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𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
CAPÍTULO TRINTA E CINCO
─── NOVOS ROSTOS E RASTROS DE MARCAS NEGRAS

AH FENWICK! — LUDO Bagman sorriu ao se virar. — Ótimo ver você!

Charlie imediatamente se encolheu sob o olhar intenso de seu pai enquanto Fenwick estava ali na frente dele. Hermione, Harry e Ron trocaram um olhar preocupado antes de observar a interação de seu amigo e seu pai atentamente.

Fenwick ignorou Bagman completamente e, em vez disso, repetiu sua pergunta anterior: — O que meu filho fez que eu deveria me orgulhar?

— O pequeno Char aqui acabou de apostar na partida! — Ludo disse alegremente.

— Ele fez? Interessante. Com sorte, ele está colocando meu dinheiro em bom uso. — O tom de Fenwick era difícil de decifrar, mas independente disso, ele se virou para o Sr. Weasley que de repente engoliu em seco, — Ah, Arthur. Como você está?

— Muito bem, Ministro. Obrigado. — Arthur disse nervoso. — E você?

— Apenas esplêndido-

De repente, Percy foi para a frente da multidão, — Sr. Ministro, senhor! É uma honra!

Fenwick ficou surpreso com a ansiedade de Percy quando o menino ruivo se aproximou e apertou sua mão agressivamente.

— Eu trabalho com você no Ministério, mas você provavelmente não sabe disso. Você é um homem tão ocupado, afinal! Eu trabalho no Departamento de Cooperação Internacional em Magia! Eu acabei de terminar um relatório sobre o caldeirão.

O Ministro riu levemente e afastou a mão; um tom de sarcasmo apareceu na voz de Fenwick, — Muito espetacular mesmo, jovem. Agradeço seu apoio.

Então Fenwick virou-se para Charlie e colocou um sorriso divertido em seu rosto, — Você não vai me apresentar aos seus amigos , Charles?

Os Weasley, Hermione e Harry podiam sentir a tensão no ar, quase como se algo fosse dito que significasse algo completamente diferente.

As lembranças de Charlie da voz severa de seu pai o dominaram de repente;

Presumi que Lucius estava brincando quando disse que você anda se associando com nascidos trouxas e traidores do sangue.

O menino sabia o que seu pai estava tentando fazer, mas preferiu ignorá-lo; era tudo para obter um aumento dele. No entanto, quando o olhar de Fenwick se fixou em Hermione, que estava atrás de seu filho, Charlie sentiu uma onda de instinto protetor sobre ele.

Charlie deu um passo perigoso à frente e confrontou seu pai, descaradamente ignorando sua pergunta completamente, — Eu não achei que você estaria participando das festividades de hoje, pai.

Um sorriso torcido surgiu no rosto de Fenwick quando ele olhou de volta para seu filho: — Foi uma decisão de última hora. Algo me diz que hoje será muito emocionante. Além disso, pensei que melhor maneira de me envolver com minha comunidade do que participar de uma reunião tão social.

— Ou seja, você viu isso como uma oportunidade de negócio. — Charlie zombou.

— Agora, agora, Charles, — Fenwick repreendeu, — não seja tão pessimista, filho. Isso pode te trazer problemas um dia.

— Alguma notícia de Bertha Jorkins ainda, ministro? — Sr. Weasley perguntou, tentando desviar a atenção de Fenwick e Charlie.

— Não é um pássaro idiota. — Disse o ministro Hawthorne, tirando os olhos de seu filho e colocando um sorriso estranho em seu rosto. — Mas ela vai aparecer. Pobre Bertha... Memória como um caldeirão furado e nenhum senso de direção. Perdida, você acredita em minha palavra. Ela vai vagar de volta ao escritório em algum momento de outubro, pensando que ainda é julho.

— Você não acha que talvez seja hora de enviar alguém para procurá-la? — Sr. Weasley sugeriu hesitantemente, tendo o cuidado de perturbar o Ministro.

— Barty Crouch continua dizendo isso, — disse Bagman, seus olhos redondos se arregalando inocentemente, — mas nós realmente não podemos poupar ninguém no momento. Oh - fala do diabo! Barty!

Um mago tinha acabado de aparatar ao lado da lareira, e ele não poderia ter feito mais contraste com Ludo Bagman, esparramado na grama em suas velhas vestes de Vespa.

— Eu estive procurando por você em todos os lugares. — Disse Crouch, e havia uma pitada de impaciência em sua voz. — Os búlgaros estão insistindo que adicionemos mais doze assentos ao Top Box.

— Ah, é isso que eles estão atrás? — Perguntou Bagman. — Achei que o cara estava pedindo emprestado um par de pinças. Um sotaque forte.

— Ah, e eu queria falar com você também, Arthur. —disse o Sr. Crouch, seus olhos afiados caindo sobre o Sr. Weasley. — Ali Bashir está em pé de guerra. Ele quer uma palavra com você sobre seu embargo aos tapetes voadores.

O Sr. Weasley soltou um suspiro profundo.

— Eu mandei uma coruja sobre isso na semana passada. Se eu disse a ele uma vez, eu disse a ele uma centena de vezes: Tapetes são definidos como um Artefato Trouxa pelo Registro de Objetos Encantados Proscritos, mas ele vai ouvir?

— Duvido. — Zombou Fenwick. — Ele está desesperado para exportar aqui.

— Bem, eles nunca vão substituir as vassouras na Grã-Bretanha, vão? — Disse Bagman.

— Ali acha que há um nicho no mercado para um veículo familiar. — Disse Crouch. — Lembro que meu avô tinha um Axminster que podia acomodar doze pessoas, mas isso foi antes de os tapetes serem proibidos, é claro.

Ele falava como se não quisesse deixar ninguém em dúvida de que todos os seus ancestrais haviam cumprido estritamente a lei.

— Então, está se mantendo ocupado, Barty? — Perguntou Bagman alegremente.

— Bastante. — Disse o Sr. Crouch secamente. — Organizar Chaves de Portal em cinco continentes não é tarefa fácil, Ludo.

— Eu espero que você fique feliz quando isso acabar? — Perguntou o Sr. Weasley.

Ludo Bagman parecia chocado.

— Que bom! Não sei quando eu me diverti mais... Ainda assim, não é como se não tivéssemos nada para levar adiante, hein, Fenwick? Hein? Falta muito para organizar, hein?

O ministro Hawthorne ergueu as sobrancelhas para Bagman, quase com uma fúria inegável.

— Nós concordamos em não fazer o anúncio até que todos os detalhes-

— Oh detalhes! — disse Bagman, afastando a palavra como uma nuvem de mosquitos. — Eles assinaram, não é? Eles concordaram, não é? Aposto que qualquer coisa que essas crianças vão saber em breve. Quero dizer, está acontecendo em Hogwarts-

— Ludo, precisamos conhecer os búlgaros, você sabe. — Disse Crouch bruscamente, cortando os comentários de Bagman.

— Vejo todos vocês mais tarde! — Ele disse. — Estarei no Top Box - estou comentando! — Ele acenou, Bartô Crouch assentiu brevemente, e os dois desaparataram.

— O que está acontecendo em Hogwarts? — Perguntou Charlie imediatamente. — O que eles estavam falando?

— Você vai descobrir em breve. — Disse Fenwick, bruscamente.

— É uma informação confidencial, até que o Ministério decida liberá-la. — Disse Percy rigidamente. — O Sr. Hawthorne aqui, estava certo em não divulgar.

— Certo, eu estava. — O Ministro sorriu antes de apontar para seu filho. — Venha agora, Charles. Há pessoas que eu gostaria de apresentar a você.

Charlie imediatamente franziu as sobrancelhas antes de olhar para os rostos confusos de seus amigos e então, finalmente, ele se concentrou em seu pai.

— Eu sinto muito? — Perguntou ele, intrigado. — Estava com a impressão-

— Bem, temo que você esteja enganado. — Disse Fenwick com os olhos apertados. — Espero que você não tenha pensado que eu vim até aqui para ter conversas sem sentido. Não, não, eu vim para ajudá-lo a encontrar o caminho para nossos assentos no camarote do Ministro, e como eu disse antes, temos pessoas importantes para conhecer.

O Ministro mudou para o Sr. Weasley, e o olhou de cima a baixo em um olhar crítico, — Eu aprecio você escoltar meu filho para o terreno, Arthur. No entanto, eu vou levá-lo daqui... Tenho certeza que você entende.

Charlie tentou suplicar ao Sr. Weasley com os olhos, mas Arthur simplesmente deu a ele um olhar que praticamente dizia 'me desculpe'.

Arthur colocou um sorriso triste no rosto ao responder: — Eu entendo. Vá, Charlie, esse é o pedido do seu pai.

— Mas-

— Isso não está em debate, Charles. — Fenwick repreendeu enquanto levantava o braço esquerdo, sinalizando para seu filho se juntar a ele em sua aparatação.

O garoto de olhos castanhos deu um passo à frente hesitante, seu olhar caindo para o chão de vergonha. Ele veio à esquerda de seu pai, e colocou uma mão firme em volta de seu braço. Antes de desaparatarem, Charlie olhou para seus amigos com um olhar cheio de tristeza, mas seus olhos pousaram em uma pessoa em particular.

Seus olhos tinham dito muito naquele momento. Hermione estava com medo quando se tratava de deixar Charlie sozinho com seu pai, especialmente depois de tudo que ele havia dito a ela no ano passado. O garoto tentou tranquilizá-la, como sempre, é claro, mas em um piscar de olhos, seu pai e ele desapareceram, deixando Hermione insatisfeita e muito preocupada.

As escadas para o estádio foram atapetadas em um roxo rico. Fenwick puxou Charlie para cima com o resto da multidão, que lentamente se esgueirou pelas portas das arquibancadas à esquerda e à direita. Eles continuaram subindo, e por fim chegaram ao topo da escada e se encontraram em uma pequena caixa, colocada em um ponto para a visão perfeita do estádio. A caixa tinha vista para todo o campo de Quadribol perfeitamente. A sala estava cheia com cerca de vinte membros do Ministério, incluindo Bagman e, infelizmente, os Malfoy.

Charlie ignorou todos eles, enquanto se afastava de seu pai para espiar uma cena como nunca poderia ter imaginado. Cem mil bruxas e bruxos estavam ocupando seus lugares nos assentos, que se elevavam em níveis ao redor do longo campo oval. Tudo estava impregnado de uma misteriosa luz dourada, que parecia vir do próprio estádio. O campo parecia liso como veludo de sua posição elevada.

Em cada extremidade do campo havia três aros de 15 metros de altura, e atrás deles havia um gigantesco quadro-negro. A escrita dourada continuava correndo por ela como se a mão de um gigante invisível estivesse rabiscando no quadro-negro e depois limpando-o novamente; observando-o, Charlie viu que estava exibindo anúncios em todo o campo.

Charlie desviou o olhar do vidro quando notou uma criatura de aparência familiar que estava na linha direta dos olhos de sua visão periférica.

A criatura, cujas pernas eram tão curtas que se projetavam na frente dela na cadeira, usava um pano de prato enrolado como uma toga e tinha o rosto escondido nas mãos. No entanto, aquelas longas orelhas de morcego eram estranhamente familiares.

— Dobby? — Perguntou Charlie incrédulo, aproximando-se um pouco do elfo doméstico.

O elfo ergueu os olhos e esticou os dedos, revelando enormes olhos castanhos e um nariz do tamanho e formato exatos de um grande tomate. Não era Dobby - era, no entanto, inconfundivelmente um elfo doméstico.

— O senhor acabou de me chamar de Dobby? — Guinchou o elfo curiosamente por entre os dedos. Sua voz era mais alta do que a de Dobby, uma voz miúda e trêmula, e Charlie suspeitou, embora fosse muito difícil dizer com um elfo doméstico - que este poderia ser apenas uma mulher.

— Desculpe, — Charlie disse ao elfo, — eu só pensei que você fosse alguém que eu conhecia.

— Mas eu também conheço Dobby, senhor! — Guinchou o elfo. Ela estava protegendo o rosto, como se estivesse cega pela luz, embora a sala não estivesse muito iluminada. — Meu nome é Winky, senhor - e você, senhor-

Seus olhos castanhos escuros se arregalaram até o tamanho de placas laterais quando pousaram nos grandes olhos castanhos do menino. — Você é certamente Charlie Hawthorne!

O menino sorriu suavemente, — Sim, eu sou.

— Dobby fala de você o tempo todo, senhor! — Ela disse, abaixando as mãos levemente e parecendo impressionada.

— Como ele está? — Perguntou Charlie, genuinamente interessado. — Como a liberdade está combinando com ele?

— Ah, senhor, — disse Winky, balançando a cabeça, — ah, senhor, sem querer desrespeitar, senhor, mas não tenho certeza se você fez um favor a Dobby, senhor, quando o está libertando.

— Por que? — O garoto de olhos castanhos perguntou, um pouco surpreso. — O que há de errado com ele?

— A liberdade está indo para a cabeça de Dobby, senhor. — Disse Winky tristemente. — Idéias acima de sua posição, senhor. Não consigo outra posição, senhor.

— Por que não?

Winky baixou a voz meia oitava e sussurrou: — Ele está querendo pagar pelo seu trabalho, senhor.

— Pagar? — Perguntou Charlie inexpressivamente. — Bem, por que ele não deveria ser pago?

Winky pareceu bastante horrorizada com a ideia e fechou os dedos levemente para que seu rosto ficasse meio escondido novamente.

— Elfos domésticos não são pagos, senhor! — Ela disse em um guincho abafado. — Não, não, não. Eu digo para Dobby, eu digo, vá encontrar uma boa família e se acomode, Dobby. Ele está aprontando todo tipo de travessuras, senhor, o que é impróprio para um elfo doméstico. Ele anda fazendo barulho assim, Dobby, eu digo, e a próxima coisa que ouço você está na frente do Departamento de Regulamentação e Controle de Criaturas Mágicas, como um goblin comum.

Charlie estava um pouco confuso, — Não é hora de ele se divertir um pouco?

— Elfos domésticos não devem se divertir, Charlie Hawthorne. — Disse Winky com firmeza, por trás de suas mãos. — Os elfos domésticos fazem o que mandam. Eu não gosto nada de altura, Charlie Hawthorne, — ela olhou para a borda da caixa e engoliu em seco, — mas meu mestre me manda para a caixa e eu vou, senhor.

— Por que ele te mandou aqui, se ele sabe que você não gosta de altura? — Perguntou Charlie, franzindo a testa.

— O-O mestre quer que eu reserve um lugar para ele, Charlie Hawthorne. Ele está muito ocupado. — Disse Winky, inclinando a cabeça em direção ao espaço vazio ao lado dela. — Winky está desejando estar de volta na tenda do mestre, Charlie Hawthorne, mas Winky faz o que manda. Winky é uma boa elfa doméstica.

Quando o menino foi falar, a voz de seu pai gritou: — Charles, meu querido filho! Venha aqui um momento! Há pessoas aqui que eu adoraria que você conhecesse!

Charlie balançou a cabeça ligeiramente quando Winky se encolheu sob a voz alta de Fenwick: — Você não deve deixar o ministro Hawthorne esperando, senhor. Eu digo vá! Vá!

O menino de olhos castanhos caminhou lentamente em direção ao pai, um casal de aparência oficial, e uma menina, que parecia ter a idade de Charlie.

Ao se aproximar, ele colocou um pequeno sorriso no rosto quando seu pai colocou a mão em seu ombro.

— Este é Pierre Dumont, o Ministro da Magia na França. — Fenwick sorriu, apontando para um homem alto com bigode.

— Bom dia! — Falou Pierre com uma voz encantada enquanto se abaixava um pouco para apertar a mão de Charlie antes de apresentar sua família, — Ela é minha esposa, Adeline, e minha filha, Elaina.

Charlie virou-se para as duas mulheres e acenou com a cabeça, — Prazer em conhecê-los.

Adeline estava radiante ao ver Charlie, — Bonjour! Tu es très beau! Você concorda com moi, Elaina, non? — (Olá! Você é muito bonito!)

Pela primeira vez, o menino de olhos castanhos olhou e viu Elaina Dumont. Ela era muito bonita, para dizer o mínimo; quase tão encantadora quanto uma Veela, mas com cabelos castanhos escuros e um sorriso doce.

— Maman, s'il te plaît calme toi. — Elaina falou suavemente antes de se virar para o menino, — É um prazer conhecê-lo. — (Mamãe, por favor, acalme-se.)

— Regarde comme ils sont mignons! — Adeline falou mais uma vez, olhando boquiaberta para a filha interagindo com o menino bonitinho. (Olha como eles são fofos!)

— Adeline, s'il vous plaît. — Pierre riu enquanto se virava para Charlie. — Você frequenta Hogwarts, não? — (Adeline, por favor.)

O menino de olhos castanhos assentiu lentamente antes de seu pai falar em seu nome.

— Realmente ele faz! — Fenwick se empolgou. — Um dos melhores de sua classe! Tenho certeza que ele ficaria feliz em mostrar a Elaina quando ela vier visitar.

Charlie levantou uma sobrancelha, — Visitar?

Seu pai estreitou os olhos ligeiramente, basicamente dizendo ao filho para não questionar.

— Très bien! — Pierre falou, excitado, ignorando a confusão do menino. (Muito bem.)

Fenwick sorriu largamente, — Talvez eles possam conversar enquanto discutimos negócios?

— Muito bem. — Disse Pierre, escoltando sua esposa até o bar com Fenwick, deixando Charlie ali parado desajeitadamente com a jovem francesa.

— Sinto muito pelos meus pais. — Elaina falou, timidamente. — Eles sempre ficam empolgados quando chegamos ao Reino Unido - você pensaria que eles praticariam um pouco mais de inglês.

— Está tudo bem. Eu entendi quase tudo. — Charlie riu um pouco, — Mas v-você parece ter a coisa de falar inglês muito bem.

Elaina assentiu, — Meus pais me deram um tutor de inglês quando eu era muito jovem. Eles disseram que queriam ter certeza de que meu futuro marido e eu não tínhamos uma barreira linguística, você acredita nisso?

O menino estava incrédulo, — Isso é um pouco estranho, não é? E talvez um pouco antiquado. Além disso, você ainda é muito jovem.

— Só um pouquinho, — brincou ela, — mas eles acham que nunca é muito jovem começar a procurar perspectivas, suponho.

— Isso é absolutamente mental. — Disse Charlie com um leve aceno de cabeça.

— Sabe, Charlie, você pode ser o primeiro garoto inglês que eu conheço com quem realmente me dei bem. — Elaina falou com sinceridade. — A maioria dos garotos que meus pais me apresentam investem muito no lado comercial das coisas.

— Sim, bem. — Charlie disse enquanto olhava pela janela mais uma vez. — Eu tendo a desprezar o trabalho do meu pai.

Elaina sorriu com admiração para o menino, — Bem, parece que temos algo em comum.

Charlie virou a cabeça na direção dela - nunca antes ele tinha ouvido falar de alguém dentro do Ministério que tinha pensado da mesma forma que ele.

A garota corou timidamente sob o olhar de admiração do garoto. Charlie era, sem dúvida, o primeiro garoto com quem Elaina realmente gostava de conversar, mas não havia como negar que ele também era o mais atraente.

— Então, — Charlie disse, tentando puxar conversa, mas de repente ficou um pouco nervoso, — você está apenas na cidade para a Copa do Mundo?

— Não estou, mas meus pais estão. Na verdade, estou aqui com minha escola, Beauxbatons.

— Ah? Como assim?

— Não faço ideia, — Elaina riu, — mas talvez isso signifique que eu vou ver mais de você enquanto eu estiver aqui?

Charlie corou um pouco, — Sim, claro, quero dizer, se você quiser.

— Por que eu não iria querer? — Ela provocou em um tom que fez Charlie se sentir extremamente culpado sem motivo aparente.

— Não faço ideia. — Ele imitou brincando, não querendo dizer nada muito sério com isso.

— Oh? — Ela ergueu uma sobrancelha coquete, — Um pouco arrogante, você é?

Charlie riu, — Talvez um pouco.

Elaina apertou os lábios e falou em um sussurro suave: — A arrogância muitas vezes leva a problemas, Charlie.

O menino de olhos castanhos ficou surpreso com a mudança repentina de tom, mas felizmente, a conversa terminou ali quando Fenwick, Pierre e Adeline voltaram com óculos nas mãos.

Foi um milagre também, porque a partida estava prestes a começar. No entanto, Charlie se sentiu estranho por não poder assistir à partida com seus amigos. Ele precisava sair daquela caixa VIP cheia de funcionários do Ministério arrogantes e garotas francesas paqueradoras o mais rápido possível.

Então, quando ele percebeu que seu pai estava em uma conversa muito profunda com Pierre e Lucius Malfoy, e Elaina tinha sido encurralada pelo filho do idiota da Sonserina de cabelos loiros, Charlie, rápida e silenciosamente, saiu da sala.

Ele sabia onde os Weasley, Harry e Hermione estariam. Então, ele subiu um lance de escadas e chegou ao topo do estádio. Ele abriu a porta um pouco, e os olhares de seus amigos imediatamente pousaram nele, para o qual Charlie sorriu amplamente.

— Se importa se eu me juntar a vocês?

— Senhoras e senhores... Bem-vindos! Bem-vindos à final da quadrigésima vigésima segunda Copa Mundial de Quadribol!

Os espectadores gritaram e aplaudiram. Milhares de bandeiras acenaram, acrescentando seus hinos nacionais discordantes à algazarra. O enorme quadro-negro em frente a eles foi apagado de sua última mensagem e agora mostrava BULGÁRIA: 0, IRLANDA: 0.

Os mascotes da equipe tinham acabado de ser trazidos. A multidão explodiu em um rugido alto quando os búlgaros revelaram ter trazido Veela. Charlie, como todos os outros garotos na caixa, teve sua mente um pouco entorpecida ao ver as mulheres lindas e encantadas. A única vez que conseguiu desviar o olhar deles foi quando recebeu um empurrãozinho áspero de alguém ao seu lado.

Quando ele se virou, ele notou Hermione olhando pela janela da caixa com uma carranca, não ousando olhar Charlie nos olhos. Antes que ele pudesse confrontá-la sobre isso, no entanto, a equipe irlandesa trouxe Leprechauns, é claro, como seu mascote.

Charlie os observou com uma leve admiração, mas ainda estava um pouco envergonhado que Hermione o pegou olhando para as Veela. No entanto, depois que todos os mascotes foram apresentados, Ludo Bagman finalmente trouxe as duas equipes.

— AEEEEE! — Gritou Bagman. — E é Tainha! Troy! Moran! Dimitrov! De volta a Tainha! Troy! Levski! Moran!

Harry, Charlie e Ron assistiram a tudo através de um Onióculo; binóculos que foram projetados para desacelerar magicamente e repetir a ação. No entanto, tudo estava acontecendo tão rápido que era difícil acompanhar. Antes que eles percebessem, a Irlanda estava liderando por um deslizamento de terra.

— Olhe para Lynch! — Harry gritou.

Pois o Apanhador Irlandês subitamente mergulhou e parecia ter sido lançado de um avião sem pára-quedas.

— Ele viu o pomo! — Harry gritou. — Ele viu! Olhe para ele ir!

Metade da multidão parecia ter percebido o que estava acontecendo; os torcedores irlandeses se ergueram em outra grande onda verde, gritando seu apanhador... Mas Krum estava em seu encalço. Como ele podia ver para onde estava indo, Charlie não tinha ideia; havia manchas de sangue voando pelo ar atrás dele, mas ele estava se aproximando de Lynch agora enquanto os dois se arremessavam em direção ao chão novamente.

— Eles vão cair! — Gritou Hermione.

— Eles não vão! — Rugiu Ron.

— Definitivamente parece! — Gritou Charlie.

— Oh, Lynch definitivamente é! — Gritou Harry.

E ele estava certo - pela segunda vez naquele jogo, Lynch bateu no chão com uma força tremenda e foi imediatamente carimbado por uma horda de veelas furiosas.

— O pomo! Onde está o pomo? — Gritou Charlie, ao longo da fileira.

— Ele conseguiu, Krum conseguiu, está tudo acabado! — Gritou Harry.

Krum, suas vestes vermelhas brilhando com o sangue de seu nariz, estava subindo suavemente no ar, seu punho erguido, um brilho de ouro em sua mão.

O placar estava piscando BULGÁRIA: 160, IRLANDA: 170 na multidão, que parecia não ter percebido o que havia acontecido. Então, lentamente, como se um grande jato gigante estivesse acelerando, o estrondo dos torcedores irlandeses ficou cada vez mais alto e irrompeu em gritos de alegria.

— A IRLANDA GANHA! — Gritou Bagman, que, como os irlandeses, parecia surpreso com o final repentino da partida.

— KRUM PEGA O PODO, MAS A IRLANDA GANHA - meu Deus, acho que nenhum de nós esperava isso!

— Nós fizemos! — Fred, George e Charlie gritaram juntos antes de cair na gargalhada.

— Para que ele pegou o pomo? — Ron gritou, mesmo enquanto pulava para cima e para baixo, aplaudindo com as mãos sobre a cabeça. — Ele terminou quando a Irlanda estava cento e sessenta pontos à frente!

— Ele sabia que eles nunca iriam alcançá-los! — Harry gritou de volta por cima de todo o barulho, também aplaudindo alto. — Os artilheiros irlandeses eram bons demais... Ele queria terminar em seus termos, só isso.

— Ele foi muito corajoso, não foi? — Hermione disse, inclinando-se para frente para ver Krum pousar enquanto um enxame de medibruxos abria caminho através dos duendes e veelas em luta para chegar até ele. — Ele parece uma bagunça terrível.

— Quem se importa? — Murmurou Charlie do chão, onde Fred e George o atacaram excitados, — A Irlanda vence! Krum pega o pomo, mas a Irlanda vence! Estamos cinquenta galeões mais ricos!

— Não conte a sua mãe que vocês estão jogando. — Sr. Weasley implorou a Fred e George enquanto todos eles desciam lentamente as escadas com carpete roxo.

— Não se preocupe, papai, — disse Fred alegremente, — nós temos grandes planos para esse dinheiro. Não queremos que ele seja confiscado.

O Sr. Weasley pareceu por um momento como se fosse perguntar quais eram esses grandes planos, mas pareceu decidir, após reflexão, que não queria saber.

Eles logo foram pegos na multidão que agora saía do estádio e voltava para seus acampamentos. Cantos estridentes chegavam até eles no ar noturno enquanto eles refaziam seus passos ao longo do caminho iluminado por lanternas, e os duendes continuavam atirando sobre suas cabeças, cacarejando e acenando com suas lanternas.

Enquanto caminhavam de volta para a barraca, Charlie parou quando uma voz familiar chamou seu nome pelos fãs irlandeses barulhentos.

Quando o menino se virou, Harry, Ron, Hermione, Gina, Fred e George Jorge também, por simples instinto, enquanto o Sr. Weasley, Percy, Gui e Jack continuaram andando.

Os olhos de Charlie instantaneamente focaram de onde a voz estava vindo e viram Elaina Dumont, caminhando em direção a ele com um grupo de amigos de Beauxbatons, Charlie presumiu ser.

— Uau. — Ron murmurou, vendo as lindas garotas francesas, mas Gina rapidamente o esbofeteou para calá-lo.

Hermione observou Charlie com uma sobrancelha erguida enquanto ele se movia para encontrar a garota francesa no meio do caminho, que estava fora do alcance da voz, então ela não podia escutar a conversa.

— Ei, Elaina. — Ele sorriu, — Desculpe, eu deixei você esperando lá atrás, mas-

— Você queria assistir ao jogo com seus amigos. — Ela terminou, espiando um pouco por cima do ombro dele e dando-lhes um pequeno aceno. — Não se preocupe com isso, eu entendo. Espero que você tenha gostado da partida.

Charlie assentiu, — Eu fiz.

— Estou feliz. — Disse Elaina docemente. — Estou feliz por ter encontrado você de novo, eu queria dizer adeus. E, uh, dizer que eu realmente espero vê-lo novamente.

— Eu também espero. — O garoto disse com um sorriso educado enquanto ela se virava para ir embora.

No entanto, assim que Elaina estava prestes a se reunir com seus amigos, ela se virou, caminhou de volta para Charlie e se inclinou para dar-lhe um beijo na bochecha.

Quando ela se afastou, ela sussurrou: — Eu gosto de problemas.

Então, ela finalmente se afastou, deixando Charlie parado ali, absolutamente estupefato - ele não estava esperando isso. Ele a observou sair com um olhar curioso que só foi quebrado quando Fred e Jorge começaram a assobiar atrás dele.

— Oi! Charlie arrumou uma namorada!

— Quem diria?!

— Uau, Charlie!

— É um milagre!

O garoto de olhos castanhos se virou, envergonhado, ao ver Harry, Ron, Fred e George Jorge sorrindo largamente para ele, apoiando-o, como irmãos fazem. No entanto, quando seus olhos se voltaram para Gina e Hermione, seu coração afundou em seu estômago. A jovem bruxa ruiva parecia absolutamente furiosa, enquanto a garota de cabelos espessos tinha uma simples carranca no rosto, seus olhos cheios de tanta tristeza.

Charlie avançou em direção a Hermione, querendo explicar, mas ela balançou a cabeça e saiu furiosa. Isso rendeu um monte de ooooooo's de Fred e George, mas Harry não pôde deixar de se sentir culpado enquanto Ron estava sentado lá completamente confuso sobre o porquê de Hermione se importar tanto.

Mais uma vez, o garoto de olhos castanhos em questão deu um passo à frente para segui-la, mas desta vez Gina agarrou seu braço.

— Você é tão idiota, você sabe disso?

Charlie ficou um pouco surpreso, mas mesmo assim se livrou de Ginny e foi atrás de Hermione, para os protestos de todos.

— Hermione!

A garota de cabelos espessos apenas continuou andando mais rápido, então Charlie correu a toda velocidade para então parar na frente dela, e a impediu de seguir em frente.

— Deixe-me em paz, Charlie. — Ela retrucou, afastando os braços dele. — Vá correr atrás da francesa.

— Olhe, — ele começou, mas hesitou por um momento, tentando organizar seus pensamentos. — ela é filha de um dos sócios do meu pai, só isso!

Hermione levantou uma sobrancelha furiosa, — Isso certamente não parecia que era tudo o que era!

— Hermione-

— Não, — ela o dispensou rapidamente enquanto continuava a passar por ele, — você não pode simplesmente sair dessa com charme.

— Pela barba de Merlin! — Charlie gemeu antes de correr atrás dela novamente, — Você poderia apenas ouvir?

Para sua surpresa, Hermione parou de se mexer. Em vez de gritar com ele, o que ele esperava, ela ergueu uma sobrancelha que o incitou a continuar.

— O nome dela é Elaina Dumont, ela é filha do Ministro da Magia na França. — Ele explicou suavemente, — Meu pai praticamente me disse para ocupar ela enquanto ele e os pais dela discutiam negócios, não foi minha escolha. Nós começamos a conversar, e sim, talvez ela estivesse um pouco paqueradora, — Hermione revirou os olhos e tentou se afastar novamente, mas Charlie a segurou ainda, — mas foi unilateral! É por isso que eu estava tão confuso sobre o que aconteceu quanto você! Por favor, acredite em mim, eu não esperava isso! Não queria que isso acontecesse do jeito que aconteceu! Eu não faria isso, especialmente não na sua frente, e certamente não depois de tudo o que aconteceu entre nós!

As orelhas de Hermione de repente se animaram e, pela primeira vez, ela encontrou seu olhar. A expressão zangada em seu rosto havia desaparecido e, de repente, ela foi vítima de seus olhos gentis, embora lutasse muito para não fazê-lo.

— Ah. — Ela disse, suavemente.

O menino percebeu que ele provavelmente disse muito, e um rubor apareceu em seu rosto de vergonha, — Sim, ah.

Então, como se fosse uma deixa, Gina e o resto do grupo finalmente os alcançaram. A jovem bruxa ruiva continuou olhando para Charlie enquanto puxava Hermione para a tenda, sem dizer uma palavra. Quando elas desapareceram, o menino de olhos castanhos virou-se para Fred, George, Harry e Ron, que todos, simultaneamente, deram de ombros - não importa o quanto tentassem, os meninos nunca seriam capazes de entender as meninas.

Pouco tempo depois, todas as crianças e o Sr. Weasley ficam acordados, incapazes de dormir enquanto tentam reviver a ação da partida.

— Brilhante Krum, não foi? — Ron gritou, levantando-se sobre a mesa, — Ele é como um pássaro do jeito que ele cavalga o vento! Ele é mais que um atleta! Ele é um artista!

Fred e George estavam saltando ao redor, agitando a bandeira irlandesa, e imitando seu irmão, — Krum?! Krum?! IDIOTA KRUM?!

Charlie riu de seu lugar encostado no poste ao lado de Harry, — Eu acho que você está apaixonado, Ron.

— Ah, quieto, você!

Fred brincou em uma cantiga, — VIKTOR, EU TE AMO!

— VIKTOR, EU AMOOOO! — George riu depois de entrar na conversa.

Harry e Charlie trocaram um olhar antes de se juntarem a Fred e George em sua dança desajeitada. Gina e Hermione riram assistindo de sua seção da barraca.

— QUANDO ESTAMOS SEPARADOS, MEU CORAÇÃO BATE SÓ POR VOCÊ!

Nesse momento, um canto de vozes se ergueu como o rugido de um leão além da tenda, fazendo com que Arthur olhasse para cima com curiosidade e Charlie parou de dançar e franziu as sobrancelhas.

Fred sorriu, — Parece que os irlandeses estão orgulhosos!

Arthur engoliu em seco, — Esse não são os irlandeses.

Os ruídos no acampamento haviam mudado. A cantoria havia parado. Ouviram-se gritos ao longe, junto com o som de pessoas correndo.

Sr. Weasley pegou sua varinha, — Crianças, peguem suas jaquetas e saiam, agora! Rápido!

As crianças fizeram o que foi dito e instantaneamente correram para fora da barraca em pânico.

As luzes das poucas fogueiras que ainda estavam acesas, Charlie podia ver as pessoas correndo para a floresta, fugindo de algo que estava se movendo pelo campo em direção a eles, algo que estava emitindo estranhos flashes de luz e ruídos como tiros. Zombarias altas, gargalhadas e gritos de bêbados vinham na direção deles; então veio uma explosão de forte luz verde, que iluminou a cena.

Uma multidão de magos, bem amontoados e movendo-se juntos com varinhas apontando para cima, marchava lentamente pelo campo. Charlie olhou para eles... Eles não pareciam ter rostos... Então ele percebeu que suas cabeças estavam encapuzadas e seus rostos mascarados. Bem acima deles, flutuando no ar, quatro figuras lutando estavam sendo contorcidas em formas grotescas. Era como se os magos mascarados no chão fossem marionetes, e as pessoas acima deles fossem marionetes operadas por cordas invisíveis que subiam das varinhas no ar.

— Quem são essas pessoas? — Perguntou Gina em um tom assustado, — No ar?

Arthur suspirou, — Trouxas.

O coração de Charlie afundou quando ele ouviu um gemido escapar dos lábios de Hermione, — E as pessoas no chão?

O garoto de olhos castanhos engoliu em seco e falou baixinho, pensando em irritar ainda mais a garota, — Comensais da Morte.

— Não! — Arthur descartou a ideia, — Voltem para a Chave de Portal, todos vocês! E fiquem juntos! Fred e George, vocês são responsáveis ​​por Gina!

— Vamos. — Disse Fred, agarrando a mão de Ginny e começando a puxá-la para a floresta.

Harry, Charlie, Ron, Hermione e George seguiram enquanto o Sr. Weasley, Percy, Gui e Jack foram ver se podiam ajudar. Todos olharam para trás quando chegaram às árvores. Eles podiam ver os magos do Ministério tentando chegar até os magos encapuzados no centro, mas eles estavam tendo grande dificuldade.

Um farfalhar nas proximidades fez os quatro pularem. Winky, a elfa doméstica, estava lutando para sair de um grupo de arbustos próximos. Ela se movia de uma maneira muito peculiar, aparentemente com grande dificuldade; era como se alguém invisível estivesse tentando segurá-la.

— Há bruxos maus por aí! — Ela guinchou distraidamente enquanto se inclinava para frente e se esforçava para continuar correndo. — Pessoas no a-alto no ar! Winky está saindo do caminho!

E ela desapareceu nas árvores do outro lado do caminho, ofegante e gemendo enquanto lutava contra a força que a estava restringindo.

— O que há com ela? — Perguntou Ron, olhando curiosamente para o elfo doméstico. — Por que ela não pode correr corretamente?

— Aposto que ela não pediu permissão para se esconder. — Disse Charlie, tristemente.

— Você sabe, os elfos domésticos fazem um negócio muito duro! — Disse Hermione indignada. — É escravidão, é isso mesmo! Por que ninguém faz nada a respeito?

— Bem, os elfos estão felizes, não estão? — Ron disse simplesmente.

— São pessoas como você, Ron, — Hermione começou acaloradamente, — que sustentam sistemas podres e injustos, só porque são preguiçosos demais para-

— Pessoal, — Harry gemeu, — podemos fazer isso outra hora.

Outro estrondo ecoou da borda da madeira, o que fez o menino sumir.

— Vamos continuar andando, certo? — Perguntou Ron, e Harry e Charlie o viram olhar nervoso para Hermione.

Eles caminharam um pouco mais para dentro da floresta, perdendo de vista Fred, George e Gina, que estavam perdidos na multidão na frente deles. Quando chegaram a um ponto distante da visão do acampamento, os quatro sentaram em uma parte segura da floresta e esperaram, ignorando a Chave de Portal no momento.

— Aqueles pobres trouxas, no entanto. — Disse Hermione nervosamente. — E se eles não conseguirem derrubá-los?

— Eles vão. — Disse Charlie tranquilizador e enviou um sorriso suave na direção da garota. — Eles vão encontrar um caminho.

— Louco, porém, fazer algo assim quando todo o Ministério da Magia está aqui esta noite! — Disse Ron, um pouco horrorizado. — Quero dizer, como eles esperam se safar? Você acha que eles estão bebendo, ou eles estão apenas-

Mas ele parou abruptamente e olhou por cima do ombro. Harry, Charlie e Hermione olharam rapidamente ao redor também. Parecia que alguém estava cambaleando em direção à clareira. Eles esperaram, ouvindo os sons dos passos irregulares atrás das árvores escuras, mas os passos pararam de repente.

— Olá? — Chamou Harry.

Houve silêncio. Charlie se levantou e olhou ao redor da árvore. Estava escuro demais para ver muito longe, mas ele podia sentir alguém parado um pouco além do alcance de sua visão.

— Quem está aí? — Ele exclamou.

E então, sem aviso, o silêncio foi rompido por uma voz diferente de qualquer outra que eles tinham ouvido na floresta; e proferiu, não um grito de pânico, mas o que soou como um feitiço.

MORSMORDRE!

E algo vasto, verde e brilhante irrompeu do pedaço de escuridão que todos os seus olhos estavam lutando para penetrar; voou sobre as copas das árvores e para o céu.

— O que? — Engasgou Ron enquanto se levantava de um salto novamente, olhando para a coisa que havia aparecido.

Os olhos de Charlie se arregalaram quando ele olhou para o céu e viu um crânio colossal, composto do que parecia ser estrelas de esmeralda, com uma serpente saindo de sua boca como uma língua. Enquanto eles observavam, ela subia cada vez mais alto, brilhando em uma névoa de fumaça esverdeada, gravada contra o céu negro como uma nova constelação.

De repente, a madeira ao redor deles explodiu em gritos. Harry não entendia o porquê, mas a única causa possível era o súbito aparecimento do crânio, que agora estava alto o suficiente para iluminar toda a floresta como um letreiro de néon medonho. Charlie esquadrinhou a escuridão em busca da pessoa que conjurou o crânio, mas não conseguiu ver ninguém.

— Quem está aí? — Harry chamou novamente.

Charlie balançou a cabeça, — Nós temos que nos mover. Agora.

— Harry, vamos! — Hermione agarrou a gola de sua jaqueta e o estava puxando para trás.

— Qual é o problema? — Harry perguntou, assustado ao ver o rosto dela tão branco e aterrorizado.

— É a Marca Negra, Harry! — Hermione gemeu, puxando-o o mais forte que podia. — Você-Sabe-Quem é a marca!

— Voldemort?

— Harry, vamos!

Harry se virou e correu ao lado de Ron, enquanto Charlie pegou a mão de Hermione e a puxou para frente. Os quatro começaram a atravessar a clareira, mas antes que tivessem dado alguns passos apressados, uma série de estalos anunciou a chegada de vinte bruxos, surgindo do nada, cercando-os.

Charlie se virou e, em um instante, registrou um fato; cada um desses bruxos estava com sua varinha, e cada varinha estava apontando para si mesmo, Harry, Rony e Hermione.

Sem parar para pensar, ele gritou: — ESTUPEÇA!

Ele agarrou os outros três e os puxou para o chão.

ESTUPEÇA! — Rugiram vinte vozes - houve uma série ofuscante de flashes e Charlie sentiu o cabelo em sua cabeça ondular como se um vento forte tivesse varredo a clareira. Erguendo a cabeça uma fração de centímetro, ele viu jatos de luz vermelha flamejante voando sobre eles das varinhas dos magos, cruzando-se, saltando em troncos de árvores, ricocheteando na escuridão.

— Pare! — Gritou uma voz que ele reconheceu. — PARE! Esse é meu filho!

Os quatro levantaram a cabeça um pouco mais alto. O mago na frente deles baixou sua varinha. Charlie rolou de alívio e viu o Sr. Weasley caminhando em direção a eles, parecendo aterrorizado.

— Ron, Harry, — sua voz soava trêmula, — Charlie, Hermione - vocês estão bem?

— Saia do caminho, Arthur. — Disse a voz fria e curta do Sr. Bartô Crouch.

Ele e os outros bruxos do Ministério estavam se aproximando deles. Harry, Charlie, Hermione e Ron se levantaram para encará-los, o rosto do Sr. Crouch estava tenso de raiva.

— Qual de vocês fez isso? — Ele estalou, seus olhos afiados correndo entre eles. — Qual de vocês conjurou a Marca Negra?

— Nós não fizemos isso! — Disse Harry, apontando para o crânio.

— Nós não fizemos nada! — Disse Ron, que estava esfregando o cotovelo e olhando indignado para o pai.

— Você está louco? — Charlie disse, um pouco horrorizado. — Você não pode acreditar seriamente-

— Não minta, Charles! — Gritou o Sr. Crouch. Sua varinha ainda estava apontando diretamente para Charlie, e seus olhos estavam saltando - ele parecia louco. — Você foi descoberto na cena do crime!

— Barty, — sussurrou uma bruxa em um longo roupão de lã, — eles são crianças, Barty, nunca teriam sido capazes de-

— Estamos obviamente muito atrasados. — Disse a voz arrepiante de Fenwick Hawthorne quando ele estranhamente emergiu das árvores. — Eles já devem ter desaparatado.

— Acho que não. — Disse Amos Diggory, pai de Cedric. — Nossos Atordoantes atravessaram aquelas árvores... Há uma boa chance de que os tenhamos-

— Amós, tome cuidado! — Disseram alguns dos magos em advertência enquanto o Sr. Diggory endireitou os ombros, ergueu a varinha, marchou pela clareira e desapareceu na escuridão. Hermione o viu desaparecer com as mãos sobre a boca.

Alguns segundos depois, eles ouviram o Sr. Diggory gritar.

— Sim! Nós os pegamos! Tem alguém aqui! Inconsciente! É, mas, caramba-

— Você tem alguém? — Gritou Fenwick, parecendo altamente incrédulo e um pouco confuso. — Quem? Quem é?

— Um pouco embaraçoso. — Disse o Sr. Diggory sombriamente, olhando para a forma inconsciente da criatura. — É o seu elfo doméstico, Barty.

Charlie franziu as sobrancelhas, — Winky? Sério?

— Pare com isso, Amos, — disse o Sr. Weasley calmamente, — você não acha seriamente que foi o elfo? A Marca Negra é um sinal de mago. Requer uma varinha.

— Sim, — disse o Sr. Diggory, — e ela tinha uma varinha, olhe.

Ao erguê-lo no ar para a multidão ver, Charlie, Hermione, Ron e Harry o reconheceram instantaneamente.

— Ei, isso é meu!

Todos na clareira olharam para a voz.

— Com licença? — Perguntou o Sr. Diggory, incrédulo.

— Essa é a minha varinha! — Disse Harry, olhando para a varinha com curiosidade. — Eu devo ter deixado cair.

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