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𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
CAPÍTULO TRINTA E NOVE
─── AMIGOS DIVIDIDOS E VEREDICTO DECIDIDO

CHARLIE FICOU ALI sentado, ciente de que todas as cabeças do Salão Principal se viraram para olhá-lo.

Ele ficou atordoado.

Ele se sentiu entorpecido.

Ele certamente estava sonhando.

Ele não deve ter ouvido direito.

Houve muito poucos aplausos, mas um zumbido proeminente de confusão estava começando a encher o salão; alguns alunos estavam se levantando para dar uma olhada melhor em Charlie enquanto ele estava sentado, congelado, em sua cadeira.

Na mesa superior, a Professora McGonagall se levantou e passou por Ludo Bagman e Professor Karkaroff para sussurrar com urgência para o Professor Dumbledore, que inclinou o ouvido para ela, franzindo a testa ligeiramente.

Charlie virou-se para Harry, Ron e Hermione; além deles, ele viu a longa mesa da Grifinória olhando para ele, boquiaberta.

— Eu não coloquei meu nome. — Charlie disse inexpressivamente, implorando com os olhos. — Vocês sabem que eu não fiz isso.

Os três olharam tão inexpressivamente de volta. Ron parecendo particularmente zangado.

Na mesa de cima, Dumbledore se endireitou, acenando para a Professora McGonagall.

— Charlie Hawthorne! — Ele chamou novamente, desta vez mais alto. — Charlie! — Sua voz era distinta, mas você podia dizer pelo tom que ele estava incrivelmente preocupado, — Aqui em cima, por favor!

— Vá em frente. — Sussurrou Hermione, dando um leve empurrão em Charlie; ela tinha esquecido instantaneamente sobre a discussão deles. — Vai ficar tudo bem, eu prometo, a-apenas continue, Charlie.

Charlie se levantou, partindo entre as mesas da Grifinória e da Lufa-Lufa. Parecia uma caminhada imensamente longa; a mesa de cima não parecia estar se aproximando, e ele podia sentir centenas de olhos sobre ele, como se cada um fosse um holofote. A conversa suave ficou cada vez mais alta. Depois do que pareceu uma hora, ele estava bem na frente de Dumbledore, sentindo os olhares de todos os professores sobre ele.

Seu avô não estava sorrindo, ao invés disso ele parecia quase à beira das lágrimas, — Bem... Pela porta, Charles.

— Mas eu-

Alvo assentiu, quase como se soubesse exatamente o que seu neto ia dizer, — Faça o que eu disse, Charlie, por favor.

O menino relutantemente se moveu ao longo da mesa dos professores. Hagrid estava sentado bem no final. Ele não piscou para ele, nem acenou, nem deu nenhum de seus sinais habituais de saudação. Ele parecia completamente surpreso e olhou para Charlie enquanto ele passava como todo mundo.

Charlie atravessou a porta do Salão Principal e se viu em uma sala menor, repleta de pinturas de bruxas e bruxos. Um fogo brilhante crepitava na lareira em frente a ele, e Viktor Krum e Fleur Delacour estavam agrupados em torno dele.

Eles pareciam estranhamente impressionantes, em silhueta contra as chamas. Krum, curvado e pensativo, estava encostado na lareira, um pouco afastado do outro campeão. Fleur Delacour olhou ao redor quando Charlie entrou e jogou para trás seus longos fios de cabelo prateado; ela pensou que o menino tinha vindo para entregar uma mensagem.

— O que é isso? — Ela perguntou . — Eles nos querem de volta no ze Hall?

— Uh, não. — Charlie disse, ainda tentando processar, — Eu sou, uh, — ele parou por um momento, pensando se deveria ou não permitir que as palavras saíssem de sua boca, — o campeão de Hogwarts.

Victor Krum se endireitou. Seu rosto carrancudo escureceu enquanto observava Charlie.

Fleur Delacour, no entanto, jogou o cabelo, sorrindo, e disse: — Oh, vai uma piada engraçada, Meester.

— Eu não estou-

De repente, a porta atrás de Charlie se abriu. O garoto de olhos castanhos se virou instantaneamente, mas fora de tudo, Harry Potter olhando para ele não era um deles.

— Harry, cara. — Charlie correu até ele, — Você tem que dizer a eles que eu não fiz isso! Eu não coloquei meu nome no Cálice de Fogo! erro! Eu não quero fazer isso! Diga a eles que não-

Harry não sabia como explicar o que tinha acabado de acontecer. Ele ficou ali, olhando para os três campeões; lhe ocorreu o quão alto todos eles eram comparados a ele.

Houve um som de pés correndo atrás de Harry, e Ludo Bagman entrou na sala. Ele pegou o menino pelo braço e o levou para a frente.

— Extraordinário! — Ele murmurou, apertando o braço de Harry. — Absolutamente extraordinário! Cavalheiros... Senhora. — Acrescentou, aproximando-se da lareira e dirigindo-se aos outros três. — Posso apresentar, por incrível que pareça, o quarto campeão Tribruxo?

O rosto de Charlie caiu imediatamente quando ele olhou para seu amigo, que estava ali parado parecendo completamente estupefato.

— O-o quê? — Ele perguntou, em um tom mais irritado do que o pretendido, — Que diabos? Harry e eu somos menores de idade! Nenhum de nós é elegível para ser campeão! Isso é algum tipo de piada?

— Piada? — Bagman repetiu, confuso. — Não, não, de jeito nenhum! O nome de Harry acabou de sair do Cálice de Fogo! Assim como o seu, Charlie - meu Deus, seu pai ficaria tão orgulhoso se estivesse aqui!

As sobrancelhas grossas de Krum se contraíram levemente. Charlie ainda parecia educadamente confuso. Fleur franziu a testa.

— Mas, evidentemente, isso foi um erro. — Disse ela com desprezo a Bagman.

— Bem... É incrível. — Disse Bagman, esfregando o queixo liso e sorrindo para os dois jovens grifinórios. — Mas, como você sabe, a restrição de idade só foi imposta este ano como uma medida extra de segurança. Está nas regras, vocês são obrigados... Harry e Charlie terão que fazer o melhor que puderem.

A porta atrás deles se abriu novamente e um grande grupo de pessoas entrou; Professor Dumbledore, seguido de perto pelo Sr. Crouch, Professor Karkaroff, Madame Maxime, Professora McGonagall e Professor Snape.

Charlie podia ouvir o zumbido das centenas de alunos do outro lado da parede, antes que a professora McGonagall fechasse a porta.

— Madame Maxime! — Disse Fleur imediatamente, caminhando até sua diretora. — Eles estão dizendo que esses garotinhos é para competir também!

Em algum lugar sob a descrença entorpecida de Charlie, ele sentiu uma onda de raiva; e aparentemente, Harry sentiu o mesmo a julgar por suas sobrancelhas franzidas – garotinhos?

Madame Maxime se endireitou em sua altura total e considerável. O topo de sua bela cabeça roçou o candelabro cheio de velas, e seu gigantesco busto de cetim preto inchou.

— Qual é o significado disso, Dumbledore? — Ela perguntou imperiosamente.

— Eu gostaria de saber isso pessoalmente, Dumbledore. — Disse o professor Karkaroff. Ele estava com um sorriso de aço, e seus olhos azuis eram como lascas de gelo. — Dois campeões de Hogwarts? Não me lembro de ninguém me dizendo que a escola anfitriã tem permissão para dois campeões - ou eu não li as regras com atenção suficiente?

— É impossível. — Disse Madame Maxime, cuja mão enorme estava apoiada no ombro de Fleur. — 'Hogwarts não pode ter dois campeões. É muito injusto. Eles são menores de idade!

— Tínhamos a impressão de que sua Linha de Idade manteria os competidores mais jovens, Dumbledore. — Disse Karkaroff, seu sorriso de aço ainda no lugar, embora seus olhos estivessem mais frios do que nunca. — Caso contrário, teríamos, é claro, trazido uma seleção mais ampla de candidatos de nossas próprias escolas.

— Não é culpa de ninguém além de Potter e Hawthorne, Karkaroff. — Disse Snape suavemente. Seus olhos negros estavam iluminados com malícia. — Não vá culpar Dumbledore por sua determinação em quebrar as regras. Eles estão cruzando linhas desde que chegaram aqui.

— Não há necessidade de culpar, Severus. — Disse Dumbledore com firmeza, e Snape ficou quieto, embora seus olhos ainda brilhassem maldosamente através de sua cortina de cabelo preto oleoso.

O Professor Dumbledore estava agora olhando para seu neto, que olhou de volta para ele, tentando discernir a expressão dos olhos por trás dos óculos de meia-lua.

— Você colocou seu nome no Cálice de Fogo, Charlie? — Ele perguntou calmamente.

— Não, senhor. — Charlie disse instantaneamente. Ele estava muito ciente de que todos o observavam de perto. Snape fez um ruído suave de descrença impaciente nas sombras.

— Você pediu a um aluno mais velho para colocá-lo no Cálice de Fogo para você? — Perguntou o Professor Dumbledore, ignorando Snape.

— Não, senhor. — Charlie falou novamente, com veemência.

Dumbledore suspirou antes de olhar para Harry com uma sobrancelha levantada, — Harry?

— Claro que não, professor. — Harry implorou, — Eu nunca iria-

— Ah, mas é claro que eles estão mentindo! — Gritou Madame Maxime. Snape agora estava balançando a cabeça, seus lábios se curvando.

— Como diabos eles estão mentindo? — Rosnou uma voz da porta, — O Cálice de Fogo é um objeto mágico excepcionalmente poderoso. Apenas um mago excepcionalmente poderoso capaz de produzir um Feitiço Confundus extremamente forte poderia tê-lo enganado! A única coisa capaz de enganar o Cálice para esquecer que apenas três campeões, que são maiores de idade, competem no torneio... Acho que alguém enviou os dois, os nomes de Hawthorne e Potter, por razões desconhecidas. Independentemente disso, o fato ainda permanece que magia como essa está muito além das capacidades de alguns alunos do quarto ano!

Moody acabara de entrar na sala. Ele mancou em direção ao fogo, e a cada passo certo que dava, ouvia um baque alto.

Karkaroff falou friamente: — Você parecia ter pensado bastante nisso, Moody.

— Já foi meu trabalho pensar como os bruxos das trevas, Karkaroff. — Moody estreitou os olhos, encarando o rosto de Karkaroff, — Talvez você se lembre.

— Eles não poderiam ter cruzado a Linha da Idade. — Disse a professora McGonagall bruscamente, descartando a possível briga entre os dois. — Tenho certeza de que todos concordamos com isso.

— Dumbledore deve ter cometido um erro de linha. — Disse Madame Maxime, encolhendo os ombros.

— É possível, claro. — Dumbledore disse, educadamente.

— Alvo, você sabe perfeitamente que não cometeu um erro! — Disse a professora McGonagall com raiva, antes de se virar para estreitar os olhos para Snape. — Sério, que bobagem! Nem Charlie ou Harry não poderiam ter cruzado a linha sozinhos, e como o Professor Dumbledore acredita que eles não persuadiram um aluno mais velho a fazer isso por eles, tenho certeza que deveria ser bom o suficiente para todos os outros!

— Sr. Crouch... Sr. Bagman, — disse Karkaroff, sua voz untuosa mais uma vez, — o senhor é nosso... Er... Juízes objetivos. Certamente concordará que isso é muito irregular?

Bagman enxugou o rosto redondo e infantil com o lenço e olhou para o sr. Crouch, que estava parado do lado de fora do círculo da luz do fogo, o rosto meio escondido na sombra. Ele parecia um pouco estranho, a meia escuridão fazendo-o parecer muito mais velho, dando-lhe uma aparência quase de caveira. Quando ele falou, no entanto, foi em sua habitual voz curta.

— As regras são absolutas. O Cálice de Fogo constitui um contrato mágico obrigatório, como Dumbledore disse antes; todos eles são obrigados a competir quando seus nomes forem retirados. Sr. Hawthorne e Sr. Potter não têm escolha, eles são campeões do Torneio Tribruxo a partir deste momento em diante.

O Grande Salão estava deserto agora; as velas estavam fracas, piscando histericamente.

— O que diabos acabou de acontecer? — Perguntou Charlie, enquanto ele e Harry caminhavam em direção à Torre da Grifinória. — Como eles estão nos deixando fazer isso? Como eles não podem ver claramente que essa coisa toda foi uma armação - além do nosso fazer!

— Não sei. — Disse Harry; ele realmente não conseguia pensar em mais nada para dizer.

O interior da cabeça de Charlie parecia estar em completa desordem, como se seu cérebro tivesse sido saqueado. Ele estava completamente confuso, mas também com muito medo. Tanto assim, que ele aparentemente deixou seus pés levá-lo para onde ele estava indo sem pensar duas vezes, porque antes que ele percebesse, eles estavam do lado de fora da entrada da sala comunal.

— Harry, — Charlie disse suavemente, parando antes de se aproximar do retrato da Mulher Gorda. Harry olhou para seu amigo com olhos curiosos, — você percebe que deveríamos estar competindo um contra o outro? Em um torneio que é notório pela morte de seus campeões?

Harry ficou surpreso com a franqueza de seu amigo, — Que maneira incrivelmente mórbida de olhar para isso.

— Estou sendo realista. — Charlie disse simplesmente, — você não pensou sobre o que isso significa?

— Não, eu não pensei. — Harry suspirou, — Eu honestamente só estou tentando chegar a um acordo com a coisa toda. Independentemente disso, estamos nisso juntos - como sempre.

Charlie sorriu brincalhão enquanto levantava uma sobrancelha, — As regras dizem que não devemos trabalhar juntos.

Harry riu, — Quando nós seguimos as regras?

— Bem, sim - suponho, você está certo. — Charlie riu junto com seu amigo antes de balançar o cabelo de Harry de brincadeira em um momento de união de irmão. — Estamos nisso juntos - como sempre.

O menino de óculos sorriu mais uma vez, tentando alisar o cabelo agora bagunçado, enquanto se aproximavam do retrato da Mulher Gorda.

Bem, bem, bem. — Disse a Mulher Gorda quando eles entraram em seu ponto de vista, — Acabei de saber tudo. Eu não posso acreditar que vocês dois são os campeões de Hogwarts!

Harry balançou a cabeça em frustração, — Balderdash.

— Certamente não é! — disse a Mulher Gorda indignada. — Sir Cadogan disse-

— Não, não, — Charlie suspirou, — é a senha

— Ah, certo. — A Mulher Gorda disse, envergonhada, e ela se virou para a frente para deixar Harry e Charlie entrarem na sala comunal.

A explosão de ruído que atingiu os ouvidos de Charlie quando o retrato abriu quase o derrubou para trás. A próxima coisa que ele percebeu, ele e Harry estavam sendo puxados para dentro da sala comunal por cerca de uma dúzia de pares de mãos, e estavam encarando toda a Grifinória, todos gritando, aplaudindo e assobiando.

— Você deveria ter nos dito que você entrou! — Gritou Fred; ele parecia meio irritado, meio profundamente impressionado.

— Como você fez isso sem ter barba? Brilhante! — Rugiu George.

— Eu não fiz isso. — Charlie tentou explicar. — Nem Harry. Não sabemos como-

Mas Angelina agora se abateu sobre ele; — Se não pudesse ser eu, fico feliz que seja pelo menos um grifinório! Parabéns!

Katie Bell gritou: — Vocês serão capazes de mostrar a esses Beauxbatons e Durmstrang do que Hogwarts é capaz!

— Temos comida, Charlie, venha e coma um pouco.

— Não estou com fome, já comi o suficiente no banquete.

Mas ninguém queria ouvir que ele não estava com fome; ninguém queria ouvir que ele ou Harry não colocaram seus nomes no Cálice; nem uma única pessoa parecia ter notado que eles não estavam com vontade de comemorar.

Lee Jordan tinha até desenterrado um estandarte da Grifinória de algum lugar, e ele insistiu em colocá-lo em torno de Charlie como uma capa. Eles não podiam fugir; sempre que ele ou Harry tentavam se mover para a escada em direção aos dormitórios, a multidão ao redor deles cerrava fileiras, forçando-lhes outra cerveja amanteigada, colocando batatas fritas e amendoins em suas mãos.

Todo mundo queria saber como eles tinham feito isso, como eles tinham enganado a Linha de Idade de Dumbledore e conseguido colocar seus nomes no Cálice de Fogo.

— Nós, não. — Disse Harry, repetidamente, — Nós não sabemos como isso aconteceu.

Mas, apesar de todo o aviso que alguém deu, ele poderia muito bem não ter respondido nada.

— Estou cansado! — Charlie finalmente gritou, depois de quase meia hora, mas a multidão foi rápida em tentar protestar. — Não, sério, eu vou para a cama.

Charlie queria mais do que tudo encontrar Ron e Hermione, encontrar um pouco de sanidade, mas nenhum deles parecia estar na sala comunal.

Insistindo que ele precisava dormir, e quase achatando os irmãos Creevey enquanto tentavam agarrá-lo ao pé da escada, Charlie conseguiu se livrar de todos e subir para o dormitório o mais rápido que pôde com Harry seguindo de perto atrás dele.

Para seu grande alívio, eles encontraram Ron deitado em sua cama no dormitório vazio, ainda completamente vestido. Ele olhou para cima quando a porta bateu atrás de seus dois amigos.

Harry suspirou, indo até Rony. — Onde você esteve?

— Oh, olá. — Disse Rony, olhando para Charlie com uma expressão bem estranha. Ele estava sorrindo, mas era um tipo de sorriso muito estranho e tenso.

Charlie de repente percebeu que ainda estava usando a bandeira escarlate da Grifinória que Lee havia amarrado em volta dele. Ele se apressou em tirá-lo, mas estava bem amarrado. Ron estava deitado na cama sem se mexer, observando o garoto de olhos castanhos lutar para removê-lo.

— Então, — ele disse, quando Charlie finalmente removeu o banner e o jogou em um canto, — suponho que um parabéns está em ordem.

Charlie franziu as sobrancelhas, — O que você quer dizer com parabéns?

Definitivamente havia algo errado com o jeito que Ron estava sorrindo; era mais como uma careta.

— Bem... Ninguém mais atravessou a Linha da Idade. — Ron disse em um tom de descrença. — Nem mesmo Fred e Gorge. O que você usou? — Ele olhou para Harry, — A Capa da Invisibilidade? — Então, ele olhou para Charlie, — Ou você acabou de fazer seu querido e velho avô colocar seu nome?

— A Capa da Invisibilidade não teria me feito passar dessa linha. — Disse Harry lentamente, completamente pasmo com as insinuações de Ron.

Charlie foi pego de surpresa, — Você não está seriamente insinuando que eu fiz meu avô descaradamente desrespeitar as regras para mim? Você honestamente acredita que ambos, Harry e eu, somos capazes disso?

Ron olhou para eles, — Eu claramente não sei mais do que vocês dois são capazes.

— Ouça, — Harry disse em um tom irritado, — nem Charlie ou eu, colocamos nossos nomes nesse Cálice. Alguém deve ter feito isso.

Ron ergueu as sobrancelhas, divertindo-se com a desculpa esfarrapada, — Para que eles fariam isso?

— Seu palpite é tão bom quanto o nosso. — Charlie suspirou.

As sobrancelhas de Ron se ergueram tanto que corriam o risco de desaparecer em seu cabelo.

— Está tudo bem, você sabe, você pode me dizer a verdade, eu deveria ser seu amigo depois de tudo. — Disse ele, estreitando os olhos. — Se você não quer que todo mundo saiba, tudo bem, mas eu não sei por que vocês dois estão se dando ao trabalho de mentir... Já nos contou que Dumbledore está deixando vocês dois entrarem. Um prêmio de mil galeões, hein? E você também não precisa fazer testes de fim de ano.

— Nós não colocamos nossos nomes naquele Cálice! — Gritou Harry; ele estava começando a ficar com raiva.

Os ouvidos de Charlie se animaram com a súbita mudança de tom – Harry nunca reagiu daquela maneira com Ron; isso não pode ser bom.

— Sim, tudo bem. — Disse Ron em um tom cético. — Harry, você disse esta manhã que teria feito isso ontem à noite, e ninguém teria visto você... Eu não sou estúpido, você sabe.

Harry retrucou, — Bem, você está fazendo uma ótima impressão disso.

— Sim? — Perguntou Ron, e não havia nenhum traço de sorriso, forçado ou não, em seu rosto agora. — Vocês dois não deveriam estar indo para a cama? Imagino que vocês precisem acordar cedo amanhã para uma foto ou algo assim.

— Você é literalmente a definição de idiota. — Harry zombou, — Você está sendo absolutamente ridículo! Por que Charlie e eu iríamos querer participar de algo onde poderíamos morrer?!

— Quem se importa com o seu raciocínio?! — Ron gritou, — Eu sei que vocês dois colocaram seus nomes naquele Cálice, quem mais teria? O que me deixa bravo é que vocês não mencionaram seu plano para mim! Eu pensei que éramos amigos!

— Um amigo não nos acusaria de mentir!

— Mas vocês es-

— Nós não estamos! Mais uma vez - você está sendo estúpido!

— Sim, isso mesmo. Harry Potter e o amigo estúpido de Charlie Hawthorne! Isso é tudo que eu sou!

— Já cansei disso. — Charlie murmurou, completamente ignorado por seus amigos gritando uns com os outros.

Sem que eles percebessem, o garoto de olhos castanhos girou nos calcanhares e saiu da sala, sem dizer mais nada. Não adiantava brigar, e com certeza não fazia sentido tentar dizer a verdade sobre o assunto – ninguém acreditava nele de qualquer maneira.

Quando ele chegou à sala comunal novamente, todos ainda continuavam a festejar. Charlie tentou passar despercebido pela multidão, mas isso não pareceu dar certo. Quando o viram, imediatamente começaram a gritar:

— Charlie! Bem-vindo de volta à festa!

— Eu ainda quero saber como você conseguiu seu nome no Cálice!

— Charlie! Venha conversar conosco!

— Charlie Hawthorne, Campeão de Hogwarts! Lá está ele!

— Aqui, Charlie! Venha aqui!

Mas ele ignorou todos eles. Charlie simplesmente manteve a cabeça baixa enquanto passava por seus fãs angustiados e voltava pelo buraco do retrato sem olhar para trás.

Charlie não sabia o que dizer, fazer ou pensar. Ele estava completamente confuso com os eventos que ocorreram nos últimos dias.

Primeiro, Elaina apareceu causando problemas com Hermione e ele por algum motivo desconhecido, então ele e Harry foram escolhidos para participar de um torneio potencialmente fatal, fazendo com que metade de seus colegas os amasse e metade deles os odiasse, e agora, Ron Weasley, uma das poucas pessoas que Charlie pensou que acreditaria na história deles, se voltou contra eles causando uma explosão de discussões acaloradas.

O menino estava tão dividido com tudo. Ele não queria isso, ele não queria glória eterna - ele só queria que as coisas voltassem ao que eram antes de tudo se complicar. Sua mente estava correndo, ele não conseguia se concentrar em uma coisa quando tantas coisas deram errado, mas então.

Seus pensamentos foram interrompidos quando seu corpo colidiu com outro. Ambos caíram no chão com um baque forte. A risadinha familiar de uma garota trouxe Charlie de volta à realidade. Ele olhou para cima para olhar nos olhos de Elaina Dumont, e naquele momento, ele não conseguia decidir se as coisas tinham piorado ou se elas tinham ficado muito melhores...

— Sabe, — ela riu, — você provavelmente deveria tomar cuidado para onde está indo, Hawthorne.

Charlie imediatamente se levantou e foi até Elaina para ajudá-la a se levantar, — Desculpe! Eu não vi você, e minha cabeça está completamente-

— Confuso? — Elaina perguntou suavemente, terminando a frase do menino para ele.

— Sim, — ele respirou, — algo assim.

— Entendo, — ela sorriu, — eu ficaria confusa também! Eu não posso acreditar que alguém colocaria seu nome-

— Espere, — Charlie foi pego de surpresa um pouco, — você não acha que fui eu quem colocou meu nome no Cálice? Quer dizer, você acredita em mim?

Elaina olhou para ele com uma sobrancelha franzida; ela pensou que tinha sido óbvio, — Bem, claro. Qualquer um que genuinamente acredita que você seria capaz de algo assim está enlouquecendo. Por que você está surpreso? — Ela riu, — Quer que eu não acredite em você?

— Não, não, — Charlie disse rapidamente, — é só que... Você é a primeira pessoa, além de Harry, a realmente perceber que eu não tive nada a ver com isso.

— Bem, — ela franziu os lábios, — todo mundo é um pouco lento então, eu acho.

Pela primeira vez, no que pareceram séculos, Charlie riu levemente.

— Chega de falar de mim, honestamente estou ficando cansado de ouvir meu nome. — Ele disse brincando, — Como você está? Se acostumando com Hogwarts, não é? Eu sei que você está aqui há apenas um dia até agora.

Elaina sorriu docemente, — Bem, no momento em que eu não estava falando com Fleur sobre todo esse desastre do torneio, decidi dar uma volta - que por acaso foi interrompido pelo garoto que disse que o desastre estava prestes a acontecer! Você acredita que?

— Muito engraçado. — Charlie repreendeu provocantemente, — Sinto muito por encurtar sua aventura.

— Eu acho que sei como você pode me compensar. — Elaina sorriu, uma ideia se formando em sua cabeça para a qual Charlie levantou uma sobrancelha para incentivá-la a continuar, — Eu acho que você deveria ser meu guia turístico pessoal enquanto eu estou aqui. Dessa forma, não só poderei testemunhar a experiência escolar britânica completa, mas também passar mais tempo com você - o que pode ou não ser um bônus adicional.

— Bônus adicional, certo? — Charlie sorriu, ligeiramente entretendo a ideia, — Bem, eu acho-

Mas sua voz sumiu ao som de saltos batendo no chão do corredor. Charlie virou bruscamente para a esquerda apenas para ter seu rosto caído ao ver Hermione Granger caminhando em direção a eles.

Hermione ainda não tinha visto as duas pessoas na frente dela, pois ela estava muito envolvida no livro em que sua cabeça estava enterrada, mas quando ela se aproximou, ela podia sentir seus olhares sobre ela.

Ela olhou para cima, fechando seu livro, apenas para praticamente sentir seu coração quebrar ao ver o garoto que ela cuidava e a garota que ela desprezava, conversando em um encontro próximo. De repente, sua preocupação com a participação de Charlie no Torneio Tribruxo desapareceu, e o ciúme acumulado nela explodiu mais uma vez.

— Mione, — Charlie suspirou, reconhecendo sua presença, — onde você esteve?

Hermione franziu as sobrancelhas; ele teve coragem de usar o apelido dela em um momento como este.

— Na biblioteca. — Ela disse sem expressão.

— Oh? — Charlie disse suavemente, estando atento à situação tensa em que se encontrava, — Para quê?

— Pesquisando o Torneio, — Hermione disse com um olhar, — você sabe, descobrindo maneiras de ajudá-lo a completar as tarefas sem o custo de sua morte prematura.

Elaina riu um pouco, — Um pouco dramático, não é?

Hermione cerrou os dentes, — Um torneio conhecido por seu número de mortos vale o drama, eu diria. Você não concorda, Charlie?

— Bem, sim, eu suponho-

— Brilhante, — Hermione disse rispidamente, — que bom que estamos de acordo. Eu preciso falar com você... Em particular.

— Certo. — Elaina disse com um sorriso divertido antes de se virar para Charlie, — Eu provavelmente deveria ir, mas pense na minha oferta, ok?

Charlie assentiu simplesmente enquanto Elaina caminhava pelo lado oposto do corredor, em direção aos dormitórios dos Beauxbatons.

Assim que a garota francesa se foi, Hermione cruzou os braços e levantou uma sobrancelha na direção do garoto de olhos castanhos, — Oferta, hein?

Charlie gemeu, — De novo, sério? Nós vamos brigar seriamente sobre isso, de novo?

— Você é quem fica na defensiva. — Hermione zombou, — Eu simplesmente fiz uma pergunta.

— Que seja, Hermione. — O menino revirou os olhos, — Eu não estou com vontade de lidar com isso agora.

— Certo, — a garota de cabelos espessos franziu os lábios, — por que não estou surpresa?

Charlie levantou uma sobrancelha, — O que isso quer dizer?

— Significa, — Hermione começou, irritada, — que desde que aquela idiota francês entrou em sua vida, você nunca parece estar com disposição para nada que não diga respeito a ela.

— Então, minhas contribuições para o SPEW foram apenas uma invenção da minha imaginação, não é? — Charlie zombou, — Eu tenho ajudado você desde o início do semestre, e nem uma vez o nome de Elaina foi mencionado!

— Isso não justifica sua mudança repentina de atitude desde que ela chegou. — Hermione defendeu, — Você nota a maneira como você age perto dela?

Charlie riu, irritado com essa coisa toda, — Ela está aqui há apenas um dia!

— E quantas brigas tivemos desde que ela esteve aqui, hein? — Hermione gritou instantaneamente: — Caso sua cabeça dura ainda não tenha processado, —  ela fez um gesto entre os dois, — nós nunca brigamos. Mas de repente, a garota francesa e seus amigos aparecem, e estamos brigando a cada minuto de cada dia!

O menino estreitou os olhos, — E de quem é a culpa? Merlin, Hermione, não posso evitar se você está com ciúmes-

Antes mesmo que o garoto tivesse dito as palavras, Hermione empurrou o livro que estava segurando no peito dele, completamente surpresa e perplexa que ele a estivesse tratando dessa maneira.

— Você sabe o que? — Ela zombou: — Você pode descobrir toda essa coisa de torneio por conta própria.

Com isso, ela passou por ele, e quase instantaneamente, Charlie percebeu que ele tinha errado. Ele imediatamente se virou, tentando se desculpar.

— Hermione-

Mas ela não se virou.

Ela o ignorou e continuou seu caminho. Deixando o garoto de olhos castanhos ainda mais desnorteado e confuso enquanto ele estava no corredor mal iluminado; as chamas das velas dançando alegremente como se o insultassem.

Quando Charlie acordou na manhã de domingo, levou um momento para lembrar por que se sentia tão infeliz e preocupado. Então, a memória da noite anterior rolou sobre ele; a noite em que tudo parecia ter desmoronado.

Charlie se vestiu e desceu a escada em espiral até a sala comunal. No momento em que ele apareceu, as pessoas que já haviam terminado o café da manhã começaram a aplaudir novamente.

A perspectiva de descer ao Salão Principal e enfrentar o resto dos grifinórios, todos tratando-o como uma espécie de herói, não era convidativa; era isso, no entanto, ou ficar aqui e permitir-se ser encurralado pelos irmãos Creevey, que estavam ambos acenando freneticamente para ele se juntar a eles. Ele caminhou resolutamente até o buraco do retrato, abriu-o, saiu dele e se viu cara a cara com Hermione e Harry.

— Ei, cara. — Harry disse, segurando uma pilha de torradas, enquanto Hermione olhava para baixo, não querendo falar com ele ainda. — Nós trouxemos isso para você... Quer dar uma volta?

Charlie teve que desviar o olhar de uma quieta Hermione para que pudesse responder a seu amigo, agradecido, — Boa ideia.

Eles desceram, atravessaram o saguão de entrada rapidamente sem olhar para o Salão Principal e logo estavam caminhando pelo gramado em direção ao lago, onde o navio de Durmstrang estava ancorado, refletido na água. Era uma manhã fria, e eles continuaram se movendo, mastigando suas torradas, enquanto Harry contava a Hermione exatamente o que tinha acontecido depois que ele e Charlie deixaram a mesa da Grifinória na noite anterior. Para seu imenso alívio, Hermione aceitou a história deles sem questionar.

— Bem, é claro que eu sabia que vocês dois não tinham entrado. — Ela disse quando ele terminou de contar a ela sobre a cena na câmara ao lado do Hall. — O olhar em seus dois rostos quando Dumbledore leu seus nomes diz tudo! Mas a questão é, quem colocou isso? Porque Moody está certo... Eu não acho que qualquer aluno poderia ter feito isso... Ser capaz de enganar o Cálice, ou superar o de Dumbledore-

— Você viu Ron? — Harry interrompeu.

Hermione hesitou.

— Er... Sim... Ele estava no café da manhã. — Disse ela.

— Ele ainda acha que entramos em nós mesmos?

— Bem... Não, eu acho que não... Não realmente. — Disse Hermione sem jeito.

Charlie levantou uma sobrancelha, — O que isso quer dizer, 'não realmente'?

— Bem, é óbvio, não é? — Hermione disse desesperadamente, nem mesmo olhando para Charlie enquanto falava. — Ele está com ciúmes!

— Com ciumes? — Harry disse incrédulo. — Ciúmes de quê? Ele quer fazer papel de idiota na frente de toda a escola, não é?

— Olha, — disse Hermione pacientemente, — são sempre vocês dois que recebem toda a atenção, você sabe que é. Eu sei que não é sua culpa. — Ela acrescentou rapidamente, vendo Harry abrir a boca furiosamente. — Eu sei que vocês não pedem por isso... Sempre que as pessoas vêem vocês dois, e ele tolera isso, e ele nunca menciona isso, mas eu suponho que isso é apenas uma vez demais.

— Ótimo. — Disse Harry amargamente. — Realmente ótimo. Diga a ele que eu troco a qualquer hora que ele quiser. Diga a ele que ele é bem-vindo a isso... Pessoas olhando para minha testa em todos os lugares que eu vou.

— Eu não vou dizer nada a ele. — Hermione disse brevemente. — Diga a ele você mesmo. É a única maneira de resolver isso.

— Eu não estou correndo atrás dele tentando fazê-lo crescer! — Harry disse, tão alto que várias corujas em uma árvore próxima levantaram voo em alarme.

Charlie tentou brincar: — Talvez ele acredite que não estamos nos divertindo depois de quebrarmos o pescoço ou-

— Isso não é engraçado. — Disse Hermione calmamente, encontrando o olhar de Charlie pela primeira vez. — Isso não é nada engraçado.

Ela parecia extremamente ansiosa, e quando Charlie abriu a boca para continuar a conversa, na tentativa de fazê-la falar com ele pela primeira vez desde a noite passada, ela desviou o olhar para Harry rapidamente.

— Harry, eu estive pensando - você sabe o que temos que fazer, não é? Imediatamente, no momento em que voltarmos ao castelo?

— Sim, dê um bom chute no Ron-

— Escreva para Sirius. Você tem que contar a ele o que aconteceu. Ele pediu para você mantê-lo informado sobre tudo o que está acontecendo em Hogwarts... É quase como se ele esperasse que algo assim acontecesse.

— Pare com isso. — Disse Harry, olhando ao redor para verificar se eles não podiam ser ouvidos, mas o terreno estava bastante deserto. — Ele voltou para o campo só porque minha cicatriz doeu. Ele provavelmente entrará direto no castelo se eu disser a ele que alguém entrou em mim no Torneio Tribruxo.

— Hermione está certa. — Acrescentou Charlie, mas ainda assim Hermione não olhou para ele, — Sirius gostaria que você contasse para ele, além disso, se não, ele descobriria de qualquer maneira.

— Como?

— Harry, isso não vai ficar quieto. — Disse Hermione, muito séria. — Este torneio é famoso, e você é famoso. Ficarei realmente surpresa se não houver nada no Profeta Diário sobre você competir... E tenho certeza, Sirius preferiria ouvir isso de você.

— Ok, ok, eu vou escrever para ele. — Disse Harry, jogando seu último pedaço de torrada no lago. Os três ficaram parados e o observaram flutuando por um momento, antes que um grande tentáculo se erguesse da água e o colocasse sob a superfície. Depois voltaram para o castelo.

Os próximos dias foram alguns dos piores de Charlie em Hogwarts. Ele não falava com Ron ou Hermione há dias, então ele se preocupou em passar tempo com Harry. No entanto, isso não parece ter dado certo, pois ver os dois juntos só tornou as coisas ainda mais suspeitas sobre a ideia vacilante de colocar ou não seus próprios nomes no Cálice.

Charlie recebeu um apoio decente, no entanto, da escola, enquanto Harry, como sempre, foi vítima de muitas acusações. Charlie esperava nada menos do que insultos cruéis dos Sonserinos, mas os Lufa-Lufas eram tão adoráveis ​​como sempre. Enquanto a maioria dos Corvinais parecia pensar que ele estava desesperado para ganhar um pouco mais de fama enganando o Cálice para escolhê-lo.

Enquanto isso, não houve resposta de Sirius, seu avô não estava em lugar algum, Charlie tinha um novo grupo de fãs que eram liderados por Romilda Vane, e toda vez que ele olhava na direção de Elaina, um poço de culpa se formava em seu estômago. Então, era seguro dizer que as coisas estavam difíceis. No entanto, não tão difícil quanto as coisas eram para Harry.

Quando Charlie e Harry chegaram à masmorra de Snape depois do almoço para o Double Potions um dia, eles encontraram os sonserinos esperando do lado de fora, cada um deles usando um grande distintivo na frente de suas vestes. Por um momento, Charlie pensou que fossem distintivos do SPEW – então ele viu que todos traziam a mesma mensagem, em letras vermelhas luminosas que queimavam brilhantemente na passagem subterrânea mal iluminada:

APOIE DURMSTRANG E BEAUXBATONS!

— Olhem para eles! — Disse Malfoy em voz alta quando Harry e Charlie se aproximaram. — E isso não é tudo o que eles fazem - olhem!

Ele pressionou o distintivo no peito e a mensagem sobre ele desapareceu, sendo substituída por outra, que brilhava em verde:

POTTER FEDE!

Então, com outro toque, a mensagem desapareceu mais uma vez e foi substituída por outra, desta vez, brilhando em azul:

HAWTHORNE SUGA!

Os sonserinos uivaram de tanto rir. Cada um deles pressionando seus distintivos, fazendo com que o corredor brilhasse em azul e verde. Charlie sentiu o calor subir em seu rosto e pescoço.

— Oh, muito engraçado, — Hermione disse sarcasticamente para Pansy Parkinson e sua gangue de garotas da Sonserina, enquanto ela andava pelo corredor na hora mais oportuna, — muito espirituosa.

Ron estava no corredor com Dean e Seamus. Ele não estava rindo, mas também não estava defendendo Harry ou Charlie.

— Quer um, Granger? — Perguntou Malfoy, estendendo um distintivo para Hermione. — Eu tenho um monte. Mas não toque na minha mão agora. Acabei de lavá-la, você vê; não quero um sangue-ruim sujando-a.

Toda a raiva que Charlie vinha sentindo há dias e dias parecia estourar uma represa em seu peito. Ele estendeu a mão e tirou o distintivo da mão de Draco agressivamente antes mesmo de perceber o que estava fazendo. As pessoas ao redor deles saíram do caminho, recuando pelo corredor.

— Charlie! — Hermione disse em advertência; era a primeira vez que ela falava com ele em dias. Ela estendeu a mão para puxá-lo de volta pelo braço, — Por favor!

Mas Charlie a afastou. Ele não se moveu. Em vez disso, seus olhos furiosos estavam fixos nos de Malfoy, e ele jurou que se o idiota de cabelo loiro fizesse um movimento, ele atacaria.

— Vá em frente, Hawthorne. — Malfoy disse calmamente, dando um passo à frente, parecendo confiante. — Moody não está aqui para cuidar de você agora - faça isso, se você tiver coragem.

Por uma fração de segundo, Charlie hesitou, ciente de como isso poderia se voltar contra ele, mas Draco não parava de falar.

— Cuidado, Hawthorne, — ele sorriu antes de olhar por cima do ombro de Charlie para olhar para Hermione mais uma vez, — sua namorada está assistindo.

E isso fez isso.

Em um piscar de olhos, Charlie empurrou Draco contra a parede por suas vestes para que os sonserinos engasgassem de medo, mas antes que ele pudesse dar um soco, o Professor Snape veio de sua sala de aula exibindo sua carranca familiar.

— E sobre o que é todo esse barulho? — Ele perguntou em uma voz suave e mortal.

Os sonserinos clamaram para dar suas explicações; Snape apontou um longo dedo amarelo para Malfoy e disse, — Explique.

— Hawthorne me atacou, senhor.

Charlie zombou, — Ele mereceu.

— Entendo, — Snape disse, em sua voz mais sedosa, — cinquenta pontos a menos para a Grifinória e uma detenção para Hawthorne. Agora entre, ou será uma semana de detenções.

— Você tem que ser maldito brincalhão-

— Agora, Sr. Hawthorne, — Snape zombou, — ou eu serei forçado a envolver seu avô no assunto- Hawthorne! Aonde você pensa que está indo?! Minha aula está prestes a começar!

Charlie nem deixou Snape terminar antes de sair pelo corredor. Ele estava tremendo de raiva pelas ações injustas de Snape, e ele tinha que sair antes que fizesse algo que pudesse se arrepender.

— Sinto como se fosse forçado a envolver meu avô no assunto, professor. — Ele chamou do corredor com um sorriso espertinho, — Não se preocupe, eu sei o caminho!

Com isso, ele subiu as escadas em direção ao escritório de Dumbledore deixando todos os seus colegas chocados para o inferno e o Professor Snape parecendo mais irritado do que nunca.

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