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𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
CAPÍTULO CINQUENTA E SEIS
─── UM CLUBE PARA LIDERAR E FAZER A AÇÃO
[Este capítulo contém cenas +18]
HERMIONE NÃO FEZ menção a Harry dando aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas por duas semanas inteiras após sua sugestão original. As detenções de Charlie com Umbridge finalmente acabaram (ele duvidava se as palavras agora gravadas na parte de trás de sua mão desapareceriam completamente); Ron tinha mais quatro práticas de Quidditch e não foi gritado durante os dois últimos; e os quatro conseguiram acompanhar sua lição de casa antes que o assunto fosse trazido à tona novamente, em uma noite selvagem e tempestuoso no
— Eu estava me perguntando — disse Hermione de repente. — Se você tivesse pensado mais em defesa contra as artes das trevas, Harry.
— Claro que eu tenho. — encolheu Harry. — Não posso realmente esquecer isso, na verdade... Eu pensei bastante sobre isso.
— E? — disse Hermione ansiosamente.
— Eu não. — disse Harry; jogando por um tempo, ele olhou para Charlie.
— Não olhe para mim. — disse Charlie com uma leve risada. — Eu pensei que era uma boa ideia desde o início.
— Então, por que você não faz isso? — desafiou Harry, levantando a testa. — Você provou ser bom em defesa contra as artes das trevas, não é? Você foi a única pessoa no ano passado que conseguiu jogar fora a Maldição do Imperius completamente, você conseguiu sobreviver ao Torneio dos Três Wizards e pode produzir um Patrono...
— Quem disse que eu não ia ajudar? — Charlie interjetado, sobrancelhas franzidas. — Eu não tenho interesse em ser o professor, lembre-se, mas eu estaria disposto a ajudá-lo durante suas aulas. — ele olhou em volta para Hermione e Ron antes de acrescentar. — Tenho certeza de que todos nós o faríamos.
Hermione e Ron acenaram com a cabeça simultaneamente de maneira vigorosa.
— Tem que ser você, Harry. — concordou Hermione. — Você pode fazer todos os tipos de coisas que os feiticeiros adultos não podem fazer. Você sabe, Viktor sempre sai...
Ron olhou para ela tão rápido que parecia encolar o pescoço. Esfregando, ele disse: — Sim? O que Vicky disse?
Os ouvidos de Charlie se animaram no novo tópico da conversa; ele não sabia se era por causa da reação de Ron... Ou se era devido a ouvir sua namorada mencionar o Seeker búlgaro. Ele moveu o olhar para Hermione, que se deslocou em sua cadeira ansiosamente, contemplando o que dizer a seguir.
— Uh, bem. — Hermione engoliu, evitando o olhar curioso de seu namorado enquanto seu rosto se transformava em um carmesim profundo. — Ele disse que Harry sabia como fazer as coisas, mesmo que não soubesse, e estava em seu último ano em Durmstrang.
Charlie olhou para sua namorada de forma suspeita: — Você ainda não está em contato com ele, está?
Hermione olhou para Charlie pela primeira vez, seus olhos praticamente irradiando um pedido de desculpas.
— Ele é apenas um amigo por correspondência. — disse ela de forma tranquilizadora, mas isso não impediu o namorado de apertar a mandíbula. Percebendo isso, ela acrescentou: — Não significa nada.
Abrindo a boca para dizer algo, Charlie foi cortado quando Ron falou por ele em um resmungo acusando.
— Sim, certo. — disse ele amargamente. — Como me lembro, ele não queria apenas ser seu amigo por correspondência, queria?
— O que é isso para você? — Charlie falou, mais duramente do que o pretendido, em relação ao gengibre antes de mudar o olhar de volta para Hermione, sua expressão suavizando a compreensão. — Não significa nada. — ele repetiu e Hermione assentiu para ele com um sorriso, sentindo-se aliviada com o fato de que uma coisa tão boba não ia ficar entre eles.
— De qualquer forma, olhe. — disse Hermione, mudando de assunto e se inclinando para sussurrar. — Você sabe que o primeiro fim de semana de outubro é um fim de semana de Hogsmeade? Acho que devemos espalhar a palavra e ver quem estaria interessado em vir às aulas.
Ron parecia confuso: — Por que temos que fazer isso fora da escola?
— Porque... — disse Charlie, respondendo por Hermione. — Umbridge já é suspeita o suficiente... E algo me diz que ela não ficaria muito feliz se descobrisse o que estávamos fazendo.
Hermione sorriu orgulhosamente para Charlie. — Exatamente.
— Tudo bem então. — Harry assentiu. — Está resolvido.
★
A manhã da visita Hogsmeade amanheceu brilhante, mas ventoso. Após o café da manhã, os quatro principais fizeram fila na frente de McGonagall, que combinou seus nomes com a longa lista de alunos que tinham permissão de seus pais ou responsáveis para visitar a aldeia; Dumbledore, é claro, foi o único a assinar por Charlie.
Descolheram a lista, eles caminharam entre os altos pilares de pedra cobertos com javalis alados e viraram à esquerda na estrada para a aldeia, o vento chicoteando seus cabelos nos olhos.
— Então, para onde vamos de qualquer maneira? — Harry perguntou enquanto eles caminhavam. — No Três Vassoura?
— Não. — Hermione disse rapidamente. — Está sempre lotado e muito barulhento. Eu disse aos outros para nos encontrarem no Cabeça de Javali, aquele outro pub, você conhece aquele, não fica na estrada principal. Acho que é um pouco... Sabe... Desonesto... Mas os alunos normalmente não entram lá, então não acho que seremos ouvidos.
Desceram a rua principal, passaram pela Zonko's Wizarding Joke Shop, onde viram Fred, George e Lee Jordan entrando pela porta, passaram pelo correio, de onde saíam corujas em intervalos regulares, e viraram em uma rua lateral no alto da onde ficava uma pequena pousada. Uma placa de madeira surrada pendia de um suporte enferrujado sobre a porta, com a imagem da cabeça decepada de um javali, com sangue vazando no pano branco ao redor. A placa rangeu ao vento quando eles se aproximaram. Todos os quatro hesitaram do lado de fora da porta.
— Encantador. — Charlie disse sarcasticamente, ganhando risadinhas de Ron e Harry. Hermione, por outro lado, estava nervosamente parada. — Está tudo bem. Vamos. — ele acrescentou gentilmente, e liderou o caminho para dentro.
Não era nada parecido com o Três Vassouras, cujo grande bar dava a impressão de calor e limpeza reluzentes. O bar Cabeça de Javali compreendia uma sala pequena, suja que cheirava fortemente a algo que poderia ser animais de celeiro. As janelas salientes estavam tão incrustadas de sujeira que muito pouca luz do dia podia penetrar na sala, que era iluminada por tocos de velas sobre mesas de madeira rústica. À primeira vista, o chão parecia ser de terra compactada, mas quando Charlie pisou nele percebeu que havia pedra sob o que parecia ser a sujeira acumulada de séculos.
Havia um homem no bar cuja cabeça inteira estava envolta em bandagens cinzas sujas, embora ele ainda conseguisse engolir intermináveis copos de alguma substância fumegante e ígnea por uma fresta sobre a boca; duas figuras envoltas em capuzes estavam sentadas a uma mesa perto de uma das janelas; Charlie poderia ter pensado que eles eram dementadores se não estivessem falando com forte sotaque de Yorkshire, e em um canto sombrio ao lado da lareira estava sentada uma bruxa com um véu preto grosso que caía até os dedos dos pés.
— Eu não sei sobre isso, Hermione. — Harry murmurou, enquanto cruzavam para o bar. Ele estava olhando particularmente para a bruxa fortemente velada. — Já ocorreu a você que Umbridge pode estar sob isso?
Hermione lançou um olhar avaliador sobre a figura velada.
— Umbridge é mais baixa que aquela mulher. — ela disse baixinho. — E de qualquer maneira, mesmo que Umbridge venha aqui, não há nada que ela possa fazer para nos impedir, Harry, porque eu verifiquei três vezes as regras da escola. Não estamos fora dos limites; eu perguntei especificamente ao professor Flitwick se os alunos eram permitidos. para entrar no Cabeça de Javali, e ele disse que sim. Também pesquisei tudo o que pude sobre grupos de estudo e eles definitivamente são permitidos... Só não acho uma boa ideia se desfilarmos o que somos fazendo.
— Sim, não vamos fazer isso. — brincou Charlie, tentando aliviar o clima. — Especialmente porque não é exatamente um grupo de estudos que estamos planejando, não é?
Hermione abafou uma risada, cutucando Charlie levemente enquanto o barman se aproximava deles de uma sala dos fundos. Ele era um velho de aparência mal-humorada, com muitos cabelos grisalhos e barba.
— O que? — ele grunhiu.
— Quatro cervejas amanteigadas, por favor. — disse Hermione educadamente.
O homem enfiou a mão embaixo do balcão e puxou quatro garrafas muito empoeiradas e sujas, que jogou no balcão.
— Oito sicles. — disse ele.
— Eu vou pagar. — disse Harry rapidamente, passando a prata; os olhos do barman olharam para os quatro com curiosidade antes de depositar o dinheiro de Harry em um antigo caixa de madeira.
Charlie, Harry, Ron e Hermione retiraram-se para a mesa mais distante do bar e sentaram-se com as bebidas na mão, olhando em volta. O homem das bandagens cinza sujas bateu no balcão com os nós dos dedos e recebeu outra bebida fumegante do barman.
— Você sabe o que? — Ron murmurou, olhando para o bar com entusiasmo. — Nós poderíamos pedir qualquer coisa que quiséssemos aqui. Aposto que aquele cara nos venderia qualquer coisa, ele não se importaria. Eu sempre quis experimentar Firewhiskey...
— Sim, certo. — Charlie riu. — Uma dose de Firewhiskey e você estaria no chão.
Ron sorriu. — Isso é um desafio?
Os olhos de Charlie brilharam, mas antes que ele pudesse abrir a boca para aceitar a oferta de Ron, Hermione falou por ele.
— Não, nem pense nisso. — ela repreendeu, estreitando os olhos para o namorado, que fez um beicinho, tentando ser fofo, mas só lhe valeu um chute por baixo da mesa. — Você é um monitor!
— Ok, ok. — Charlie riu, mas olhou para Ron, balbuciando. — Da próxima vez.
Hermione, que percebeu isso é claro, não gostou. — Charlie Hawthorne!
Harry segurou um sorriso antes de tentar mudar de assunto; ignorando Ron e Charlie, que riram alto. — Então, quem você disse que deveria nos encontrar?
— Apenas algumas pessoas. — Hermione suspirou, checando seu relógio e olhando ansiosamente para a porta. — Eu disse a eles para estarem aqui a essa hora e tenho certeza que todos sabem onde está - oh, olhem, podem ser eles agora.
A porta do pub se abriu. Uma faixa espessa de luz do sol empoeirada dividiu a sala em duas por um momento e então desapareceu, bloqueada pela entrada apressada de uma multidão de pessoas.
Primeiro veio Neville com Dean e Lavender, que foram seguidos de perto por Parvati e Padma Patil, com Cho e Ginny chegando logo depois, então (sozinha e parecendo tão sonhadora que poderia ter entrado por acidente) Luna Lovegood. Em seguida vieram Katie Bell, Alicia Spinnet e Angelina Johnson, Colin e Dennis Creevey e Romilda Vane, seguidos rapidamente pelos membros da Hufflepuff, Ernie Macmillan, Justin Finch-Fletchley, Hannah Abbott e Zacharias Smith.
Elaina Dumont entrou em seguida com um aceno, acompanhada por uma garota loira da Sonserina, que Charlie presumiu ser Daphne Greengrass. Três garotos da Corvinal chamados Anthony Goldstein, Michael Corner e Terry Boot vieram depois, e, fechando a retaguarda, Fred e George Weasley com seu amigo Lee Jordan, todos os três carregando grandes sacolas de papel cheias de mercadorias da Zonko.
— Algumas pessoas? — Harry repetiu roucamente para Hermione. — Algumas pessoas?
— Sim, bem, a ideia parecia bastante popular. — disse Hermione alegremente. — Ron, puxe mais algumas cadeiras, sim?
O barman congelou no ato de limpar um copo com um pano tão sujo que parecia nunca ter sido lavado. Possivelmente, ele nunca tinha visto seu pub tão cheio.
— Oi. — disse Fred, alcançando o bar primeiro e contando seus companheiros rapidamente. — Poderíamos ter... Vinte e seis cervejas amanteigadas, por favor?
O barman olhou para ele por um momento, então, jogando seu trapo no chão com irritação, como se tivesse sido interrompido fazendo algo muito importante, ele começou a passar cervejas amanteigadas empoeiradas debaixo do balcão.
Em grupos de dois e três, os recém-chegados se acomodaram em torno de Harry, Charlie, Ron e Hermione, alguns parecendo bastante animados, outros curiosos; Luna Lovegood olhando sonhadoramente para o espaço. Quando todos puxaram uma cadeira, a tagarelice cessou.
— Uh, oi. — disse Hermione, sua voz um pouco mais alta do que o normal por causa do nervosismo; Charlie resistiu ao impulso de pegar a mão dela com medo de ser pega. — Bem, todos vocês sabem por que estamos aqui... Precisamos de um professor - um professor adequado. Então, pensei que seria bom se nós, bem, tomássemos o assunto em nossas próprias mãos.
Ela fez uma pausa, olhou de soslaio para Charlie em busca de segurança e continuou depois de ver o sorriso dele: — E com isso quero dizer aprender a nos defender adequadamente, não apenas na teoria, mas fazendo os feitiços reais...
— Mas você também quer passar no NOM de Defesa Contra as Artes das Trevas, aposto? — disse Michael Corner, que a observava atentamente.
— Claro que sim. — disse Hermione imediatamente. — Mas mais do que isso, eu quero ser devidamente treinada em defesa porque... Porque... — ela respirou fundo e terminou. — Porque Lord Voldemort está de volta.
Foi a primeira vez que ela disse o nome de Voldemort e foi isso, mais do que qualquer outra coisa, que fez Charlie sentir um imenso orgulho ao olhar para ela com admiração. As reações de todos os outros, no entanto, foram imediatas e previsíveis. Daphne gritou e derramou cerveja amanteigada sozinha; Terry Boot deu uma espécie de contração involuntária; Padma Patil estremeceu e Neville soltou um grito estranho que conseguiu transformar em tosse. Todos olharam fixamente, até ansiosamente, para Harry para ver se ele reagiria à palavra; mas Harry, como Charlie, estava totalmente orgulhoso de seu amigo por ter a coragem de dizer o nome de Você-Sabe-Quem.
— E esse é o plano. — Hermione terminou, sentindo-se bastante satisfeita consigo mesma. — Se vocês quiserem se juntar a nós, precisamos decidir como vamos...
— Onde está a prova de que Você-Sabe-Quem voltou? — perguntou Zacharias Smith com uma voz bastante agressiva.
Hermione, embora surpresa, disse: — Bem, Dumbledore acredita nisso...
— Você quer dizer que Dumbledore acredita nele. — disse Smith, acenando para Charlie. — Mas isso é esperado, não é? Quer dizer, ele é neto dele...
— E o que isso quer dizer? — Charlie questionou, um tanto rudemente.
— Só acho que temos o direito de saber o que te faz dizer que o Você-Sabe-Quem voltou. — defendeu Smith, sorrindo ligeiramente. — Não podemos simplesmente acreditar na sua palavra... Mas talvez se você nos contasse exatamente o que aconteceu naquela noite... Talvez até se entregasse a alguns detalhes? Acho que todos nós gostaríamos de saber...
— Olha. — Hermione entrou em pânico, intervindo rapidamente. — Não é sobre isso que esta reunião deveria ser...
— Não, está tudo bem, Mione. — Charlie assegurou, levantando-se. — Você quer os detalhes de como eu quase morri, é isso? — ele parou por um momento para lançar um olhar na direção de Smith antes de continuar: — Bem, eu não quero falar sobre isso, ok? Na verdade, eu nunca estaria disposto a reviver aquele dia enquanto eu viver. Então, se essa é a história pela qual você está aqui, pode muito bem ir embora agora.
Todo o grupo parecia ter prendido a respiração enquanto Charlie falava. Mas nenhum deles deixou seus assentos, nem mesmo Zacharias Smith, embora ele continuasse a olhar atentamente para os quatro. Harry, que estava tentando controlar seu temperamento, zombou em sua cadeira.
— Isso é ridículo. — disse ele amargamente. — Dumbledore contou para toda a escola o que aconteceu no ano passado, e se você não acreditou nele, não vai acreditar em nós, e não vou perder uma tarde tentando convencer ninguém.
Harry levantou-se, preparando-se para sair, quando a voz de alguém da multidão chamou sua atenção.
— É verdade que você pode produzir um Patrono Corpóreo, Harry?
Houve um murmúrio de interesse em torno do grupo com isso. As cabeças se voltaram para Elaina Dumont, que olhou para Harry com um sorriso comovente; ela estava tentando aliviar o clima. Charlie observou seu amigo de óculos corar levemente com a atenção da francesa - afinal, ela era muito bonita.
— Espero que você não se importe que eu pergunte. — Elaina continuou educadamente de seu assento. — É só que sou nova por aqui e só ouço as histórias...
— Bem, sim... Charlie também pode. — Harry disse, coçando a nuca nervosamente. — O meu tem a forma de um veado.
— Caramba, Harry! — disse Lee, parecendo profundamente impressionado. — Eu nunca soube disso!
— Charlie, você não matou um basilisco com aquela espada no escritório de Dumbledore? — exigiu Terry Boot; o olhar da multidão mudou. — Isso é o que um dos retratos na parede me disse quando eu estava lá no ano passado...
— Uh, sim, eu fiz, sim. — Charlie engoliu em seco; Hermione lançou-lhe um sorriso orgulhoso. — Harry me ajudou a prendê-lo.
Justin Finch-Fletchley assobiou; os irmãos Creevey trocaram olhares pasmos e Lavender Brown ficou boquiaberta.
— Em nosso primeiro ano. — disse Neville para o grupo em geral, — Harry salvou aquela Pedra Filosofal de Você-Sabe-Quem!
— E isso sem falar. — acrescentou Ginny, olhando para Harry, corando. — Lutando contra aqueles dementadores durante o verão sozinho!
Houve um murmúrio de concordância em torno da mesa.
— Espere. — Harry chamou, e todos ficaram em silêncio de uma vez. — E-eu não quero parecer que estou tentando ser modesto ou algo assim, mas... Eu tive muita ajuda com todas essas coisas... Dos meus amigos. — ele acrescentou a última parte depois de olhar para Charlie, Ron e Hermione.
— Esta é a sua maneira de nos dizer que você realmente não pode fazer nada? — rosnou Zacharias Smith. — Porque esta é uma maneira horrível de tentar nos convencer a entrar no seu pequeno clube.
— Tudo bem, já chega. — cuspiu Charlie amargamente, revirando os olhos. — Quem convidou o idiota?
— Meus pensamentos exatamente. — concordou Ron; ele e Charlie trocaram um olhar divertido antes que ele se voltasse para Smith. — Você pode calar a boca?
— Sim, bem. — Hermione disse apressadamente, tentando seguir em frente. — A questão é, nós concordamos que queremos ter aulas com Harry? E talvez, estarmos dispostos a tê-lo como nosso líder?
Houve um murmúrio de concordância geral. Zacharias cruzou os braços e não disse nada, ganhando um olhar de Charlie.
— Brilhante. — sorriu Hermione. — Agora, estou pensando que devemos nos encontrar pelo menos uma vez por semana... Mas a questão é, onde?
Esta questão era um pouco mais difícil; todo o grupo ficou em silêncio.
— Biblioteca? — sugeriu Katie Bell depois de alguns momentos.
— Eu não consigo ver Madame Pince muito feliz com a gente fazendo azarações na biblioteca. — Charlie riu.
Dean falou em voz alta: — Que tal uma sala de aula não utilizada?
— Muito arriscado. — disse Harry imediatamente. — Umbridge pode nos encontrar.
— Casa dos Gritos? — sugeriu Cho, parecendo esperançoso.
Mas Ron balançou a cabeça. — Não é grande o suficiente.
A multidão inteira parecia desanimada, quase como se tivessem ficado sem ideias.
— Certo, bem, vamos tentar encontrar algum lugar. — Hermione deu de ombros. — Vamos mandar um recado para todos quando tivermos hora e local para a primeira reunião.
Ela remexeu na bolsa e tirou um pergaminho e uma pena, depois hesitou, como se estivesse se preparando para dizer alguma coisa.
— Acho que todos deveriam escrever seus nomes, só para sabermos quem esteve aqui. Mas também acho... — ela respirou fundo. — Que todos devemos concordar em não gritar sobre o que estamos fazendo. Então, se você assine, você está concordando em não contar a Umbridge ou a qualquer outra pessoa o que estamos fazendo.
Fred e George pegaram o pergaminho e escreveram alegremente suas assinaturas, mas Charlie notou que várias pessoas pareciam nada felizes com a perspectiva de colocar seus nomes na lista. Isso foi, no entanto, até Elaina Dumont se levantar; cabeças girando em sua direção.
— O quê? Você tem algo melhor para fazer, não é? — ela sorriu para a multidão inquieta.
Elaina se adiantou, pegou a pena na mão e assinou o pergaminho, piscando para Harry no processo para mostrar apoio. A multidão atrás dela ainda chocada.
Zacharias Smith ainda não estava convencido. — E se Umbridge descobrir?
— C'est la vie. — Elaina deu de ombros, virando-se para retornar ao seu lugar. — E o que é a vida sem alguns riscos?
Ninguém levantou objeções depois disso, pois todos pareciam bastante inspirados pelas palavras de encorajamento de Elaina. Quando a última pessoa - Zacharias - assinou, Hermione pegou o pergaminho de volta e o segurou em suas mãos. Havia um sentimento estranho no grupo agora. Era como se tivessem acabado de assinar algum tipo de contrato.
— Perfeito. — sorriu Hermione. — Por último, mas não menos importante, acho que deveríamos ter um nome... Isso promoveria um sentimento de espírito de equipe e união, não acha?
Mais uma vez, houve um murmúrio de concordância; eles estavam cobrindo todas as bases para seu novo clube.
— Podemos ser a Liga Anti-Umbridge? — disse Angelina esperançosa.
— Que tal, O Ministério da Magia são idiotas? Triplo M para abreviar. — sugeriu Fred; este fez Charlie rir.
— Eu estava pensando. — disse Hermione, franzindo a testa para Fred. — Mais um nome que não disse a todos o que estávamos fazendo, então podemos nos referir a ele com segurança fora das reuniões.
— A Associação de Defesa? — sugeriu Elaina. — Abreviando o promotor, então ninguém sabe do que estamos falando?
— Sim, o promotor é bom. — concordou Charlie. — Apenas vamos fazê-lo representar a Armada de Dumbledore, porque esse é o pior medo do Ministério, não é?
Houve uma boa dose de murmúrios apreciativos e risos sobre isso.
— Todos a favor do promotor? — disse Hermione com orgulho, levantando-se de seu assento para contar. — Essa é a maioria - a moção foi aprovada!
Ela pegou o pedaço de pergaminho com todas as assinaturas e escreveu no topo em letras grandes:
ARMADA DE DUMBLEDORE
— Bem, isso resolve então. — Hermione dispensou, levantando-se depois de colocar o pergaminho de volta em sua bolsa. — Obrigada por terem vindo!
Em duplas e trios, o grupo se despediu. Elaina foi uma das últimas a se levantar, mas não saiu antes de se despedir dos quatro; Ginny a observava de perto enquanto ela se despedia de Harry. Logo, o Cabeça de Javali estava tão vazio quanto antes dos alunos chegarem.
— Bem, acho que correu muito bem. — disse Hermione alegremente, enquanto ela, Charlie, Harry e Ron saíam para a luz do sol alguns momentos depois; os meninos ainda seguravam suas garrafas de cerveja amanteigada.
— Aquele Zacarias é um chato. — murmurou Ron, que estava olhando com raiva para a figura de Smith, apenas discernível à distância.
— Eu também não gosto muito dele. — admitiu Hermione. — Mas ele me ouviu conversando com Ernie e Hannah na mesa da Lufa-Lufa e ele parecia muito interessado em vir, então o que eu poderia dizer? Mas quanto mais pessoas, melhor, certo?
— Certo. — Charlie sorriu antes de drenar as últimas gotas de sua garrafa de cerveja amanteigada.
Sem perceber, eles viraram na High Street, passando pela Scrivenshaft's Quill Shop, seguindo na direção da Zonko's Joke Shop quando de repente, Hermione parou, olhando para uma placa em particular exibida no canto distante.
Charlie seguiu os olhos dela, lendo o sinal em voz alta em sua cabeça:
'O lugar mais assombrado da Grã-Bretanha.'
CUIDADO!
A Casa dos Gritos.
Localizado à frente.
— Hmm... — murmurou Hermione, lançando um olhar discreto para Charlie. — Sabe, acabei de me lembrar... Tenho que pegar algumas coisas para a escola, vejo vocês mais tarde.
Ela falou em um tom de voz peculiar, seus olhos correndo para o namorado como se ela estivesse insinuando algo, antes de se virar para subir a estrada. Levou alguns segundos para Charlie perceber que ela queria que ele a seguisse.
— Certo então. — Ron disse enquanto Hermione desaparecia, incitando Harry e Charlie para o Zonko's. — Vamos dar uma olhada lá dentro, não é? Fred e George disseram que têm um monte de coisas novas!
— Vocês vão na frente. — Charlie chamou apressadamente, se afastando do aperto de Ron. — Eu, uh, queria ir para Honeydukes e... Uh, pegar alguns doces para o meu avô.
Ron franziu as sobrancelhas. — Por que você não espera por nós? Iremos com você...
— Não, está tudo bem. — Charlie disse bruscamente, ganhando olhares confusos de seus amigos. Pensando rapidamente, ele continuou. — Eu sei como vocês são no Zonko's, teremos que sair quando você terminar lá - eu vou dar uma passada no Honeydukes sozinho, se estiver tudo bem.
— Sim, suponho que você esteja certo. — Harry deu de ombros. — Vamos falar com você mais tarde, então?
Charlie acenou com a cabeça e, embora não estivesse totalmente convencido, Ron caminhou atrás de Harry em direção à loja de piadas. O monitor da Grifinória esperou, observando pelas janelas até que seus amigos parecessem ocupados antes de partir na direção de Hermione em direção à Casa dos Gritos. Passando por Honeydukes completamente, Charlie continuou andando pela rua principal antes de virar à direita em direção aos arredores da vila.
Subindo a colina, a área de observação da infame Casa dos Gritos era exatamente como ele se lembrava; isolado e tranquilo, com uma visão clara do prédio assustador, com janelas fechadas com tábuas e um jardim coberto de vegetação. Desta vez, porém, a área não estava deserta; era ocupado por uma única pessoa de costas para Charlie, que por acaso era a pessoa que ele procurava - sua linda namorada.
Sorrindo amplamente para si mesmo, Charlie rastejou atrás de Hermione antes de envolver os braços em volta da cintura dela. — Oi, querida.
Embora assustada no início, Hermione levou um único segundo para perceber quem era, e depois que ela percebeu, ela se aninhou em seu abraço, recostando-se contra ele.
— Você demorou bastante. — ela sussurrou, fechando os olhos enquanto Charlie movia seu cabelo para trás para colocar beijos em seu pescoço.
— Ron não conseguiu entender. — ele murmurou contra a pele dela, causando arrepios em sua espinha. — Mas eu estou aqui agora.
Hermione sorriu, movendo suas mãos sobre as dele, posicionando-as ao redor de sua própria cintura. Charlie se moveu para dar um beijo final em sua bochecha antes de colocar a cabeça na curva de seu pescoço, olhando para a visão na frente deles. Eles ficaram em silêncio por um momento, simplesmente curtindo a companhia um do outro até que Hermione falou.
— É bizarro, não é? — ela sussurrou; As orelhas de Charlie se aguçaram. — Dois anos atrás, eu estava aqui com você, completamente inconsciente do que estava acontecendo entre nós... E agora estamos juntos.
— Pelo contrário, acho que foi a coisa mais natural que poderia ter acontecido. — Charlie sorriu com orgulho. — No fundo, sempre acreditei que acabaríamos juntos de alguma forma.
— Sério? — Hermione brincou. Ela mudou de posição (eles agora estavam frente a frente, os braços em volta do pescoço dele) antes de acrescentar: — Bem, você com certeza demorou para agir de acordo com essa sua teoria, não é?
— Coisas boas levam tempo. — brincou Charlie. — E caso você tenha esquecido, eu era meio idiota naquela época.
— Você ainda é um idiota. — corrigiu Hermione com um sorriso brincalhão. Sufocando uma risada quando um beicinho apareceu no rosto de Charlie, ela acrescentou: — Mas você é meu.
— Isso eu sou. — Charlie disse docemente, sua carranca desaparecendo, antes que ele se inclinasse para conectar seus lábios em um leve beijo.
Hermione se afastou primeiro porque ela deixou um sorriso se formar em seus lábios. Ela encostou a testa na dele enquanto dizia suavemente: — Eu te amo tanto.
O menino sorriu, resistindo à vontade de gritar seu desejo mais profundo o mais alto possível. Ele se conteve, pensando no que sua admissão poderia significar no futuro. Em vez disso, Charlie se inclinou novamente e capturou seus lábios com imensa paixão; provando mais uma vez que as ações podem falar muito.
No fundo, Hermione tinha que admitir que não ouvir as palavras saírem de seus lábios a fazia se sentir um pouco duvidosa, mas toda vez que ela se sentia assim, as ações de Charlie provavam o quanto ele significava para ela. É por isso que ela estava sendo tão fácil com a coisa toda - se ele não estivesse pronto, ela não iria forçá-lo.
— Será que você talvez queira chegar um pouco mais perto? — Charlie imitou, relembrando seu encontro anterior na Casa dos Gritos, quando eles se separaram mais uma vez.
— Para a Casa dos Gritos? — Hermione brincou, acompanhando a piada. — Você sabe, eles dizem que é o lugar mais assombrado da Grã-Bretanha.
— Oh sim? — Charlie cantarolava, divertindo-se com suas brincadeiras lúdicas.
— Mhm. — afirmou Hermione antes de rir, incapaz de segurá-la, na boca de Charlie e então, conectar seus lábios novamente.
Sem reclamar, Charlie pressionou seus lábios firmemente contra os dela, puxando-a para mais perto pela cintura. As mãos de Hermione correram pelo cabelo dele enquanto ela aprofundava o beijo. Cada vez que eles se beijavam, era mais significativo, mais poderoso e mais amoroso... Se isso fosse possível; era como se o gosto dos lábios um do outro fosse algo do qual eles não se cansassem.
Hermione moveu a mão para baixo e apertou os punhos na camisa dele, puxando-o com mais força contra ela. Charlie gemeu baixinho, baixo em sua garganta, enquanto Hermione o beijava com força, com algum tipo de paixão saborosa.
— Espere, espere, espere. — Charlie ofegou, recuando antes que eles se empolgassem demais. — Não podemos fazer isso aqui.
Embora ela gemesse levemente com a perda de contato, Hermione parecia concordar. — Sim, você está certo... — ela murmurou contra os lábios dele, acrescentando. — Mas quando poderemos?
— Hoje à noite. — Charlie sorriu de uma vez. — Depois de nossas rondas de monitores... Tudo bem?
— Parece perfeito. — Hermione gritou sem hesitar; era a prova de quanto ela amava Charlie, que ela estava tão disposta a desrespeitar as regras da escola para ficar com ele.
Charlie sorriu, suas covinhas acentuando seu sorriso enquanto ele olhava nos olhos de sua namorada; os dois já estavam contando as horas até que pudessem ficar sozinhos novamente. Ele colocou um último beijo casto nos lábios dela antes de unir suas mãos, puxando-a de volta para baixo da colina para que eles pudessem se encontrar com seus colegas de classe, que estavam se preparando para sair.
Desvinculando as mãos antes que alguém os notasse, Charlie e Hermione se encontraram com Ron e Harry na multidão enquanto caminhavam de volta para Hogwarts.
— Ei. — Ron disse para Charlie, olhando para ele com curiosidade. — Onde estão suas coisas da Dedosdemel?
— Eu, uh. — Charlie gaguejou; Os olhos de Ron agora piscaram para uma Hermione corada, que estava tentando lutar contra o sorriso em seu rosto. — Percebi que havia esquecido meu dinheiro em nosso dormitório - não consegui nada.
— Certo. — Ron murmurou, ligeiramente desconfiado. — Isso é muito ruim então.
— Sim, eu acho. — Charlie deu de ombros antes de tentar mudar de assunto apressadamente. — Então, trinta pessoas se inscreveram no total, certo?
Hermione acenou com a cabeça, — Sim, mas isso é conosco incluído.
— Onde diabos vamos colocar trinta pessoas? — Harry sussurrou, parecendo bastante exasperado.
Charlie encolheu os ombros enquanto eles passavam pelos javalis alados que bloqueavam a entrada mais uma vez. — Nós vamos descobrir algo... Nós sempre fazemos, não é?
Seus amigos concordaram vigorosamente com a cabeça, mas mal sabiam os quatro núcleos, uma mulher curiosa estava espiando pela varanda acima da entrada do castelo, ouvindo atentamente cada palavra que eles diziam...
★
Às quinze para as dez horas, Charlie e Hermione saíram da sala comunal da Grifinória. Eles estavam programados para patrulhar os corredores do primeiro andar esta noite, procurando por estudantes que poderiam estar vagando tarde após o toque de recolher.
O sol havia se posto, deixando nada além da luz da lua para espreitar pelas janelas enquanto os dois monitores da Grifinória caminhavam pelos corredores. No entanto, o céu estava coberto por grandes nuvens escuras - parecia que ia chover. As velas foram acesas nas paredes, brilhando apenas o suficiente para eles verem o que estava à sua frente; o castelo parecia, por falta de palavra melhor, mágico depois que o sol se punha.
— Eu sempre amei o castelo à noite. — Charlie admitiu em um sussurro enquanto caminhava ao lado de sua namorada. — Desde que eu era pequeno.
— Como foi isso? — Hermione sorriu, intrigada. — Crescer aqui, quero dizer.
— Muito estranho, para ser honesto, — Charlie riu. — Mas eu adorei de qualquer maneira - sempre havia algo novo para explorar. Inferno, provavelmente ainda há lugares neste castelo que eu ainda não vi.
— Tenho certeza que você encontrou outras maneiras de se divertir. — Hermione brincou, rindo um pouco. — Eu aposto que você conhece este castelo melhor do que a maioria.
— Oh, absolutamente. — Charlie sorriu, sentindo-se um pouco orgulhoso de si mesmo enquanto olhava ao redor, observando as muralhas do castelo. — Aposto que poderia dar a Hogwarts: Uma História uma corrida pelo seu dinheiro.
— Sério? — Hermione brincou. — E eu devo acreditar na sua palavra, não é?
Charlie sorriu maliciosamente, agindo como se um desafio tivesse sido lançado para ele. Em segundos, ele pegou a mão de Hermione e puxou-a para frente, indo em direção às grandes portas de entrada que levavam para fora.
— Uh, onde estamos indo? — perguntou Hermione, um pouco surpresa, mas não protestou. — Que tal patrulhar os corredores?
— Ninguém que está fugindo depois do toque de recolher seria burro o suficiente para ser encontrado no primeiro andar. — Charlie riu, olhando para o relógio. — Eu quero te mostrar uma coisa. — quando eles chegaram às portas, ele se virou para Hermione, suas mãos ainda entrelaçadas, enquanto ele olhava nos olhos dela. — Você confia em mim?
Hermione assentiu timidamente, sem hesitar. Charlie sorriu antes de se virar e abrir as portas do Hall de Entrada, apenas o suficiente para os dois escaparem para o terreno da escola. À noite, o gramado em frente ao castelo se transformava em uma gruta cheia de luzes de fadas - o que significa que centenas de fadas vivas reais estavam sentadas nas roseiras que haviam sido conjuradas ali e esvoaçando sobre as estátuas de gárgulas.
Charlie conduziu Hermione apressadamente pelas estufas, onde aconteciam as aulas de Herbologia, e pelas hortas até os arredores das árvores que cercavam a propriedade; localizado entre o Lago Negro e a casa de barcos.
— Charlie, o que...
Hermione parou enquanto dava mais alguns passos, apenas para ser conduzida a uma clareira, onde uma doca velha e de aparência pacífica se erguia como a ponte entre a água e a terra. A doca parecia incrivelmente desgastada, mas resistente, como se estivesse lá há anos, mas era ignorada pelas árvores que a bloqueavam aos olhos do público.
A única luz visível era a luz da lua refletida na água e, no entanto, a área estava iluminada por um brilho reconfortante e romântico. Charlie ficou para trás e observou sua namorada dar um passo à frente, observando a vista diante dela. A doca secreta não era muito conhecida, veja bem, poucas pessoas sabiam sobre ela, mas Charlie sentiu que era algo que Hermione apreciaria.
— É lindo. — Hermione suspirou maravilhada. — Como você...
— Achei quando era criança. — Charlie disse suavemente, respondendo a pergunta que ainda não havia sido finalizada. — Eu costumava vir aqui e ler o tempo todo - era um lugar onde eu poderia clarear minha cabeça.
— Por que você está mostrando para mim? — perguntou Hermione, sentindo-se um pouco indigna de repente. — Quero dizer, estou incrivelmente lisonjeada, mas não posso deixar de sentir que estou me intrometendo em algo que é especial para você.
Charlie olhou para Hermione com curiosidade por um momento, um pouco surpreso ao saber por que ela pensaria tal coisa. Ele a viu se mexer desajeitadamente sob seu olhar; suas inseguranças visíveis em seu rosto. Agindo rapidamente, Charlie avançou segurando o rosto dela entre as mãos para fazê-la olhá-lo nos olhos.
— Ei. — ele chamou em um sussurro reconfortante; Os olhos de Hermione irradiando interesse. — Você é especial para mim, você sabe disso, não é? — ele a observou derreter em suas mãos, balançando a cabeça, antes de encostar a cabeça na dela, sussurrando. — Hermione.
Os ouvidos de Hermione imediatamente se aguçaram, e qualquer sensação de ansiedade que ela sentiu momentos antes, evaporou com o sussurro de seu nome. Ela não sabia explicar, mas em seu coração sentia uma quantidade imensa de amor por como seu nome agora caía dos lábios dele; possivelmente porque ela sabia do significado mais profundo por trás disso. Embora não fossem as três palavras que ela desejava ouvir, ela sabia que pretendia significar o mesmo.
— Charlie. — ela sussurrou, retribuindo a mesma firmeza e confiança em seu amor que ele.
Seu namorado sorriu largamente como se nunca se cansasse de ouvir sua voz. Suas entranhas gritavam com ele, dizendo-lhe para admitir que não apenas estava perdidamente apaixonado pela garota à sua frente, mas também via seu futuro com ela e somente ela - mas era aí que residia seu problema. Se ele tivesse um futuro com Hermione, seu pai nunca poderia descobrir a verdade; Charlie tinha pesadelos com a reação do Ministro ao ver seu filho apaixonado por uma nascida trouxa...
E é por isso que ele saboreou cada momento que pôde com Hermione, agindo como se fosse o último todas as vezes. Especialmente momentos como este, onde eram apenas os dois em seu próprio mundinho. Charlie se inclinou para conectar seus lábios em um beijo suave e demorado antes de se separar e se mover para a beira do cais, puxando Hermione junto com ele.
Ambos se sentaram um ao lado do outro, com as pernas penduradas na borda enquanto olhavam para a água. Charlie passou um braço ao redor de Hermione, puxando-a para perto e colocando beijos suaves em sua testa. Hermione se derreteu em seu abraço, encontrando o máximo conforto em seus braços.
Esses foram os bons momentos; os que importavam. Charlie não sabia explicar, mas sempre que estava com Hermione, ela o fazia esquecer todos os seus problemas. Sua mente, coração e alma foram totalmente consumidos por ela e somente ela; ainda assim, ele não parecia se importar. Em vez disso, ele se considerava o cara mais sortudo do mundo enquanto olhava para a direita, sua boca ligeiramente aberta com a beleza que estava sentada ao lado dele; a luz da lua refletia no rosto de Hermione e acentuava suas feições em um lindo brilho.
Eu sou tão sortudo, ele pensou, ela é toda minha.
O céu escureceu; as nuvens se juntando, preparando-se para chover, e ainda assim a lua ainda espreitava, tornando sua presença conhecida.
— Eu acho que vai chover. — Charlie sussurrou, e Hermione cantarolou em seu peito.
— Espero que sim. — ela admitiu com um suspiro de satisfação. — Sempre gostei de chuvas.
Charlie ficou intrigado, voltando seu olhar para sua namorada, sorrindo. — Por quê?
— Não faço ideia. — ela riu baixinho. — Eles sempre pareceram tão românticos para mim... Toda garota quer um beijo na chuva, assim como nos filmes.
— Sério? — Charlie disse, um sorriso divertido se curvando em seus lábios enquanto ele descansava sua cabeça contra a dela.
Hermione acenou com a cabeça em seu peito; ela estava sorrindo tanto que suas bochechas começaram a doer. Ela não queria nada mais do que ficar neste momento, com Charlie. Hermione o amava mais do que ela jamais imaginou ser humanamente possível e em seus braços era onde ela se sentia em casa...
Charlie suspirou, puxando-a de seus pensamentos, enquanto olhava para o relógio. — Nós provavelmente deveríamos ir, está tarde.
— Nããão. — Hermione disse lentamente, enterrando a cabeça ainda mais em seu peito e fazendo beicinho. — Só mais um pouco.
— Ok. — Charlie cedeu, pressionando os lábios na testa dela mais uma vez; ele secretamente não queria que esse momento acabasse também. — Mais alguns minu...
Ele foi interrompido quando o céu começou a chover, a chuva caindo forte como se estivesse na fila. O trovão ressoou alto à distância, a tempestade ativando-se com toda a fúria, os ventos chicoteando a chuva em círculos.
— Nós definitivamente deveríamos entrar agora. — Charlie riu, agora completamente encharcado, enquanto se levantava, puxando Hermione para se levantar junto com ele.
Os dois riram juntos enquanto corriam sob a chuva de volta ao castelo, a brisa fria subindo por suas peles. Houve um trovão novamente, alto como sempre, quando eles alcançaram a gruta de luzes mágicas. Com as mãos entrelaçadas, Charlie abriu caminho em direção à porta, mas ficou confuso ao sentir um puxão em seu braço. Quando ele parou e se virou, ficou surpreso quando um par de lábios caiu apaixonadamente sobre os dele.
Levando um segundo para processar isso, Charlie colocou as mãos em volta da cintura de Hermione enquanto eles se agarravam sem pensar na chuva. Gotas de chuva caíam em seus rostos, mas eles não pareciam se importar. Charlie podia jurar que seu coração batia mais forte do que o trovão à distância.
A ânsia de amor estava incrustada no ar enquanto Hermione aprofundava o beijo, passando as mãos pelos cabelos molhados dele. A chuva caía sobre eles; as roupas estavam grudadas em seus corpos, o cabelo estava grudado em seus rostos, mas seus corpos estavam grudados um no outro. Eles se beijavam como se tivessem inveja das gotas de chuva caindo dos lábios um do outro... Sem se importar com o ar frio cortando suas peles, já que o beijo deles tinha o poder de acender um fogo dentro deles.
Eles se separaram apenas quando ficaram com falta de ar, a chuva os encharcando completamente enquanto eles descansavam suas cabeças um contra o outro. Os olhos de Charlie permaneceram fechados por um segundo depois de se afastarem, chocado com a sensação avassaladora que sentia naquele momento; parecia um sonho.
Se você acredita que a perfeição não existe, beije o amor da sua vida na chuva e tenho certeza que você mudará de ideia...
— Foi como você imaginou? — Charlie perguntou suavemente, abrindo os olhos para olhar para ela.
— Não. — Hermione cantarolou satisfeita, sorrindo mais do que nunca. — Foi muito melhor.
— Estou feliz. — Charlie sussurrou, colocando um beijo suave em sua bochecha antes de puxá-la para a porta novamente enquanto a tempestade continuava.
Os dois estavam sorrindo como um casal de adolescentes apaixonados enquanto caminhavam de volta pelo castelo, arrastando água pelos corredores. A escola inteira estava completamente sucumbida ao silêncio, pois já passava da meia-noite e todos aparentemente tinham ido dormir.
Hermione e Charlie tentaram se esgueirar de volta para a Torre da Grifinória sem fazer barulho, mas pararam no corredor com o retrato da Mulher Gorda quando avistaram a Sra. Norris esperando por eles. Em pânico, os dois monitores olharam para o gato, sabendo que onde quer que Mrs. Norris estivesse, Filch não estava muito longe.
— Oh merda. — Charlie xingou baixinho; Hermione visivelmente tensa. Pensando rapidamente, ele puxou sua namorada de volta para as escadas. — Vamos!
Eles podiam ouvir o tamborilar das patas de Sra. Norris no chão atrás deles enquanto corriam; esse maldito gato foi inflexível em denunciá-los. Charlie e Hermione continuaram correndo, fazendo todas as curvas que podiam encontrar e subindo e descendo escadas, tentando despistar o gato patrulha no processo. Sem perceber, eles subiram até o sétimo andar.
— Espere, espere. — Hermione ofegou, parando no corredor; Charlie se virou para olhar para ela. — Não podemos continuar fugindo daquele gato estúpido a noite toda, precisamos de um lugar para nos esconder!
Charlie concordou e olhou em volta. Eles chegaram a um trecho de parede em branco oposto a uma enorme tapeçaria retratando a tentativa tola de Barnabas, o Excêntrico, de treinar trolls para o balé.
— Não há para onde ir. — ele sussurrou, puxando gentilmente o braço de Hermione mais uma vez. — Vamos apenas continuar...
— Espere, Charlie, olhe! — Hermione chamou novamente, seus olhos fixos em uma porta altamente polida que apareceu magicamente na parede.
— Que diabos...
Sem pensar duas vezes, Hermione estendeu a mão, agarrou a maçaneta da porta, abriu a porta e abriu caminho para uma sala espaçosa e aconchegante, iluminada com chamas dançando em uma lareira contra a parede.
A sala parecia uma cabana, com altas paredes de madeira e grandes janelas, contra as quais a chuva batia do lado de fora. Era definitivamente um ambiente aconchegante com grandes sofás marrons ao redor da lareira de tijolos... Mas certamente não era como qualquer outra sala do castelo que Charlie já tinha visto antes.
— O que é este lugar? — Hermione respirou em admiração, caminhando lentamente.
— Eu acho... — Charlie parou por um momento, olhando em volta enquanto fechava a porta atrás deles. — Que esta é a Sala Precisa, mas não tenho certeza... Eu me lembro do meu avô falando sobre isso no Baile de Inverno.
As orelhas de Hermione se aguçaram, sua boca escancarada. — Eu já li sobre isso antes... Também é conhecida como a Sala Vai e Vem. Ela só deveria aparecer, equipada com as necessidades do buscador, quando as pessoas têm uma necessidade real de isto...
— E nós fizemos. — Charlie acrescentou, um pouco surpreso. — Precisávamos de um esconderijo, e... — ele parou, apontando para suas roupas molhadas. — Um lugar para secar.
— Acho que sim. — sussurrou Hermione, claramente imersa em pensamentos. — Você acha que parece para nós usarmos como um lugar para as aulas de AD?
Charlie sorriu; ela estava sempre pensando um passo à frente: — Não vejo por que não.
— Isto é perfeito! — gritou Hermione, apertando a mão de Charlie com entusiasmo.
— Sim, é. — concordou Charlie, destravando suas mãos para pegar uma colcha da parte de trás do sofá antes de acrescentar. — Mas isso é algo para se preocupar amanhã, até então, no entanto, eu recomendo que nos sequemos.
Hermione deu uma risadinha antes de concordar, acenando com a cabeça enquanto seguia o namorado pelos sofás. Charlie tirou o moletom e o jogou do outro lado da sala enquanto os dois se sentavam no tapete perto do fogo. Cruzando as pernas, Hermione ajustou a colcha até ficar confortável e observou as chamas dançantes. Charlie se aninhou nela, mas observou as gotas de chuva fluindo em correntes verticais nas janelas.
— Está uma tempestade e tanto. — ele disse suavemente, e sentiu a cabeça de Hermione virar contra ele; ela havia seguido seus olhos.
— Eu amo isso. — ela cantarolou, aninhando-se na curva do pescoço dele. — É romântico.
— Eu tenho que concordar. — Charlie sorriu, suspirando contente quando ele colocou os braços em volta da cintura dela.
Sentindo falta da sensação de seus lábios, Charlie se inclinou, inclinando a cabeça de Hermione para beijá-la gentilmente... E o que começou como um beijinho inocente, seria o começo de algo além do autocontrole. Ele segurou o lado do rosto dela com a mão, beijando-a gentilmente enquanto sentia cada respiração subindo lentamente em seu peito, tentando tanto lutar contra o desejo de querer sentir o corpo dela no dele.
Mal sabia ele, a mesma paixão ardente estava crescendo dentro de Hermione, pois ela podia prever que esse encontro terminaria semelhante a seus incontáveis abraços íntimos... Se não, ainda mais...
Hermione pegou Charlie de surpresa quando se moveu para montá-lo, deixando a colcha que a envolvia cair no chão, aprofundando o beijo em um movimento rápido.
Afastando-se para se certificar de que ele estava confortável, ela pegou Charlie olhando para ela com espanto, seus lábios ligeiramente entreabertos; Hermione sentiu suas bochechas corarem. Ele estava olhando para ela como se ela fosse a primeira estrela que já apareceu no céu, como um milagre pintado na face do mundo que ele mal podia acreditar.
— Eu te amo. — ela sussurrou contra os lábios dele antes de beijá-lo novamente - um beijo que deixaria o menino atordoado por um momento.
Voltando a si rapidamente, Charlie retribuiu a mesma paixão que ela tinha. Houve um beijo duro, quente, intenso, uma mordidela em seu lábio inferior e o choque de línguas, ambos pressionando o mais forte que podiam para se aproximar. Eles estavam colados, pele e tecido, uma mistura inebriante do frio da chuva, o calor de seus corpos e o deslizamento sem fricção da pele úmida.
O mundo parecia um sonho quando ela se afastou dele, a luz do fogo iluminando seu rosto. Sem falar, Hermione começou a puxar a bainha de sua camisa molhada. Charlie congelou por um momento, sentindo prazer na forma como os dedos dela roçaram sua pele, e então sua namorada sorriu suavemente para ele antes de puxar a camisa completamente sobre sua cabeça, deixando seu torso nu.
Hermione deixou suas mãos vagarem ao redor de seu corpo enquanto ela empurrava seus quadris para frente, rolando-os contra ele. Charlie sufocou um gemido beijando seus lábios, sua bochecha e até seu pescoço, deixando a umidade de sua boca lá para permanecer onde quer que seus lábios tocassem. Ela pegou as mãos dele e levou-as aos quadris, e um gemido subiu em sua garganta quando ele tocou suavemente sua pele sob o tecido fino de sua camisa.
Levando isso em frente, ele levantou a blusa dela, passando os dedos lentamente pela barriga dela antes de levantar os braços e tirá-la. Hermione sentiu falta de ar quando as mãos dele gentilmente acariciaram suas costas, seus braços, seus ombros, e ela sentiu seus corpos aquecidos pressionados um contra o outro, pele contra pele.
Parecia tão certo que os dois estivessem lá. Tudo parecia certo. Os dois juntos, o fogo, a tempestade - não poderia ter sido mais perfeito. Charlie separou seus lábios para levantá-la, ainda segurando suas coxas, abaixando-a suavemente no chão em cima da colcha que ela havia soltado. Ficaram ali, perto do fogo, e o calor fazia o ar parecer denso. Hermione passou as mãos pelo cabelo dele enquanto ele se mantinha acima dela, os músculos do braço rígidos pelo esforço.
Ela esticou o corpo, tentando alinhar-se com ele, e viu seus olhos escurecerem enquanto a observava. Ela deixou seus olhos vagarem sobre ele, absorvendo o que era familiar e o que não era; o alargamento de seus ombros, a curva de sua cintura, as cicatrizes em sua pele... Seu olhar mergulhou mais baixo...
Charlie seguiu o olhar dela, suas bochechas rosadas enquanto ele ria, uma voz baixa e escura.
— É um pouco injusto. — ele disse ofegante. — Que você possa dizer o quanto quer isso só de olhar para mim e eu não posso dizer o mesmo sobre você.
Hermione se mexeu sob ele. Seus corpos rasparam juntos e o pulso de Charlie saltou, suas mãos cavando no tapete de cada lado dela.
— Olhe para mim. — ela sussurrou.
Seus olhos estavam semicerrados; ele os abriu bem agora, e olhou para ela. Havia fome naqueles olhos que Hermione amava, uma fome devoradora que fazia seu coração bater mais rápido.
— Olhe para mim. — ela repetiu, e seus olhos a percorreram, observando a visão abaixo dele com tanto amor e admiração. Ele arrastou os olhos de volta para o rosto dela; fixaram-se em sua boca.
— Eu quero você. — ela disse em voz baixa, acariciando o lado do rosto dele; Charlie podia jurar que seu coração parou. — Eu confio em você, baby, e eu quero isso... Eu sempre quis. — ela o beijou, devagar e com força, antes de acrescentar: — Eu quero, se você quiser.
Charlie engoliu em seco, seus olhos queimando com antecipação enquanto ele sussurrava. — Você tem certeza?
Ela podia ouvir a preocupação em sua voz e viu a hesitação em seus olhos, e então, Hermione levantou-se e envolveu as pernas em torno de seus quadris, inclinando-se para pressionar seus lábios nos dele em uma tentativa de confirmação.
Charlie se afastou, pressionando seu rosto quente em sua garganta, sua respiração irregular. — Eu não vou conseguir parar...
— Então não pare. — ela sussurrou, apertando-o ainda mais. — Eu não quero que você pare.
E com um grunhido Charlie tomou sua boca novamente, quente e exigente, sugando seu lábio inferior em sua boca, sua língua deslizando contra a dela. Ela o provou em sua boca, o sal de suor e chuva. Sua língua explorou sua boca antes de descer por sua garganta; ela sentiu um calor úmido na cavidade de sua clavícula e quase gritou de prazer. Em vez disso, ela o agarrou, passando as mãos pelos músculos definidos das costas enquanto beijava todos, desde a orelha até o pescoço.
Quando as mãos de Charlie deslizaram por baixo de seu sutiã para segurar seus seios, ela engasgou com a sensação, então sussurrou quando ele congelou, seus olhos questionando. — Está tudo bem, continue.
Tomando isso como uma resposta viável, Charlie abriu a frente e o sutiã abriu e por um momento ele olhou com admiração, fazendo Hermione corar incontrolavelmente.
Charlie se inclinou para trás para sussurrar contra seus lábios, — Você é perfeita, baby. — ele arrastou beijos da boca dela até o umbigo entre os seios. — Perfeição absoluta.
E quando ela abriu a boca para responder, Hermione gritou ao sentir a boca dele em seus seios. Ela colocou a mão sobre a boca, mas ele estendeu a mão e a afastou.
— Eu quero ouvir você. — disse ele, e não era uma exigência, mas um desejo baixo; Hermione assentiu e enterrou as mãos no cabelo dele.
Charlie levantou a cabeça, olhando para a porta, e sussurrou: — Muffliato. — Quando Hermione riu embaixo dele, ele sorriu e disse. — Só por precaução.
Com isso, ele moveu a cabeça de volta para o corpo dela. Charlie beijou seus ombros e seios, sua barriga, seus quadris; ele a beijou em todos os lugares enquanto ela ofegava e se movia contra ele de maneiras que o faziam gemer e implorar para ela parar ou tudo acabaria cedo demais. Hermione riu entre os suspiros, disse a ele para continuar, enquanto tentava se segurar, mas era impossível.
Então, quando chegou a hora, as mãos dele desceram pelo corpo dela, atrapalhando-se com o cós da calça jeans. Charlie parou antes de tirar cada peça de roupa de qualquer um deles, perguntando-lhe com olhos e palavras se ele deveria continuar, e a cada vez ela assentiu e disse: — Sim, continue, sim.
E quando finalmente não havia nada entre eles além de pele, Hermione acalmou as mãos, pensando que não havia como estar mais perto de outra pessoa do que isso. Ela moveu os olhos para baixo, para seu pênis longo e endurecido, e corou e sorriu maliciosamente... Ela amava o efeito que ela tinha sobre ele. Hermione sentiu os músculos de Charlie flexionarem quando ele estendeu a mão atrás dela para pegar algo, vasculhando seu jeans esquecido.
— Espero ter trazido minha carteira. — disse ele, com a voz trêmula. — Eu deveria ter um aí...
De repente tudo parecia muito real; Hermione engasgou e estendeu a mão para pegar a mão dele. — Espere.
Charlie ficou imóvel. Sua mão livre estava embalando sua cabeça, seus cotovelos afundados profundamente no tapete de cada lado dela, mantendo seu peso fora de seu corpo. Todo ele estava tenso e trêmulo, e as pupilas de seus olhos estavam arregaladas, a íris apenas uma borda dourada. — Algo está errado?
— Não, é só. — Hermione parou, procurando as palavras certas. — Eu sei como preparar uma poção anticoncepcional, então você não precisa... — ela parou de falar novamente quando os olhos de Charlie brilharam sobre ela. — Eu quero sentir você. — ela baixou a voz em um sussurro sensual.
Charlie ficou boquiaberto com sua ousadia; se ele não estava ereto antes, com certeza estava agora. Mas, sendo o cavalheiro que éramos, ele ainda tinha que se certificar de que era realmente o que ela queria.
— Tem certeza?
Hermione assentiu instantaneamente, falhando em hesitar e alcançando o rosto dele mais uma vez.
— Absolutamente. — ela sussurrou contra seus lábios; a voz dela fez os cabelos da nuca dele se arrepiarem. — Mostre-me o quanto você me ama, Charlie.
Sem ter que ser dito duas vezes, Charlie abaixou-se e esfregou levemente seu peito contra ela, e Hermione sentiu seu corpo responder com antecipação.
Suas mãos tremiam, mas eram rápidas e habilidosas em seu corpo, toques leves fazendo Hermione querer mais e mais até que ela o empurrou e puxou, incitando-o contra ela com o apelo mudo de dedos, lábios e mãos.
Ele fez isso até que ela não aguentou mais, e no momento final, quando eles se alinharam, Hermione o pressionou para continuar, envolvendo-se nele, não o soltando.
— Charlie. — ela sussurrou, e ele abaixou a cabeça para beijá-la enquanto cuidadosamente começava a entrar.
Quando eles finalmente se uniram como um só, Hermione gritou de prazer e pressionou os dedos com força nas costas dele. Ela enterrou o rosto em seu pescoço e o sentiu profundamente dentro dela, sentindo sua força e suavidade. Tantas vezes antes, seu corpo havia sido quebrado e machucado, mas agora ela deixou tudo desaparecer, deixando seu corpo se lembrar de que também era uma coisa que poderia dar prazer a ela e à pessoa que ela mais amava no mundo.
— Eu te amo. — ela gemeu, com as mãos em seu cabelo. — Eu te amo muito.
Charlie enterrou o rosto em seu pescoço, gemendo alto enquanto dizia o nome dela repetidamente, empurrando dentro e fora dela.
— Foda-se... — ele gemeu, sentindo um formigamento tão sensual por todo o corpo; mas ele não parou, ainda não... Não até que ela parasse.
Ele acelerou o passo enquanto Hermione segurava uma mão em seu ombro, a outra lentamente acariciando suas costas, da nuca até a base de sua coluna.
— Você é tão bom. — Hermione ofegou em seu ouvido, mordendo o lábio para abafar um gemido.
A sala inteira estava cheia de sons de suas respirações pesadas e tapas na pele, mas ainda era possível ouvir o crepitar do fogo e as gotas de chuva caindo contra as vidraças.
— Foda-se, baby. — ele engasgou quando Hermione colocou os lábios contra sua orelha, sussurrando seu nome repetidamente, como um canto, ou uma canção, ou uma oração.
Um par de minutos, e mais alguns golpes profundos depois, ambos liberaram juntos. Charlie caiu contra seu ombro quando Hermione mordeu seu pescoço involuntariamente com força, descendo de seu alto.
Recuperando o fôlego, Charlie rolou de costas, seu peito subindo rapidamente enquanto ele puxava a colcha sobre seus corpos nus. Hermione moveu-se sob seu braço, curvando-se contra seu peito; Charlie segurando-a perto.
— Como você está se sentindo? — ele sussurrou, um pouco assustado com o que ela estava pensando.
Mas todo aquele medo desapareceu quando Hermione se moveu para deitar em cima dele, enxugando o suor de seu rosto e beijando seu queixo gentilmente antes de responder.
— Incrível. — ela suspirou, sorrindo contra sua pele. — Eu me sinto muito mais perto de você. Adorei cada segundo - e você?
— Eu acho que sou o cara mais sortudo do mundo. — Charlie sorriu orgulhosamente, colocando um beijo casto em seus lábios. — Você é incrível, baby.
Hermione sorriu para ele, observando-o à luz do fogo e maravilhada com sua beleza. Ela viu o corpo dele brilhar com suor cristalino e sentiu cada responsabilidade, cada faceta de sua vida, se esvaindo.
Correndo as mãos pelo corpo dele, ela se inclinou e sussurrou: — Que tal irmos de novo?
Antes que Charlie pudesse responder, ela estava rolando os quadris contra ele novamente, e ele não podia negar o desejo que queimava dentro dele mais uma vez.
Esta seria uma longa noite...
★
Quando o sol nasceu na manhã seguinte, seus corpos estavam exaustos depois de trabalhar por horas na noite anterior. Charlie e Hermione estavam enrolados nos braços um do outro, deitados nus no chão perto do fogo.
Hermione foi a primeira a acordar naquela manhã, e levou um segundo para perceber onde estava; as memórias da noite anterior inundaram sua mente, e um rubor surgiu em seu rosto. Olhando para um Charlie adormecido, ela gritou internamente para si mesma antes de pegar as roupas espalhadas no chão e encontrar o relógio de seu namorado.
Seus olhos se arregalaram na hora; eram quase seis horas, e se eles quisessem entrar furtivamente na sala comunal sem serem detectados, teriam que sair agora. Virando-se, segurando a colcha contra o peito nu, ela sacudiu o namorado para acordá-lo.
— O quê? O que há de errado? — ele disse grogue, abrindo os olhos ligeiramente.
— Nós temos que ir, baby. — Hermione sussurrou, dando-lhe um beijo de bom dia antes de procurar por sua blusa.
Os olhos de Charlie se arregalaram, e Hermione observou enquanto a percepção do que havia acontecido tomou conta de seu rosto. Ele sorriu maliciosamente ao ver o estado confuso de sua namorada antes de estender a mão e puxá-la de volta em seus braços.
— Eu não quero ir. — ele sussurrou contra seu pescoço, fazendo-a gritar. — Eu quero ficar aqui com você.
— Acredite em mim, eu também não quero ir... — Hermione suspirou, a realidade se estabelecendo. — Mas nós temos que ir... Todo mundo vai acordar logo.
Hermione se levantou, vestindo a calça de volta enquanto Charlie a observava com espanto, um sorriso malicioso aparecendo em seu rosto. Percebendo isso, Hermione jogou a camisa na cara dele, dizendo. — Charlie! Vista-se!
Rindo levemente, Charlie se levantou e se vestiu rapidamente a pedido de sua namorada. Quando vestiu a camisa, procurou pelo moletom, mas não conseguiu encontrá-lo em lugar nenhum. Hermione murmurou para ele, chamando sua atenção para ela; seu grande capuz estava jogado sobre o corpo dela, e ele ficou maravilhado com a visão... Ele até teve um vislumbre das marcas que ele deixou em seu corpo enquanto ela tirava o cabelo do capuz.
— Vamos. — Hermione sorriu, unindo suas mãos, e puxando seu namorado para a porta.
Eles saíram da Sala Precisa para os corredores desertos, que logo estariam cheios de alunos indo para suas aulas. Não vendo ninguém no corredor, Charlie passou os braços em volta da cintura de Hermione por trás, segurando-a enquanto caminhavam de volta para a Torre da Grifinória.
Ele só a soltou de seu abraço quando chegaram ao Retrato da Mulher Gorda, que se abriu quando disseram: — Mimbulus Mimbletonia.
Atravessando, os braços de Charlie rapidamente encontraram seu caminho de volta ao redor de Hermione; ele não conseguia o suficiente dela depois da noite passada, e era o mesmo vice-versa. Hermione se recostou nele enquanto caminhavam, fechando os olhos ao sentir os lábios de Charlie descendo por seu pescoço.
Os dois ainda não haviam saído de seu mundinho e não perceberam que não estavam sozinhos na sala comunal...
— Oh meu Deus...
Charlie e Hermione congelaram, virando suas cabeças para o sofá perto da lareira, onde seus dois amigos, Ginny Weasley e Harry Potter, estavam sentados um ao lado do outro, bastante próximos.
Gina pulou do sofá, gritando ao ver Hermione e Charlie abraçados.
— EU SABIA! — ela cantou. — EU SABIA!
— Gina! — murmurou Hermione, com os olhos arregalados. — Fique quieta! Você vai acordar todo mundo!
— Falando nisso. — Charlie entrou na conversa, afastando-se de Hermione, e olhando para Harry e Gina com curiosidade. — Que diabos vocês dois estão fazendo acordados tão cedo?
Harry coçou a nuca ansiosamente. — Uh, bem...
Mas Gina o interrompeu, erguendo a mão para silenciá-lo por um momento, enquanto sorria para os dois monitores da Grifinória.
— Engraçado. — ela disse maliciosamente. — Eu estava prestes a fazer a mesma pergunta a vocês dois.
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