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𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
CAPÍTULO TRINTA E OITO
─── PALAVRAS NÃO DITAS E CAMPEÕES ESCOLHIDOS
— ISSO FOI MENTIRA, HARRY. — Disse Hermione rispidamente durante o café da manhã na manhã seguinte. — Você não imaginou sua cicatriz doendo e você sabe disso.
Harry tinha acabado de se juntar a Charlie, Hermione e Ron no Salão Principal. Ele disse a eles que a razão para ele estar atrasado era porque ele escreveu para Sirius de manhã cedo, assegurando-lhe que nada estava errado, e que ele devia estar imaginando sua cicatriz doendo; estava tudo bem, sem necessidade de devolução.
— E daí? — Perguntou Harry. — Ele não vai voltar para Azkaban por minha causa.
— E você honestamente acha que ele vai acreditar nisso? — Charlie questionou, — Quero dizer, pelo amor de Deus, Sirius é um monte de coisas, mas ele não é um idiota.
— Vamos parar com isso. — Disse Ron, enchendo o rosto de ovo e salsicha.
★
Harry passou a maior parte do dia se preocupando com Sirius. Ele nunca expressou sua preocupação com palavras, mas era visível pelo olhar em seu rosto.
Quanto a Charlie, ele se preocupou em ajudar Hermione com SPEW por uma boa parte do dia. Ele achou que era melhor ficar do lado de Hermione antes que as delegações chegassem e elas tivessem um novo problema com Elaina por perto.
Ele usou seu charme inegável e conexões em torno da escola para vender alguns dos crachás. Concedido, a maioria dos quais Charlie os vendeu não entendeu a necessidade da organização, mas obrigado de qualquer maneira porque bem, Charlie poderia ser muito persuasivo. O menino de olhos castanhos estava satisfeito em vender os distintivos durante o almoço, pois isso deixava Hermione feliz, e isso era tudo o que ele queria ver.
Quanto às aulas, as aulas pareciam estar ficando cada vez mais intensas, especialmente quando se tratava de Defesa Contra as Artes das Trevas. No dia em que as delegações deveriam chegar, o professor Moody anunciou que colocaria a Maldição Imperius em cada um de seus alunos como forma de demonstrar seu poder e ver se eles eram ou não habilidosos o suficiente para resistir aos seus efeitos.
— M-Mas você disse que é ilegal, professor. — Disse Hermione incerta enquanto Moody limpava as mesas com um movimento de sua varinha, deixando um grande espaço livre no meio da sala. — Você disse para usá-lo contra outro humano era-
— Dumbledore quer que você ensine como é. — Disse Moody, seu olho mágico girando para Hermione com um olhar misterioso e sem piscar. — Se você prefere aprender da maneira mais difícil - quando alguém está colocando isso em você para que eles possam controlá-lo completamente - tudo bem por mim. Vá embora.
Ele apontou um dedo retorcido em direção à porta. Hermione ficou muito rosada e murmurou algo sobre não significar que ela queria ir embora. Charlie sorriu levemente, ele sabia que Hermione preferia comer pus de Bubotúber do que perder uma lição tão importante.
Moody começou a chamar os alunos para a frente e colocou a Maldição Imperius sobre eles. Charlie assistiu, um a um, seus colegas de classe fazerem as coisas mais extraordinárias sob sua influência. Dean Thomas pulou três vezes ao redor da sala, cantando o hino nacional. Lavender Brown imitou um esquilo. Neville executou uma série de ginástica bastante surpreendente que ele certamente não seria capaz em seu estado normal. Nenhum deles parecia ser capaz de lutar contra a maldição, e cada um deles se recuperou apenas quando Moody a removeu.
Quando o nome de Harry foi chamado, e ele foi colocado sob os efeitos da maldição, o garoto começou a tremer, como se estivesse tentando ao máximo resistir. Seu corpo inteiro tremeu furiosamente, resultando em ele bater de cabeça na mesa de Moody e a maioria da classe teve que reprimir uma risada – o garoto definitivamente teve uma concussão.
— Hawthorne, — Moody rosnou quando Harry foi levantado do chão, — você é o próximo.
Charlie avançou para o meio da sala de aula, para o espaço que Moody havia limpado de carteiras.
Moody ergueu a varinha, apontou para Charlie e disse: — Imperius!
Foi a sensação mais maravilhosa. Charlie sentiu uma sensação flutuante quando cada pensamento e preocupação em sua cabeça foi gentilmente apagado, deixando nada além de uma felicidade vaga e indetectável. Ele ficou ali se sentindo imensamente relaxado, apenas vagamente consciente de todos que o observavam.
Então ele ouviu a voz de Olho-Tonto Moody, ecoando em alguma câmara distante de seu cérebro vazio:
Pule na mesa... Pule na mesa.
Quase instantaneamente, Charlie dobrou os joelhos ligeiramente, preparando-se para saltar, mas tentou resistir o máximo possível.
Pule na mesa.
Porquê?
Outra voz havia despertado no fundo de seu cérebro.
Coisa estúpida de se fazer, realmente, disse a voz.
Pule na mesa.
Não, acho que não, obrigada, disse a outra voz, um pouco mais firme, não, não quero mesmo.
Pular! AGORA!
Mas Charlie conseguiu resistir, apesar da tentativa agressiva de Moody de tentar fazer o feitiço funcionar. Sua varinha estava tremendo em sua mão, e sua mandíbula estava apertada, mas Charlie permaneceu intocado ao canalizar cada parte de seu autocontrole.
O menino passou a maior parte de sua vida se restringindo de atacar os constantes comentários degradantes de seu pai, então ele tinha alguma experiência em sua resistência.
— Agora, isso é mais parecido com isso! — Rosnou a voz de Moody, e de repente, Charlie sentiu a sensação de vazio e eco em sua cabeça desaparecer. Ele se lembrou exatamente do que estava acontecendo, e a pressão em seus joelhos foi aliviada.
— Olhem isso, pessoal... Hawthorne lutou! Ele lutou, e muito bem venceu! Vamos tentar isso de novo, Hawthorne, e o resto de vocês, prestem atenção - observem os olhos dele, é aí que vocês vêem isso... muito bom, Hawthorne, muito bom mesmo! Eles terão problemas para controlar você! É bom saber.
— Do jeito que ele fala, — Charlie murmurou enquanto saía mancando da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas uma hora depois, — você pensaria que todos nós seríamos atacados a qualquer segundo.
— Sim, eu sei. — Disse Ron, que estava pulando cada passo alternativo. Hermione e Harry os seguiam de perto.
Todos os quatro ainda estavam completamente estupefatos sobre como o Professor Moody foi capaz de realizar tal maldição em um bando de garotos de quatorze anos.
★
Depois de Trato das Criaturas Mágicas naquele dia, Charlie, Hermione, Harry e Ron estavam indo em direção ao Hall de Entrada, mas não puderam prosseguir devido à grande multidão de estudantes reunidos lá, todos se aglomerando em torno de uma grande placa que havia sido erguida. ao pé da escadaria de mármore. Charlie, o mais alto dos quatro (apenas um pouco mais alto que Ron), ficou na ponta dos pés para ver por cima das cabeças à frente deles e leu o sinal em voz alta para os outros três:
O TORNEIO TRIWIZARD
AS DELEGAÇÕES DE BEAUXBATONS E DURMSTRANG CHEGARÃO ÀS 6 HORAS DE HOJE. AS AULAS VÃO TERMINAR MEIA HORA ANTES.
— Brilhante! — Disse Harry. — Nós temos Poções a seguir! Snape não terá tempo de envenenar todos nós!
OS ALUNOS DEVOLVERÃO SUAS BOLSAS E LIVROS A SEUS DORMITÓRIOS E REUNIÃO NO GRANDE SALÃO PARA A FESTA DE ACOLHIMENTO.
— Apenas um par de horas de distância! — Disse Ernie Macmillan da Lufa-Lufa, emergindo da multidão, seus olhos brilhando. — Eu me pergunto se Cedric sabe? Acho que vou contar a ele.
— Cedric? — Perguntou Ron inexpressivamente enquanto Ernie se afastava.
— Diggory. — Disse Harry. — Ele deve estar entrando no torneio.
— Aquele idiota, campeão de Hogwarts? — Ron disse, horrorizado, enquanto eles abriam caminho através da multidão tagarela em direção à escada.
— Ele não é um idiota. Você só não gosta dele porque ele venceu a Grifinória no Quadribol. — Repreendeu Hermione. — Ouvi dizer que ele é um aluno muito bom - e ele é um monitor.
Ela falou como se isso resolvesse o assunto para o qual Charlie balançou a cabeça levemente em descrença.
— Você só gosta dele porque ele é bonito. — Disse Ron, mordaz.
— Com licença, eu não gosto de pessoas só porque elas são bonitas! — disse Hermione indignada, olhando para Charlie por um momento, mas tão rapidamente que nenhum de seus amigos pareceu notar, — Há outras razões para gostar de alguém.
Charlie ergueu uma sobrancelha antes de dar uma alta tosse falsa, que soou estranhamente como — Lockhart!
Harry e Ron sorriram largamente para o estado de confusão de Hermione enquanto continuavam a caminho da última aula do dia, Poções.
★
O aparecimento da placa no hall de entrada teve um efeito marcante sobre os habitantes do castelo, todos estavam muito felizes e se preparando para a chegada das delegações.
Depois de sair de Poções aparentemente ilesos e devolver seus livros para seus dormitórios, os quatro amigos da Grifinória se viram de volta ao Salão Principal, que havia sido decorado enquanto os alunos estavam em suas aulas.
Enormes estandartes de seda estavam pendurados nas paredes, cada um representando orgulhosamente uma casa de Hogwarts diferente – vermelho com um leão dourado para a Grifinória, verde com uma serpente prateada para a Sonserina, amarelo com um texugo preto para a Lufa-Lufa e, finalmente, azul escuro com um águia de bronze para Corvinal. Na parede dos fundos, atrás da grande mesa dos professores, estava o maior estandarte da sala - o leão, a águia, o texugo e a serpente solidificados em unidade dentro do brasão de Hogwarts.
Charlie, Harry, Ron e Hermione sentaram-se ao lado de Fred e George na mesa da Grifinória. Mais uma vez, e o mais incomum, eles estavam sentados separados de todos os outros e conversando em voz baixa.
— É uma chatice, tudo bem. — George estava dizendo melancolicamente para Fred. — Mas se ele não falar conosco pessoalmente, nós vamos ter que mandar a carta para ele. Ou vamos enfiá-la na mão dele. Ele não pode nos evitar para sempre.
— Quem está evitando você? — Perguntou Ron, sentando-se ao lado deles.
— Gostaria que você fizesse isso. — Disse Fred, parecendo irritado com a interrupção.
— O que é uma chatice? — Ron perguntou a George.
— Ter um intrometido como você como irmão. — Disse George.
— Vocês dois já têm alguma ideia sobre o Torneio Tribruxo? — Harry perguntou. — Pensou mais em tentar entrar?
Hermione deu a Harry um olhar de repreensão, — Não vá encorajá-los.
— Alguém querendo saber como serão as tarefas? — Perguntou Ron. — Aposto que conseguiríamos. Já fizemos um monte de coisas perigosas antes.
— Você não ouviu meu avô? — Charlie suspirou, — Este torneio é famoso por seu número de mortos. Eu não sei sobre você, mas eu não estou tentando morrer tão cedo, especialmente não por algo tão patético quanto 'glória eterna'.
— Não na frente de um painel de juízes, você não. — Disse Fred para seu irmão, ignorando a observação de Charlie. — McGonagall diz que os campeões recebem pontos de acordo com o quão bem eles fizeram as tarefas.
— Quem são os juízes? — Harry perguntou.
— Bem, os diretores das escolas participantes estão sempre no painel, — disse Hermione, e todos olharam para ela, um tanto surpresos, — porque todos os três foram feridos durante o Torneio de 1792, quando uma cocatriz, os campeões deveriam estar pegando, entrou em fúria.
Ela notou todos eles olhando para ela e disse, com seu habitual ar de impaciência que ninguém mais tinha lido todos os livros que ela tinha, — Está tudo em Hogwarts, Uma História.
Suas próximas palavras foram abafadas pelo súbito barulho vindo de cima, que felizmente, apenas alguns grifinórios estavam no Salão Principal para notar.
Charlie ergueu os olhos imediatamente e viu Edwiges voando em direção à mesa. Eles observaram Edwiges ansiosamente enquanto ela se sentava no ombro de Harry, dobrava as asas e esticava a perna cansada.
Harry tirou o pedaço de pergaminho e então, verificando se Fred e George estavam imersos em outras discussões sobre o Torneio Tribruxo, Harry leu a carta de Sirius em um sussurro para seus amigos.
Boa tentativa, Harry.
Estou de volta ao país e bem escondido. Eu quero que você me mantenha informado sobre tudo o que está acontecendo em Hogwarts. Não use Edwiges, continue trocando de corujas, e não se preocupe comigo, apenas tome cuidado. Não se esqueça do que eu disse sobre sua cicatriz.
Sirius
— Por que você tem que ficar trocando de corujas? — Ron perguntou em voz baixa.
— A Edwiges vai atrair muita atenção. — Disse Hermione imediatamente. — Ela se destaca. Uma coruja nevada que continua voltando para onde quer que esteja escondida... Quero dizer, eles não são pássaros nativos, são?
— Ela está certa, — Charlie sussurrou, — é melhor manter isso em segredo por enquanto, parece que o banquete está prestes a começar.
A porta do Salão Principal se abriu, e centenas de estudantes de cada Casa começaram a se amontoar na sala, movendo-se para suas mesas designadas. Edwiges, assustada com os barulhos altos e repentinos, voou por onde ela veio, enquanto Harry colocou o bilhete de Sirius em suas vestes.
Não muito tempo depois, Dumbledore caminhou pelo caminho entre as mesas das Casas, o resto da equipe seguindo logo atrás dele. No entanto, a visão de seu pai, Ludo Bagman e Barty Crouch entre aquele grupo de adultos é o que realmente intrigou Charlie.
— O que eles estão fazendo aqui? — Ron sussurrou na direção de Charlie.
— Eles organizaram o Torneio Tribruxo, não é? — Perguntou Charlie, pensando na única resposta viável que poderia encontrar.
Hermione acrescentou, — Eu suponho que eles queriam estar aqui para ver isso começar.
No entanto, eles foram silenciados quando Dumbledore se aproximou do pódio dourado, pronto para falar.
— Boa noite, senhoras e senhores! — Ele sorriu, — Hoje é realmente um dia especial! Hoje, vamos receber as delegações de Beauxbatons e Durmstrang que, fui informado, chegaram recentemente ao castelo.
Houve um aplauso significativo dos alunos, mas Charlie franziu as sobrancelhas.
— Eles já estão aqui? — Ele sussurrou, virando-se para seus amigos, — O quê? Nenhuma entrada dramática?
Mas Dumbledore continuou antes que Harry, Ron ou Hermione tivessem a chance de fazer qualquer comentário.
— Por favor, junte-se a mim para receber as adoráveis senhoras da Academia de Magia Beauxbatons e sua diretora, Madame Maxime!
Quase instantaneamente, Charlie ficou tenso; aqui vamos nós.
Como se fosse uma deixa, as portas do Salão Principal se abriram e uma mulher desceu o caminho usando um vestido diáfano. Ela era elegante, sim, mas também tinha cerca de três metros de altura.
— Caramba, — murmurou Seamus um pouco mais abaixo na mesa, — essa é uma mulher grande.
Então, uma a uma, uma procissão de garotas incrivelmente bonitas entrou no Salão em uma sincronização graciosa. Todos eles usavam roupões azuis sedosos e colantes na pele, o que causou uma boa impressão nos meninos na sala.
— Falei cedo demais sobre a coisa toda da 'entrada dramática'. — Murmurou Hermione.
— Eles são veelas! — Ron disse com a voz rouca para Harry e Charlie.
— Claro que não são! — Disse Hermione azedamente, observando o olhar de Charlie com cautela. — Eu não vejo mais ninguém olhando para eles como um idiota!
Mas ela não estava totalmente certa sobre isso. Enquanto as garotas atravessavam o Salão, a cabeça de muitos garotos se virava, e alguns deles pareciam ter ficado temporariamente sem palavras, assim como Ron.
— Estou te dizendo, elas não são garotas normais! — Disse Ron, inclinando-se para o lado para poder vê-los com clareza. — Eles não os fazem assim em Hogwarts!
— Eu acho que eles os tornam melhores do que isso em Hogwarts. — Charlie disse suavemente, sem pensar.
Hermione instantaneamente virou a cabeça para ele, fazendo o calor subir nas bochechas de Charlie devido ao seu olhar intenso. Internamente, a garota de cabelos espessos estava gritando, mas ela tentou ao máximo manter a calma. O sorriso vitorioso brincando em seus lábios, no entanto, era difícil de resistir.
No entanto, quando ela foi aproveitar o momento com Charlie, o grupo de Beauxbatons começou a se lançar para a frente, dando cambalhotas até o topo da sala, onde, afastados em círculo, esperavam seus três últimos membros. Duas garotas loiras caminharam pelo corredor, de mãos dadas, uma parecendo mais nova que a outra – devem ser irmãs. Saltando lado a lado para o centro do círculo, a garota de aparência mais velha puxou um lenço de seda, balançando-o na ponta dos dedos, antes de girar a garota menor como um pião para finalizar um truque dramático.
Então, por último, mas não menos importante, foi Elaina Dumont.
Ela dançou pelo corredor, uma trilha de pássaros magicamente encantados cantando ao lado dela. Então, como se estivesse procurando por ele, os olhos de Elaina encontraram os de Charlie enquanto ela se movia para o meio do círculo. Ela soprou um beijo na direção dele e se curvou graciosamente, causando um punhado de assobios dos meninos na sala. Elaina olhou para cima, um sorriso provocante se formando em seu rosto, e enviou uma piscadela na direção de Charlie para terminar a entrada dramática para a qual a multidão irrompeu em aplausos.
Charlie sentiu que seu coração começou a bater mais rápido enquanto ele se sentava parado enquanto a multidão ao seu redor aplaudia - ele não sabia o que fazer.
— Ela está olhando, cara! — Ron disse, sacudindo o braço de Charlie do outro lado da mesa em excitação. — Seu bastardo sortudo!
— Você é absolutamente nojento. — Hermione zombou de Ron, apertando o garfo em sua mão com tanta força de ciúmes, que seus dedos estavam ficando brancos.
Ela se virou para olhar para Charlie, mas seus olhos estavam fixos no prato vazio na frente dele. Por mais injusto que soasse, ela queria ser tranquilizada. Charlie não era seu namorado - ela sabia disso - mas ainda assim, ela queria que ele lhe dissesse que a única garota que ele tinha olhos era ela.
Em vez disso, ele não disse nada... Ele não fez nada.
Um fogo de ciúmes se acendeu em Hermione, queimando tão forte que ela jurou que se as Beauxbatons tentassem se sentar perto deles, ela perderia a calma completamente - felizmente, isso não aconteceu quando as Beauxbatons se sentaram do outro lado. a sala ao lado dos Covirnais.
— E agora... — Dumbledore anunciou mais uma vez, — Nossos amigos do Norte! Por favor, cumprimente os orgulhosos filhos de Durmstrang e seu Diretor, Igor Karkaroff!
A porta do Salão Principal se abriu mais uma vez, e um homem alto, elegante e de aparência arrogante avançou. Ele foi seguido por um regimento de estudantes estóicos de Durmstrang vestidos com casacos de pele escuros.
Um par de panteras negras lustrosas, cujos olhos brilhavam dourados, acolchoou-se carrancuda ao lado de Igor. Os alunos atrás dele se envolveram nos mais loucos saltos de parkour que Charlie já tinha visto.
Então, um quarteto de garotos de Durmstrang levou tochas aos lábios e cuspiu deslumbrantes cometas de fogo no ar, causando aplausos entusiasmados da sala.
Karkaroff acenou para um de seus alunos. Quando o menino passou, Charlie vislumbrou um nariz proeminente e curvo e grossas sobrancelhas pretas. Ele não precisava do soco no braço que Ron deu a ele e Harry para reconhecer aquele perfil.
— Harry, Charlie, é Krum!
Hermione revirou os olhos, — Pelo amor de Deus, Ron, ele é apenas um jogador de Quadribol.
— Apenas um jogador de Quadribol? — Ron disse, olhando para ela como se não pudesse acreditar em seus ouvidos. — Hermione, ele é um dos melhores apanhadores do mundo! Eu não tinha ideia de que ele ainda estava na escola! Vou pegar o autógrafo dele se puder! Você não tem uma pena, tem, Charlie ou Harry?
— Não, eles estão lá em cima na minha bolsa. — Disse Harry.
— Mesmo se eu tivesse um, — Charlie murmurou, — eu não daria para você.
Mas Ron o sacudiu enquanto observava com admiração enquanto Krum caminhava pelo corredor fazendo com que a maioria das garotas na sala olhassem com absoluta admiração.
No entanto, foi quando Krum passou por sua seção da mesa da Grifinória que fez Charlie franzir as sobrancelhas. Viktor lançou um olhar interessante para Hermione e, de repente, o garoto de olhos castanhos se sentiu inquieto.
Certamente, ele não tinha nada com que se preocupar... Mas e se tivesse.
— Aqui! Venha e sente-se aqui! — Ron assobiou. — Aqui! Hermione, levante-se, abra um espaço-
— O que?
— Tarde demais. — Disse Ron amargamente.
Viktor Krum e seus colegas alunos de Durmstrang se acomodaram na mesa da Sonserina. Charlie podia ver Malfoy, Zabini, Crabbe e Goyle parecendo muito presunçosos com isso. Enquanto observava, Malfoy se inclinou para falar com Krum.
— Sim, isso mesmo, seja esperto com ele, Malfoy. — Disse Ron com rispidez. — Aposto que Krum pode ver através dele... Aposto que ele faz as pessoas bajularem ele o tempo todo.
Charlie riu um pouco, — Você é o único a falar.
Ron o ignorou, no entanto, já que ele estava muito preocupado em ficar de boca aberta com Vítor Krum.
— Onde você acha que eles vão dormir? — Ele disse: — Nós poderíamos oferecer a ele um espaço em nosso dormitório... Eu não me importaria de dar a ele minha cama, eu poderia dormir em uma cama de acampamento.
Hermione bufou quando Harry arregalou os olhos.
— Absolutamente não. — Charlie disse bruscamente, — Você não está manchando nosso dormitório com suas fantasias de fanboy.
Harry riu histericamente enquanto Ron ficou de mau humor, abaixando a cabeça em derrota.
Dumbledore falou mais uma vez, sorrindo para os estudantes estrangeiros. — Tenho um grande prazer em receber todos vocês em Hogwarts. Espero e confio que sua estadia aqui seja confortável e agradável. O torneio será oficialmente aberto no final da festa, agora convido a todos para comer, beber, e sintam-se em casa!
Alvo sentou-se, e Charlie viu Karkaroff se inclinar para frente e conversar com ele, enquanto Madame Maxime parecia se aproximar de Hagrid, para grande desconforto do Professor Flitwick, que estava sentado entre os dois gigantes.
Os pratos na frente deles se encheram de comida, como de costume. Os elfos domésticos na cozinha pareciam ter feito tudo; havia uma variedade maior de pratos na frente deles do que Charlie já tinha visto, incluindo vários que eram definitivamente estrangeiros.
— O que é isso? — Perguntou Ron, apontando para um grande prato de algum tipo de ensopado de marisco que estava ao lado de um grande pudim de bife e rim.
— Bouillabaisse. — Hermione disse, simplesmente.
— Deus te abençoe. — Disse Ron.
— É realmente incrível como ele é idiota às vezes. — Charlie murmurou para Harry, fazendo-o rir.
— É francês. — Explicou Hermione, — Eu o comi nas férias do verão passado. É muito bom.
— Acredito na sua palavra. — Disse Ron, servindo-se de morcela.
O Salão Principal parecia muito mais cheio do que o normal; talvez fosse porque as delegações tinham uniformes de cores diferentes que se destacavam tão claramente contra o preto das vestes de Hogwarts. Agora que eles haviam removido suas peles, os alunos de Durmstrang foram revelados usando vestes de um vermelho-sangue profundo.
Depois que eles terminaram de comer, Charlie estava conversando com seus colegas grifinórios quando, de repente, sentiu um toque em seu ombro.
Quando ele se virou, seu queixo caiu um pouco.
Lá estava ela... Elaina Dumont.
Sua aparição fez Charlie reagir como se sua chegada mais cedo nunca tivesse acontecido. Ele ficou chocado para o inferno; ele achava que tinha, pelo menos, uma hora ou mais antes de ter que enfrentá-la.
— Hey, Charlie. — Ela sorriu enquanto se sentava ao lado dele sem um convite para fazê-lo. — É bom ver você! Como você está?
O garoto imediatamente começou a ficar nervoso, então ele coçou a nuca, — Sim, b-bom ver você também. Eu, uh, estive bem, e você, como você está?
— Eu estou indo bem, — Elaina sorriu, — mas eu senti sua falta, sabe? Eu estava praticamente contando os dias até poder te ver de novo.
Charlie poderia jurar que ouviu Hermione zombar atrás dele, deixando-o ainda mais tenso.
— C-certo. — Ele gaguejou enquanto forçava seu olhar para longe da garota francesa, e olhou através da mesa para Harry e Ron, que estavam olhando para ele com olhos curiosos, mas intrigados, — Estes são meus amigos. Harry, Ron, esta é Elaina.
— Prazer em conhecê-los. — Elaina disse docemente enquanto se virava para seguir o olhar de Charlie.
— Ah, acredite em nós, — disse Ron, incapaz de parar de ficar boquiaberto, — o prazer é todo nosso.
Elaina riu quando Harry cutucou Ron com força nas costelas, mas uma alta tosse falsa de Hermione puxou o menino de volta à realidade.
Charlie se virou na direção de Hermione e sorriu levemente, tentando aliviar um pouco a tensão, — E esta é Hermione. Hermione, eu já te falei sobre Elaina antes, não disse?
Essa foi a maneira subconsciente de Charlie de dizer à garota de cabelos espessos para se lembrar da conversa deles na Copa Mundial de Quadribol, onde ele declarou abertamente que nada estava acontecendo com Elaina – ele queria deixar isso claro novamente depois de sua entrada sedutora.
— Você disse? — Perguntou Hermione, fingindo ser tímida. Ela desviou o olhar para a garota francesa, — Desculpe, é tão difícil acompanhar todas as coisas sobre as quais Charlie e eu falamos - ainda assim, eu não me lembro dele ter mencionado você. O que é estranho, já que estamos bem perto, sabe?
O menino ficou pasmo. Nunca em todo o tempo que conhecemos Hermione Granger ela agiu dessa maneira. Ele sabia de sua antipatia por Elaina, é claro, mas não achava que ela seria tão passiva e agressiva sobre isso.
— Isso está certo? — Elaina disse enquanto um sorriso divertido se formava em seus lábios antes de se virar para Charlie, — Eu realmente deveria estar voltando para meus amigos. Fleur provavelmente está se perguntando para onde eu fui, mas Charlie, eu vou te ver por aí, não vai eu? — Ela desviou o olhar levemente para Hermione como se a provocasse, — Estou realmente ansiosa para que nos aproximemos enquanto estou aqui.
Hermione tinha cerrado os punhos debaixo da mesa – Elaina estava brincando com fogo; isso não pode ser bom.
Charlie não respondeu; ele não era tão estúpido. Em vez disso, ele apenas sorriu sem jeito quando Elaina se levantou da mesa, mas ela o surpreendeu mais uma vez, curvando-se para dar um beijo em sua bochecha, apenas para ser mesquinha.
— Pelo amor dos velhos tempos. — Ela sussurrou.
Elaina lançou um último olhar provocante para Hermione, que apertou a mandíbula, antes de voltar para a mesa da Corvinal.
— Estúpida idiota. — Hermione murmurou enquanto observava a garota sair com um olhar fulminante.
Charlie virou-se para a garota de cabelos espessos imediatamente e franziu as sobrancelhas, — O que foi isso?
— Oh, por favor, — Hermione revirou os olhos, — ela estava praticamente babando em cima de você.
— E? — Charlie questionou, completamente estupefato, — Isso fez tudo bem para você ser descaradamente rude, não é?
— Você deve estar brincando. — Hermione riu, um pouco surpresa, — Eu não vejo você ridicularizando ela por seu comportamento-
— Porque ela não estava sendo-
— Ah, vá embora Charlie, você sabe exatamente o que ela estava fazendo, e honestamente? O fato de que você até considerou a ideia-
— Eu não entreteve nada-
— Você com certeza não estava entretendo nada.
— Hermione, você está sendo ridícula.
— Eu? Você está brincando? Desculpe-me por ficar nervosa com o fato de que o garoto que eu-
— Ok, o suficiente! — Harry gritou, — Vocês dois estão sendo estúpidos.
— O quê? Eu não fiz nada! Ela se foi completamente-
— Ele está sendo estúpido! Ele foi cegado por-
— Harry disse o suficiente. — Ron disse em um tom que era final, — Eu não sei o que diabos está acontecendo entre vocês dois, mas seja o que for, parem com isso.
Tanto Charlie quanto Hermione bufaram alto, mas felizmente foram salvos de mais conversas quando Dumbledore se levantou para se dirigir à sala mais uma vez.
— Chegou o momento. — Disse ele, sorrindo para o mar de rostos virados para cima. — O Torneio Tribruxo está prestes a começar. Eu gostaria de dizer algumas palavras de explicação antes de trazermos o caixão-
— O quê? — Harry murmurou.
Ron deu de ombros, enquanto a cabeça de Charlie caiu em suas mãos enquanto ele suspirava, ainda chateado com o que tinha acontecido.
— Apenas para esclarecer o procedimento que estaremos seguindo este ano. Mas primeiro, deixe-me apresentar, para aqueles que não os conhecem, o Sr. Bartemius Crouch, Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia, — havia um punhado de aplausos educados - — e Sr. Ludo Bagman, Chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos.
Houve uma salva de palmas muito mais alta para Bagman do que para Crouch, talvez por causa de sua fama como batedor, ou simplesmente porque ele parecia muito mais simpático. Ele reconheceu isso com um aceno jovial de sua mão. Bartemius Crouch não sorriu nem acenou quando seu nome foi anunciado.
— O Sr. Bagamn e o Sr. Crouch trabalharam incansavelmente nos últimos meses nos preparativos para o Torneio Tribruxo, — Dumbledore continuou, — e eles se juntarão a mim, Professor Karkaroff e Madame Maxime no painel que julgará os campeões. Esforços que estarão sob forte supervisão de nosso próprio Ministro da Magia, Fenwick Hawthorne.
A cabeça de Charlie se animou com a menção do nome de seu pai. Para sua surpresa, Fenwick estava olhando para ele, como se esperasse que seu filho reconhecesse sua presença. O menino imediatamente sentiu uma ansiedade severa e um medo repentino crescer dentro dele; seu pai sempre teve esse efeito sobre ele.
À menção da palavra — campeões — , chamou a atenção dos alunos ouvintes pareceu se aguçar. Talvez Dumbledore tenha notado a quietude repentina deles, pois sorriu ao dizer: — O caixão, então, por favor, Sr. Filch.
Filch, que estivera espreitando despercebido em um canto distante do Salão, agora se aproximou de Dumbledore carregando um grande baú de madeira incrustado de joias; parecia extremamente velho.
— As instruções para as tarefas que os campeões enfrentarão este ano já foram examinadas pelo Sr. Crouch e pelo Sr. Bagman, — disse Dumbledore enquanto Filch colocava o baú cuidadosamente sobre a mesa diante dele, — e eles fizeram os arranjos necessários para cada um. Haverá três tarefas, espaçadas ao longo do ano letivo, e eles testarão os campeões de muitas maneiras diferentes... Suas proezas mágicas - sua ousadia - seus poderes de dedução - e, é claro, sua capacidade de lidar com o perigo.
Com esta última palavra, o salão se encheu de um silêncio tão absoluto que ninguém parecia estar respirando.
— Como você sabe, três campeões competem no torneio, — Dumbledore continuou calmamente, — um de cada uma das escolas participantes. Três ganharão a Taça Tribruxo. Os campeões serão escolhidos por um selecionador imparcial... O Cálice de Fogo.
Dumbledore agora pegou sua varinha e bateu três vezes em cima do caixão. A tampa se abriu lentamente. Dumbledore enfiou a mão dentro dela e tirou uma grande xícara de madeira talhada grosseiramente. Teria sido totalmente normal se não estivesse cheio até a borda com chamas azul-brancas dançantes. Ele fechou o caixão e colocou o cálice cuidadosamente em cima dele, onde seria claramente visível para todos no Salão.
Qualquer um que deseje se apresentar como campeão deve escrever seu nome e escola claramente em um pedaço de pergaminho e colocá-lo na taça. — Disse Dumbledore. — Aspirantes a campeões têm vinte e quatro horas para apresentar seus nomes. Amanhã à noite, o Cálice devolverá os nomes dos três que julgou mais dignos de representar suas escolas. O Cálice será colocado no hall de entrada esta noite, onde será de livre acesso a todos aqueles que desejem concorrer.
— Para garantir que nenhum aluno menor de idade ceda à tentação, — disse Dumbledore, — eu traçarei uma Linha da Idade ao redor do Cálice de Fogo assim que ele for colocado no hall de entrada. Ninguém com menos de dezessete anos será capaz de cruzar a linha.
— Finalmente, desejo impressionar qualquer um de vocês que deseje competir que este torneio não deve ser disputado de ânimo leve. Uma vez que um campeão é selecionado pelo Cálice de Fogo, ele ou ela é obrigado a ver o torneio até o fim. A colocação de seu nome no Cálice constitui um contrato mágico e obrigatório. Não pode haver mudança de opinião depois de se tornar um campeão. Portanto, tenha certeza de que está totalmente preparado para jogar antes de colocar seu nome no o Cálice.
— Agora, eu acho que é hora de dormir. Boa noite a todos vocês.
★
Como o dia seguinte era sábado, a maioria dos alunos normalmente tomava café da manhã tarde. Charlie, Harry, Ron e Hermione, no entanto, não estavam sozinhos em acordar muito mais cedo do que costumavam fazer nos fins de semana. Quando desceram para o saguão de entrada, viram cerca de vinte pessoas circulando ao redor, algumas delas comendo torradas, todas examinando o Cálice de Fogo. Uma fina linha dourada havia sido traçada no chão, formando um círculo de três metros ao redor em todas as direções.
— Alguém já colocou seu nome? — Ron perguntou ansiosamente a uma garota do terceiro ano.
— Todo o grupo de Durmstrang, — ela respondeu, — mas eu ainda não vi ninguém de Hogwarts.
— Aposto que alguns deles colocaram na noite passada depois que todos fomos para a cama. — Disse Harry. — Eu teria se tivesse sido eu... Não teria querido todo mundo assistindo. E se o Cálice acabasse de engolir você de volta?
Charlie riu, — Esse é um ponto justo.
Então, os passos barulhentos de Fred, George e Lee Jordan foram ouvidos enquanto eles desciam as escadas, todos os três parecendo extremamente excitados.
— Feito. — Fred disse em um sussurro triunfante para Harry, Ron e Hermione. — Apenas peguei.
— O que? — Perguntou Ron.
— A Poção do Envelhecimento, cérebro de esterco. — Disse Fred.
— Uma gota cada. — Disse George, esfregando as mãos com alegria. — Nós só precisamos ser alguns meses mais velhos.
— Vamos dividir os mil galeões entre nós três se um de nós ganhar. — Disse Lee, sorrindo amplamente.
— Eu não tenho certeza se isso vai funcionar, você sabe. — Disse Hermione em advertência. — Tenho certeza que Dumbledore deve ter pensado nisso.
Fred, George e Lee a ignoraram.
— Preparar? — Fred disse para os outros dois, tremendo de emoção. — Vamos, então, eu vou primeiro-
Charlie assistiu, fascinado, enquanto Fred tirava um pedaço de pergaminho do bolso com as palavras Fred Weasley – Hogwarts. Fred caminhou até a beira da fila e ficou ali, balançando na ponta dos pés como um mergulhador se preparando para uma queda de quinze metros. Então, com os olhos de todas as pessoas no hall de entrada sobre ele, ele respirou fundo e cruzou a linha.
Por uma fração de segundo Charlie pensou que tinha funcionado – George certamente pensou que sim, pois ele soltou um grito de triunfo e pulou atrás de Fred – mas no momento seguinte, houve um som alto e crepitante, e ambos os gêmeos foram arremessados para fora do círculo dourado. Embora tivessem sido arremessados por um arremessador invisível. Eles aterrissaram dolorosamente, a três metros de distância, no chão frio de pedra, e para aumentar o insulto à injúria, houve um estalo alto, e ambos brotaram longas barbas brancas idênticas.
O hall de entrada ressoou com risos. Até Fred e Jorge se juntaram a eles, assim que se levantaram e deram uma boa olhada nas barbas um do outro.
— Eu avisei vocês. — Disse uma voz profunda e divertida, e todos se viraram para ver o Professor Dumbledore saindo do Salão Principal. Ele examinou Fred e George, seus olhos brilhando. — Eu sugiro que vocês dois vão até Madame Pomfrey. Ela já está cuidando da Srta. Fawcett, da Corvinal, e do Sr. Summers, da Lufa-Lufa, os quais decidiram envelhecer um pouco também. barbas é qualquer coisa como a sua.
Fred e George partiram para a ala hospitalar, acompanhados por Lee, que estava uivando de tanto rir, e Charlie, Harry, Ron e Hermione, também rindo, entraram para o café da manhã.
A decoração do Salão Principal havia mudado esta manhã, mas ainda parecia muito patriótica em relação a Hogwarts. Charlie liderou o caminho até Dean e Seamus, que estavam discutindo sobre alunos de Hogwarts de dezessete anos ou mais que poderiam estar entrando.
— Há um boato de que Warrington se levantou cedo e colocou seu nome. — Dean disse a eles quando se sentaram. — Aquele cara grande da Sonserina que parece uma preguiça.
Harry balançou a cabeça em desgosto, — Nós não podemos ter um campeão da Sonserina!
— E todos os Lufa-Lufas estão falando sobre Diggory, — disse Seamus desdenhosamente, — mas eu não teria pensado que ele iria querer arriscar sua boa aparência.
— Ouçam! — Disse Hermione de repente.
As pessoas estavam aplaudindo no hall de entrada. Todos se viraram em seus assentos e viram Angelina Johnson entrando no salão, sorrindo meio envergonhada.
Angelina veio até eles, sentou-se e disse: — Bem, eu fiz isso! Basta colocar meu nome!
— Você está brincando! — Disse Ron, parecendo impressionado.
— Você tem dezessete, então? — Perguntou Harry.
Charlie brincou: — Claro que ela é, não pode ver uma barba, pode?
— Fiz meu aniversário na semana passada. — Disse Angelina.
— Bem, estou feliz que alguém da Grifinória tenha entrado. — Disse Hermione. — Eu realmente espero que você entenda, Angelina!
— Obrigada, Hermione. — Disse Angelina, sorrindo para ela.
— O que você acha que vai acontecer com aqueles que não são escolhidos? — Ron murmurou para seus amigos enquanto eles observavam uma garota veela se mover para jogar seu pergaminho no Cálice de Fogo. — Acha que eles vão voltar para a escola, ou ficar por perto para assistir ao torneio?
— Não sei. — Disse Harry. — Espere, suponho... Madame Maxime vai ficar para julgar, não é?
— Aposto que Charlie adoraria isso, — Hermione disse cruelmente para o garoto, — não é?
Charlie simplesmente revirou os olhos e suspirou, — Você poderia parar? Eu não estou mais discutindo com você sobre isso.
Harry e Ron trocaram um olhar sem graça, deixando seus dois amigos brigando no salão enquanto seguiam para a próxima aula.
★
Depois das aulas, os quatro grifinórios voltaram para o Salão Principal à luz de velas. O Cálice de Fogo havia sido movido; agora estava na frente da cadeira vazia de Dumbledore na mesa dos professores. Fred e George — barbeados de novo — pareciam ter aceitado muito bem a decepção.
A festa pareceu demorar muito mais do que o normal. Talvez porque fosse o segundo banquete em dois dias, Charlie não parecia gostar tanto da comida extravagantemente preparada quanto normalmente.
A julgar pelos pescoços constantemente esticados, as expressões impacientes em todos os rostos, a inquietação e a postura de pé para ver se Dumbledore já havia terminado de comer, todos simplesmente queriam que os pratos fossem limpos e ouvissem quem havia sido selecionado como campeão.
Finalmente, as placas de ouro retornaram ao seu estado original impecável; houve um aumento acentuado no nível de ruído dentro do Salão, que desapareceu quase instantaneamente quando Dumbledore se levantou. De cada lado dele, o professor Karkaroff e Madame Maxime pareciam tão tensos e expectantes quanto qualquer um.
— Bem, o Cálice está quase pronto para tomar sua decisão. — Disse Dumbledore. — Eu estimo que isso requer mais um minuto. Agora, quando os nomes dos campeões forem chamados, eu lhes pediria por favor que subam ao topo do Salão, caminhem ao longo da mesa dos professores e passem para a próxima câmara, — ele indicou a porta atrás da mesa dos professores, — onde eles receberão suas primeiras instruções.
Ele pegou sua varinha e deu um grande aceno com ela; de uma só vez, todas as velas se apagaram, mergulhando-as em um estado de semi-escuridão. O Cálice de Fogo agora brilhava mais forte do que qualquer coisa em todo o Salão, o brilho cintilante, a brancura azulada das chamas quase doloroso para os olhos. Todos assistiram, esperando.
Então, as chamas dentro do Cálice ficaram repentinamente vermelhas novamente. Faíscas começaram a voar dele. No momento seguinte, uma língua de chamas disparou no ar, um pedaço de pergaminho carbonizado voou dela – a sala inteira engasgou.
Dumbledore pegou o pedaço de pergaminho e segurou-o com o braço estendido, para que pudesse lê-lo à luz das chamas, que haviam voltado a azul-esbranquiçadas.
— O campeão de Durmstrang, — ele leu, com uma voz forte e clara, — será Viktor Krum.
— Sem surpresas lá! — Gritou Ron quando uma tempestade de aplausos e aplausos varreu o salão. Charlie viu Victor Krum se levantar da mesa da Sonserina e se aproximar de Dumbledore; ele virou à direita, caminhou ao longo da mesa dos professores e desapareceu pela porta na sala ao lado.
— Bravo, Victor! — Gritou Karkaroff, tão alto que todos podiam ouvi-lo, mesmo com todos os aplausos. — Sabia que você tinha isso em você!
As palmas e as conversas cessaram. Agora a atenção de todos estava voltada novamente para o cálice, que, segundos depois, ficou vermelho mais uma vez. Um segundo pedaço de pergaminho saiu dele, impulsionado pelas chamas.
— A campeã de Beauxbatons, — disse Dumbledore, — é Fleur Delacour!
— Olha! Esse deve ser o amigo que Elaina estava falando! — Harry gritou quando a garota que parecia uma veela ficou graciosamente de pé, sacudiu para trás sua mecha de cabelo loiro prateado, e passou por entre as mesas da Corvinal e da Lufa-Lufa.
Ele estava certo; Charlie viu Elaina de pé do outro lado do salão, torcendo ruidosamente por sua amiga enquanto Fleur desaparecia na câmara lateral. O silêncio caiu sobre o Salão novamente, mas desta vez foi um silêncio tão rígido de excitação que você quase podia sentir o gosto.
O campeão de Hogwarts foi o próximo.
O Cálice de Fogo ficou vermelho mais uma vez; faíscas jorravam dele; a língua de fogo disparou no ar, e de sua ponta Dumbledore puxou o terceiro pedaço de pergaminho.
— O campeão de Hogwarts. — Ele chamou, mas parou quando leu o nome em sua cabeça primeiro.
Não, não, não, não pode ser.
Isso é impossível.
Albus examinou a sala e seus olhos finalmente caíram em um par de olhos castanhos antecipados. Seu corpo inteiro ficou tenso enquanto ele olhava para o garoto e então olhou de volta para o papel em descrença antes de falar em um sussurro hesitante.
— Ch-Charlie Hawthorne.
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