061
𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
CAPÍTULO SESSENTA E UM
─── EXPONHA A VERDADE
COM TANTO PARA se preocupar e tanto para fazer - quantidades surpreendentes de lição de casa que frequentemente mantinham os alunos do quinto ano trabalhando até depois da meia-noite, sessões secretas de AD e lidando com as aulas regulares de Harry com Snape - janeiro parecia estar passando rápido de forma alarmante. Antes que Charlie percebesse, fevereiro havia chegado, trazendo consigo um clima mais úmido e quente e a perspectiva da segunda visita do ano a Hogsmeade. Charlie teve muito pouco tempo para planejar um encontro no Dia dos Namorados para ele e Hermione, mas se viu lutando para passar o dia inteiramente na companhia de sua namorada.
Na manhã do dia 14, ele partiu para Hogsmeade com Hermione, Gina e Harry; Ron teve que ficar para participar do tão desejado dia inteiro de treinamento de Quadribol de Angelina... Não que Charlie estivesse reclamando. Depois de serem retirados da lista de McGonagall, Charlie e Hermione caminharam lado a lado, liderando o caminho na frente de Ginny e Harry por todo o caminho e saindo pelos portões.
Depois de entrar em Hogsmeade, começou a chover; gotas pesadas e frias de água batiam no rosto de Charlie e em sua nuca. Tentando encontrar cobertura, os quatro entraram na casa de chá Madame Puddifoot. Era um lugar apertado e úmido onde tudo parecia ter sido decorado com babados ou laços; Charlie lembrou-se desagradavelmente do escritório de Umbridge.
Não muito tempo depois, Charlie e Harry pediram licença para pedir as bebidas no balcão da frente, enquanto Hermione e Ginny lutavam para encontrar uma mesa grande o suficiente para os quatro.
— O que posso trazer para vocês, meus queridos? — perguntou Madame Puddifoot, uma mulher muito corpulenta com cabelo preto brilhante, sorrindo para eles por trás do balcão quando os dois meninos se aproximaram.
— Quatro cervejas amanteigadas, por favor. — disse Charlie educadamente, tirando alguns galeões do bolso para dar a ela.
Um ou dois minutos depois, os meninos se retiraram para o canto mais distante da sala com suas bebidas na mão. Deslizando em uma cadeira ao lado de Hermione, Charlie colocou sua bebida na frente dela e sorriu.
— Lindo, não é? — sussurrou Hermione alegremente, olhando em volta enquanto se aproximava de Charlie o máximo possível sem deixar as coisas extremamente óbvias.
— Olha, Madame Puddifoot está decorada para o Dia dos Namorados. — sorriu Ginny do outro lado da mesa, indicando vários querubins dourados que pairavam sobre cada uma das mesas circulares, ocasionalmente jogando confete rosa sobre os ocupantes.
Harry engoliu em seco, sem saber o que dizer. — É, uh, muito...
— Rosa. — Charlie terminou, rindo levemente, dando a Harry permissão para rir junto com ele.
— Garotos. — murmurou Ginny para Hermione, balançando a cabeça. — Completamente sem noção.
Hermione deu de ombros com uma risadinha, juntando sua mão com a de Charlie debaixo da mesa. — Eles compensam isso de outras maneiras.
Ginny riu alto, afastando o cabelo do rosto de Harry adoravelmente com uma piscadela sedutora. — Isso é verdade, não é?
— Merlin, Gin. — ofegou Hermione, um rubor subindo por suas bochechas. — Não foi isso que eu quis dizer! Eu estava falando de gestos românticos!
— Ah, certo, sim. — disse uma Ginny afobada, tomando um gole de seu copo para evitar o confronto.
Charlie riu baixinho, levando sua cerveja amanteigada aos lábios. Um momento de silêncio se passou, e quando o querubim acima deles jogou outro punhado de confete, Harry abriu a boca para falar.
— Já que estamos no assunto, tenho me perguntado, Mione. — disse ele abruptamente, sorrindo maliciosamente. — Que tipo de gestos românticos meu amigo aqui é capaz? — ele olhou para Charlie com um sorriso brincalhão. — Eu adoraria saber todos os detalhes dignos de chantagem!
Charlie franziu as sobrancelhas, alertando. — Harry...
— É melhor ele estar tratando você como uma maldita princesa, eu vou te dizer isso. — acrescentou Harry, tentando soar severo, mas a diversão era evidente em sua voz. — Porque ele terá que responder a mim se não.
— Tenha certeza, Harry. — riu Hermione, concordando com a piada enquanto ela se aconchegava nos braços de Charlie. — Charlie é o perfeito cavalheiro.
Charlie sentiu seu rosto esquentar e tentou olhar pela janela, mas estava tão embaçada que ele não conseguia ver a rua lá fora. Para adiar o momento em que teria que olhar para Harry, ele olhou para o teto, como se estivesse examinando a pintura, e recebeu um punhado de confete no rosto do querubim que pairava.
— Oh, por favor, elabore. — sorriu Harry, abafando uma risada ao levar sua caneca aos lábios; Ginny mexeu as sobrancelhas na direção de Hermione, sinalizando o estado confuso de Charlie.
Hermione se virou, sorrindo ligeiramente para as bochechas vermelhas de Charlie enquanto ele olhava para o teto sem pensar para evitar constrangimento.
— Ele adora abraçar. — ela brincou em um sussurro baixo; As bochechas de Charlie ficaram mais vermelhas quando o sorriso divertido de Harry se tornou mais proeminente. — Ele planeja um pequeno encontro secreto para nós dois e até sussurra coisas doces como...
— Tudo bem! — exclamou Charlie, virando a cabeça para Hermione em descrença; seu rosto quase tão vermelho quanto o cabelo de Ginny. — É o bastante.
— Oh, vamos. — Harry fez beicinho. — Estávamos apenas chegando às coisas boas! Não seja tão idiota.
— Sim? — Charlie disse, levantando uma sobrancelha desafiadora. Ele se virou para Ginny. — Vamos falar sobre Harry...
— Ooooo. — Ginny falou lentamente, sorrindo maliciosamente. — Vamos.
A expressão divertida estampada no rosto de Harry foi rapidamente substituída por uma de choque, seus olhos se arregalando em pânico. Rapidamente, ele se levantou, bebendo o resto de sua cerveja amanteigada de um só gole, e puxou Ginny de sua cadeira antes que ela pudesse abrir a boca novamente.
— Vamos. — ele a incentivou em direção à porta. — Vamos, uh, ir para Honeydukes.
— Ah, vamos. — imitou Charlie; foi a vez dele de sorrir. — Estávamos apenas chegando às coisas boas! Não seja tão idiota.
— Engraçado. — disse Harry revirando os olhos. Ele atravessou a sala com Ginny, parando na porta para se virar, apontar para Charlie e Hermione com um dedo severo e rir. — Leve-a para casa às cinco horas, meu jovem! Nem um segundo depois ou você estará ferrado!
As gargalhadas de Ginny e Harry se misturaram com a chuva torrencial enquanto eles saíam, mas logo depois a porta se fechou com o som de um carrilhão.
Charlie balançou a cabeça, sorrindo divertido enquanto murmurava para Harry. — Absolutamente idiota.
— É bom vê-lo feliz pela primeira vez. — suspirou Hermione contente antes de tomar um gole de sua cerveja amanteigada. — Parece que não o vemos sorrir há anos.
— Ele está passando por muita coisa. — Charlie deu de ombros, franzindo a testa ligeiramente. Ele respirou lentamente, sussurrando: — Todos nós estamos.
— Melhor não focar nisso, eu acho. — disse Hermione gentilmente, apertando a mão de Charlie para tranqüilizá-la. — Focar nos aspectos positivos pela primeira vez pode nos fazer bem.
Assentindo, Charlie sorriu suavemente. Ouvindo a chuva bater nas janelas, e timidamente incapaz de parar de pensar em sua primeira vez com Hermione, Charlie bebeu o último gole frio de sua cerveja amanteigada. Hermione cantarolou contente, certificando-se de que a barra estava limpa antes de apoiar a cabeça no ombro de Charlie; ele imediatamente se virou para beijar sua testa suavemente, sorrindo contra seu cabelo.
— Algo positivo como... — Hermione demorou. — Nosso aniversário de um ano que está chegando.
— Certo, sim. — sorriu Charlie, traçando círculos nas costas da mão dela com o polegar. — Não posso acreditar que já faz um ano.
— Um ano incrível. — corrigiu Hermione timidamente, virando a cabeça para enterrá-la na curva do pescoço do namorado para esconder o sorriso. Pouco depois, ela levantou a cabeça, olhando nos olhos de Charlie enquanto sussurrava: — Eu te amo.
Charlie sentiu seu coração desfalecer quando as palavras saíram de seus lábios; foi como ouvi-lo pela primeira vez novamente. Seu coração começou a disparar em seu peito, e seus lábios se abriram como se ele fosse dizer de volta, mas então ele se conteve pelo que parecia ser a centésima vez.
Em vez disso, ele ergueu a mão livre para acariciar o rosto dela enquanto falava baixinho: — Sabe, se estivéssemos sozinhos agora, eu te beijaria...
— O que está parando você? — Hermione questionou distraidamente, olhando dos olhos dele para os lábios dele, mas quando a confusão de Charlie diminuiu, ela acrescentou. — Eu estive pensando... Que talvez toda essa coisa de 'esgueirar-se' esteja começando a perder seu charme...
Charlie engoliu em seco, olhando para Hermione atentamente. — O que você está dizendo?
— Harry, Ginny e Ron já sabem. — Hermione deu de ombros, procurando no rosto de Charlie uma reação distinta. — Eu não vejo uma razão para nós mantermos isso... — ela gesticulou entre os dois. — Em um segredo. Eu quero poder te beijar em público sem me preocupar em ser pega... Ou segurar sua mão quando andamos pelos corredores... Ou dividir um abraço no sofá da sala comunal depois de um longo dia de aulas.
Charlie não disse nada, mas sua mente disparou. Seu querubim jogou outro punhado de confete sobre eles; parte dela caiu no cabelo de Charlie, para o qual ele teve que balançar a cabeça na tentativa de removê-la.
Não podemos ir a público agora, pensou ele, não com Umbridge à espreita em cada esquina, esperando para relatar ao meu pai...
— Eu pensei que você ficaria emocionado. — disse Hermione, franzindo a testa enquanto franzia as sobrancelhas em confusão com o rosto caído de Charlie. — Eu pensei que isso é o que você queria desde o começo?
Charlie respirou lentamente, sua voz trêmula quando ele disse. — Hermione, eu...
— Você não quer mais isso? — sussurrou Hermione, dúvida irradiando em sua voz. — É por isso que você se afastou de mim outro dia na biblioteca?
— Não! Deus, não - não é nada disso. — Charlie defendeu de uma vez, estendendo a mão para Hermione novamente, mas desta vez ela se afastou dele, soltando a mão dele de seu aperto.
— Então, o que é? — ela perguntou insegura.
Charlie suspirou. — É só... Complicado...
Mas isso, aparentemente, era a coisa errada a se dizer.
Assim que a palavra saiu dos lábios de Charlie, todo o humor de Hermione pareceu mudar em um instante. Era como se a palavra tivesse desencadeado uma raiva profunda dentro dela e, para horror de Charlie, seus olhos instantaneamente mudaram de tristeza para raiva.
— Eu não entendo porque as coisas são sempre tão complicadas com você. — sussurrou Hermione em um tom de raiva e descrença. — Perdoe-me, mas não consigo ver que parte da publicidade de nosso relacionamento é tão complicada.
— Hermione, por favor. — Charlie implorou, franzindo a testa. — Você não entende...
— Então me ajude! — interrompeu Hermione, sua voz subindo ligeiramente antes de morder a língua na tentativa de manter a calma. Ela exalou lentamente, — Eu já te disse antes... Nós deveríamos estar juntos nisso.
Charlie desviou o olhar, sua mandíbula apertada enquanto beliscava a ponte de seu nariz. Ele sussurrou gentilmente. — Nem todas as minhas batalhas são suas para lutar.
Por um momento, Hermione abriu a boca para refutar, mas congelou quando encontrou os olhos tristes de Charlie. Em vez disso, ela soltou um suspiro trêmulo na tentativa de impedir que as lágrimas se formassem em seus olhos. Logo, Hermione ficou de pé, movendo-se desconfortavelmente enquanto falava.
Ela evitou os olhos questionadores de Charlie enquanto sussurrava baixinho. — Eu vou voltar.
Os olhos de Charlie se arregalaram, levantando-se imediatamente. — Deixe-me ir com você...
— Não. — dispensou Hermione rapidamente. — Eu preciso de tempo para pensar... E eu prefiro fazer isso sozinha.
— Ah... Tá bom. — Charlie gaguejou, seu corpo tenso de preocupação com o que isso poderia significar. — Eu, uh, te vejo mais tarde, então?
Hermione não disse nada, no entanto, ela simplesmente balançou a cabeça lentamente antes de correr para a porta, abrindo-a e correndo para a chuva torrencial. Charlie a observou sair com uma carranca, caindo de volta em seu assento. Ele sentiu o olhar curioso de Madame Puddifoot cair sobre ele do outro lado da sala, mas isso não o impediu de passar as mãos pelo rosto exasperadamente.
Estúpido, ele pensou, você é tão estúpido.
★
Várias horas e uma ida a uma floricultura depois, Charlie voltou para Hogwarts sob uma chuva torrencial, carregando uma única rosa na mão como presente de desculpas. Ele entrou no castelo, mas parou quando ouviu uma comoção abafada vindo do que ele pensou ser o Hall de Entrada.
Charlie hesitou por um momento, então caminhou pelo corredor, guardando a rosa com segurança no bolso interno de sua jaqueta. Os gritos foram ficando mais altos enquanto ele corria em direção aos degraus de pedra que subiam do pátio. Quando Charlie alcançou o topo, ele encontrou o Hall de Entrada cheio de estudantes curiosos vindos de várias partes do castelo. Empurrando um grupo de sonserinos altos, não demorou muito para ele encontrar Hermione, Ginny, Harry e Ron no meio da multidão.
— O que está acontecendo? — Charlie sussurrou de uma vez, seus olhos arregalados de preocupação.
— É a professora Trelawney. — disse Hermione baixinho, puxando Charlie para mais perto para que ele pudesse ter uma visão melhor do centro do círculo de curiosos.
Charlie levantou a cabeça e instantaneamente notou a professora McGonagall do outro lado do corredor; ela parecia como se o que ela estava assistindo a fizesse se sentir um pouco enjoada.
A professora Trelawney estava parada no meio do Hall de Entrada com sua varinha em uma das mãos e uma garrafa vazia de xerez na outra, parecendo completamente louca. Seu cabelo estava espetado, seus óculos estavam tortos de modo que um olho estava mais ampliado do que o outro; seus inúmeros xales e lenços caíam desordenadamente de seus ombros, dando a impressão de que ela estava se desfazendo nas costuras. Dois grandes baús estavam no chão ao lado dela, um deles de cabeça para baixo; parecia muito como se tivesse sido jogado escada abaixo atrás dela. A professora Trelawney estava olhando, aparentemente apavorada, para algo que Charlie não podia ver, mas que parecia estar ao pé da escada.
— Não! — ela gritou. — NÃO! Isso não pode estar acontecendo... Não pode... Eu me recuso a aceitar!
— Você não percebeu que isso estava vindo? — disse uma voz alta de menina, parecendo insensivelmente divertida, e Charlie, movendo-se ligeiramente para a direita, ainda mais perto de Hermione, viu que a terrível visão de Trelawney não era nada além da professora Umbridge. — Por mais que você seja incapaz de prever o tempo de amanhã, certamente deve ter percebido que seu péssimo desempenho durante minhas inspeções e a falta de qualquer melhoria tornariam inevitável sua demissão?
— Você n-não pode! — uivou a professora Trelawney, com lágrimas escorrendo por seu rosto por trás de suas lentes enormes. — Você não pode me demitir! Eu estou aqui há dezesseis anos! Hogwarts é m-minha casa!
— Era a sua casa. — corrigiu a Professora Umbridge, e Charlie ficou revoltado ao ver a alegria esticando seu rosto de sapo enquanto observava a Professora Trelawney afundar, soluçando incontrolavelmente, em um de seus baús. — Até uma hora atrás, quando o Ministro da Magia assinou sua ordem de demissão. Agora, gentilmente, retire-se deste salão. Você está nos envergonhando.
Mas ela ficou parada e observou, com uma expressão de prazer exultante, enquanto a professora Trelawney estremecia e gemia, balançando para frente e para trás em seu tronco em paroxismos de dor. Charlie ouviu um soluço abafado à sua esquerda e olhou em volta. Lilá e Parvati estavam chorando baixinho, abraçadas. Então ele ouviu passos. A professora McGonagall se separou dos espectadores, marchou direto para a professora Trelawney e estava dando tapinhas firmes nas costas dela.
— Pronto, pronto, Sybill, querida... Acalme-se... Não é tão ruim quanto você pensa... Você não vai ter que sair de Hogwarts...
— Ah, sério, professora McGonagall? — disse Umbridge com uma voz mortal, dando alguns passos à frente. — E sua autoridade para essa afirmação é?
— Isso seria meu. — disse uma voz profunda.
As portas de carvalho da frente se abriram. Os alunos ao lado deles saíram do caminho quando Dumbledore apareceu na entrada. Charlie não podia imaginar o que ele estava fazendo no terreno, mas havia algo impressionante em vê-lo emoldurado na porta contra uma noite estranhamente enevoada e tempestuosa. Deixando as portas abertas atrás dele, ele avançou através do círculo de espectadores em direção à professora Trelawney, manchada de lágrimas e tremendo em seu tronco, a professora McGonagall ao lado dela.
— Seu, professor Dumbledore? — disse Umbridge, com uma risadinha singularmente desagradável. — Receio que você não entenda sua posição. Devo lembrá-lo de que, de acordo com os termos do Decreto de Educação Número...
Para grande surpresa de Charlie, Dumbledore continuou a sorrir. Ele olhou para a professora Trelawney, que ainda soluçava e se engasgava com o malão, e disse: — Você está certa, é claro, professora Umbridge. Como alta inquisidora, você tem todo o direito de dispensar meus professores. tem autoridade para expulsá-los do terreno. Receio... — ele continuou, com uma pequena reverência cortês. — Que o poder para fazer isso ainda resida com o Diretor, e é meu desejo que a Professora Trelawney continue a viver em Hogwarts.
Com isso, a Professora Trelawney deu uma risadinha selvagem na qual mal se escondia um soluço.
— N-Não, eu vou, Dumbledore! Eu vou deixar Hogwarts e b-buscar minha fortuna em outro lugar...
— Bobagem. — disse Dumbledore bruscamente. — É meu desejo que você fique, Sybill.
Ele se virou para a professora McGonagall.
— Posso pedir-lhe para escoltar Sybill de volta para cima, professora McGonagall?
— Claro. — sorriu McGonagall de uma vez, alcançando o braço de Trelawney. — Levante-se, Sybill...
A professora Sprout saiu correndo da multidão e agarrou o outro braço da professora Trelawney. Juntos, eles a guiaram por Umbridge e subiram as escadas de mármore. O professor Flitwick saiu correndo atrás deles, sua varinha estendida à sua frente; ele guinchou, Locomotor Trunks, e a bagagem da Professora Trelawney subiu no ar e subiu a escada atrás dela, o Professor Flitwick fechando a retaguarda.
— Por enquanto, Dumbledore... — Umbridge disse assustadoramente, observando Trelawney e os outros professores desaparecerem com um olhar. — Só por enquanto.
Com isso, Umbridge se virou, batendo os calcanhares pelo corredor em um movimento rápido e raivoso enquanto desaparecia de vista. Pouco depois, a multidão se dispersou num murmúrio de choque e medo. Os quatro do núcleo não disseram nada enquanto voltavam para a Torre da Grifinória, eles simplesmente deixaram o silêncio permitir que processassem o que havia acontecido.
— Tenho a sensação de que Umbridge está apenas começando a ser horrível. — sussurrou Hermione sombriamente enquanto ela, Charlie, Ron e Harry escalavam o buraco do retrato.
— Impossível. — disse Ron, balançando a cabeça. — Ela não pode ficar pior do que já esteve.
— Ela vai querer se vingar de Dumbledore por ir contra suas ordens assim. — suspirou Harry miseravelmente. — Quem sabe o que isso significa para nós.
Charlie engoliu em seco, franzindo ligeiramente a testa. — Prefiro não pensar nisso.
Seus amigos pareciam concordar, no entanto, enquanto acenavam com a cabeça antes de partir para as escadas que levavam a seus dormitórios; Ron e Harry à esquerda e Hermione à direita. Charlie, que estava atrás do grupo e ainda não tinha se mexido, agarrou a corrente pendurada em seu pescoço e apertou o botão nas costas em um movimento rápido.
Quase instantaneamente, Hermione parou cerca de dois degraus acima nas escadas do dormitório feminino, a pulseira em seu pulso acendeu quando ela se virou, sua boca se contorcendo para decifrar entre uma carranca e um sorriso. Quando os olhos dela se encontraram com os de Charlie, ele sinalizou para um escritório privado localizado fora do salão principal da sala comunal.
Com um pequeno suspiro, Hermione acenou com a cabeça, recuando escada abaixo e seguindo Charlie enquanto a levava para a sala privada; Ron observou os dois desaparecerem atrás da porta com uma carranca distinta antes de subir as escadas atrás de Harry.
Charlie ficou em silêncio por um momento, sem saber o que dizer ou fazer; Hermione o observou com olhos curiosos, esperando que ele falasse. Quando um ou dois minutos de silêncio se passaram, Charlie enfiou a mão no bolso interno da jaqueta, tirando uma única rosa vermelha para segurá-la na frente dele.
— Me desculpe por arruinar seu Dia dos Namorados. — ele disse suavemente, sua cabeça olhando vergonhosamente para o chão. — Eu nunca quis te chatear... Essa não foi, e nunca será, minha intenção. Me desculpe... Eu sinto muito, muito mesmo.
Houve um único segundo de antecipação silenciosa, fazendo Charlie pensar que ele estava completamente acabado. Ele não pareceu notar o rosto de Hermione suavizar em seu pedido de desculpas quando ela percebeu o quão fora de proporção tudo isso tinha sido. Inconsciente, o corpo inteiro de Charlie ficou tenso mais uma vez quando Hermione respirou lentamente e deu um passo em direção a ele.
— Sabe. — ela começou, pegando a rosa das mãos dele, seus lábios se curvando para cima. — Eu sempre pareço ter dificuldade em ficar com raiva de você... — ela riu baixinho. — Não importa o quanto irritado que você me deixa às vezes.
Charlie olhou para cima instantaneamente, seu corpo relaxando ao notar o pequeno sorriso em seu rosto. Ele respirou lentamente, sua voz trêmula. — Me desculpe... Eu disse algumas coisas que não queria dizer.
— Eu também. — Hermione sussurrou de uma vez, dando um passo à frente para envolver seus braços em volta do pescoço dele, levantando-se ainda em suas mãos; Charlie imediatamente descansou a testa contra a dela. — Mas a beleza de estar em um relacionamento seguro como o nosso é que podemos passar por coisas que devem nos separar e sair ainda mais fortes do que antes.
— Seguro. — repetiu Charlie, gostando da sensação da palavra saindo de seus lábios; ele nunca havia sentido uma sensação tão profunda de segurança antes de Hermione. — Eu gosto disso.
Hermione riu, seu hálito quente ricocheteando na pele do rosto dele devido à proximidade deles.
— Bem, eu gosto de você. — ela sussurrou brincando, um sorriso provocador se formando em seus lábios. — Muito na verdade.
— Sim? — desafiou Charlie, sorrindo alegremente. — Que bom então, porque eu gosto muito de você também.
Eles compartilharam uma risada, ambos subconscientemente percebendo o quão longe eles chegaram desde o ano passado, onde eles teriam deixado uma discussão tão boba separá-los. Quando o silêncio os dominou novamente, Hermione fechou o espaço entre seus lábios, colocando os dela contra os dele e canalizando cada pedacinho de paixão dentro dela para o beijo. Charlie retribuiu, sorrindo internamente enquanto os dois se moldavam; ele estava em casa e, mais importante, eles ficariam bem.
Depois de alguns momentos, Hermione se afastou, ofegante. — Sou uma pessoa paciente, Charlie. Posso respeitar sua decisão de esperar... Mas, por favor, para referência futura, comunique-se melhor comigo. Não quero me sentir fechar para o que está acontecendo em sua vida.
Charlie hesitou por um momento, os olhos de Hermione procurando os dele pelo acordo de seus desejos. Ele congelou, no entanto, lutando para decidir se concordar ou não com isso acabaria fraturando seu relacionamento na batalha de longo prazo. Veja bem, por mais que ele quisesse, sempre haveria uma parte de Charlie que ele não poderia compartilhar com ninguém... Nem mesmo com Hermione, pelo medo de ser visto como nada mais do que o filho de seu pai era insuportável.
E, no entanto, ele egoisticamente acenou com a cabeça, disposto a concordar com qualquer coisa na tentativa de colocar o argumento deles para trás. Ele exalou lentamente. — Ok.
— Bom. — sorriu Hermione, beijando-o nos lábios mais uma vez. Afastando-se, ela retirou uma das mãos de trás do pescoço dele, revelando a rosa mais uma vez com um sorriso. — Eu amo isso, a propósito... É incrivelmente atencioso.
— Foi entre isso e alguns doces da Honeydukes. — admitiu Charlie, rindo levemente. — Achei que a rosa era um pouco mais romântica.
— Meu perfeito cavalheiro. — brincou Hermione; Os olhos de Charlie se arregalaram de horror ao lembrar de seu momento de constrangimento na casa de chá. Ela riu, ficando na ponta dos pés para beijar sua bochecha. — Acontece que eu estava certa o tempo todo, não estava?
Charlie corou, seu rosto ficando vermelho enquanto ele sussurrava. — Sim, bem... Só para você.
— Certo. — sorriu Hermione, beijando-o profundamente mais uma vez de excitação; era como se a luta deles nunca tivesse acontecido. Depois de vários momentos de beijos apaixonados, ela se afastou, sussurrando contra seus lábios. — Feliz Dia dos Namorados, baby.
— Feliz Dia dos namorados.
★
Charlie acordou na manhã seguinte, deitado contra o chão de madeira dura e enrolado nos braços de Hermione com um cobertor conjurado sobre eles. Eles ainda estavam na pequena sala de estudo e, como se poderia supor pela porta trancada e pelas várias roupas descartadas ao redor da sala, eles não haviam saído desde a noite anterior.
Adormecida à sua direita, com a cabeça apoiada em seu peito nu, estava Hermione. O cobertor estava cobrindo sua pele exposta com o melhor de sua habilidade, e Charlie olhou para o teto com um sorriso orgulhoso enquanto o evento da noite anterior enchia sua cabeça; eles estavam ocupados, para dizer o mínimo...
Com um bocejo exausto, Charlie ergueu os braços esticando-se, estendendo-se o suficiente para acertar sua jaqueta que estava esparramada no chão. Esfregando os olhos com uma das mãos, Charlie usou a outra para mexer no bolso do paletó, tirando o relógio para ver as horas. Seus olhos se arregalaram instantaneamente; eram quase doze horas da tarde.
Suspirando para si mesmo, Charlie se inclinou para acordar Hermione. Seus olhos se abriram segundos depois, e ela se aninhou no peito do namorado ao perceber onde estava. Charlie beijou o topo de sua cabeça como um termo carinhoso e ela cantarolou contente.
Charlie sorriu suavemente, sussurrando: — Vamos, temos que levantar.
— Nãããããão. — Hermione disse lentamente adoravelmente, seus olhos fechados novamente enquanto seus lábios se curvavam em um sorriso atrevido.
Houve um minuto de silêncio pacífico, e ela aproveitou a imobilidade para apreciar a respiração quente dele em seu cabelo e o som de seu batimento cardíaco constante enchendo sua orelha esquerda.
— Baby, é quase meio-dia. — Charlie murmurou, sentando-se preguiçosamente e esticando seus membros sonolentos.
Hermione gemeu com a perda de contato antes de se mover rapidamente, segurando o cobertor contra o peito nu, sentando-se atrás dele. Ela descansou a cabeça contra os músculos suaves e tonificados que acentuavam suas costas.
— Mas é sábado. — ela murmurou de volta enquanto deslizava as mãos ao redor dele e cantarolava contente, beijando-o na nuca. — Vamos ficar aqui mais um pouco... Por favor?
— Ron e Harry provavelmente estão se perguntando onde estamos. — Charlie cantarolou contente, apreciando a sensação de seus lábios.
— Deixe-os imaginar. — murmurou Hermione, e Charlie podia sentir o sorriso dela contra sua pele.
— Nós dissemos que iríamos ajudar a preparar a reunião do monitor. — Charlie suspirou, virando a cabeça ligeiramente para olhar para sua namorada com sua visão periférica. — Harry quer fazer Patronos hoje.
— Patronos, hein? — brincou Hermione, levantando a cabeça para beijar sua bochecha agora exposta antes de se acomodar na curva de seu pescoço. — Eu me pergunto em que momento feliz você estará pensando...
Charlie sorriu suavemente, arrepios se formando quando a respiração dela desceu por sua pele.
— Algo sobre você, eu acho. — ele sussurrou, tentando ser afetuoso enquanto segurava as mãos dela para tranqüilizá-la. — E você?
— Algo sobre Viktor Krum. — disse Hermione imediatamente, rindo incontrolavelmente de sua própria piada quando Charlie ficou boquiaberto.
— Acha isso engraçado, não é? — desafiou Charlie, e quando Hermione continuou rindo contra sua pele, ele disse. — Certo então, que tal isso...
Em um movimento rápido, Charlie girou, rolando em cima do corpo de Hermione e prendendo-a no chão com uma mão, enquanto a outra começou a fazer cócegas em seu corpo, fazendo-a se contorcer embaixo dele. O riso encheu a sala, interrompendo Hermione toda vez que ela tentava fazê-lo parar.
— Não, pare... Isso faz cócegas... Charlieeeee!
— Não até você retirar o que disse. — riu Charlie, continuando a mover suas mãos ao longo de vários pontos sensíveis em seu corpo.
— Está bem, está bem! — Hermione ofegou, suas risadas tornando-se contagiosas e extremamente altas - ainda bem que havia um feitiço silenciador na porta. — Retiro... O que disse! Vou... Pensar em... Você! A primeira vez... Que nos conhecemos... E a primeira vez... Que nos beijamos!
Sorrindo vitoriosamente, Charlie cessou seu ataque de cócegas em seu corpo; A risada de Hermione morreu lentamente enquanto seu peito arfava para recuperar o fôlego. Quando ela finalmente se acalmou, ela olhou para a expressão divertida de seu namorado e revirou os olhos.
— Te odeio.
Charlie balançou a cabeça. — Você me ama.
Hermione suspirou, cedendo imediatamente. — Eu amo.
Rindo levemente, Charlie se inclinou para conectar seus lábios; Hermione o encontrou no meio do caminho, sorrindo durante o beijo. Eles se beijaram por alguns minutos, saboreando o tão necessário tempo a sós com tudo o que estava acontecendo, até que Charlie se afastou, levantando-se.
— Vamos. — ele sussurrou, estendendo a mão para ajudar a namorada a se levantar. — Vista-se, temos que ir.
Assentindo com relutância, Hermione permitiu que Charlie a puxasse para cima. Os dois se vestiram rapidamente, ficando apresentáveis antes de arrumar a bagunça que fizeram, colocando o quarto do jeito que estava.
Quando ambos estavam prontos para sair, Hermione virou-se para Charlie antes de estender a mão para a maçaneta da porta. — Espere cinco minutos, vá se trocar e depois me encontre no Salão Principal, ok? Vamos encontrar Harry e Ron.
Charlie assentiu, e com mais um beijo rápido nos lábios, Hermione abriu a porta e desapareceu atrás dela. Depois de ver sua namorada sair, Charlie encostou a cabeça na madeira de carvalho, cantarolando contente.
Um único pensamento em sua cabeça se repetia sem parar: Você está completa e inegavelmente apaixonado por aquela garota...
★
Charlie tropeçou na Sala Precisa mais tarde naquela noite para a reunião do monitor. Aparecendo um pouco mais cedo do que todos os outros, ele sucumbiu ao silêncio da sala de treinamento, mas surpreendentemente não estava sozinho. A sala continha um ocupante quando Charlie chegou: Neville Longbottom.
O covarde grifinório ficou sozinho em frente ao gigante quadro-negro em que Harry costumava escrever durante as reuniões. Colada ao lado do quadro estava pendurada uma foto da Ordem da Fênix original, que era o que Neville parecia estar focando intensamente.
— Neville? — chamou Charlie, tornando sua presença conhecida enquanto caminhava ao lado de seu amigo. — Você está bem?
— Estou muito orgulhoso de ser filho deles, sabe. — disse Neville abruptamente, seus olhos nunca se desviando da fotografia em movimento; Charlie olhou para cima, franzindo ligeiramente a testa ao perceber que seu amigo estava falando de seus pais. — Mesmo depois de serem... Torturados para obter informações... Eles nunca cederam.
— Eles incorporavam uma quantidade indubitável de lealdade e coragem. — disse Charlie gentilmente, olhando para a foto com gratidão. — E posso dizer, com total confiança, que você herdou essas mesmas qualidades.
Neville sorriu suavemente, apontando para a fotografia. — Sabe, há algo reconfortante em saber que eles eram todos amigos...
Seguindo o olhar de seu amigo, o rosto de Charlie caiu ligeiramente quando ele olhou para ver sua mãe sorrindo para ele, lembrando-o do que ele estava lutando. O uso de palavras no passado enviou uma onda de tristeza pelo corpo de Charlie e ele congelou, sem saber o que dizer. Ele levou um segundo para se recompor antes de estender a mão para colocá-la no ombro de Neville consoladoramente.
— Sim... E agora vamos deixá-los orgulhosos. — disse ele com um sorriso simpático. Quando Neville se virou com um olhar duvidoso, Charlie foi rápido em tranqüilizá-lo, dizendo: — Isso é uma promessa.
Compartilhando um único aceno de cabeça, os dois grifinórios olharam para a fotografia mais uma vez antes que a porta da Sala Precisa se abrisse, e o resto dos membros da promotoria entrassem, parecendo mais ansiosos do que nunca... Embora Charlie parecesse ser o único para notar a ausência de Zacharias Smith. Ignorando isso, Charlie fez sua ronda, dizendo olá a todos, conversando com Elaina por alguns minutos e evitando Romilda Vane o máximo possível antes de seguir para a frente com Hermione, Harry e Ron.
Quando o grupo se acomodou, Harry se dirigiu a todos de uma vez: — Hoje, estaremos trabalhando com o Feitiço do Patrono...
Houve uma onda de aplausos e gritos do grupo, pois todos esperavam por esta aula desde o feriado.
— Sim, é excitante, eu sei. — sorriu Harry, parecendo completamente satisfeito com a reação. — Agora, o Feitiço do Patrono é uma forma de magia avançada com a qual até mesmo os bruxos mais qualificados podem lutar. Mas pense desta forma, todo grande bruxo da história começou como nada mais do que somos agora: estudantes. Se eles puderem fazer isso, por que não nós?
E com isso, os membros da promotoria se encheram de uma confiança renovada enquanto cada um tomava suas posições em lados diferentes da sala, varinhas prontas.
— Pense em uma memória poderosa, a mais feliz que você pode se lembrar! — chamou Harry enquanto circulava pela sala, preparado para ajudar aqueles que estavam lutando. — Permita que isso o preencha, canalize-o em seu encantamento!
Charlie enviou uma piscadela atrevida de Hermione do outro lado da sala, fazendo-a corar e virar a cabeça timidamente.
Levantando sua varinha com uma pequena risada, Charlie pensou muito sobre seu primeiro beijo com Hermione antes de gritar. — Expecto Patronum!
Como esperado, seu familiar Patrono prateado em forma de falcão disparou da ponta de sua varinha, voando pela sala sem pensar. Charlie sorriu para ele, observando-o, mas mantendo-se concentrado.
— É isso, Charlie, grande exemplo! — aplaudiu Harry. — Fred, você é o próximo!
— Expecto Patronum.
— Expecto Patronum!
— EXPECTO PATRONUM!
Não muito tempo depois, Patronos prateados em forma de animal encheram a sala, representando a personalidade de seu lançador. Todos estavam extremamente felizes, embora, como Harry os lembrava, produzir um Patrono no meio de uma sala de aula bem iluminada quando não estavam sob ameaça era muito diferente de produzi-lo quando confrontados por algo como um Dementador.
— Oh, não seja tão desmancha-prazeres. — disse Elaina brilhantemente, observando seu Patrono prateado em forma de raposa empinar pela Sala Precisa. — Eles são tão bonitos!
— Eles não deveriam ser bonitos, eles deveriam proteger você. — riu Harry, sorrindo com o progresso dela. — O que realmente precisamos é de um bicho-papão ou algo assim; foi assim que aprendi, tive que conjurar um Patrono enquanto o bicho-papão fingia ser um dementador...
— Mas isso seria realmente assustador! — Lilá gritou, que estava lançando baforadas de vapor prateado com a ponta de sua varinha. — E eu ainda não posso fazer isso! — ela acrescentou com raiva.
Neville também estava tendo problemas. Seu rosto estava contorcido em concentração, mas apenas débeis fiapos de fumaça prateada saíam da ponta de sua varinha.
— Você tem que pensar em algo feliz. — Harry o lembrou.
— Estou tentando. — disse Neville miseravelmente, que estava tentando tanto que seu rosto redondo estava brilhando de suor.
— Harry, eu acho que estou fazendo isso! — gritou Seamus, que tinha sido levado para sua primeira reunião do AD por Dean. — Olhe - ah - se foi... Mas definitivamente era alguma coisa!
O Patrono de Hermione, uma brilhante lontra prateada, saltitava ao seu redor.
— Eles são meio legais, não são? — ela disse, olhando para ele com carinho.
— Eles são muito legais. — concordou Ron; seu Patrono, um Jack Russel Terrier, corria pela sala, latindo alegremente.
Charlie olhou ao redor com um largo sorriso, curioso para saber como os Patronos de todos estavam assumindo a forma. O de Ginny parecia se tornar um grande cavalo; galopou ao seu redor. Luna se manifestou em uma lebre ansiosa que saltitava sonhadoramente. Fred e George combinavam com pegas; um para tristeza, mas dois para alegria. Cho Chang parecia ter conjurado um lindo cisne do outro lado da sala.
Era seguro dizer que Charlie estava tão maravilhado ao ver os encantos prateados da magia inundarem a sala que ele estava completamente inconsciente quando foi abordado por uma garota muito ansiosa em sua perseguição.
— Incrível, não é, Charlie?
Pulando levemente, Charlie se virou para ver Romilda Vane, de pé perto dele de forma alarmante com sua varinha no ar. Dando um passo para trás, ele ergueu uma sobrancelha e a viu indicando seu Patrono em forma de beija-flor.
Quando ele não respondeu, ela continuou flertando. — Que ambos os nossos Patronos assumem a forma de pássaros... Isso é apenas outra coisa que temos em comum, suponho.
— Uh, sim, eu acho. — disse Charlie, totalmente confuso. Ele abaixou a varinha; seu falcão se desintegrando no ar enquanto ele tentava se retirar apressadamente da conversa.
— Espere. — chamou Romilda, abaixando a varinha antes de seguir o garoto como um cachorrinho perdido. — Eu estive querendo falar com você por anos.
— Oh? — Charlie suspirou, parando e se virando para encará-la novamente. — A respeito?
— Bem. — ela começou, corando ligeiramente; Charlie poderia jurar que ouviu gritos excitados vindos de Lilá e Parvati a uma curta distância. — Eu estou de olho em você por um bom tempo agora... E o Dia dos Namorados só me fez pensar que talvez...
— Romilda...
— Eu gosto de você, Charlie. — Romilda admitiu timidamente, estendendo a mão para acariciar o braço do menino como um termo carinhoso. — Eu ia te contar antes do feriado, mas achei que agora é um momento tão bom quanto qualquer outro... Então, eu estava pensando se talvez pudéssemos tomar uma cerveja amanteigada algum dia?
— Escute. — disse Charlie desconfortavelmente, puxando seu braço para trás educadamente. — Estou realmente lisonjeado, mas eu...
— Desculpe. — uma voz severa gritou atrás de Charlie. — Estou interrompendo alguma coisa?
Charlie se virou rapidamente, suspirando de alívio ao ver Hermione parada ao lado dele com os braços cruzados e os lábios franzidos; o resto da classe aparentemente não sabia o que estava acontecendo. Lilá e Parvati ofegaram de suas posições de espectadores.
— Na verdade, você está, Granger. — disse Romilda um tanto maldosamente, suas narinas queimando com a interrupção. — Caia fora por um minuto, sim?
Hermione riu maliciosamente, mandando adagas na direção de Romilda. — Receio não poder fazer isso.
— Por que diabos não? — latiu Romilda, dando um passo em direção a Hermione em uma postura desafiadora. — O que Charlie e eu estamos falando não tem nada a ver com você!
Charlie franziu as sobrancelhas, confuso sobre como as coisas se tornaram incrivelmente hostis tão rapidamente.
— Pelo que ouvi, parece que tem tudo a ver comigo. — rosnou Hermione, cerrando os punhos. — Parece-me que é você quem precisa cair fora, Vane. Ele claramente não quer você perto dele.
Charlie deu um passo à frente, tentando amenizar a situação tentando afastar a namorada. — Hermione, por favor...
— Fique fora disso, Charlie. — ela disse com raiva, puxando o braço de seu aperto enquanto seus olhos permaneciam fixos em seu alvo. — Cansei de vê-la boquiaberta em cima de você - está se tornando repugnantemente patética!
— Eu sou patética?! — gritou Romilda, sua voz chamando a atenção do resto da sala, que imediatamente abaixaram suas varinhas e viraram suas cabeças. Romilda continuou em um ataque de raiva: — Você é quem o segue há anos, esperando desesperadamente que ele a veja como algo diferente de uma sabe-tudo insuportável! Dê uma olhada no espelho, sua idiota idiota! Se alguém é patética aqui, é você!
Sem perder o ritmo depois que as palavras saíram da boca de Romilda, Hermione se lançou para a frente. — Sua vadia...
Charlie agiu rapidamente, agarrando os braços de Hermione e puxando-a para trás antes que ela tocasse o rosto de Romilda. Sua namorada se contorceu em seus braços, tentando se libertar enquanto a raiva bombeava em suas veias.
— Você é insana! — provocou Romilda, parecendo completamente enojada; todos agora estavam reunidos ao redor deles, observando com curiosidade. Romilda tentou dar um passo à frente, estendendo a mão para Charlie mais uma vez. — Vamos, Charlie. Vamos continuar nossa conversa em outro lugar... Talvez em algum lugar privado.
Soltando Hermione de suas mãos, Charlie deu um passo para trás para evitar a tentativa implacável de Romilda de se aproximar dele. Felizmente, sua namorada se interpôs entre eles antes de fazer contato.
— Como se ele fosse a qualquer lugar privado com você. — riu Hermione com raiva, seus olhos queimando de raiva.
— Que tal seguir seu próprio conselho, Granger? — estalou Romilda, embora ela tivesse se distanciado significativamente de seu oponente. — Ele nunca vai querer você! Ele não tocaria em você com uma vara de três metros...
Charlie tentou interromper: — Tudo bem, acho que chega...
— Sério? — sorriu Hermione, tomando o comentário de Romilda como um desafio.
O que aconteceu a seguir veio tão de repente que pegou Charlie de surpresa...
Em um movimento rápido, Hermione se virou, agarrou um punhado das vestes de Charlie e o puxou para um beijo alucinante e apaixonado na frente de todo o promotor.
Tantas coisas passaram pela mente de Charlie em um único segundo, mas rapidamente desapareceram quando ele se perdeu no beijo, envolvendo as mãos em volta da cintura dela para puxá-la para mais perto. Os braços dela envolveram o pescoço dele, aprofundando o beijo para simplesmente saborear a exposição de seu relacionamento.
Houve aplausos e murmúrios de choque vindos da multidão de membros do DA; a maioria deles não conseguia acreditar no que estava testemunhando, enquanto outros pareciam saber o tempo todo. Harry, Ginny e Elaina, por exemplo, batiam palmas com orgulho.
— Bem, já estava na hora! — animou Elaina, pulando para cima e para baixo de excitação; Daphne torceu junto com ela.
Ginny assobiou, sorrindo maliciosamente para Romilda. — Isso te calou bem rápido, não foi?
— Este é o momento? — ofegou Harry, seus olhos se arregalando. — Sério? No meio da minha aula?
Fred relutantemente entregou um galeão para George, perdendo uma aposta que eles haviam feito anos atrás. Seamus, Dean e Neville estavam cantando o nome de Charlie sem parar. Parvati, Padma e Lavender tiveram suas bocas congeladas em forma de 'O'. Enquanto outras pessoas, como Ron e Romilda, ficaram extremamente quietos enquanto observavam os dois grifinórios se beijando na frente deles; eles pareciam estar sem palavras, ambos boquiabertos e seus olhos arregalados de horror.
Somente quando ficaram sem fôlego Charlie e Hermione se afastaram um do outro. Os dois ficaram tão atordoados com o beijo que sorriam vertiginosamente um para o outro. Para uma última risada, Hermione voltou-se para a chocada Romilda Vane, esfregando-a levemente enquanto entrelaçava sua mão com a de Charlie.
— Isso foi muito mais perto do que uma vara de três metros, eu diria. — sorriu Hermione, enxugando os lábios para provocar a garota na frente dela; O rosto de Romilda vacilou.
— C-como você... Q-quando vocês?
— Provavelmente deveria ter mencionado isso antes. — disse Hermione com orgulho, movendo-se para se aconchegar ao lado de Charlie. — Mas Charlie é meu namorado... E você faria melhor em se lembrar disso.
Muitas garotas na sala gritaram com a nova confiança de Hermione. Na verdade, todos eles se moveram para formar um grupo ao redor dela, torcendo por ela; Romilda parada ao lado de Ron enquanto os meninos faziam o mesmo com Charlie. Foi um breve momento de felicidade, de fato, antes que tudo desabasse.
Com o som de um grande estrondo, os aplausos e murmúrios excitados dos membros do DA pararam. Charlie se endireitou e olhou em volta para as pessoas imóveis e aterrorizadas olhando para uma rachadura recém-descoberta em um dos espelhos que cobriam a entrada. Outro estrondo se seguiu rapidamente e o espelho começou a se estilhaçar rapidamente.
— O que diabos...
Os cacos de vidro caíram no chão com um estrondo, revelando um buraco de tamanho decente atrás dele. Havia um pânico evidente entre os membros do DA agora; alguns deles estavam gritando de medo. Todos correram em direção à entrada, tentando espiar pelo pequeno buraco para ver quem havia interrompido a aula de AD.
Os rostos ficaram horrorizados - a professora Umbridge estava do outro lado da parede, segurando sua varinha com raiva em sua mão enquanto ela estava entre um grupo de alunos da Sonserina, o Sr. Filch e... Zacharias Smith.
— O QUE VOCÊ ESTÃO ESPERANDO?! — gritou Harry ao perceber. — CORRAM!
— Charlie! — gritou Hermione, estendendo a mão para ele enquanto estava entre um grupo de pessoas que agora lutavam para se afastar da parede antes que a explosão final fosse disparada.
Eles deram as mãos e correram, o mais rápido possível, para o outro lado da sala com o resto dos membros do DA bem a tempo de o terceiro estrondo soar alto em seus ouvidos. No momento em que Charlie se virou, havia uma cratera muito grande na parede, e Umbridge e seu grupo de seguidores estavam invadindo o interior.
Todo mundo estava se movendo tão rápido que tudo parecia um borrão - isso é ruim... Isso é muito ruim.
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