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𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
CAPÍTULO QUARENTA E UM
─── PREPARATIVOS PARA DANÇA E COMPLICAÇÕES GRAVES

CHARLIE FOI ESCOLTADO até a tenda médica após seu encontro com a bola de fogo chinesa. Madame Pomfrey limpou os cortes em seu rosto, colocando alguns pequenos curativos para estancar o sangramento. Então, ela envolveu suas mãos horrivelmente mutiladas em gaze depois de limpá-las com um pouco de um líquido roxo que fumegava e ardia. Quanto à perna queimada, ela cutucou com a varinha e ele a sentiu curar instantaneamente.

— Agora, sente-se em silêncio por um minuto, sente-se! E então você pode ir e obter sua pontuação.

Charlie não queria ficar parado. Ele estava cheio de adrenalina. Ele se levantou, querendo ver o que estava acontecendo lá fora, mas antes que ele chegasse à boca da tenda, alguém entrou correndo - Hermione.

— Charlie, você foi brilhante! — Hermione disse esganiçada. Havia marcas de unhas em seu rosto onde ela o segurava com medo. — Você foi incrível! Você realmente foi!

— Obrigado. — Ele disse suavemente, puxando a garota para um abraço - por um segundo ali, ele sentiu como se nunca mais fosse vê-la; como se pudesse ter sido o fim para ele.

O abraço deles foi interrompido, no entanto, porque outra pessoa entrou na tenda em frenesi e, para surpresa de Charlie, era ninguém menos que seu pai.

— Charles, meu garoto, — Fenwick sorriu para o qual Charlie imediatamente revirou os olhos, — você foi fantástico lá fora, filho! Fantástico! Agora, marquei uma entrevista pós-tarefa com você e Rita-

— Não, — Charlie o cortou rapidamente, — você pode dizer a Rita Skeeter para empurrá-lo. Eu não vou mais fazer entrevistas com aquela mulher desagradável.

Fenwick estava se esforçando ao máximo para manter a calma perto das outras pessoas na tenda, mas sua raiva era evidente em seu maxilar cerrado.

— Ouça, aqui, Charles, — disse ele com os dentes cerrados, — essa não é uma maneira muito educada de falar sobre alguém, então eu tomaria cuidado com o seu tom.

Hermione se moveu para mais perto de Charlie por instinto protetor para o qual o olhar de Fenwick se concentrou nela.

— E quem pode ser você?

— Ela é uma amiga. — Charlie disse simplesmente, — Eu não vejo como isso é da sua conta.

— Certamente é minha preocupação quando se trata do tipo de bruxos com quem meu filho se envolve. — Fenwick manteve contato visual severo com Hermione, ao que Charlie deu um passo à frente, desviando o olhar dela, — De repente, o raciocínio por trás de suas explosões se torna aparente-

— Ela não tem nada a ver com-

— Ah, tenho certeza que sim. — Fenwick sorriu diabolicamente: — Não importa, isso será um problema para outra hora. Por enquanto, eu agradeceria muito se sua amiga aqui voltasse para seu lugar nas arquibancadas. Devemos nos preparar para ouvir suas pontuações.

— Você está brincando comigo? — Charlie ficou surpreso: — Onde você consegue fazer tais exigências?

— Eu sou o ministro, Charles. — Fenwick riu amargamente, — Normalmente, isso significa que tudo o que eu disser valerá.

— Isso é totalmente bárbaro-

— Está tudo bem, Charlie. — Hermione disse suavemente, tentando acalmar o menino, — Eu provavelmente deveria ir e encontrar Ron de qualquer maneira, para que possamos assistir à apresentação de Harry. Vejo você mais tarde, ok?

Antes que Charlie pudesse protestar, a garota de cabelos espessos havia saído da tenda; sem dizer mais uma palavra e mantendo a cabeça baixa para evitar contato visual com o Ministro.

— Muito bem, — disse Fenwick no segundo em que a garota desapareceu, — vamos ouvir suas pontuações, certo?

Charlie balançou a cabeça em descrença para seu pai antes de sair da tenda diante dele. Agora que a Bola de Fogo havia sido retirada, Charlie podia ver onde os cinco juízes estavam sentados - bem na outra extremidade do recinto, em assentos elevados forrados de ouro.

— São dez pontos de cada um. — Disse Fenwick, e Charlie semicerrando os olhos para o campo, viu a primeira juíza - Madame Maxime - erguer sua varinha no ar. Uma longa fita prateada de magia disparou dela, que se torceu em um grande oito.

— Podemos trabalhar com isso. — Disse o ministro ao se juntar ao filho; a multidão aplaudiu. — Acho que ela tirou marcas para a sua perna.

O Sr. Crouch veio em seguida. Ele atirou um número nove para o ar.

— Muito melhor! — Fenwick gritou, batendo nas costas do filho na tentativa de se perceber como um bom pai.

Em seguida, seu avô, Alvo Dumbledore. Ele também colocou um nove; não um dez, é claro, isso seria incrivelmente tendencioso. A multidão estava torcendo mais do que nunca.

Ludo Bagman, no entanto, colocou um dez.

— Dez? — Charlie disse em descrença. — Mas... Eu me machuquei... Do que ele está falando?

Fenwick deu um tapa na nuca do filho como uma técnica de repreensão: — Não reclame!

E agora Karkaroff levantou sua varinha. Ele parou por um momento, e então um número disparou de sua varinha também - quatro.

— O que? — O Ministro berrou furiosamente. — Quatro? Seu saco de lixo preconceituoso e tendencioso! Espere até eu falar com ele.

— Está tudo bem. — Charlie murmurou antes de voltar para a tenda conforme as instruções de Madame Pomfrey mais uma vez; ele não se importava com a pontuação de Karkaroff, ele só queria ficar o mais longe possível de seu pai.

No final, depois que todos os campeões competiram, Charlie e Harry estavam empatados em primeiro lugar com quarenta pontos, Krum mal ficou em segundo lugar com trinta e oito pontos e Fleur logo atrás deles com trinta e sete pontos; ainda era o jogo de qualquer um.

Voltar para a sala comunal da Grifinória naquela noite foi um doce alívio para Charlie depois de um turbilhão de emoções provocadas no início do dia.

Eles estavam em grande clima de comemoração depois que os resultados da tarefa foram revelados; os dois jovens campeões da Grifinória ficaram no topo da tabela de classificação! O que significa que, assim que Charlie e Harry pisaram na sala comunal naquela noite, eles foram suspensos no ar, os aplausos e gritos de seus colegas grifinórios os cercando.

— Nós sabíamos que você não morreria! — Berrou Fred, — Perca um braço.

George deu um tapa na perna curada de Charlie para indicar: — Ou uma perna!

Fred continuou: — Mas empacotar tudo?

— Nunca! — Os dois gêmeos gritaram juntos, levando a multidão à loucura.

Charlie se serviu de comida, enquanto era colocado de volta no chão; quase se esquecera de como era sentir fome de verdade. Ele não podia acreditar em como se sentia feliz; ele havia cumprido a primeira tarefa e não teria que enfrentar a segunda por um bom tempo.

— Caramba, isso é pesado. — Disse Lee Jordan, pegando o ovo de ouro, que Charlie havia deixado em uma mesa, e pesando-o em suas mãos. — Abra, Charlie, vamos! Vamos ver o que tem dentro!

— Ele deveria descobrir a pista sozinho. — Hermione disse rapidamente, indo para o lado dele. — Está nas regras do torneio.

Charlie suspirou, — Está tudo bem, — ele voltou para o centro da sala e ficou na mesa de café para que todos pudessem vê-lo, — traga aqui. Onde está Harry?

Lee passou o ovo para Charlie quando Harry se juntou a ele na mesa. Os dois cravaram as unhas no sulco que o circundava e o abriram.

Era oco e completamente vazio - mas no momento em que o abriram, o barulho mais horrível, um lamento alto e estridente, encheu a sala. A coisa mais próxima disso que Charlie já tinha ouvido foi a orquestra fantasma em uma das festas de morte de Nick Quase Sem Cabeça, que tocava música.

— Feche! — Fred gritou.

Rapidamente, Charlie fechou o ovo novamente, antes de olhar em volta e ver que todos estavam tapando os ouvidos na tentativa de extrair o som. Quando o ovo fechou, uma voz familiar encheu a sala:

— Puta merda! O que foi isso?

Todos olharam para o buraco do retrato. Era Ron, parado ali, segurando as orelhas. Seus olhos estavam se movendo inquietos entre Charlie e Harry, de repente ciente de que ele estava no centro das atenções.

— Tudo bem, pessoal! — Fred se dirigiu à multidão: — Voltem para o seu tricô. Isso vai ser desconfortável o suficiente sem todos vocês intrometidos ouvindo!

Enquanto o burburinho da conversa recomeçava entre a multidão, Charlie e Harry desceram da mesa para ficar bem na frente de Ron.

Harry estava olhando para o garoto ruivo, esperando que ele dissesse alguma coisa. Charlie ficou parado desajeitado em meio à tensão, e Hermione sentou-se um pouco mais longe, observando os três meninos com cautela.

Foi então que Ron falou, no maior tom de desculpas que conseguiu: — Acho que você deve estar louco para colocar seu próprio nome no Cálice de Fogo.

— Pegou, não é? — disse Harry friamente. — Você demorou bastante.

— Eu não era o único que pensava que vocês dois tinham feito isso, — Ron disse, tentando se defender, — todo mundo estava dizendo isso pelas suas costas.

— Brilhante, — Charlie disse sarcasticamente, — isso nos faz sentir muito melhor.

— Bem, — Ron disse rapidamente, — pelo menos eu te avisei sobre os dragões!

Harry franziu as sobrancelhas, — Hagrid nos avisou sobre os dragões?

— Não, não, eu fiz, você não se lembra? — Ron perguntou, — Eu disse a Hermione para lhe dizer que Seamus me contou que Parvati disse a Dean que Hagrid estava procurando por vocês dois! Mas Seamus nunca me disse nada, então era realmente eu o tempo todo. Achei que estaríamos tudo bem, você sabe, depois que você descobriu isso.

Charlie teve que conter uma risada, — Quem poderia descobrir isso? Isso é absolutamente louco!

— É, não é? — Ron disse suavemente, — Eu acho que estava um pouco perturbado.

Harry e Charlie ficaram parados por um momento, sem saber o que dizer a seguir. Ron abriu a boca incerto. Charlie sabia que Ron estava prestes a se desculpar novamente e de repente descobriu que não precisava ouvir.

— Está tudo bem. — Ele disse, antes que Ron pudesse dizer qualquer coisa. — Esqueça.

— Não, — disse Ron, — eu não deveria-

— Esqueça. — Harry disse com firmeza, aceitando sua tentativa de desculpas também, — Está tudo bem.

Ron sorriu nervosamente para eles, e Charlie e Harry sorriram de volta; os três eram amigos mais uma vez.

Hermione revirou os olhos da poltrona próxima, ouvindo a conversa deles.

— Garotos. — Ela murmurou, observando os três brigarem como se nada tivesse acontecido.

Nos dias seguintes, Charlie e Harry estavam em modo de recuperação. Eles insistiram em fazer check-ups diários na ala hospitalar após o encontro com os dragões, o que Charlie não se importou muito, pois o tirava das aulas na maioria dos dias.

As coisas estavam aparentemente melhores do que nunca. Ron voltou a se dar bem com Charlie e Harry, o que acabou fazendo com que seu pequeno grupo de amigos se sentisse completo novamente. Hermione rapidamente perdoou Charlie por ser um idiota depois de vê-lo ter uma experiência de quase morte com um dragão. Ela percebeu que estava perdendo um tempo precioso com ele por estar com raiva dele por algo que ele não podia controlar; As ações de flerte de Elaina não foram obra dele.

Quanto a Elaina, Charlie aparentemente arranjou tempo para mostrar a ela o castelo depois do jantar na maioria das noites, mas o menino era muito mais cauteloso com os sentimentos de Hermione em relação ao assunto, então ele fez questão de manter as coisas entre ele e Elaina estritamente platônicas. O grupo de fãs de Charlie Hawthorne de Romilda Vane agora haviam recrutado mais membros não apenas de Hogwarts, mas também de Beauxbatons e Durmstrang; era seguro dizer que depois de seu desempenho na Primeira Tarefa, o trote dos Sonserinos e as insígnias pareciam ter desaparecido.

Certa manhã, antes do café da manhã, Charlie arranjou tempo para visitar o avô pela primeira vez desde que ele havia começado a competir no torneio. Ele caminhou até a porta em forma de grifo, disse a senha e subiu as escadas para o escritório. Ele bateu duas vezes, como sempre, antes de entrar na sala.

Seu avô estava sentado em sua mesa, mas seu olhar mudou da papelada que estava fazendo para seu neto quando ele chegou.

Albus imediatamente sorriu enquanto olhava por cima de seus óculos meia-lua, — Charles! Que bom vê-lo, como você está se sentindo? Você viu Madame Pomfrey hoje?

Charlie riu enquanto se aproximava da mesa, — Parece que vejo Madame Pomfrey todos os dias.

O menino parou quando pareceu haver movimento nas prateleiras acima da jaula de Fawkes. Ele deu uma breve olhada na estante antes que algo pequeno se lançasse em sua direção do meio da sala, gritando: — Charlie Hawthorne, senhor! Charlie Hawthorne!

No segundo seguinte, todo o vento foi tirado dele quando o elfo guinchante o atingiu com força no diafragma, abraçando-o com tanta força que ele pensou que suas costelas iriam quebrar.

— D-Dobby? — Charlie engasgou; Albus assistiu com prazer enquanto os dois interagiam

— É Dobby, senhor, é! — gritou a voz de algum lugar ao redor de seu umbigo. — Dobby tem esperado e esperado ver Charlie Hawthorne, senhor, e Charlie Hawthorne veio vê-lo, senhor!

Dobby soltou e recuou alguns passos, sorrindo para Charlie, seus enormes olhos verdes em forma de bola de tênis cheios de lágrimas de felicidade. Ele parecia quase exatamente como Charlie se lembrava dele; o nariz em forma de lápis, as orelhas de morcego, os dedos e os pés longos - tudo menos as roupas, que eram muito diferentes, já que agora ele era, é claro, um elfo livre.

— Dobby, o que você está fazendo aqui? — Charlie perguntou com espanto.

— Dobby veio trabalhar em Hogwarts, senhor! — Dobby gritou animadamente antes de olhar para Albus, que estava sentado contente em sua mesa. — Professor Dumbledore deu trabalhos para Dobby e Winky, senhor! Dobby estava apenas organizando a estante quando Charlie Hawthorne veio visitá-lo!

— Winky? — O menino perguntou com os olhos arregalados. — Ela está aqui também?

— Sim, senhor, sim! — Disse Dobby, e agarrou a mão de Charlie e puxou-o escada acima que levava ao quarto do menino, onde ele passava o verão enquanto seus amigos estavam fora.

— Winky, senhor! — Disse Dobby.

Winky estava limpando a mesa de cabeceira do antigo quarto de Charlie. Ao contrário de Dobby, ela obviamente não procurara roupas. Ela estava vestindo uma pequena saia e blusa com um chapéu azul combinando, que tinha buracos para suas orelhas grandes. No entanto, enquanto todas as estranhas coleções de roupas de Dobby eram tão limpas e bem cuidadas que pareciam novas, Winky claramente não estava cuidando de outras roupas. Havia manchas de sopa por toda a blusa e uma queimadura na saia.

— Olá, Winky. — Charlie disse suavemente.

Os lábios de Winky tremeram. Então ela explodiu em lágrimas, que se derramaram de seus grandes olhos castanhos e respingaram em sua frente, assim como haviam feito na Copa Mundial de Quadribol.

— Charlie Hawthorne. — Disse ela em meio às lágrimas. O menino não sabia dizer se ela estava feliz em vê-lo ou não.

— Sim, — Charlie deu a ela um pequeno sorriso antes dela voltar rapidamente ao seu trabalho. Ele se virou para Dobby, — Há quanto tempo vocês dois estão aqui?

— Apenas uma semana. Charlie Hawthorne, senhor! — Disse Dobby alegremente. — Dobby veio ver o professor Dumbledore, senhor. Veja, senhor, é muito difícil para um elfo doméstico que foi demitido conseguir um novo cargo, senhor, muito difícil mesmo.

Com isso, Winky uivou ainda mais forte, seu nariz de tomate esmagado pingando por toda a frente, embora ela não fizesse nenhum esforço para conter o fluxo.

— Dobby viajou pelo país por dois anos inteiros, senhor, tentando encontrar trabalho! — Dobby guinchou. — Mas Dobby não encontrou trabalho, senhor, porque Dobby quer receber agora!

Charlie estava radiante; Hermione ficaria tão emocionada que ele mal podia esperar para contar a ela.

— Isso é ótimo, Dobby.

— Obrigado, senhor. — Dobby disse alegremente, — E então Dobby teve uma ideia. Charlie Hawthorne, senhor! Dobby soube que sua amiga, Winky, também havia sido demitida, senhor! Então, Dobby achou que eles deveriam encontrar trabalho juntos! Dobby pensa, e vem até ela, senhor! Hogwarts! Então Dobby e Winky vieram ver o professor Dumbledore, senhor, e o professor Dumbledore nos contratou!

Dobby sorriu muito brilhantemente, e lágrimas de felicidade brotaram em seus olhos novamente.

— E o professor Dumbledore diz que pagará a Dobby, senhor, se Dobby quiser pagar! E então Dobby é um elfo livre, senhor, e Dobby ganha um galeão por semana e um dia de folga por mês!

Charlie franziu as sobrancelhas, — Isso não é muito.

— O professor Dumbledore ofereceu a Dobby dez galeões por semana e fins de semana de folga. — Disse Dobby, subitamente estremecendo, como se a perspectiva de tanto lazer e riqueza fosse assustadora, — Mas Dobby o derrotou, senhor... Dobby gosta liberdade, senhor, mas ele não está querendo muito, senhor, ele gosta muito mais de trabalhar-

Dobby foi interrompido pelo som de uma batida forte vindo do escritório no andar de baixo. Ao longe, Charlie podia ouvir o grito de uma voz familiar para a qual ele franziu as sobrancelhas antes de se voltar para os dois elfos domésticos que agora estavam se encolhendo de medo com os barulhos altos.

— Vocês dois, fiquem aqui, certo? — Charlie disse baixinho antes de se virar para ir em direção à porta novamente, mas Dobby agarrou sua mão.

— Charlie Hawthorne... Dobby pode vir vê-lo às vezes, senhor? E talvez Harry Potter também, senhor? — Dobby perguntou em um sussurro hesitante.

— Claro que pode. — Charlie disse com um pequeno sorriso, e Dobby sorriu quando o menino desapareceu de volta no corredor.

— Você acredita nisso?!

— Tudo pelo que tenho trabalhado!

— Jogado fora graças a este artigo!

A voz severa foi ficando cada vez mais alta conforme Charlie se aproximava da sacada, e não demorou muito para o garoto de olhos castanhos colocar um rosto na voz. Era ninguém menos que seu pai, mais uma vez.

Charlie espiou pela varanda assim que chegou ao final do corredor. Olhando para baixo, ele viu seu pai acenando com um jornal do Profeta Diário com raiva em sua mão, enquanto seu avô permanecia sentado atrás de sua mesa, aparentemente despreocupado.

Assim que Fenwick avistou seu filho na varanda acima dele, ele apontou um dedo zangado em sua direção, — Você!

Charlie teve que conter uma pequena risada antes de caminhar até as escadas, descendo-as lentamente, — Sabe, pai, para um homem tão ocupado, você parece estar rondando o castelo um pouco demais este ano.

No entanto, Fenwick não parecia achar engraçado nada do que o garoto dizia. Em vez disso, ele caminhou até ele quando Charlie chegou ao pé da escada e empurrou o artigo de jornal em seu peito.

— O que é isto?!? — Ele perguntou com raiva, fazendo uma pausa após cada palavra como se estivesse deixando a raiva consumi-lo a cada sílaba.

Charlie franziu as sobrancelhas, virou o artigo, lendo o título em voz alta em sua cabeça;

A MÁGOA SECRETA DE CHARLIE HAWTHORNE

O subtítulo era o seguinte:

Charlie Hawthorne pensou ter encontrado consolo e amor na Srta. Hermione Granger.

Abaixo disso, uma fotografia em movimento em forma de coração do abraço de Charlie e Hermione na tenda logo antes da Primeira Tarefa. O menino não pôde deixar de rir ao ler o canto superior esquerdo; Me, Myself, and I por Rita Skeeter - claro.

— O que é isto?!? — Fenwick repetiu, ainda esperando furiosamente uma resposta.

— É um monte de besteira. — Charlie riu, jogando o artigo na mesa de Dumbledore.

— Um monte de besteira?! — Fenwick berrou: — Isso pode me custar tudo o que venho trabalhando com Pierre Dumont! Ele tem a impressão de que você e a filha dele estão namorando.

Os olhos de Charlie se arregalaram, — E de onde ele poderia ter tirado essa impressão?!

— Isso importa? — Fenwick cuspiu amargamente: — Nossa parceria estava nas costas de seu relacionamento! Agora Pierre está ameaçando fechar o negócio porque acredita que você deixou a filha dele com o coração partido após as recentes revelações!

— Você está brincando certo? — Charlie levantou uma sobrancelha, — Primeiro de tudo, nada estava acontecendo com Elaina Dumont, e segundo, nada estava acontecendo com Hermione! Rita Skeeter é uma mulher desagradável, como eu disse! Ela é uma mentirosa!

Fenwick cerrou as mãos com raiva: — Não importa! As pessoas ainda acreditam nela - pessoas como Pierre Dumont! Este acordo de parceria potencial entre a Inglaterra e a França pode ser lendário, e não vou permitir que caia simplesmente porque seus quatorze anos Um romance de um ano está atrapalhando! Você precisa consertar isso!

— Sim? — O garoto de olhos castanhos desafiou, — E como você acha que eu faço isso?

— Você vai levar Elaina Dumont para o próximo Baile de Inverno. — Disse Fenwick simplesmente.

— Agora, Fenwick, essa decisão não é nem remotamente sua a ser tomada-

— Cala a boca, Alvo! — Fenwick latiu.

— Espere o que? — Charlie perguntou, intrigado, — O baile o quê?

— O Baile de Inverno. — Dumbledore suspirou, — É uma tradição do Torneio Tribruxo. Todo ano que o torneio é realizado, há um Baile no Natal, que supostamente ajuda a celebrar a unidade das escolas participantes. Todo campeão precisa de um parceiro de dança-

— E a sua será Elaina Dumont. — Concluiu Fenwick.

Charlie ficou surpreso: — Não deveria ser minha própria decisão quem eu gostaria de trazer para o Baile? Como isso é remotamente justo?

— A vida não é justa. — Fenwick riu amargamente para o filho, — Foi você quem estragou tudo ao se tornar amigo da sangue-ruim.

Charlie cerrou os punhos e abriu a boca para xingar seu pai por tal palavrão, mas o ministro ergueu a mão, que tremia de fúria e, no final das contas, não deveria ser questionado.

— Não se atreva a tentar refutar isso, Charles. — Fenwick retrucou asperamente, — Você levará Elaina Dumont ao Baile de Inverno e causará uma boa impressão.

Alvo começou a perder a paciência, — Fenwick-

— Ele é meu filho, Alvo! — O Ministro latiu antes de olhar para Charlie com uma expressão muito fria e sem emoção, — E ele fará o que for dito.

Com isso, Fenwick endireitou-se, respirou fundo, reposicionou a gravata e saiu da sala sem dizer mais nada.

— Charles-

— Você o ouviu. — Charlie murmurou tristemente, — Eu devo fazer o que me mandam. Eu não gosto de outro problema como o que tivemos durante o segundo ano, não é?

Depois de um encontro tão acalorado com seu pai, Charlie deixou o escritório de seu avô para se juntar a Ron, Harry e Hermione no Salão Principal para o café da manhã.

Todos eles se sentaram à mesa da Grifinória; Ron estava enchendo a cara de comida como sempre, um Harry ferido estava olhando boquiaberto para Cho Chang do outro lado da sala, e Hermione, que estava sentada em frente aos dois garotos, estava encarando o último artigo de Rita Skeeter com uma sobrancelha franzida.

— Ei. — Charlie disse suavemente, sentando-se ao lado de Hermione.

Ron grunhiu com comida na boca como forma de dizer olá, enquanto Harry agia como se não estivesse olhando boquiaberto para a apanhadora da Corvinal. Sua cabeça voltou para a conversa como se nada estivesse acontecendo, enquanto Hermione instantaneamente empurrou o artigo na direção de Charlie.

— Você já leu isso? — Ela perguntou, um pouco horrorizada.

Charlie riu levemente, — Apenas o título.

— Ela fez isso de novo! Ouça. — Hermione disse antes de ler um ponto-chave do artigo em voz alta, — 'Srta. Granger, uma garota simples, mas ambiciosa, parece estar desenvolvendo uma predileção por bruxos famosos. Além do bon-bon búlgaro, Viktor Krum. Nenhuma palavra ainda sobre como Charlie Hawthorne está recebendo este último golpe emocional, já que aparentemente os dois têm uma história.'

— Eu não chamaria isso de história, — Harry murmurou baixinho, — isso significa que está no passado.

Charlie lançou um olhar penetrante para seu amigo antes de se virar para Hermione, — Não fique tão preocupada com isso. Ela está inventando coisas para se manter relevante. Quero dizer, adicionando o Burro Krum lá? Ha! Você nunca falou com aquela cabeça de abóbora em sua vida.

O garoto de olhos castanhos riu para si mesmo antes de pegar uma maçã da bandeja de comida que passava. Ele deu uma mordida, compartilhando um olhar divertido com Ron, que estava tentando ao máximo conter uma risada.

— Na verdade, eu falei. — Hermione disse baixinho, fazendo Charlie engasgar com o pedaço de maçã em sua boca. — Ele vem à biblioteca o tempo todo.

Charlie prendeu a respiração, tentando processar o que acabara de ouvir. Todos os três de seus amigos agora estavam olhando para Hermione com a maior curiosidade.

— Krum? — Harry questionou, completamente estupefato, — Na biblioteca?

— Sim, ele-

— O que ele queria? — Charlie perguntou um pouco rápido demais, interrompendo a garota, o que a fez olhar em sua direção com um olhar curioso, mas intrigado.

— Como eu vou saber? — Hermione perguntou, chocada por ele estar reagindo daquela maneira; ela pensou que ele poderia ter seguido em frente agora.

— Você disse que ele vem à biblioteca o tempo todo. — Charlie disse com naturalidade, — Certamente, ele tinha um motivo - sobre o que vocês dois conversaram?

— Eu só o ajudei com um livro uma vez, só isso. — Hermione disse simplesmente, mas Charlie sentiu um sentimento estranho crescer dentro dele, — Ele disse que precisava da minha ajuda para entender algumas das palavras - por que você se importa tanto, de qualquer maneira?

Charlie levantou uma sobrancelha, — Eu não - eu só nunca percebi que vocês dois eram tão próximos.

— Só conversamos algumas vezes-

Mas Hermione foi impedida de se explicar melhor quando Dennis Creevey se aproximou de Ron com um grande pacote nas mãos.

— Pacote para você Sr. Weasley! — O menino sorriu.

— Obrigado, Dennis. — Ron disse gentilmente, mas o olhar de Dennis estava muito fixo em Charlie do outro lado da mesa.

— Agora não, Dennis. — Disse Ron novamente, — Mais tarde - continue.

Relutantemente, Dennis deixou a mesa, mas Harry, Charlie e Hermione olharam para Ron com uma expressão curiosa sobre o que havia acontecido.

— Eu disse a ele que pegaria o autógrafo de Charlie. — Ron explicou hesitante antes de abrir o pacote, — Oh, olhe! Mamãe me enviou uma coisa. — Ele franziu as sobrancelhas enquanto tirava essas horríveis vestes marrons com um monte de rendas, — Mamãe me mandou um vestido!

Charlie e Harry caíram na gargalhada, e até mesmo Hermione teve que segurar a risada.

— Bem, combina com seus olhos! — Harry disse divertido, — Tem um gorro?

Mas Ron deu de ombros e caminhou até sua irmãzinha, Ginny, que se sentou do outro lado da mesa.

— Ginny, — ele chamou, — estes devem ser para você.

A jovem bruxa ruiva olhou para as vestes com desgosto, — Eu não estou usando isso, é medonho!

Charlie estava praticamente uivando de tanto rir nesse ponto, ao qual Ron o encarou.

— O que você está falando?

— Eles não são para Ginny. — Charlie disse através de suas risadas que agora estavam provocando lágrimas, — eEes são para você. Eles são roupões, cara.

— Roupões sociais? — Ron perguntou: — Para quê?

— Você vai ver. — Charlie riu novamente.

— O Baile de Inverno tem sido uma tradição do Torneio Tribruxo há séculos. — Disse a Professora McGonagall enquanto todos os Grifinórios se reuniam em uma grande sala vazia com um enorme toca-discos, — Na noite da véspera de Natal, nós e nossos convidados reúnam-se no Salão Principal para uma frivolidade bem-educada. Como representantes da escola anfitriã, espero que cada um de vocês dêem o melhor de si, e quero dizer isso literalmente, porque o Baile de Inverno é antes de tudo... Uma dança.

Os gemidos surgiram do lado dos meninos da sala, enquanto as meninas começaram a gritar.

— Silêncio. — Gritou McGonagall novamente, — A Casa de Godric Gryffindor impôs o respeito do mundo bruxo por quase dez séculos.

Charlie podia ouvir a tagarelice distante e as risadas de Fred e George quando eles tentaram repetir o que McGonagall disse sem gaguejar, mas aparentemente McGonagall não parecia dar atenção a eles.

— Agora, — ela disse, — dançar é deixar o corpo respirar... Dentro de cada garota um cisne secreto dorme desejando explodir e alçar vôo.

Ron se inclinou para Charlie e sussurrou: — Algo está prestes a explodir de Eloise Midgen, mas não acho que seja um cisne.

Charlie balançou a cabeça, tentando abafar uma risada, antes de bater na nuca de Ron por ser um idiota. Aparentemente, eles estavam fazendo muito barulho, já que McGonagall continuou apenas para ela desviar o olhar deles para eles.

— Dentro de cada menino, um orgulhoso leão preparado para empinar - Sr. Weasley!

Ron imediatamente se encolheu quando foi escolhido.

— Sim? — Ele perguntou suavemente.

— Você poderia se juntar a mim, por favor? — McGonagall disse com um sorriso divertido.

Ron olhou ao redor em pânico, então caiu da cadeira, como um homem indo para a forca. O lado dos meninos da sala estava tentando conter o riso da melhor maneira possível.

— Agora então, — McGonagall disse quando Ron se juntou a ela no meio da sala, — coloque sua mão direita na minha cintura.

Ron ficou surpreso, — Onde?!

— Minha cintura. — McGonagall repetiu, e logo depois eles começaram a valsar pela sala.

Charlie colocou dois dedos na boca, assobiando alto para seu amigo ruivo como uma brincadeira, mas Ron simplesmente o encarou.

Então, Charlie se inclinou e se dirigiu a Fred e George: — Você nunca vai deixá-lo esquecer isso, não é?

Os gêmeos sorriram diabolicamente, — Nunca.

— Todo mundo, — McGonagall chamou novamente, — aproximem-se! Meninos, levantem-se!

A música aumentou e as meninas instantaneamente se levantaram, mas nenhum dos meninos se moveu - eles estavam muito envergonhados.

O sinal tocou logo depois, e houve a confusão usual enquanto todos faziam as malas e as colocavam nos ombros.

A professora McGonagall chamou acima do barulho, — Potter - Hawthorne - uma palavra, por favor.

Charlie e Harry seguiram em direção a McGonagall relutantemente enquanto o resto da casa da Grifinória se dirigia para a porta.

A professora McGonagall esperou até que eles saíssem e então disse: — Os campeões e seus parceiros.

— Que parceiros? — Perguntou Harry rapidamente, olhando para Charlie, que estava ali, ouvindo atentamente.

A professora McGonagall olhou desconfiada para Harry, como se pensasse que ele estava tentando ser engraçado.

— Seus parceiros para o Baile de Inverno, Potter. — Ela disse friamente. — Seus parceiros de dança.

As entranhas de Harry pareciam se enrolar e murchar.

— Precisamos de parceiros de dança? — Ele sentiu que estava ficando vermelho, — Mas, eu não danço.

— Ah, sim, você tem. — Disse a Professora McGonagall irritada. — É isso que estou dizendo. Tradicionalmente, os campeões e seus parceiros abrem o Baile.

— Eu não estou dançando. — Harry disse novamente, e Charlie assistiu divertido.

— É tradicional. — Disse a Professora McGonagall com firmeza. — Vocês dois são campeões de Hogwarts e farão o que se espera de vocês como representantes da escola. Portanto, certifique-se de conseguir parceiros.

— Mas eu não-

— Você me ouviu, Potter. — Disse a Professora McGonagall de uma forma muito definitiva.

— Por que elas têm que andar em bandos? — Harry perguntou a Ron e Charlie quando uma dúzia de garotas passaram por eles no pátio, rindo e olhando. — Como você vai conseguir que alguém pergunte a elas?

— Passo um? — Ron sugeriu. — Tem alguma ideia de quem você vai tentar?

Harry não respondeu. Ele sabia perfeitamente a quem gostaria de convidar, mas criar coragem era outra coisa... Cho era um ano mais velha do que ele; ela era muito bonita; ela era uma ótima jogadora de Quadribol e também muito popular.

Charlie parecia saber o que se passava na cabeça de Harry.

— Escute, você não vai ter nenhum problema. Você é um campeão. Acabou de derrotar um Rabo-Córneo Húngaro. Aposto que eles vão fazer fila para ir com você.

— Oh sim? — Harry disse parando para olhar Charlie nos olhos, — Com quem você vai então?

— Eu, uh-

Então, como se fosse uma deixa, Elaina e um grupo de amigos de Beauxbatons entraram no pátio em grupo. Não demorou muito para os olhos de Elaina encontrarem os de Charlie, e ela imediatamente acenou para ele.

O menino de olhos castanhos de repente se lembrou do que seu pai o instruiu a fazer. Tentando afastar o nervosismo que começava a se formar dentro dele, ele se virou para Harry e Ron, dizendo: — Eu já volto.

Seus dois amigos o observaram atentamente enquanto Charlie atravessava o pátio em direção a Elaina e suas amigas. Os olhos dela ainda se conectaram com os dele enquanto ele se aproximava.

— Ei, — ele disse suavemente enquanto a alcançava, — podemos, uh, conversar?

Todos as amigas de Elaina, incluindo Fleur Delacour e sua irmã, Gabrielle, gritaram, quase como se soubessem o que estava por vir.

— Sim, — Elaina corou, — é claro.

Charlie pegou a mão de Elaina e a guiou até uma janela vazia perto do pátio.

Ele olhou em volta, certificando-se de que ninguém estava lá para vê-lo se envergonhar antes de sorrir para Elaina.

— E aí? — Ela perguntou, provocando; ela sabia o que ele estava prestes a fazer, mas ela queria ver ele se contorcer um pouco.

— Eu, uh... — Ele gaguejou - ele realmente não queria fazer isso, por mais cruel que parecesse. Havia algo faltando com Elaina, algo que ele não conseguia identificar, mas seu pai provavelmente o mataria se ele estragasse tudo. — Eu estava pensando... Se talvez, você gostaria de ir... Ao Baile de Inverno comigo?

Elaina não pôde evitar o largo sorriso que apareceu em seu rosto; finalmente, demorou o suficiente.

— Claro, Charlie! Sim! — Ela sorriu para ele, praticamente gritando.

O garoto sorriu, aliviado, — Sério? Ótimo, porque eu pensei que talvez-

O que aconteceu a seguir foi algo que Charlie nunca teria previsto em um milhão de anos.

O garoto foi interrompido quando Elaina o puxou pelo pescoço, conectando seus lábios em um beijo completamente inesperado. Charlie segurou seus lábios nos dela por um segundo - apenas um único segundo - apenas para ver se havia algo ali; algo que ele estava desejando. No entanto, ele levou um único segundo para perceber e obter a confirmação do que estava perdendo; o que ele realmente queria - ou quem ele realmente queria.

Ele se afastou rapidamente, de repente sentindo-se incrivelmente culpado, o que confundiu Elaina imensamente.

— Algo está errado? — Ela perguntou suavemente, e pela primeira vez, ela mostrou a ele sinais de insegurança.

— Não, uh, eu só... — Ele parou lentamente, — Sinto muito. Estou super confuso. Eu, uh, vejo você mais tarde, ok? Obrigado novamente por dizer sim.

E com isso, o garoto de olhos castanhos praticamente saiu correndo pelo corredor, tentando escapar do que acabara de acontecer.

Mal sabia ele, no entanto, que enquanto corria, ele passou por uma pequena reentrância dentro da parede, onde ninguém menos que Hermione Granger estava sentada imóvel. Suas mãos cobriam a boca para abafar os soluços, as lágrimas escorriam por seu rosto, e ela poderia jurar que sentiu seu coração se partir em um milhão de pedaços naquele único momento.

Aquele único momento em que ela viu outra garota beijar o garoto a quem seu coração pertencia.

Depois de clarear a cabeça, Charlie voltou para a sala comunal horas depois para ver Harry deitado angustiado no sofá e Ron estava em um torpor triste na poltrona.

— O que aconteceu? — O garoto de olhos castanhos perguntou enquanto observava seus amigos.

— Depois que você saiu, — Ron começou, — eu, uh-

Mas Ron parou ali, envergonhado. Charlie levantou uma sobrancelha para Harry para terminar a história para a qual o menino de óculos suspirou.

— Ele convidou Fleur Delacour para sair, — disse simplesmente, — e ela o rejeitou.

— O que? Por que?

Harry tentou ao máximo não rir, — Porque ele meio que... Gritou com ela.

— Por que você fez isso? — Charlie olhou para Ron com um sorriso divertido, — Pensei que gritar funcionaria como uma cantada, não é?

Ron gemeu em frustração, — Eu não pude evitar! Simplesmente escapou!

Charlie abafou uma risada enquanto olhava para Harry, que olhava solenemente para a lareira, — Ok... Então, o que há com você?

Harry não disse nada, apenas suspirou pesadamente.

Desta vez, foi Ron quem explicou: — Ele convidou Cho Chang para sair... Mas ela já tem um encontro, Cedric Diggory.

— Ah, cara, — Charlie disse suavemente, — isso é péssimo.

— Agora, Ron e eu seremos os únicos em nosso ano sem acompanhantes. — Harry suspirou mais uma vez, — Tanto pela parceira de dança que prometi a McGonagall.

— Tenho certeza, você vai encontrar alguém. — Charlie disse em um tom otimista, mas parou ao ver Hermione descendo as escadas do dormitório feminino.

— Ei. — Ele disse suavemente para ela, mas para sua surpresa, ela não disse nada de volta nem mesmo reconheceu sua presença; Charlie engoliu em seco imediatamente - o que ele fez desta vez?

— Oi, Hermione! — Ron chamou de repente, uma ideia se formando em sua cabeça, — Você é uma garota!

— Oh, bem visto, Ronald. — Ela falou enquanto revirava os olhos.

— Vem com um de nós? — O ruivo perguntou curioso, mas ele teve que continuar quando Hermione imediatamente balançou a cabeça, — Oh, vamos! Uma coisa é um cara aparecer sozinho, mas para uma garota é triste.

Com esse comentário, Hermione lançou um olhar penetrante na direção de Ron - caramba, se olhar pudesse matar.

— Eu não vou sozinha porque acredite ou não, alguém já me convidou! — Ela disse friamente para Ron, o que imediatamente fez as orelhas de Charlie se levantarem; a sensação desconhecida de antes crescendo dentro dele mais uma vez.

— Espere o que? — Charlie perguntou horrorizado: — Quem?

— Não deveria importar para você. — Ela cuspiu amargamente para Charlie, finalmente reconhecendo que ele estava lá, — Tudo que vocês precisam saber é que eu disse sim.

E com isso, ela saiu furiosa pela porta do retrato sem mais questionamentos, deixando Charlie parado ali completamente estupefato e confuso.

— Ela está mentindo, certo? — Ele murmurou suavemente.

— Acho que não, cara. — Harry disse o mais reconfortante que pôde, enquanto Ron simplesmente ficou sentado ali, quase ostentando a mesma reação de Charlie; confuso e estupefato.

— Quem diabos Harry e eu devemos levar para o Baile agora? — Ron perguntou, exasperado.

Então, como se fosse um presente enviado pelo próprio Merlin, Parvati Patil entrou na sala comunal, sorrindo amplamente para Harry, ao qual Charlie o cutucou em sua direção.

Aproveitando a dica, Harry caminhou até a garota e falou bastante nervoso:

— Ei, Parvati, você e sua irmã já marcaram encontros para o Baile?

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