ele pensou que pelo menos teria um único dia para desfrutar da normalidade com sua namorada. No entanto, quando Umbridge mencionou seu pai, Charlie sabia que teria que mentir para proteger a mulher que amava.

— E-eu não sei bem o que você quer dizer. — disse Charlie, parecendo confuso.

— Sr. Hawthorne. — suspirou Umbridge, parecendo descontente. — Deixe-me lembrá-lo de que fui especificamente instruída a ficar de olho em você há meses. Sei perfeitamente que sua pequena amizade com a Srta. Granger é muito mais do que você imagina parece... Agora, diga-me, você está em um relacionamento secreto com a Srta. Granger?

— Somos amigos. — disse Charlie, um pouco rápido demais.

Umbridge franziu os lábios, insatisfeita. — Vocês dois já se beijaram?

Charlie franziu as sobrancelhas. — Eu pensei que você disse que só tinha mais uma pergunta...

— Responda-me. — interrompeu Umbridge, parecendo irritada.

Bem, sim, pensou Charlie, tantas vezes. Inferno, nós fizemos coisas que vão fazer você corar.

A verdade enchia sua mente com cada pergunta feita, mas a cada vez era como se Charlie tivesse recebido o poder de abster-se de divulgar seus segredos. Em vez disso, ele mentiu com o melhor de sua habilidade, apesar de estar sob a influência de um Veritaserum óbvio.

— Não.

Umbridge pressionou. — Você nunca divulgou segredos para ela que deveriam permanecer privados?

Sobre você e sua pena de sangue, sim, ele pensou, mas sobre meu pai? Absolutamente não.

Charlie balançou a cabeça. — Não.

Houve um silêncio longo e intolerável no qual Umbridge se mexeu irritada em seu assento, mas seus olhos curiosos nunca se desviaram do garoto à sua frente. Charlie, por outro lado, tentou ao máximo manter a compostura durante o interrogatório, embora pudesse sentir as palmas das mãos começando a suar.

Então, a diretora estreitou os olhos. Ela se inclinou para frente, observando o rosto de Charlie cuidadosamente enquanto perguntava. — Você está apaixonado pela Srta. Granger?

Levemente surpreso, Charlie murmurou: — Eu não acho que isso seja da sua conta...

— Devo insistir que você me responda, Sr. Hawthorne. — insistiu Umbridge, batendo em sua mesa com impaciência. — Pois esta é a pergunta para a qual seu pai está mais inclinado a saber a resposta...

Charlie engoliu em seco e sustentou o olhar de Umbridge por tanto tempo que seus olhos começaram a lacrimejar. Esta foi a única pergunta que o deixou sem palavras. Ele sabia qual era sua própria verdade, é claro, mas esse exato momento foi uma das muitas razões pelas quais ele se absteve de dizê-la por tanto tempo - não importa o quanto ele amasse Hermione, seu desejo de protegê-la dos demônios em sua vida. foi exponencialmente maior; mesmo que isso significasse sacrificar sua própria felicidade.

— Não. — Charlie disse suavemente, e uma pontada de culpa irrompeu em seu peito. Para continuar com a farsa, ele insistiu: — Ela não significa nada para mim agora, nem nunca significar.

O rosto de Umbridge vacilou por um momento, como se ela não esperasse que aquelas palavras saíssem dos lábios do garoto, e então ela sorriu, satisfeita enquanto se recostava na cadeira. Por um momento, ela girou os polegares satisfeita antes de se levantar.

— Muito bem, Sr. Hawthorne. — ela suspirou. — Acredito em sua palavra. Esteja avisado, no entanto, que a luz do Ministério está atrás de mim. Seu pai está observando, meu caro menino, e ele fez está claro para você em várias contas, tenho certeza - todos os canais de comunicação dentro e fora desta escola estão sendo monitorados. Meu esquadrão inquisitorial está sob instruções estritas para monitorar cada movimento seu. Fique tranquilo, se eu encontrar um fragmento de evidência de sua desonestidade...

ESTRONDO!

De repente, o chão do escritório tremeu. Umbridge escorregou para o lado, agarrando-se à mesa para se apoiar e parecendo chocada.

— O que é...

Ela estava olhando para a porta. Charlie aproveitou a oportunidade para se levantar, mas permaneceu tão curioso quanto Umbridge com a intrusão. Ele podia ouvir pessoas correndo e gritando vários andares abaixo.

— Volte para sua sala comunal! — exclamou Umbridge, erguendo a varinha e saindo correndo do escritório. Charlie deu a ela alguns segundos de avanço, então correu atrás dela para ver qual era a fonte de todo o barulho.

Não foi difícil de encontrar. Um andar abaixo, reinava o pandemônio. Alguém (e Charlie tinha uma idéia muito perspicaz de quem) havia acionado o que parecia ser uma enorme caixa de fogos de artifício encantados.

Dragões compostos inteiramente de faíscas verdes e douradas subiam e desciam os corredores, emitindo altas explosões e estrondos de fogo enquanto avançavam; Rodas Catherine de um rosa chocante de um metro e meio de diâmetro zuniam letalmente no ar como discos voadores; foguetes com longas caudas de brilhantes estrelas prateadas ricocheteavam nas paredes; estrelinhas escreviam palavrões no ar por conta própria; fogos de artifício explodiam como minas em todos os lugares que Charlie olhava e, em vez de se queimarem, desaparecendo de vista ou parando, esses milagres pirotécnicos pareciam estar ganhando energia e ímpeto quanto mais ele assistia.

Filch e Umbridge estavam parados, aparentemente paralisados ​​de horror, no meio da escada. Enquanto Charlie observava, uma das rodas maiores do Catherine pareceu decidir que precisava de mais espaço para manobrar; ela girou na direção de Umbridge e Filch com um sinistro 'wheeeeeeeee'. Ambos gritaram de medo e se abaixaram, e ele voou direto pela janela atrás deles e atravessou o terreno.

Enquanto isso, vários dos dragões e um grande morcego roxo que fumegava ameaçadoramente aproveitaram a porta aberta no final do corredor para escapar em direção ao segundo andar.

— Depressa, Filch, depressa! — gritou Umbridge. — Eles vão estar por toda a escola, a menos que façamos algo - Estupefaça!

Um jato de luz vermelha saiu da ponta de sua varinha e atingiu um dos foguetes. Em vez de congelar no ar, no entanto, explodiu com tanta força que abriu um buraco na pintura de uma bruxa de aparência sentimental no meio de um prado; ela correu bem a tempo, reaparecendo segundos depois espremida na próxima pintura, onde dois bruxos jogando cartas se levantaram apressadamente para abrir espaço para ela.

— Não os atordoe, Filch! — gritou Umbridge com raiva, como se fosse seu encantamento.

— Você está certa, diretora! — chiou Filch, que como um aborto não poderia mais atordoar os fogos de artifício do que engoli-los. Ele correu para um armário próximo, puxou uma vassoura e começou a golpear os fogos de artifício no ar; em segundos, a cabeça da vassoura estava em chamas.

Charlie tinha visto o suficiente; rindo, ele se abaixou, correu para uma porta que sabia estar escondida atrás de uma tapeçaria um pouco ao longo do corredor e deslizou por ela para encontrar Fred e George escondidos logo atrás dela, ouvindo os gritos de Umbridge e Filch e tremendo de alegria reprimida.

— Impressionante. — Charlie disse baixinho, sorrindo. — Muito impressionante... Você vai acabar com a Zonko's, sem problemas!

— Saúde. — sussurrou George, enxugando as lágrimas de riso de seu rosto. — Ah, espero que ela tente fazê-los desaparecer a seguir... Eles se multiplicam por dez toda vez que você tentar.

Charlie riu. — Como você fez isso tão rápido de qualquer maneira?

— Oh, nós planejamos isso há muito tempo. —  sorriu Fred, seus olhos observando os fogos de artifício com imenso orgulho. — Mas achamos que, como a velha bruxa desagradável estava muito preocupada em repreendê-lo por qualquer motivo... Havia uma oportunidade perfeita para soltar os fogos de artifício sem ser pego - e como prometido, o caos se seguiu.

— Como esperado. — Charlie riu, compartilhando um high-five de irmão com Fred e George, antes de continuar a assistir Umbridge e Filch do outro lado da tapeçaria - era como um filme de comédia ganhando vida.

Os fogos de artifício continuaram queimando e se espalhando por toda a escola naquela tarde. Embora eles causassem muita confusão, principalmente os fogos de artifício, os outros professores não pareciam se importar muito com eles.

— Querida, querida. — disse a Professora McGonagall sarcasticamente, enquanto um dos dragões voava em torno de sua sala de aula, emitindo fortes estrondos e exalando chamas. — Senhorita Brown, você se importaria de ir até a diretora e informá-la que escapamos de um fogo de artifício em nossa sala de aula?

O resultado de tudo isso foi que a professora Umbridge passou sua primeira tarde como diretora correndo por toda a escola respondendo às convocações dos outros professores, nenhum dos quais parecia capaz de livrar seus quartos dos fogos de artifício sem ela. Quando o sinal final tocou e eles estavam voltando para a Torre da Grifinória com suas malas, Charlie viu, com imensa satisfação, uma Umbridge desgrenhada e enegrecida pela fuligem cambaleando com o rosto suado da sala de aula do professor Flitwick.

— Muito obrigado, professora! — disse o professor Flitwick em sua voz esganiçada e sarcástica. — Eu poderia ter me livrado dos estrelinhas sozinho, é claro, mas não tinha certeza se tinha autoridade ou não.

Radiante, ele fechou a porta da sala de aula em seu rosto rosnando.

Fred e George foram heróis naquela noite na sala comunal da Grifinória. Até mesmo Hermione abriu caminho pela multidão animada para parabenizá-los.

— Foram fogos de artifício maravilhosos. — disse ela com admiração.

— Obrigado. — disse George, parecendo ao mesmo tempo surpreso e satisfeito. — Wildfire Whiz-bangs dos Weasley. A única coisa é que usamos todo o nosso estoque; vamos ter que começar de novo do zero agora.

— Mas valeu a pena. — sorriu Fred, que estava recebendo ordens de Grifinórios barulhentos. — Se você quiser adicionar seu nome à lista de espera, Hermione, são cinco galeões para sua caixa Basic Blaze e vinte para a Deflagration Deluxe...

Rindo, Hermione voltou para o sofá onde Charlie, Harry e Ron estavam sentados, olhando para suas mochilas como se esperassem que seu dever de casa começasse a ser feito sozinho. Ela se jogou no sofá ao lado de Charlie, aconchegando-se perto dele sem se importar com o mundo.

— Oh, por que não temos uma noite de folga? — disse Hermione brilhantemente, apontando para seu dever de casa inacabado enquanto um foguete Weasley de cauda prateada passou zunindo pela janela. — Teremos muito tempo para fazer isso mais tarde, não é?

Os olhos de Charlie se arregalaram e ele olhou para sua namorada incrédulo. — Você está se sentindo bem?

— Agora que você mencionou isso. — sussurrou Hermione alegremente. — Eu acho que estou me sentindo um pouco... Rebelde.

Antes que Charlie pudesse reagir, Hermione se inclinou, colocou uma mão em volta do pescoço do namorado e o puxou para um beijo apaixonado. Esta foi a primeira vez que eles se beijaram em público desde a reunião do promotor desde então, e toda a multidão que estava circulando em torno de Fred e George parou para assobiar e provocá-los até que eles se afastassem.

Aturdido com a atenção, Charlie enterrou o rosto no cabelo de Hermione enquanto ela ria contente com a reação de seus amigos. Com toda a honestidade, Charlie teve um pequeno lapso de medo crescendo dentro dele com a possibilidade de Umbridge pegá-los, ou ser avisado por um dos Grifinórios na sala comunal naquela noite. Isso foi rapidamente esquecido, no entanto, quando Hermione inclinou a cabeça contra ele, beijando seu peito levemente sobre suas vestes como uma forma de carinho. De repente, todos os seus medos desapareceram e Charlie baixou a guarda por um único momento para aproveitar a normalidade do romance adolescente enquanto a multidão aparentemente perdia o interesse.

Ao vê-lo, no entanto, Harry balançou a cabeça em desgosto e jogou o travesseiro de sua poltrona em direção ao feliz casal.

— Oi! — ele chamou quando o travesseiro fez contato com os rostos de Charlie e Hermione; eles olharam para ele instantaneamente. — Obter um quarto!

Charlie simplesmente soltou uma risada calorosa e beijou o topo da cabeça de Hermione antes de sorrir para Harry. Sua namorada, no entanto, o chocou quando ela falou mais uma vez.

— Talvez sim. — ela disse de uma vez, e Charlie poderia jurar que viu Ron, que estava estranhamente quieto ultimamente, arregalou tanto os olhos que parecia que eles estavam saindo de seu rosto.

Rindo com as reações de seus amigos, Hermione se sentou, sorrindo vitoriosamente. — Estou brincando, é claro. — ela se inclinou para beijar Charlie na bochecha. — Boa noite, amor, estou indo para a cama.

Charlie gemeu adoravelmente com a perda de contato e imediatamente estendeu a mão para ela mais uma vez, reclamando: — Oh, vamos! Não me deixe esperando desse jeito.

Balançando a cabeça com uma risada, Hermione contornou o sofá, indo para a escada que levava aos dormitórios femininos. Ao pé da escada, porém, ela parou para voltar, piscando na direção de Charlie.

— Bem, venha comigo então.

E com isso, ela subiu as escadas, deixando Charlie no sofá para refletir sobre suas palavras. Ele olhou para Harry, que deu de ombros em resposta, para Ron, que olhou com raiva para o fogo. O garoto de olhos castanhos estava muito confuso com a proposta de sua namorada, no entanto, para reagir ao estado de ciúmes de Ron. Em vez disso, ele deixou seus pensamentos se tornarem palavras enquanto falava com ninguém em particular.

— E-ela s-só...

— Convidou você para os dormitórios femininos? — terminou uma profunda voz irlandesa do outro lado da sala. — Sim, isso é definitivamente o que acabou de acontecer.

Inclinando a cabeça para a esquerda, Charlie viu Dean e Seamus sentados em uma das mesinhas sob a janela, jogando cartas em suas mãos, e ainda assim, seu foco estava inteiramente em Charlie. Até mesmo Neville, que estava sentado na mesma mesa, mas cuidando de seu Mimbulus Mimbletonia, parecia estar olhando para a escada que levava aos dormitórios em descrença.

— Agora, isso é cruel. — murmurou Neville consoladoramente. — Ela sabe que você não pode subir lá em cima.

Charlie sorriu, uma ideia se formando em sua cabeça enquanto ele se levantava apressadamente e se movia ao redor do sofá. Harry e Ron o observaram curiosamente de seus lugares perto do fogo. A multidão em volta de Fred e Jorge parecia não dar atenção.

— Vou tomar isso como um desafio, Nev. — disse Charlie, tomando uma posição na parte inferior da escada antes de tirar suas vestes e arregaçar as mangas de sua camisa branca.

— Não tem como. — Dean riu, entendendo o que Charlie estava prestes a fazer.

Rindo um pouco, Charlie subiu a escada rapidamente, esperando chegar ao topo antes que a escada se transformasse. Ele estava no sexto degrau quando ouviu um som alto, lamentoso, semelhante ao de uma buzina, e os degraus se fundiram para formar uma longa e lisa pedra deslizando como um desajeitado. Houve um breve momento em que Charlie tentou continuar correndo, os braços trabalhando loucamente como moinhos de vento, então ele caiu para trás e caiu no escorregador recém-criado, parando de costas aos pés de todos os seus amigos, que aparentemente tinham moveu-se para assistir sua tentativa de perto.

— Não vai funcionar. — disse Harry, levantando Charlie e tentando não rir.

— É uma regra antiquada, seu idiota. — murmurou Ron, balançando a cabeça. — Aparentemente, os fundadores pensavam que os meninos eram menos confiáveis ​​do que as meninas...

— Bem, não são? — riu Ginny, que tinha acabado de deslizar perfeitamente no tapete na frente deles e agora estava se levantando. — Quem está tentando chegar lá de qualquer maneira?

— Eu estou. — disse Charlie alegremente. — Quero ver minha namorada.

— É... Tenho certeza que vê-la não é tudo o que você gostaria de fazer. — sorriu Ginny, balançando as sobrancelhas. — Duvido que funcione, mas continue tentando... Vai ser divertido de assistir.

— Ah, vai servir. — disse Charlie de uma vez, dando alguns passos para trás para começar a correr. como Ginny e os meninos conjugados em um grupo para assistir.

Com a mesma força de antes, Charlie disparou pelo escorregador, tentando subir quando, como antes, foi jogado para trás. Desta vez, ele caiu com força de costas, fazendo-o bufar de derrota antes de se levantar novamente, desconsiderando as gargalhadas vindas de seus amigos.

— Tentativa número dois. — começou Neville com uma risada quando Charlie assumiu sua posição inicial novamente. — Falhou.

Charlie balançou a cabeça, mas não parecia desanimado. Em vez disso, ele apontou para Neville, sorrindo. — Sim, é melhor manter o controle, Nev. Fique tranquilo, porém, eu vou conseguir eventualmente.

— Você não vai. — riu Ginny, e Charlie estreitou os olhos para ela como se estivesse usando as palavras dela para alimentar seu desejo de subir os degraus.

— Sim, eu vou. — ele disse confiante e disparou novamente em direção à escada em espiral.

Como esperado, ele pousou na base da escada alguns minutos depois, não fazendo mais progresso do que nas duas primeiras vezes, mas isso não o impediu. Em vez disso, Charlie continuou sua busca e, a cada vez, se aproximava um pouco mais do sucesso antes que fosse puxado por baixo dele.

Um pouco depois, Charlie estava no final da escada novamente, ofegante. Sua gravata estava desabotoada, seu cabelo estava encharcado de suor e sua camisa desabotoada para revelar sua regata branca por baixo; ele parecia ter acabado de fazer uma caminhada de vinte milhas.

Sem mencionar que suas contínuas tentativas fracassadas chamaram a atenção do resto dos grifinórios na sala comunal e, como esperado, Fred e George acharam divertido a coisa toda. Eles chegaram a orquestrar apostas sobre se o amigo seria ou não bem-sucedido.

Com as mãos nos joelhos, Charlie estava curvado de cansaço quando se virou para Neville. — Quantos são?

Sufocando uma risada, Neville disse: — Esta será a tentativa número vinte e dois.

Fred riu, imitando um locutor, levando o punho à boca como se estivesse segurando um microfone. — MAS VAI TER UMA TENTATIVA VINTE E TRÊS?!

— TEREMOS QUE ESPERAR PARA VER! — imitou George, acompanhando a piada do irmão. — CORREDOR TOME SUA MARCA, PREPARE-SE, VAI!

A multidão riu quando Charlie mostrou o dedo do meio para os gêmeos antes de partir novamente. Subiu as escadas correndo, usando as presilhas dos sapatos para estabilidade. Seu ímpeto melhorou drasticamente desde a primeira tentativa e ele usou isso a seu favor. Ele dobrou a esquina e pôde ouvir o intenso silêncio de descrença da multidão abaixo.

Pela primeira vez, Charlie sorriu para si mesmo enquanto virava a cabeça. Ele podia ver o terreno plano do andar de cima e estava ainda mais motivado para continuar. Usando as paredes a seu favor, Charlie balançou-se para a frente, agarrando-se à borda do degrau final com força e segurando-se com toda a força. Com toda a força da parte superior do corpo que pôde reunir, o menino se levantou e, não muito tempo depois, levantou-se no topo da escada.

Satisfeito consigo mesmo, Charlie deu um soco no ar em comemoração e chegou a gritar: — Foda-se! — descendo as escadas, fazendo com que a multidão explodisse em aplausos.

Entre os aplausos, no entanto, ele ouviu o grito distante de uma chocada Ginny lá de baixo. — Última porta à direita!

Enxugando o suor da testa, Charlie caminhou pelo corredor dos dormitórios antes de parar do lado de fora da última porta no final, da qual ele sabia que sua namorada estava do outro lado, graças à dica sutil de Ginny.

Batendo levemente, Charlie afastou o cabelo dos olhos bem a tempo de a porta se abrir, revelando Hermione do outro lado, que ficou boquiaberta de surpresa.

— Oi. — disse Charlie, sorrindo.

— E-eu não pensei que v-você... — ofegou Hermione, mas ela parou quando viu sua aparência suada e juntou as peças. Ela riu levemente, balançando a cabeça em descrença. — Sabe, você é bastante persistente quando quer ser.

Charlie encolheu os ombros com um sorriso. — Eu gosto de um desafio.

— E eu suponho que eu deveria recompensá-lo, não deveria? — murmurou Hermione sensualmente, dando um passo em direção a Charlie na porta para fazer seus lábios tocarem os dela. Quando seus lábios estavam prestes a se encontrar, no entanto, Hermione inclinou a cabeça para a esquerda, falando na sala atrás dela. — Lav, você se importaria de nos dar um pouco de privacidade por uma hora ou duas?

Charlie franziu as sobrancelhas em confusão, mas seu rosto rapidamente vacilou quando Lilá Brown apareceu na porta, parecendo tão confuso quanto antes.

— Dar a quem um pouco de privacidade? O que você está pensando... Oh! Entendo. — disse ela ao perceber quem estava na porta. Com um ligeiro levantar de sobrancelha sugestivo, ela disse. — Bem, olá, Charlie.

O garoto deu um pequeno aceno desajeitado antes de Lilá e Hermione trocarem um olhar compreensivo, fazendo Charlie se mexer desconfortavelmente em seus pés. Ele chegou a olhar para o chão para esconder suas bochechas vermelhas.

— Coincidentemente. — Lilá começou com um sorriso maroto. — Eu estava saindo para encontrar Ginny. — Hermione sorriu contente quando Lilá entrou pela porta, acenando adeus. — Divirtam-se vocês dois.

E assim que Lilá desapareceu de vista, seus passos se distanciando enquanto ela descia as escadas, Hermione estendeu a mão, agarrando um punhado da camisa de Charlie, e puxou-o para o dormitório.

Charlie olhou ao redor rapidamente enquanto sua namorada fechava a porta atrás deles. Ele mal teve tempo de distinguir as camas de dossel cobertas com edredons vermelhos quando os lábios de Hermione pressionaram contra os dele, pegando-o desprevenido por um único momento antes que ele se derretesse em seu abraço.

Foi um beijo apaixonado quando seus lábios se uniram, dentes colidindo e línguas dançando. A inspiração deles foi forte, e os dois se moldaram imediatamente. Charlie cantarolava contente em sua boca enquanto seus braços apertavam sua cintura, puxando-a para perto. O nariz dele estava frio contra a bochecha dela, mas a boca dele estava fantasticamente quente quando se abriu para ela, movendo-se quase desesperadamente contra a dela. Seus beijos eram incrivelmente eufóricos.

Tão macio.

Tão quente.

Tão ansioso.

As mãos de Hermione estavam emaranhadas em seu cabelo em questão de segundos, puxando-o para mais perto para que ele pudesse acessar cada pedacinho dela. A adrenalina disparou através de ambos, levando-os cada vez mais para dentro de seu próprio mundinho. As mãos de Charlie abaixaram, os lábios ainda conectados, antes de pousar no traseiro de Hermione.

Com um aperto firme que fez sua namorada gemer em sua boca, Charlie ergueu Hermione em seus braços, e as pernas dela imediatamente envolveram sua cintura. Hermione se deixou ser abraçada, sentindo a combinação de luxúria e amor queimando dentro dela enquanto eles balançavam. Eles se beijaram por muito tempo, sem querer parar, ficando sem fôlego com o passar dos minutos.

Charlie finalmente se afastou e descansou a testa contra a dela.

— Qual deles? — ele ofegou, e embora seus olhos lascivos nunca deixassem os dela, Hermione sabia que ele estava perguntando qual dos dossel pertencia a ela.

— Aqui. — ela sussurrou, olhando brevemente para a cama com uma abundância de livros guardados em cima da mesa de cabeceira que a acompanhava.

— Claro. — Charlie murmurou, um sorriso malicioso se curvando em seus lábios quando ele começou a caminhar em direção a ela.

— Cala a boca. — gemeu Hermione em tom de provocação, e ela uniu seus lábios novamente no momento em que Charlie os colocou na cama.

Com Charlie pairando sobre ela, Hermione aproveitou a oportunidade para empurrar a camisa escolar sobre os ombros dele, deixando-a cair para trás, antes de seus dedos percorrerem a geografia sensual de seu abdômen. Charlie estremeceu com a sensação gloriosa das pontas dos dedos frios de Hermione descendo por seu torso já suado. Ele estava incrivelmente excitado neste ponto e tinha um desejo profundo de beijar cada centímetro quadrado do corpo de sua namorada.

Ele estava completamente paralisado enquanto beijava o corpo dela, do pescoço até a barriga vestida, deixando marcas onde quer que pudesse como um sinal de dominação.

Não podendo esperar muito mais, Charlie abriu sua blusa apressadamente, desabotoando seu sutiã em um movimento brusco, antes de passar o dedo por seu esterno fazendo-a gemer. Quando seus seios estavam totalmente expostos, ele a estudou como se ela fosse a coisa mais impressionante que já existiu. Ela corou sob seu olhar, e Charlie sorriu para si mesmo antes de estender as mãos para acariciar seus seios, segurando-a com firmeza, mas provocando-a ao mesmo tempo.

Hermione estava se contorcendo de um lado para o outro. Suas mãos estavam juntando nós nos lençóis macios ao lado do corpo, e parecia que todo o seu corpo ficou rosa enquanto os mamilos de seus seios pareciam tão duros como se fossem pedrinhas - e Charlie não conseguiu resistir a eles.

Ele os mordeu com os dentes, brincando, pensando em machucá-la. Ele os lambeu com a língua e sentiu o tormento do desejo sexual. Em comparação, Hermione ficou desesperada enquanto tentava alcançar a fivela do cinto do jeans de Charlie, querendo acelerar o processo. Ela ficou surpresa, no entanto, quando Charlie se inclinou, sorrindo para si mesmo quando ele agarrou as mãos dela e as prendeu acima de sua cabeça.

— Paciência, querida. — ele sussurrou contra os lábios dela, provocando-a enquanto movia os quadris para frente.

— Por favor. — implorou Hermione, e ela gemeu com a sensação de euforia que sentia no fundo de seu ser.

Charlie soltou uma risada curta e ofegante antes de balançar a cabeça. Para a desaprovação de Hermione, ele iria tomar seu tempo, saboreando cada pedacinho dela que seus lábios pudessem provar. Com a metade superior de seu corpo exposta, parecia natural que Charlie passasse as mãos por seu corpo, parando na cintura de suas calças para puxá-las para baixo.

Ele se sentou e sorriu para ela, seus olhos em sua calcinha vermelha brilhante. Então, em um piscar de olhos, Charlie moveu-se ainda mais para baixo em seu corpo, tirando aquela calcinha e jogando-a do outro lado da sala... Fora.

Dois dedos deslizaram dentro dela, levando-a à beira do orgasmo. Hermione era uma confusão de gemidos e seus gritos de prazer ricocheteavam nas paredes. Charlie, contente com seus efeitos sobre a garota coroada abaixo dele, continuou a esbanjar seus seios com a atenção de sua boca enquanto seus dedos trabalhavam dentro dela. Seu polegar se moveu em torno de seu ponto ideal e ele sorriu para si mesmo enquanto observava os olhos de Hermione rolarem para trás de sua cabeça.

— Deus, Charlie. — ela gemeu, arqueando-se contra ele na tentativa de lhe dar mais acesso. — Bem ali, baby. Bem ali.

A força do que estava construindo era alucinante. Quando ela estava prestes a alcançar seu alto, no entanto, Charlie puxou os dedos de seu calor. Quando ela estava prestes a gritar com ele por parar, um gemido escapou de seus lábios quando a língua dele entrou nela, pegando-a desprevenida. Demorou três segundos para Hermione se apaixonar pela maneira como a boca dele trabalhava em seu clitóris. Ela estava gritando mais alto do que nunca, e com toda a honestidade, os gemidos estilhaçantes eram música para os ouvidos de Charlie.

A boca dele a consumiu como fogo, acariciando em lambidas longas e lentas, curvando-se em uma promessa escorregadia no centro duro de seu prazer, e Hermione ergueu os quadris para encontrar sua boca notável, não se importando que a ação pudesse ser chamada de nada além de arbitrária.

Ela não queria - ela precisava.

Hermione era um instrumento e tanto para tocar, tão bem afinado, e se Charlie a tocava direito, ela fazia os sons mais gloriosos - ruídos crus, intensos e absolutamente deliciosos de prazer enquanto ele a saqueava com sua língua. Ela agarrou o cabelo dele, puxando-o para mais perto. Ele enfiou um dedo dentro dela, dobrando-o e atingindo-a no ponto que transformou seus gemidos em um orgasmo longo e agudo.

Ela estremeceu contra ele, suas pernas tremendo, e quando ele finalmente diminuiu a velocidade para olhar para ela, ele viu que seu cabelo estava desgrenhado e seu rosto estava brilhando. Cega de prazer, a respiração saindo em suspiros curtos, Hermione nem percebeu como Charlie continuou a lambê-la até ter certeza de que não havia nenhum vestígio de sua essência para ele lamber, não até que se tornasse quase doloroso para ela. tê-lo ali, com o quão sensível ela havia se tornado.

— Tão sexy. — ele falou lentamente, puxando-a de volta à realidade. — Você tem um gosto fodidamente bom, querida.

Hermione mal evitou que um novo grunhido escapasse de seus lábios quando ela abriu os olhos para encontrar Charlie ainda entre suas pernas, lambendo seus lábios como se ela fosse a melhor coisa que ele já havia provado e ainda precisasse de mais. O olhar ardente de luxúria em seus olhos foi o suficiente para excitá-la mais uma vez.

Sentando-se imediatamente, Hermione empurrou seu namorado para uma posição ajoelhada na frente dela. Muito impaciente, ela alcançou a fivela do cinto mais uma vez e desta vez, conseguiu retirá-la. Charlie a observou com olhos sensuais enquanto a ajudava a tirar a calça jeans. Hermione beijou seu torso enquanto enfiava os dedos dentro da cueca dele.

Puxando-os para baixo, ela assistiu com admiração como seu pênis endurecido saltou livre de seus limites. Ela deixou uma mão desenganchar a cueca de suas pernas e jogá-la para o lado, enquanto a outra mão envolveu seus dedos delicados em torno de sua base, segurando seu pênis firme para ela.

— Ainda é impressionante toda vez que o vejo. — Hermione murmurou enquanto admirava sua masculinidade mais uma vez. Ela sorriu para si mesma, acrescentando: — E é tudo meu.

— Todo seu - oh foda... — Charlie parou quando Hermione se inclinou lentamente, envolvendo seus lábios carnudos ao redor da ponta de seu pênis.

Ela chupou lentamente; uma sensação quente e úmida envolvendo-o enquanto Hermione virava a mesa de provocações para ele por enquanto. Gentilmente acariciando seu cabelo, Charlie a persuadiu. — É isso, baby... Assim mesmo.

Desenhando seus lábios para frente e para trás, Hermione empurrou seu pênis. A sala estava cheia de tapas molhados enquanto a mão dela deslizava para frente e para trás em seu comprimento, puxando seu eixo, tentando fazê-lo gozar. Com suas mãos e sua língua, ela rodeou seu sexo endurecido, acariciando e absorvendo-o até que ele gozou, duro em sua boca. Ele levou um segundo para saborear sua ejaculação antes de sua alta chegar ao fim. Quando ele voltou à realidade, no entanto, ele entrou em pânico, soltando seu aperto forte no cabelo dela, pensando que talvez tivesse ido longe demais.

Para sua surpresa, no entanto, Hermione ordenhou as últimas gotas dele, engolindo antes de olhar para ele com olhos satisfeitos. Naquele único momento, Charlie estava convencido de que havia encontrado a garota mais surreal que já existiu. Ele ficou extremamente surpreso ao observar Hermione se afastar de seu pênis, a boca aberta enquanto Hermione ria timidamente, limpando a boca antes de se inclinar para beijá-lo na bochecha.

Charlie se inclinou com gratidão, ternura e murmurou: — Você está bem? Eu não me...

— Eu nunca estive melhor. — ronronou Hermione de uma vez, e ela caiu de costas na cama, abrindo bem as pernas para que ele a pegasse. — Eu te quero tanto.

— Sim? — Charlie questionou, sorrindo maliciosamente enquanto se movia para provocá-la intencionalmente com seu pênis endurecido, passando-o ao longo da fenda de seu sexo. — Você vai implorar por isso?

— Charlie, por favor. — choramingou Hermione, ficando impaciente. — Sem mais provocações, por favor, eu quero você.

Rindo de brincadeira, Charlie finalmente cedeu, assentindo enquanto encostava sua testa suada na dela. Com uma ideia se formando em sua cabeça, ele a fez gritar enquanto os virava, permitindo que ela montasse nele.

Quando Hermione olhou para ele com uma sobrancelha levantada sugestiva, Charlie gemeu em antecipação enquanto seus sexos se esfregavam; ele queria que ela o montasse... Ele queria que ela se desse prazer em seu pau latejante enquanto ele observava atentamente.

Como se ela pudesse ler sua mente, Hermione levantou-se, alinhando seus sexos antes de afundar sobre ele, levando-o de uma vez. Ambos gemeram ao mesmo tempo com a sensação, e as mãos de Hermione instantaneamente cravaram no peito de Charlie para manter o equilíbrio.

— Foda-se... Tão fodidamente apertado, baby... — resmungou Charlie, e como se quisesse saborear ainda mais aquela sensação, ele gradualmente aumentou o ritmo, movendo-se para cima, fazendo Hermione perder o controle da realidade.

Eles começaram a fazer amor e a cama tremeu com o movimento deles. A sala estava tomada pelo barulho; tapas na pele, rangidos na cama e gemidos altos, que podem ser resumidos na palavra descritiva de paixão. Foi tão eufórico que esse sentimento repentino e delicioso tomou conta de Hermione enquanto ela balançava os quadris - Charlie era dela.

Hoje.

Amanhã.

Inteiramente.

Completamente.

Fielmente.

Dela.

Encheu-a com tanta força e velocidade quanto seu pênis duro. Quando se tratava de Charlie, ele a persuadia, subindo de vez em quando e batendo em sua bunda (pela qual ela tinha um amor recém-descoberto) sempre que queria que ela se movesse mais rápido. Nunca em sua vida ele experimentou algo tão apertado, ou quente, ou úmido, como o núcleo ardente de Hermione, e ele desejou poder saborear esta sensação para sempre.

Estar dentro dela era a coisa mais feliz que ele já havia experimentado, não havia dúvida em sua mente, mas tornou-se ainda mais aparente quando ele sentiu os espasmos de Hermione ao seu redor quanto mais forte ele a penetrava. Sabendo que seu clímax estava se aproximando, Charlie se inclinou e envolveu seus quadris com os braços, segurando-a firme enquanto seus seios flexíveis saltavam contra ele enquanto ele a penetrava.

As mãos de Hermione agarraram ansiosamente o cabelo dele enquanto ela descansava a testa contra a dele; gemendo contra ele, beijando-o e empurrando seus quadris em direção a ele até que suas costas arquearam para frente e ela estava soluçando de prazer, derramando-se sobre ele e fazendo ruídos quase indecentes que definitivamente alertaram toda a sala comunal do andar de baixo sobre o que eles estavam fazendo.

Deixando-a descer de suas alturas, as estocadas de Charlie foram ficando cada vez mais lentas até que Hermione prendeu a respiração em seus braços.

— Isso foi incrível. — ela ofegou, sorrindo antes de se inclinar para capturar os lábios dele com os dela.

Afastando-se segundos depois, Charlie sorriu, sussurrando contra seus lábios. — Ainda não terminamos...

E antes que Hermione tivesse a chance de questionar o que ele estava insinuando, Charlie os virou de volta, prendendo as mãos acima da cabeça, antes de alinhar seus sexos mais uma vez. Ele a abriu bem e ela fechou os olhos ao seu toque, sentindo-se excitada mais uma vez.

Hermione envolveu as pernas em volta da cintura dele enquanto Charlie deslizava para dentro de seu núcleo molhado, bombeando para dentro e para fora lentamente antes de pegar o ritmo. O suor cobria seus corpos depois de um tempo, mas nenhum deles conseguia parar porque o prazer era muito surreal. Inclinando-se para frente, Hermione agarrou o colar pendurado no pescoço do garoto, usando-o como alavanca para puxá-lo para cima dela.

Eles olharam romanticamente nos olhos um do outro, segurando o olhar por alguns momentos enquanto Charlie saqueava seu calor úmido. Hermione tentou o seu melhor para não gritar de prazer enquanto seu namorado a acariciava e beijava da maneira mais sensual; acariciando seus seios, beliscando seu pescoço e engolindo seus mamilos em sua boca, enquanto trabalhava seu pênis febrilmente dentro dela, assumindo o controle.

— Porra, eu poderia fazer isso a noite toda, você é tão boa. — ele sussurrou com a voz rouca, e Hermione quase soltou ao som de sua voz rouca.

Sua cabeça estava girando neste ponto, sons desesperados estavam escapando de seus lábios, e ela sabia que não havia absolutamente nenhuma maneira de sobreviver se Charlie cumprisse suas palavras. Se ele fizesse amor com ela a noite toda, do jeito que ela estava se sentindo agora, ela certamente morreria de tanto prazer, mesmo que alguns dissessem que havia maneiras piores de deixar este mundo.

Ainda assim, ela nunca havia sentido tanto êxtase em tão pouco tempo e provavelmente não aguentaria muito mais. Felizmente para ela, Charlie parecia estar chegando ao clímax também, enquanto seus gemidos ficavam mais altos e seu ritmo aumentava, fazendo a cama bater ruidosamente contra a parede.

Enquanto as estocadas de Charlie ganhavam um ritmo constante, Hermione arrastou as mãos ao longo de seu corpo, mapeando-o, antes de cravar as unhas em suas costas quando ele atingiu seu ponto ideal novamente. As pernas dela a seguraram firmemente em volta da cintura dele, levando-o ainda mais para dentro dela até que seus corpos suados deslizassem juntos, e ela sussurrou em seu ouvido: — Eu te amo.

E com essas palavras, o nó na raiz do pênis de Charlie se dissolveu em fogo, derretendo. Ele gritou alto quando gozou, tentando se abafar rapidamente enterrando a cabeça na curva do pescoço de Hermione.

Então, como se estivesse na fila, os quadris de Hermione contraíram-se contra ele, as paredes dela se apertando ao redor dele enquanto ela soltava. Ela agarrou o cabelo de Charlie com força enquanto gritava de prazer, a cama tremendo quando seus corpos se separaram. Charlie continuou, desacelerando com golpes duros enquanto Hermione ordenhava o que restava dele.

Não muito tempo depois, ele caiu em cima dela, e sua respiração pesada foi instantaneamente retribuída por seu parceiro. Charlie rolou de costas ao lado de Hermione ofegante, e ela instantaneamente se aconchegou perto dele como se encontrasse consolo em recarregar as baterias nos braços do garoto que amava.

Charlie passou um braço ao redor dela, puxando-a para perto enquanto dava um pequeno beijo no topo de sua cabeça. A respiração dele passou pelo cabelo dela, o peito subindo rapidamente enquanto ele ria baixinho. — Suas colegas de quarto vão me odiar.

Rindo em seu peito, Hermione não disse nada. Em vez disso, ela beijou seu caminho de volta pelo torso, ao longo de seu pescoço, antes de colocar seus lábios alegremente nos de seu namorado. Quando se afastaram, sorriram um para o outro; o olhar deles irradiava imenso amor e paixão, e não demorou muito até que Hermione se acomodasse na curva do pescoço dele.

Depois de uma longa noite de atividade vigorosa, Charlie e Hermione adormeceram, envoltos nos braços um do outro e completamente nus, exceto por um único lençol que os protegia do mundo exterior.

Sair da cama na manhã seguinte não foi fácil. Ao longo da noite, Charlie e Hermione aparentemente ficaram tão entrelaçados que se mover sem perturbar o outro era quase impossível, seus corpos praticamente fundidos, todos os membros e lençóis emaranhados.

Charlie acabou encostado nas costas de Hermione; um braço segurando-a firmemente em volta da cintura, enquanto o outro foi comandado por sua namorada para usar como travesseiro, a mão dela na dele enquanto suas pernas se envolviam, os pés se tocando. A cabeça dele estava aninhada na curva do pescoço dela enquanto ele a segurava por trás, segurando seu corpo nu perto do dele sob as cobertas, e Hermione se derreteu nele como se estivesse destinada a estar em seus braços para sempre.

Hermione foi a primeira a acordar na manhã seguinte. Ela abriu os olhos, olhando ao seu redor; as cortinas do dossel aparentemente foram fechadas, encerrando o casal feliz em sua cama quente compartilhada. O ronco suave de Charlie encheu seus ouvidos e as aventuras da noite anterior brilharam em sua cabeça, fazendo-a corar em um rosa claro.

Aconchegando-se mais perto dele, Hermione permitiu que o cheiro da colônia de Charlie nos lençóis inundasse seus sentidos; ela se sentia tão confortável pressionada contra ele. Seu movimento fez Charlie se mexer em seu sono, e ele voltou a si apenas o suficiente para colocar um beijo quente e suave contra sua bochecha corada.

— Bom dia. — ela sussurrou de uma vez, seu coração palpitando quando sentiu Charlie sorrir contra sua pele.

— Hmm. — ele suspirou em seu cabelo, claramente contente em ficar assim por muito tempo. — Eu poderia me acostumar com isso.

— Não há tempo para isso agora, infelizmente. — disse Hermione tristemente, olhando para o relógio em seu criado-mudo. — Temos que nos levantar.

Charlie gemeu, soltando Hermione de suas mãos e rolando de costas. — Só mais alguns minutos... Por favor?

Suspirando, Hermione se sentou, segurando o lençol contra o peito nu, e olhou para Charlie bem a tempo de ver seus olhos se fecharem novamente. O calor já havia penetrado na sala, fazendo até mesmo os lençóis leves parecerem pesados ​​e incômodos; Preguiçosamente, Hermione rolou de lado, apoiando a mão para descansar a cabeça enquanto olhava para o namorado.

Seu peito nu subia ligeiramente enquanto ele respirava, o lençol cobrindo a metade inferior de seu corpo; Hermione o admirava, sentindo-se extremamente sortuda por poder chamá-lo de seu. Ela levou a mão ao rosto dele, afastando o cacho característico dele para ver melhor; e ela sorriu para si mesma, pois não havia visão melhor que ela desejasse ter.

— Você sabe, não é educado olhar fixamente. — Charlie murmurou suavemente; embora seus olhos estivessem fechados, ele ainda podia sentir o olhar de sua namorada em seu rosto.

— Eu não estou olhando. — Hermione corrigiu em um sussurro, rindo baixinho. — Estou olhando.

Charlie sorriu, seus olhos ainda fechados. — É assustador.

— É romântico. — corrigiu Hermione mais uma vez, antes de se aproximar dele e dar um beijo suave em seus lábios, ao qual Charlie retribuiu alegremente.

Na verdade, aquele beijo sozinho pareceu acordar Charlie completamente. Com um movimento rápido, ele habilmente os virou, esparramando-se entre as pernas dela e Hermione lentamente os puxou para envolvê-los em torno de seus quadris. Enredados juntos, Hermione corou quando Charlie beijou todo o rosto dela como uma forma de carinho.

Os beijos eram bastante inocentes; gentil, lento e amoroso. Depois de uma noite tão longa de atividade vigorosa, desacelerar as coisas era tudo o que seus corpos cansados ​​podiam reunir. Charlie colocou beijos preguiçosos no rosto de Hermione, fazendo-a gritar com seu afeto. Ele estava tão enamorado de seu amor por Hermione que a compreensão o atingiu imediatamente, e ele parou seu ataque de beijos para disfarçar os lábios dela com os seus.

— Feliz aniversário. — ele sussurrou, e um pequeno sorriso feliz caiu em seus lábios.

O coração de Hermione disparou com suas palavras; seus olhos se arrastando de seus lábios para seus olhos enquanto ela sussurrava. — Você se lembrou?

— Como eu poderia esquecer? — Charlie questionou com uma risada brincalhona que ricocheteou nos lábios de Hermione.

— E-eu pensei que c-com tudo acontecendo...

Charlie a cortou com um beijo amoroso em seus lábios, silenciando-a de uma vez enquanto ela retribuía a mesma pressão que ele.

— Mais uma razão para lembrar desse dia, eu acho. — disse Charlie encantadoramente, enquanto eles se afastavam um do outro. — Nada é mais importante do que isso, e nada me deixa tão feliz quanto você. — quando ela corou para ele, ele a beijou novamente, não sendo capaz de resistir. Afastando-se mais uma vez, ele acrescentou: — Com tudo que está acontecendo... Eu preciso de cada grama de felicidade que posso obter, e você é meu suprimento infinito.

— Sorte minha, eu acho. — brincou Hermione, rindo baixinho.

Charlie zombou de brincadeira. — Não aja como se não amasse minhas palavras cafonas de afeto, Srta. Granger.

Hermione suspirou contente, fingindo contemplar por um momento; Charlie olhou para ela, seus olhos brilhando, até que ela falou novamente.

— Você está certo, eu suponho. — suspirou Hermione, não sendo capaz de resistir. Ela levou a mão ao rosto dele, acariciando-o enquanto acrescentava: — Eu te amo tanto, feliz aniversário.

O rosto de Charlie se suavizou quando ele olhou para Hermione, seu sorriso ficando mais largo enquanto as palavras processavam em sua cabeça. Em vez de dizer qualquer coisa, porém, ele se inclinou, dizendo a ela que a amava também na forma de um beijo. A mão de Hermione moveu-se para a nuca dele, puxando-o para mais perto na tentativa de aprofundar a ação.

— Tudo bem, pombinhos! Já chega!

Antes que Charlie ou Hermione percebessem o que estava acontecendo, Ginny havia aberto as cortinas e agora estava olhando para o casal entrelaçado na cama. Registrando a voz do Weasley mais novo, Hermione se inclinou, empurrando Charlie para longe dela, parecendo incrivelmente afobada.

— Gina! — ela gritou, segurando o lençol com força contra o peito. — Vá embora, estamos nus!

— Confie em mim, o que estou vendo agora... — começou Gina revirando os olhos. — Não é nada comparado ao que ouvi ontem à noite.

Levou um segundo para a palavra de Ginny processar, mas quando eles fizeram os olhos de Hermione se arregalaram de horror, enquanto Charlie parecia completamente desapontado consigo mesmo.

Ele gemeu, batendo a mão na testa enquanto caía de costas na cama. — Nós esquecemos de colocar um maldito feitiço silenciador na porta...

— Você está certo, Charles. — sorriu Ginny, rindo levemente. — A propósito, a confusão que vocês dois estavam fazendo aqui. Inferno, em um ponto, eu pensei que a cama poderia ter feito um buraco sangrento na parede...

Ela foi interrompida quando Hermione jogou um travesseiro em sua direção, fazendo contato com seu rosto.

Hermione gritou, com as bochechas febrilmente rosadas. — Gin, saia!

— Oi, este é o meu maldito dormitório! E é ruim o suficiente que todos nós tenhamos que esperar que suas aventuras sexuais acabassem antes de podermos ir para a cama! — franziu a testa Gina, fingindo estar ofendida. — Então, se alguém tem que ir embora, é o seu maldito namorado que veio até aqui para transar!

— Eu não vim até aqui para transar! — Charlie defendeu imediatamente, sentando-se e olhando para Hermione com segurança. Ele falou suavemente para ela. — Eu só queria ver você.

Ginny zombou de brincadeira, cruzando os braços enquanto olhava para o estado da cama bagunçada. — Certo... E aposto que você a viu muito ontem à noite, não é?

Sem refutação, Charlie recostou-se na estrutura da cama, derrotado. Percebendo isso, Hermione segurou a mão dele consoladoramente, acariciando-a.

— Se você quer saber... — ela começou, olhando para Ginny com um olhar fulminante. — Fui eu quem iniciou.

— E ele estava feliz com o passeio, tenho certeza. — riu Ginny, falhando em manter a compostura. Ela se virou para Charlie, encolhendo os ombros. — Sério, é melhor você sair correndo. Eu não acho que ninguém gostaria de explicar para McGonagall porque você está no dormitório feminino quando ela faz sua ronda matinal.

— Acho que você está certa. — suspirou Charlie, movendo-se para pegar suas roupas do chão.

— Eu sempre estou certa. — sorriu Ginny, fechando as cortinas mais uma vez. Ela parou no meio do caminho, no entanto, e enfiou a cabeça uma última vez. — Estou falando sério, se eu ouvir um beijo vindo de trás dessas cortinas, então me ajude Merlin...

— Ok, ok. — dispensou Hermione, enxotando Ginny; a ruiva sorriu antes de desaparecer atrás das cortinas fechadas mais uma vez.

Suspirando aborrecida, Hermione virou-se para olhar para trás, para Charlie, que estava no processo de colocar seu jeans e cueca debaixo das cobertas, protegendo suas partes íntimas de vista. Ela se inclinou, envolvendo-se em torno de seu braço e descansou a cabeça em seu ombro.

— Eu não quero que você vá. — ela sussurrou, fazendo beicinho.

— Então, você está disposta a contar a McGonagall o que fizemos ontem à noite, não é? — brincou Charlie, virando a cabeça para lhe dar um beijo no nariz; Hermione balançou a cabeça imediatamente.

Em vez disso, ela começou a procurar por suas roupas desconsideradas, sugerindo: — Deixe-me ir com você então.

— Não, está tudo bem. Fique aqui e descanse um pouco. — Charlie sussurrou, parando-a de uma vez com um único beijo nos lábios. — Teremos muito tempo para comemorar mais tarde.

Enquanto eles se afastavam, as orelhas de Hermione se aguçaram, intrigada. — Oh? É mesmo?

— Sim, é. — Charlie cantarolou satisfeito, inclinando sua testa contra a dela. — Como você se sentiria sobre me encontrar na Torre de Astronomia hoje à noite depois de suas rondas de monitor?

— Eu ficaria encantada. — sorriu Hermione brilhantemente, envolvendo seus braços em volta do pescoço dele.

Sorrindo de uma orelha à outra, Charlie se inclinou para frente, segurando seu rosto e beijando-a levemente. Antes que eles pudessem ir mais longe, no entanto, Ginny abriu as cortinas novamente, gritando;

— PENSEI QUE TINHA DITO...

E com uma risada, Charlie pegou sua camisa e sapatos do chão, e se levantou da cama, saindo correndo do quarto antes que Ginny pudesse alcançá-lo. O que ele não percebeu, no entanto, foi que Lilá Brown e Parvati Patil estavam empoleiradas em uma cama, boquiabertas com curiosidade enquanto o observavam desaparecer.

Digamos que Hermione tinha muitas perguntas para responder naquela manhã.

O dia passou em um borrão enquanto Charlie estava muito preocupado em planejar sua data de aniversário de um ano para notar qualquer outra coisa. Na verdade, somente quando ele estava de volta ao seu quarto no final da noite, ele foi tirado de seus pensamentos.

— Boa noite que você teve, hein? — riu Harry, fazendo a pergunta que todos estavam morrendo de vontade de saber a resposta. — Ginny me contou sobre o que aconteceu esta manhã... Não que ela precisasse já que todos nós...

— Nos ouviu, sim, eu sei. — Charlie terminou, ajeitando sua jaqueta enquanto parava na frente do espelho. — Desculpe por isso, a propósito. Eu não sabia que tinha esquecido... Você sabe.

— Está tudo bem, cara... Acontece. — disse Dean do seu lado da sala; Simas assentiu ao lado dele. — No segundo ano, encontrei um casal do sétimo ano no sofá da sala comunal...

— E não precisamos ouvir o resto. — dispensou Neville, parecendo horrorizado de sua cama; todos os meninos riram... Bem, todos menos um.

— Foi revoltante. — resmungou Ron, enquanto ele entrava no quarto vindo da suíte; o riso imediatamente se transformou em um silêncio desconfortável.

Charlie tentou resistir ao impulso de cerrar a mandíbula, mas falhou miseravelmente, resmungando. — O quê? O casal do sétimo ano ou Hermione e eu?

— Dê um palpite. — disse Ron, enviando um olhar furioso na direção de Charlie.

— Sabe, eu pensei que já tínhamos passado por isso. — Charlie suspirou, esfregando os olhos em aborrecimento. — Ou me dar um soco na cara não foi suficiente?

— Eu deveria ter feito muito pior. — Ron rosnou tão baixo que era quase inaudível. Ele caiu na cama bufando.

Com os punhos cerrados, Charlie deu um passo em direção à cama do ruivo, pronto para começar uma briga, mas parou quando Harry se moveu na frente dele, empurrando-o para trás.

— Não vale a pena. — murmurou Harry, querendo evitar conflitos.

Suspirando, Charlie abriu os punhos e se virou, olhando para sua roupa de encontro mais uma vez para acalmar sua raiva; ele usava uma jaqueta preta por cima de uma camisa de botão cinza combinada com jeans escuros e sapatos pretos. De repente, o nervosismo tomou conta dele quando Hermione encheu sua cabeça mais uma vez; ele queria que esta noite fosse perfeita, e Ron não iria estragar isso para ele.

— Por que você está tão vestido, afinal? — perguntou Harry, olhando seu amigo com uma sobrancelha levantada.

— Aniversário de Hermione e eu. — sussurrou Charlie timidamente, e seus amigos uivaram em comemoração.

— Puta merda! — sorriu Seamus, completamente animado. — Já faz um ano?

Quando Charlie assentiu, Neville perguntou curiosamente. — Onde você está levando ela?

— A Torre de Astronomia. — disse Charlie simplesmente, ajeitando o punho da camisa com um sorriso.

— Já passou do toque de recolher. — Ron resmungou, sentando-se enquanto seus ouvidos se aguçavam com a menção da data.

— E? — Charlie sorriu, olhando o ruivo pelo espelho. — Quando isso já me parou antes?

— Hermione é monitora. — disse Ron com naturalidade. — Se vocês dois forem pegos, o que vai impedir Umbridge de tirar o cargo dela?

— Se Hermione não está preocupada, então eu também não estou. — Charlie deu de ombros, imperturbável. — E da última vez que verifiquei, não era da sua conta, era?

Ron zombou, balançando a cabeça antes de deixá-la cair sobre os travesseiros, desistindo. Sorrindo vitoriosamente, Charlie se dirigiu para a porta. Ele a abriu e deu um único passo para fora antes de parar na porta, acenando em adeus.

— Vejo vocês mais tarde. — disse ele com um sorriso, e fechou a porta atrás de si, descendo as escadas.

Charlie vagou pelos corredores, vazio, exceto por um fantasma ocasional. No entanto, ele tentou o seu melhor para permanecer invisível, pois o medo de ser pego por Umbridge era exponencialmente grande. Não havia aula de Astronomia marcada para esta noite, então presumiu-se que o professor Sinistra deixou a torre vazia.

Viajando por passagens escondidas, Charlie chegou à Torre de Astronomia logo após sua saída da sala comunal da Grifinória. Tal estrutura era a torre mais alta de Hogwarts e Charlie ficou ao lado do parapeito com uma visão perfeita de um céu estrelado; ele olhou para a vista. A luz do dia nunca fez justiça à Torre de Astronomia, mas agora, sob o céu negro pontilhado de estrelas, a sala era magnífica.

O ar fresco combinado com o céu estrelado era quase reconfortante enquanto Charlie olhava, esperando a chegada de sua linda namorada. Nesse ínterim, ele conjurou um lindo buquê de flores para surpreendê-la, completo com estrados, bafo de bebê e girassóis. Ele ficou ali parado, com flores na mão, e tremendo de nervosismo porque havia decidido que hoje era o dia...

Não demorou muito, quando Charlie ouviu os passos de Hermione se aproximando enquanto ela entrava na sala. Ele se virou instantaneamente e sua boca se abriu com a visão diante dele. Hermione usava um vestido vermelho curto de alças finas que se ajustava firmemente à sua pele, acentuando seu corpo. Seu cabelo estava solto, como normalmente era. Eles fizeram contato visual pela primeira vez, e os dois retribuíram pequenos sorrisos vertiginosos enquanto olhavam um para o outro.

Charlie deu um passo à frente, encontrando sua namorada no meio do caminho, e pegou a mão dela, beijando-a gentilmente.

— Você está de tirar o fôlego. — ele sussurrou enquanto se inclinava para trás, sorrindo amplamente. Entregando-lhe as flores, ele acrescentou: — Estas são para você.

— Você me deu flores? — corou Hermione; Charlie assentiu timidamente. Ela os segurou em uma mão, enquanto a outra se estendia para pousar em seu peito. — Você está incrivelmente bonito, a propósito.

— Eu gosto de pensar que sim. — Charlie riu, e antes que Hermione pudesse revirar os olhos para ele, ele a beijou levemente no topo de sua cabeça, sussurrando. — Obrigado.

Quando ele se afastou, Charlie pegou a mão dela de volta na sua, levando-a para o parapeito. Hermione ficou na frente dele, boquiaberta com o lindo céu noturno estrelado em plena exibição na frente dela.

— É lindo. — ela sussurrou baixinho, horrorizada.

— Sim... É. — disse Charlie de uma vez, embora seus olhos não estivessem no céu, mas sim fixados no lado do rosto de sua namorada.

Tendo notado isso, Hermione corou febrilmente sob seu olhar, antes de se virar para ele, murmurando. — Pare com isso.

— Parar o que? — Charlie perguntou timidamente, mas um sorriso divertido caiu em seus lábios.

— Olhar para mim assim. — explicou Hermione, suas bochechas corando. — Você está me fazendo corar.

Charlie riu suavemente, inclinando-se para mais perto dela para sussurrar. — Pelo que me lembro, eu tenho feito você corar por anos, Granger... Então, isso não quer dizer muito.

— Idiota. — disse Hermione, revirando os olhos de brincadeira. Ela se virou para encará-lo, acrescentando: — E se bem me lembro, você levou seu maldito tempo para agir com uma indicação tão clara de que eu gostava de você.

— Oh, mas eu agi sobre isso eventualmente, não é? — refuta Charlie de uma vez, um sorriso se formando em seus lábios. — E aqui estamos - um ano depois.

Hermione sorriu largamente, repetindo. — Um ano depois.

— Louco como o tempo voa, não é? — Charlie cantarolou satisfeito, acariciando a mão de Hermione. Ele riu, relembrando o ano passado. — Parece que foi ontem quando você estava pronta para me matar por passar um tempo com Elaina Dumont.

— Ela gostou de você. — murmurou Hermione culpada. — E eu também... E não ajudou que você estivesse sendo uma chave inglesa distraída.

— Ei! — defendeu Charlie imediatamente, fazendo Hermione rir incontrolavelmente. Balançando a cabeça de brincadeira, ele continuou: — Mas vocês duas parecem próximas hoje em dia.

— Bem, já que não estamos mais brigando pelo mesmo cara. — começou Hermione com naturalidade. — Eu realmente não tenho um problema com ela... Ginny pode, no entanto, como eu acho que Elaina gosta de Harry.

— Ah, com certeza. — concordou Charlie, lembrando-se do pequeno contratempo no Salão Principal na manhã anterior. — Pobre garota... Ela sempre parece querer o que não pode ter. —

As orelhas de Hermione se levantaram, sua sobrancelha levantada em intriga. — Você está insinuando que ela não poderia ter tido você no ano passado?

Charlie assentiu distraidamente. — Isso é exatamente o que estou dizendo.

— Ah? E por que isso? — Hermione sorriu maliciosamente, tentando enganar seu namorado para que ele revelasse seus primeiros sentimentos por ela.

— Você sabe por quê. — Charlie murmurou, movendo-se para se inclinar sobre a sacada na tentativa de evitar o confronto. Quando Hermione não disse nada em resposta, ele continuou. — Meu coração pertenceu a você por muito mais tempo do que eu gostaria de admitir no começo do ano passado.

— Por que você não disse nada antes? — perguntou Hermione, genuinamente curiosa.

— Porque você já havia me rejeitado no nosso terceiro ano. — Charlie disse divertidamente, inclinando a cabeça para ela para sorrir.

Hermione suspirou, movendo-se para se juntar a ele enquanto apoiava a cabeça em seu ombro. — Você nunca vai me deixar esquecer isso, não é?

— Provavelmente não. — Charlie riu, virando-se ligeiramente para beijá-la na cabeça. — Além disso, tanta coisa aconteceu no ano passado com o torneio, Elaina, o bastardo búlgaro...

— Seja legal. — disse Hermione suavemente, embora seus lábios se curvassem com diversão ao pensar no ciúme de Charlie.

— Foi um inferno assistir você com ele. — admitiu Charlie, referindo-se ao Baile de Inverno.

— É por isso que você tão ansiosamente se lançou para me roubar para uma dança. — acrescentou Hermione, sorrindo enquanto ela relembrava.

— Isso eu fiz. — Charlie sorriu com orgulho; ele capturou as mãos de Hermione nas suas, sussurrando. — Só assim.

Antes que Hermione pudesse reagir, Charlie a puxou para perto e a girou. Puxando-a de volta para seus braços, eles balançaram juntos sob as estrelas no ar fresco da noite. Eles dançaram por um momento, desfrutando do silêncio; a tranqüilidade e a serenidade de estarem tão abraçados um ao outro eram ensurdecedoras.

Quando Charlie a trouxe para um mergulho, ele a puxou segundos depois e seus narizes se tocaram. Ele podia ver o punhado de sardas em suas maçãs do rosto, como seu cabelo tinha reflexos dourados e acobreados que brilhavam ao luar e como seus lábios faziam beicinho ao expirar; ele admirava cada pedacinho dela que seus olhos podiam capturar... Ela era de tirar o fôlego.

Da mesma forma, Hermione assistiu enquanto seus olhos castanhos dourados dançavam em seu rosto antes de pousar em seus lábios. Enquanto eles brilhavam, sua decisão se firmou em sua mente. Seu cabelo estava solto, um único cacho havia caído na frente de seu rosto perfeitamente esculpido, quase em seus lindos olhos. Ela se inclinou um pouco para a frente e fechou os olhos. Ela o deixaria tomar a decisão, assim como ele havia feito no Baile de Inverno há mais de um ano... Charlie não decepcionou, seus lábios rapidamente se conectaram aos dela.

Inclinados juntos, seu beijo foi suave e sensual. Emoção derramada um no outro. Eles se devoraram, saboreando o gosto como se fosse a melhor coisa que já haviam encontrado. Os dentes mordiscavam e se chocavam, as línguas dançavam e giravam, os lábios se fundiam e se escovavam. Suas mãos exploraram. Hermione levou as mãos até a nuca dele e gentilmente puxou, antes de descer por seus ombros largos.

Charlie passou as mãos pela cintura dela antes de deslizar uma para cima, enredando os dedos em seus cachos selvagens. Cada um deles lutou pelo domínio, mas nenhum deles venceu o outro. Era caótico, mas controlado; foi adorável, mágico, maravilhoso e tudo mais.

Muito cedo, eles se separaram. O hálito canela dela varreu o rosto dele, enquanto ela levantava as mãos para tocar os lábios. Ela ainda podia sentir o gosto da hortelã que persistia... E ela adorava a sensação.

No momento seguinte, Charlie se moveu para envolver seus braços ao redor dela, acomodando-se na curva de seu pescoço enquanto eles olhavam para o céu noturno estrelado mais uma vez. O silêncio os dominou, mas desta vez, seus corações bateram rapidamente em resposta ao beijo momentos antes. Hermione se inclinou para ele, amando a sensação dele pressionado contra ela. Ela envolveu os braços dele, que estavam em volta de sua cintura, e corou ao sentir o sorriso de Charlie contra sua pele.

— Se você pudesse mudar uma coisa no seu passado, o que seria? — ela perguntou em um tom suave, puxando conversa, enquanto olhava sonhadoramente para algum lugar distante, seus corpos um contra o outro se aquecendo sob o luar brilhante.

Houve um minuto de silêncio pacífico, e Hermione aproveitou a imobilidade para apreciar o hálito quente de Charlie em seu cabelo.

— Nada. — ele anunciou eventualmente.

A breve resposta foi inesperada, e por um momento Hermione apenas ouviu a voz enérgica de Charlie soar em seus ouvidos enquanto ela tentava compreender como alguém poderia não ter um único arrependimento.

— Nada? — Hermione o repetiu com uma carranca de surpresa. — Por que?

— Porque uma mudança no passado pode mudar o futuro também. — Charlie disse a ela, e ela sentiu o rosto dele pressionar a parte de trás de sua cabeça. — E eu temo muito isso.

— Mudar não é uma coisa ruim. — Hermione o lembrou, traçando círculos nas costas de sua mão.

— É quando eu já tenho tudo o que quero. — disse Charlie de uma vez, depositando um beijo demorado em sua bochecha. Afastando-se, ele sussurrou em seu ouvido: — E eu não quero que nada comprometa o futuro que planejei para mim. Está tudo se encaixando perfeitamente do jeito que está.

— Seu futuro. — repetiu Hermione, sentindo-se desmaiar por dentro com as possibilidades da palavra. — V-Você acha que eu poderia fazer parte disso?

Charlie sorriu, seu coração pulando uma batida.

— Eu acho... — ele começou honestamente, apertando a cintura dela. — Que você vai ser a maior parte do meu futuro - nosso futuro. — ele acrescentou, corrigindo-se com um pequeno sorriso.

— Eu gosto do som disso. — admitiu Hermione, corando febrilmente com o pensamento.

— Eu também. — concordou Charlie, beijando sua pele gentilmente.

— Você já pensou nisso? — perguntou Hermione, ficando curiosa para saber o que ele acreditava que suas vidas juntos acarretariam.

— Nós terminaríamos a escola. — começou Charlie imediatamente; O coração de Hermione disparou com o fato de que ele nem hesitou. — Então, acho que você encontrará um emprego no Ministério, enquanto eu ficar aqui em Hogwarts, trabalhando para meu avô. Um dia, vou pedir que você se case comigo e espero que você diga sim. — acrescentou. tão facilmente com um sorriso divertido, e o coração de Hermione desmaiou. — Então, nós começaríamos uma família.

— Eu quero três filhos no mínimo. — acrescentou Hermione, imaginando a vidinha perfeita deles em sua cabeça.

— O que você quiser. — Charlie riu, sorrindo com a possibilidade. — Afinal, é o seu corpo, estou apenas acompanhando o passeio.

Hermione riu, provocando. — Precisamente o que qualquer garota quer ouvir.

— Eu conto como é. — Charlie deu de ombros, corando.

— Mal posso esperar para contar a eles sobre nós. — sussurrou Hermione, referindo-se aos futuros filhos dela e de Charlie. — Sobre nossa história e todas as nossas memórias.

Enquanto Charlie balançava a cabeça alegremente na curva de seu pescoço, Hermione virou a cabeça levemente para beijar os lábios dele. A mão dela se estendeu para acariciar o lado do rosto dele com amor, e quando eles se afastaram um do outro, eles olharam romanticamente nos olhos um do outro, descansando suas cabeças juntas.

— Esta é uma memória futura, você sabe. — Charlie sussurrou, ficando nervoso com o que estava prestes a fazer.

— Hum? — murmurou Hermione contra seus lábios, sem pensar nisso.

— Uma lembrança de quando seu namorado. — ele começou lentamente, e Hermione sorriu para ele, esperando em antecipação. — Te diz que ele está apaixonado por você pela primeira vez.

Hermione congelou quando as palavras saíram de seus lábios; era quase como se seu coração tivesse explodido em seu peito. Sua respiração tornou-se instável, seus olhos arregalados, enquanto ela se afastava de seu abraço, virando-se para encará-lo.

— O-O que você acabou de... — ela gaguejou em descrença.

— Eu estou apaixonado por você. — Charlie suspirou mais uma vez, seu nervosismo diminuindo como se um peso tivesse sido tirado de seu peito. — Eu não sabia como dizer a você no começo, mas eu sei que estou apaixonado por você, Hermione Jean Granger. Depois de todo esse tempo - eu te amo. Sempre amei. Sempre foi você. Foi você ontem, é você hoje, e será você amanhã. E pelo resto da minha vida, sempre será você. — ele balbuciou, e quando lágrimas de alegria começaram a cair dos olhos de Hermione, ele acrescentou. — Eu te amo... Eu mencionei isso? Eu te amo...

Charlie foi interrompido quando Hermione pressionou seus lábios nos dele ansiosamente. O beijo foi profundo, lindo e apaixonado. Seus lábios se encontraram suavemente e parecia que seus corpos haviam se conectado mais do que nunca. Eles se encontraram perfeitamente juntos e em perfeita sincronização, eles se moldaram. As mãos dele encontraram descanso logo abaixo do queixo dela, e as mãos dela se moveram para cobrir as dele, acariciando-as com o polegar. O coração de Hermione palpitava perigosamente, e as veias de Charlie pulsavam com amor.

E assim seus lábios se separaram, agora ambos abertos e ofegantes. Eles inclinaram suas cabeças um contra o outro novamente, e Hermione olhou em seus olhos; eles eram suaves com amor e adoração clara. Suas feições irradiavam pura felicidade, um sorriso brotava em seus lábios como se sua revelação trouxesse uma nova energia para seu corpo.

— Você demorou bastante. — sussurrou Hermione em tom de provocação, e ainda assim, ela sorriu largamente enquanto acariciava sua bochecha.

— Antes tarde do que nunca, eu suponho. — Charlie sorriu, sentindo-se incrivelmente feliz.

— Acho que sim. — sorriu Hermione, combinando com a felicidade que agora irradiava dentro da Torre de Astronomia. Ela colocou outro beijo em seus lábios antes de sussurrar contra eles. — Eu te amo.

— Eu também te amo.

Era seguro dizer que Charlie e Hermione aproveitaram seu momento íntimo na Torre de Astronomia naquela noite, pois já passava das duas da manhã quando eles voltaram para a sala comunal da Grifinória.

Eles não pararam de sorrir um para o outro desde a revelação de Charlie e, portanto, caminharam pelos corredores escuros e desertos abraçados, trocando vários beijos pelo caminho sem se importar com o mundo. Quando chegaram ao retrato da Mulher Gorda, ela estava cochilando profundamente em seu porta-retratos.

Charlie abriu a boca para dizer a senha, mas foi rapidamente interrompido quando Hermione passou os braços em volta do pescoço dele, ficando na ponta dos pés para alcançá-lo.

— Espere. — ela disse adoravelmente, esfregando o nariz contra o dele. Quando Charlie levantou uma sobrancelha para ela, ela olhou para os lábios dele, sussurrando: — Só mais um.

Alegremente, Charlie se inclinou, conectando seus lábios mais uma vez antes de sua despedida agridoce no final das escadas que levavam aos dormitórios. Foi um beijo curto e doce, mas de alguma forma os deixou querendo mais.

Afastando-se, Hermione gemeu, sexualmente frustrada. — Você não pode simplesmente entrar sorrateiramente no meu dormitório de novo? Vou fazer valer a pena. — ela acrescentou, provocando-o com um sussurro baixo e sensual.

— Por mais que eu adoraria. — sorriu Charlie, considerando seriamente por um momento. — Eu acho que me esgueirar até lá duas noites seguidas pode ser um problema para seus colegas de quarto.

— Para o inferno com eles. — Hermione riu, tentando persuadir seu namorado a se juntar a ela em uma escapada tarde da noite.

Quando Charlie balançou a cabeça, Hermione tomou isso como um desafio. Ela se inclinou mais uma vez, puxando Charlie pelo pescoço e beijando-o tão apaixonadamente na tentativa de fazer sua cabeça girar. Por mais que ele não quisesse admitir, Charlie se perdeu um pouco, puxando-a para mais perto e segurando as mãos firmemente em seus quadris enquanto eles se agarravam. Os dois completamente inconscientes de seus arredores.

— Hum... — disse uma voz estridente e revoltante que fez o feliz casal pular para longe um do outro de uma vez. — De volta de um pequeno encontro noturno na Torre de Astronomia, pelo que vejo.

Enquanto Charlie se afastava de Hermione, sua cabeça virou para a esquerda. Para seu horror, a professora Umbridge se levantou, olhando para eles com um sorriso largo e desagradável, como se ela tivesse se tornado vitoriosa em uma batalha.

— Hum... — ela provocou, os lábios franzidos. — O que vamos fazer com vocês dois?

Charlie engoliu em seco - ele estava tão ferrado.

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