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𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
CAPÍTULO VINTE E SETE
─── CONVERSAS AGUARDADAS E RELAÇÕES COM BLACK

MADAME POMFREY INSISTIU em manter Harry na ala hospitalar pelo resto do fim de semana, para desaprovação do garoto. A única vez que Charlie, Ron e Hermione deixariam o lado de Harry seria à noite, quando o toque de recolher amanhecia.

Harry estava ansioso para falar com Charlie sobre o Grim que ambos viram durante a partida de Quadribol, mas não conseguiu, já que ele nunca quis falar sobre isso na frente de Ron ou Hermione. Simplesmente porque ele sabia que Ron entraria em pânico e Hermione diria que era besteira.

Para ser honesto, Charlie tinha pensado no Grim algumas vezes desde aquele dia. Não havia como negar o fato de que agora tinha aparecido duas vezes, e ambas as aparições foram seguidas por acidentes quase fatais; na primeira vez, Harry quase foi atropelado pelo Nôitibus; na segunda, ele havia caído trinta metros de sua vassoura.

O Grim realmente iria assombrar Harry até que ele morresse?

Ron estava certo quando disse que o perigo que estava vindo, para Charlie seria o resultado dele proteger seu melhor amigo?

Pelo amor de Deus, Trelawney estava realmente dizendo a verdade?

E então havia os Dementadores.

Os malditos Dementadores que causaram um arrepio na espinha de Charlie só de pensar neles. Concedido, ele não teve uma experiência como Harry. O menino de olhos castanhos ainda não conseguia acreditar quando Harry lhe disse que estava ouvindo os últimos momentos da vida de sua mãe. Os momentos em que ela o salvou de Lord Voldemort quando ele não fez nada além de rir enquanto a matava.

Charlie não conseguia imaginar o que seu melhor amigo estava sentindo e sabia que não poderia fazer nada para ajudá-lo.

O que você deve dizer quando seu melhor amigo lhe diz algo assim?

Imagine o alívio de voltar, com Harry, Ron e Hermione, ao barulho e agitação da escola principal na segunda-feira, onde ele foi forçado a pensar em outras coisas, mesmo que tivesse que suportar as provocações de Draco Malfoy sobre ele e Harry sobre a Grifinória perdendo a partida.

Não importava, no entanto, porque, em uma nota mais feliz, o professor Lupin estava de volta ao trabalho. Certamente parecia que ele estava doente. Suas vestes velhas estavam penduradas mais soltas nele e havia sombras escuras sob seus olhos; no entanto, ele sorriu para a classe antes de ensinar como se nunca tivesse saído.

Quanto ao Quadribol, a Corvinal acabou achatando a Lufa-Lufa em sua partida no final de novembro, o que significava que a Grifinória não estava fora da disputa pela Copa das Casas. Wood foi recuperado de sua energia maníaca e trabalhou sua equipe tão duro como sempre na neblina fria da chuva que persistiu em dezembro. Charlie não viu nenhum indício de um dementador dentro do terreno. A raiva de seu avô parecia mantê-los em seus postos nas entradas.

Duas semanas antes do final do semestre, o céu clareou de repente para um branco opalino deslumbrante e os terrenos lamacentos foram revelados uma manhã cobertos de geada brilhante. Dentro do castelo, havia um zumbido de Natal no ar. O professor Flitwick já havia decorado sua sala de aula com luzes cintilantes que se revelaram fadas reais e esvoaçantes.

Os alunos estavam todos alegremente discutindo seus planos para as férias. Tanto Ron quanto Hermione decidiram permanecer em Hogwarts, e embora Ron dissesse que era porque não aguentava duas semanas com Percy, e Hermione insistia que precisava usar a biblioteca, Charlie não se deixou enganar; eles estavam fazendo isso para ajudá-lo a fazer companhia a Harry, e ele estava muito grato. Assim como Harry, ele precisava de seus amigos agora mais do que nunca.

Para o deleite de todos, exceto de Harry, haveria outra viagem a Hogsmeade no último fim de semana do semestre.

— Podemos fazer todas as nossas compras de Natal lá! — Disse Hermione, enquanto os quatro estavam sentados na sala comunal uma noite. — Mamãe e papai iriam adorar essas pastilhas de hortelã da Dedosdemel!

Charlie notou quando o rosto de Harry caiu ligeiramente, para o qual ele deu um leve tapinha no ombro, — Eu vou trazer algo de volta, cara. Qualquer coisa que você quiser, é só me avisar.

O garoto de óculos pareceu se animar um pouco quando um pequeno sorriso cresceu em seu rosto, — Você está se oferecendo para me comprar uma vassoura nova?

Charlie riu, — Ok, bem, talvez nada.

— Sim, foi o que eu pensei. — Harry riu. — Obrigado pela oferta, cara. Mas eu deveria ser bom em tudo. Ainda tenho muitos doces da última vez que vocês me trouxeram alguns.

Charlie deu a seu amigo um aceno relutante antes de voltar para a lareira.

Na manhã de sábado da viagem a Hogsmeade, Harry se despediu de seus três amigos, que estavam embrulhados em grandes casacos, chapéus e cachecóis.

Charlie franziu a testa ligeiramente enquanto observava Harry recuar de volta para o castelo. Ele sempre se sentiu mal por deixá-lo para trás assim, simplesmente porque sabia o quanto Harry gostaria de ir para Hogsmeade.

O garoto de olhos castanhos foi puxado para seus pensamentos quando sentiu um pequeno puxão na manga de sua jaqueta. Quando ele se virou, ele viu Hermione parada ali com um pequeno sorriso, — Caminhe comigo?

Charlie assentiu instantaneamente, e os dois seguiram atrás da multidão de terceiranistas em direção ao trem. Quando chegaram a Hogsmeade, Charlie estava esperando que Ron se encontrasse com ele e Hermione, mas imagine a surpresa dele quando o ruivo fugiu com Seamus, Neville e Dean para a loja de piadas de Zonko.

Parece que seria apenas ele e Hermione.

Isso deve ser interessante.

Os dois caminharam pela pequena vila bruxa e observaram seus amigos se espalharem pelas várias lojinhas. Ambos, Hermione ou Charlie ainda não tinham dito nada. Eles não tiveram uma conversa adequada desde o pequeno momento no campo de Quadribol, que Charlie agora estava se arrependendo porque parecia colocá-los de volta no estágio estranho que eram antes.

Eles caminharam até os arredores da vila até uma área de observação isolada em frente à famosa Casa dos Gritos.

— Dizem que é o lugar mais assombrado da Grã-Bretanha. — Hermione disse nervosamente, tentando puxar conversa.

— Sério? — Charlie disse com um sorriso, olhando para o prédio. — Onde você ouviu isso?

A garota de cabelo espesso sorriu levemente, — Eu li sobre isso.

Pela primeira vez, o menino se virou para ela e enviou um sorriso provocante em sua direção, — Claro. Deveria ter adivinhado.

Hermione riu um pouco antes de bater no ombro dele de brincadeira, fazendo-o rir junto com ela.

Uma vez que eles pararam de rir, o silêncio caiu sobre eles novamente. Charlie olhou para a garota com curiosidade. Havia um olhar estranho em seu rosto, quase como se ela estivesse pensando em como dizer alguma coisa.

Depois de alguns momentos, como esperado, Hermione falou com uma gagueira.

— P-posso te perguntar uma coisa? — Ela disse timidamente. — Se você ficar chateado, você pode dar de ombros como se isso não significasse nada.

Charlie engoliu em seco.

Isso ia ser sobre a coisa de mãos dadas no Salão Principal?

Ou sobre o beijo na bochecha?

Ou sobre o trem?

— É sobre seu pai.

O rosto de Charlie caiu instantaneamente, — Oh.

Hermione observou o rosto do menino cuidadosamente. Ele desviou o olhar para evitar os olhos dela e ela percebeu que ele estava tenso, mas não pôde evitar; ela tinha que perguntar.

— Isso é sobre o meu bicho-papão? — O menino disse, baixinho, mal alto o suficiente para ela ouvir.

— Sim e não. — Ela respondeu, sem tirar os olhos dele. — Não é apenas o bicho-papão. Você não estava dormindo por um tempo. Então houve aquele hematoma em seu braço naquele dia no Caldeirão Furado.

— Eu disse a você que não era nada.

Hermione suspirou, — Charlie, nós dois sabemos que não foi nada.

O menino finalmente levantou a cabeça e olhou para ela, — Eu não sei o que você está esperando que eu diga.

— Eu vi o olhar em seu rosto quando o bicho-papão agarrou você. — Hermione insistiu, quase sem acreditar que ele estava ficando na defensiva novamente. — Você estava com medo, sim, mas você não estava surpreso. Quase como se já tivesse acontecido antes.

— O que você está tentando insinuar, Hermione?

— Não sei! — A garota de cabelo espesso franziu a testa. — Eu só estou preocupada com você.

Charlie suspirou. Ele se sentiu mal por ficar na defensiva, mas foi encurralado pela única pessoa para quem não podia mentir. Ela podia ver através dele, então não havia sentido em mentir.

Ele falou enquanto a cabeça permanecia focada no prédio abandonado na frente deles: — Não é tão ruim quanto parece. Meu relacionamento com meu pai sempre foi tenso. Recentemente, as coisas ficaram um pouco mais aquecidas. Então, sim, suponho que as vozes foram levantadas e, talvez, um aperto tenha sido um pouco apertado demais. A primeira vez que aconteceu isso me assustou, o que provavelmente explica por que meu bicho-papão é o que é.

A voz de Charlie sumiu quando ele se virou e encontrou os olhos tristes de Hermione. Deus, era exatamente por isso que ele não queria dizer nada.

— Mas, — ele continuou, tentando melhorar a situação, — honestamente, não é nada para se estressar. Só aconteceu duas vezes, e nada aconteceu que deveria causar preocupação. Além disso, meu avô não deixaria chegar a esse ponto, tenho certeza.

Tudo o que Hermione pôde fazer foi acenar com a cabeça. Isso deixou sua mente um pouco à vontade sabendo que Dumbledore interviria se as coisas ficassem tão ruins quanto ela imaginava.

Em vez de dizer qualquer coisa, Hermione puxou o menino para um abraço no qual ele se derreteu alegremente. Eles ficaram ali por um momento, sem entender qual deles precisava mais daquele abraço porque, honestamente, ambos precisavam.

Enquanto eles se afastavam, a garota de cabelos espessos manteve os braços em volta do pescoço dele enquanto olhava em seus olhos castanhos, subconscientemente dizendo a ele que ela entendia e ia confiar em seu julgamento sobre o assunto por enquanto.

Charlie começou a ficar nervoso ao olhar nos olhos da garota com os braços ainda em volta da cintura dela. Este foi provavelmente o momento mais íntimo que os dois compartilharam por causa de quão mais próximos eles estavam ligados após tal revelação do garoto de olhos castanhos. Para não mencionar, a posição em que se encontravam agora, eles estavam bem próximos - não tão próximos quanto estavam no trem - mas ainda assim.

O garoto engoliu em seco enquanto falava, — P-posso te perguntar uma coisa? Sem tornar as coisas extremamente estranhas entre nós pela sexta vez este ano.

O rosto de Hermione começou a ficar rosado enquanto ela balançava a cabeça lentamente, sem tirar os olhos dos dele.

— O que exatamente está acontecendo entre-

Uma voz familiar gritando de perto interrompeu o menino.

— Aí estão vocês!

Hermione e Charlie pularam instantaneamente para longe um do outro quando se viraram para ver Ron correndo em direção a eles.

— Eu estive procurando por vocês em todos os lugares. — Disse Ron quando os alcançou.

Charlie ficou ali com um sorriso estranho enquanto olhava nervosamente para Hermione antes de se dirigir a Ron, — Sim, bem, você nos encontrou.

— Sim. — Murmurou Hermione, tristemente.

— Vocês deveriam ver as coisas legais em Zonkos! —Ron disse alegremente, antes de notar o prédio abandonado atrás deles, — Uau! É a Casa dos Gritos?

Charlie assentiu lentamente enquanto os três se aproximavam um pouco mais da cerca que tinha uma placa que dizia: — Perigo! Mantenha-se afastado!

— Sim. — Hermione disse suavemente. — Dizem que é o lugar mais assombrado da Grã-Bretanha, já mencionei isso?

Charlie sorriu suavemente, sem tirar os olhos de Hermione, — Duas vezes.

Ron claramente não estava ciente de seus dois amigos trocando olhares nervosos um para o outro atrás dele. Na verdade, seus olhos estavam tão paralisados na Casa dos Gritos que Hermione e Charlie provavelmente poderiam se beijar e ele não perceberia.

Hermione sentiu suas bochechas ficarem mais quentes sob o olhar de Charlie. Ela sabia que ele queria terminar a conversa, então ela falou diretamente com ele: — Charlie, talvez você queira chegar um pouco mais perto?

Uh - isso não saiu do jeito que Hermione queria.

Também aconteceu de ser a única coisa que poderia ter feito a cabeça de Ron virar na direção deles.

Que embaraçoso.

— Huh? — Ron disse com uma sobrancelha levantada enquanto Charlie não podia evitar o sorriso brincalhão que se formou em seu rosto.

— Para a Casa dos Gritos! — Hermione disse rapidamente, tentando consertar seu erro.

Mas Ron não estava convencido, — Certo.

O ruivo então desviou o olhar para seu melhor amigo, — Acho que estamos bem aqui.

Charlie foi pego de surpresa. Seu olhar mudou de Hermione para Ron com uma sobrancelha franzida, — Eu não me lembro dela perguntando a você.

Ron estava prestes a retaliar, mas foi interrompido quando Draco Malfoy veio andando em direção a eles, seguido por Crabbe, Goyle e Zabini.

— O que temos aqui? — Draco riu. — Vocês três estão comprando sua nova casa? Um pouco grandioso para você, não é, Weasel-bee? E Hawthorne, eu não imaginei você como um cara do tipo casa mal-assombrada!

Charlie gemeu antes de se virar para Draco e seus capangas, — Vocês vão embora?

Ron concordou, — Sim, ou pelo menos uma vez, cale a boca.

Draco zombou, — Não muito amigável. Rapazes, acho que é hora de ensinarmos a Abelha-doninha e o Santo Hawthorne, aqui, a respeitar aqueles que são claramente superiores-

Hermione riu asperamente enquanto se colocava na frente de seus dois amigos, — Espero que você não esteja falando sério.

— Como você se atreve a falar comigo. — Malfoy rosnou enquanto seus olhos se deslocavam para a garota, — Sua sangue-ruim imunda!

Charlie cerrou os punhos e se preparou para avançar, mas assim que as palavras saíram da boca de Malfoy, ele foi atingido na lateral do rosto por uma bola de neve.

— O que é que foi isso?!

Malfoy olha confuso quando ele leva mais duas bolas de neve no rosto.

Charlie, Hermione e Ron se entreolharam inquietos. O que estava acontecendo?

Crabbe, Goyle e Zabini começaram a andar para os três grifinórios quando seus joelhos cederam e eles caíram de cabeça na neve. Com a visão, Draco começou a recuar com medo, olhando a área com curiosidade, mas não viu nada.

— Espere! Há algo lá fora! — Ele gritou para seus amigos no chão: — Tem que haver - aaaaaaaaaahhh!

Em um instante, o chapéu de Malfoy foi puxado sobre seus olhos, e então ele foi girado. Com um chute forte no traseiro, ele foi enviado tropeçando sobre a colina de onde veio e logo estava fora de vista. Seus três amigos rapidamente se levantaram e correram atrás dele.

Charlie, Ron e Hermione ficaram todos parados, olhando uns para os outros com a maior confusão. Foi quando as pontas do cachecol de Charlie foram levantadas no ar, e então, a mesma coisa aconteceu com as tiras do chapéu de Ron.

O garoto de olhos castanhos riu ao perceber o que estava acontecendo, — Harry!

A capa da invisibilidade caiu no chão. Com certeza, Harry ficou ali, sorrindo de orelha a orelha.

— Puta merda, Harry! — Gritou Ron, respirando pesadamente. — Isso não foi engraçado!

Mas era, então o ruivo sorriu. Todos o fizeram antes de começarem a rir uns com os outros.

Honestamente, provavelmente o melhor uso da capa da invisibilidade.

O quarteto caminhou pela neve, fora da vista de qualquer professor que pudesse tirar Harry do castelo.

— Eu ainda não entendo como você saiu do castelo. — Questionou Hermione.

— Uau! — Disse Ron, parecendo muito impressionado, — Você aprendeu a aparatar!

Charlie revirou os olhos - Ron honestamente podia ser tão burro às vezes.

— Claro que não. — Disse Harry. Ele baixou a voz para que ninguém ao redor pudesse ouvi-lo e contou tudo sobre o Mapa do Maroto.

— Como é que Fred e George nunca me deram! —Disse Ron, indignado. — Eu sou o irmão deles!

Charlie riu, — Provavelmente porque eles sabiam que você usaria isso para fazer algo estúpido.

— Mas Harry não vai ficar com ele! — Disse Hermione, como se a ideia fosse ridícula. — Ele vai entregá-lo à Professora McGonagall, não é, Harry?

Harry falou rapidamente, — Não, não vou!

— Você está louca? — Perguntou Charlie, arregalando os olhos para Hermione. — Entregar algo tão bom?

Harry protestou, — Se eu entregar, vou ter que dizer onde consegui! Filch saberia que Fred e Jorge roubaram!

— Mas e Sirius Black? — Hermione sibilou. — Ele pode estar usando uma das passagens desse mapa para entrar no castelo! Os professores têm que saber!

— Ele não pode estar entrando por uma passagem. — Disse Harry rapidamente. — Há sete túneis secretos no mapa, certo? Fred e Jorge acham que Filch já conhece quatro deles. E dos outros três - um deles cedeu, então ninguém pode passar por ele. Um deles tem o Whomping Salgueiro plantado sobre a entrada, então você não pode sair dele. E o que eu acabei de passar - bem - é realmente difícil ver a entrada no porão, então, a menos que ele soubesse que estava lá.

Charlie pensou por um momento. Ele tinha sido informado antes sobre as passagens secretas em todo o castelo, mas nunca tinha visto uma por si mesmo. Principalmente porque seu avô proibiu.

Mas, e se Hermione estivesse certa, como sempre esteve? E se Black soubesse que a passagem estava lá?

Ron, no entanto, pigarreou significativamente e apontou para um aviso colado do lado de fora da porta da confeitaria enquanto eles passavam;

POR ORDEM DO MINISTÉRIO DA MAGIA

Os clientes são lembrados de que até novo aviso, os dementadores estarão patrulhando as ruas de todas as noites após o pôr do sol. Esta medida foi implementada para a segurança dos moradores de Hogsmeade e será suspensa após a recaptura de Sirius Black. Portanto, é aconselhável que você complete suas compras bem antes do anoitecer. Feliz Natal!

— Ver? — Disse Ron baixinho. — Eu gostaria de ver Black tentar vir para Hogsmeade com Dementadores enxameando por toda a vila. Além disso, os donos de Dedosdemel ouviriam um arrombamento, não ouviriam? Eles moram em cima da loja!

— Sim, mas-mas- — Hermione parecia estar lutando para encontrar outro problema. — Olha, Harry ainda não deveria estar vindo para Hogsmeade. Ele não tem um formulário assinado! Se alguém descobrir, ele vai ter muitos problemas! E ainda não é anoitecer - e se Sirius Black aparecer hoje? Agora?

— Ele teria um trabalho manchando Harry nisso. —Disse Ron, acenando através das janelas gradeadas para a neve espessa e rodopiante.

— Vamos, Hermione. — Charlie tentou raciocinar, o que lhe rendeu uma carranca quando o garoto pareceu ficar do lado de Ron. — É Natal. Harry merece uma pausa.

Hermione mordeu o lábio, parecendo extremamente preocupada.

— Você vai me denunciar? — Harry perguntou a ela, sorrindo ao que Charlie e Ron riram.

— Oh, claro que não, mas honestamente, Harry-

— Viu o Fizzing Whizbees, Harry? — Perguntou Ron, agarrando Harry e levando-o até a janela da Dedosdemel. — E os Jelly Slugs? E os Acid Pops? Fred me deu um desses quando eu tinha sete anos - queimou um buraco na minha língua. Eu me lembro de mamãe batendo nele com sua vassoura." Ron olhou pensativo para a janela. "Acha que Fred daria uma mordida no Cacho de Baratas se eu dissesse a ele que eram amendoins?

Charlie riu e rapidamente balançou a cabeça. Os Weasley eram realmente outra coisa. Quando Ron terminou de relembrar, os quatro caminharam pela nevasca mais uma vez.

Hogsmeade parecia um cartão de Natal; as pequenas cabanas de palha e as lojas estavam todas cobertas por uma camada de neve; havia guirlandas de azevinho nas portas e cordões de velas encantadas penduradas nas árvores.

Harry estremeceu; ao contrário dos outros três, ele não tinha capa ou jaqueta. Eles subiram a rua, cabeças abaixadas contra o vento, Ron, Charlie e Hermione gritando através de seus lenços.

— Esse é o correio.

— Zonko's está lá em cima.

— Há Necessidades Esportivas de Spintwitches.

— Então, — disse Charlie no meio do passeio, batendo os dentes, — vamos tomar uma cerveja amanteigada no Três Vassouras? Está congelando aqui fora.

Seus amigos estavam mais do que dispostos, então eles atravessaram a rua, e em poucos minutos estavam entrando na pequena pousada.

Estava extremamente lotado, barulhento, quente e enfumaçado. Uma mulher curvilínea com um rosto bonito estava servindo um bando de feiticeiros barulhentos no bar.

— Essa é Madame Rosmerta. — Disse Ron, ficando ligeiramente vermelho. — Eu vou pegar as bebidas, posso?

Enquanto Ron se dirigia ao bar, Harry, Charlie e Hermione foram para o fundo da sala, onde havia uma pequena mesa vazia entre a janela e uma grande árvore de Natal, que ficava ao lado da lareira.

— O que há com Ron? — Perguntou Harry quando eles se sentaram.

Charlie riu enquanto olhava na direção de Madame
Rosmerta, — Provavelmente um pouco interessado na garçonete. A maioria dos caras são.

Hermione zombou olhando para Charlie com uma sobrancelha franzida, — E você é um deles, não é?

— Eu não disse isso. — Charlie disse brincando. — Eu estava simplesmente respondendo a uma pergunta.

Isso rendeu um tapa no braço de Hermione enquanto ela balançava a cabeça em descrença para o garoto.

Que idiota.

Como ele poderia brincar assim sabendo sobre o momento íntimo que eles compartilharam nem vinte minutos antes?

Hermione bufou enquanto olhava pela janela, evitando o olhar do garoto a todo custo.

Charlie riu da frieza repentina da garota antes de olhar para Harry, que estava olhando ao redor, observando seus arredores. Isso deu ao garoto de olhos castanhos a oportunidade de se inclinar levemente e sussurrar, alto o suficiente para a garota ouvi-lo.

— Sabe, Hermione, — ele disse baixinho com um sorriso malicioso, — o ciúme não fica bem em você.

Hermione rapidamente virou a cabeça para longe da janela e encontrou o olhar do garoto. Quando ela estava prestes a se defender, Ron veio até a mesa carregando quatro canecas espumantes de cerveja amanteigada quente.

— Feliz Natal! — Ele disse alegremente, levantando sua caneca.

Os quatro beberam profundamente. Charlie sempre gostou de cerveja amanteigada. Foi a coisa mais deliciosa que ele já provou e parecia aquecer cada pedacinho dele por dentro.

Então, a porta do Três Vassouras se abriu novamente. Charlie olhou por cima da borda de sua caneca e engasgou, fazendo com que seus amigos se virassem na direção da porta.

A Professora McGonagall e o Professor Flitwick tinham acabado de entrar no pub com uma rajada de flocos de neve, logo seguidos por Hagrid, que estava conversando com um homem esculpido com um chapéu-coco preto escuro e uma capa listrada - Fenwick Hawthorne, Ministro da Magia.

Em um instante, Charlie gemeu um pouco alto demais. Hermione observou a reação do menino ao seu pai cuidadosamente antes de se aproximar dele para tranquilizar seu estado tenso. No momento seguinte, Ron colocou as mãos no topo da cabeça de Harry e o forçou a sair de seu banquinho para debaixo da mesa.

Pingando cerveja amanteigada e agachado fora de vista, Harry agarrou sua caneca vazia e observou os pés dos professores e de Fenwick se moverem em direção ao bar. Eles ainda não haviam notado os grifinórios no fundo da sala. Charlie tinha até mesmo virado a cabeça ligeiramente e puxado o chapéu mais para baixo como uma tentativa de não ser notado.

O quarteto podia ouvir suas vozes à distância quando Rosmerta se aproximou dos novos clientes já com bebidas na mão.

A garçonete gritou: — Um pequeno gillywater.

— Meu. — Disse a voz da Professora McGonagall.

— Quatro canecas de hidromel quente.

— Meu, Rosmerta. — Disse Hagrid.

— Um xarope de cereja e refrigerante com gelo e guarda-chuva.

— Meu! — Disse o professor Flitwick, estalando os lábios.

— Então você será o rum de groselha, ministro.

— Obrigado, Rosmerta, minha querida. — Disse Fenwick em um tom de paquera. — Adorável vê-la novamente, devo dizer. Tenha um você mesmo, não é? Venha se juntar a nós.

— Bem, muito obrigada, ministro.

Charlie cerrou os dentes com a interação "amigável" entre seu pai e a garçonete. Seu coração batia desconfortavelmente na garganta.

— Então, o que o traz aqui, ministro? — Veio a voz de Madame Rosmerta.

Charlie podia ver o corpo de seu pai se contorcer em sua cadeira como se estivesse checando por espiões com o canto do olho.

Então Fenwick disse em voz baixa: — O que mais, minha querida, senão Sirius Black? Ouso dizer que você ouviu o que aconteceu na escola no Halloween?

— Eu ouvi um boato. — Admitiu Madame Rosmerta.

— Você contou para todo o bar, Hagrid? — Perguntou a professora McGonagall exasperada ao que Hargid simplesmente afundou em sua banqueta.

— Você acha que Black ainda está na área, Ministro? — Sussurrou Madame Rosmerta.

— Tenho certeza disso. — Disse Fenwick brevemente, tomando um gole de rum.

— Você sabe que os Dementadores vasculharam toda a vila duas vezes? — disse Madame Rosmerta, com um leve tom em sua voz. — Assustou todos os meus clientes... É muito ruim para os negócios, Ministro.

— Rosmerta, querida, é uma precaução necessária... — Fenwick parou. — Infelizmente, mas eles deveriam ajudar... Acabei de conhecer alguns deles. Eles estão furiosos contra meu querido sogro - ele não os deixa entrar no terreno do castelo.

— Acho que não. — Disse a Professora McGonagall bruscamente. — Como vamos ensinar com esses horrores flutuando por aí?

— Ouça ouça! — Guinchou o minúsculo Professor Flitwick, cujos pés estavam pendurados a trinta centímetros do chão.

— Mesmo assim, — reclamou Fenwick, — eles estão aqui para proteger todos vocês de algo muito pior... Todos nós sabemos do que Black é capaz.

— Sabe, ainda tenho dificuldade em acreditar nisso. — Disse Madame Rosmerta pensativa. — De todas as pessoas que foram para o Lado Negro, Sirius Black foi o último que eu pensei... Quero dizer, eu me lembro dele quando ele era um menino em Hogwarts. Se você me dissesse então o que ele era vai se tornar, eu teria dito que você bebeu muito hidromel.

— Você não sabe a metade disso, Rosmerta. — Disse o pai de Charlie rispidamente. — O pior que ele fez não é amplamente conhecido.

— O pior? — Perguntou Madame Rosmerta, sua voz viva com curiosidade. — Pior do que matar todas aquelas pobres pessoas, você quer dizer?

— Eu certamente quero. — Disse Fenwick.

— Eu não posso acreditar nisso. O que poderia ser pior?

— Você diz que se lembra dele em Hogwarts, Rosmerta. — Murmurou a Professora McGonagall. — Você se lembra quem era o melhor amigo dele?

— Naturalmente. — Disse Madame Rosmerta, com uma pequena risada. — Nunca vi um sem o outro, não é? O número de vezes que eu os tinha aqui - ooh, eles costumavam me fazer rir. Bastante duplo, Sirius Black e James Potter!

Charlie ouviu Harry derrubar sua caneca com um baque alto, então, naturalmente, o garoto de olhos castanhos o chutou levemente para que ele soubesse que não deveria estragar o disfarce.

— Precisamente, — Disse a Professora McGonagall, — Black e Potter. Líderes de sua pequena gangue. Ambos muito brilhantes, é claro - excepcionalmente brilhantes, na verdade - mas eu não acho que nós já tivemos um par de encrenqueiros.

— Eu não sei, — riu Hagrid, — Fred e George Weasley poderiam dar a eles uma corrida pelo dinheiro deles.

— Você pensaria que Black e Potter eram irmãos! — Disse o professor Flitwick. — Inseparável!

— Claro que eles eram. — Disse Fenwick em um grunhido baixo. — Potter confiava em Black mais do que em todos os seus outros amigos. Nada mudou quando eles deixaram a escola. Black foi padrinho quando James se casou com Lily. Eu me lembro quando Julia me disse que eles o chamavam de padrinho de Harry. O menino não tem ideia, é claro. Você pode imaginar como a ideia o atormentaria.

Espera, Lili? Como em Lily Evans?

Espere, se Lupin conhecia a mãe de Lily e Charlie, era possível que ele também conhecesse Sirius? É isso que Snape estava insinuando para deixar Black entrar no castelo?

Ah meus dias.

Lupin realmente deixou um assassino entrar no castelo?

— Porque Black acabou sendo aliado de Você-Sabe-Quem? — Sussurrou Madame Rosmerta.

— Pior ainda, minha querida... — Fenwick baixou a voz e prosseguiu em uma espécie de estrondo baixo. — Poucas pessoas sabem que os Potters sabiam que Você-Sabe-Quem estava atrás deles. Dumbledore, que estava trabalhando incansavelmente contra Você-Sabe-Quem, tinha vários espiões. Um deles o avisou, e ele o alertou. James e Lily ao mesmo tempo. Ele os aconselhou a se esconderem. Mas, claro, Você-Sabe-Quem não é uma pessoa fácil de se esconder.

Charlie franziu as sobrancelhas com o comentário de seu pai. Fenwick parecia saber mais sobre Voldemort do que deixava as pessoas acreditarem.

— Naturalmente, — disse a Professora McGonagall, — Dumbledore continuou preocupado porque James disse que ia contar a Black sobre seu paradeiro. James achou que podia confiar nele.

— Espere, Dumbledore suspeitava de Black? — Ofegou Madame Rosmerta.

— Ele tinha certeza de que alguém próximo aos Potter estava mantendo Você-Sabe-Quem informado de seus movimentos. — Disse a Professora McGonagall sombriamente. — Na verdade, ele suspeitava há algum tempo que alguém do nosso lado se tornara um traidor e estava passando muitas informações para Você-Sabe-Quem.

— Foi uma ideia maluca na época. — Disse Fenwick rapidamente. — No entanto, acho que a verdade foi finalmente descoberta.

— Black os traiu? — Respirou Madame Rosmerta.

— Ele realmente fez. Black estava cansado de seu papel de agente duplo, ele estava pronto para declarar seu apoio abertamente para Você-Sabe-Quem, e ele parecia ter planejado isso para o momento da morte dos Potters. — Fenwick explicou em um tom que Charlie não conseguiu reconhecer. — Mas, como todos sabemos, Você-Sabe-Quem encontrou sua queda no pequeno Harry Potter. Quem teria pensado? Poderes se foram, horrivelmente enfraquecidos, o Lorde das Trevas fugiu. E isso deixou Black em uma posição muito desagradável. Seu mestre caiu no exato momento em que ele, Black, mostrou sua verdadeira face como um traidor. Ele não teve escolha a não ser fugir.

— Traidor imundo e fedorento! — Hagrid disse, tão alto que metade do bar ficou quieto.

— Shh! — Silenciou a professora McGonagall.

— Eu o conheci! — Rosnou Hagrid. — Eu devo ter passado a última vez para vê-lo antes que ele matasse todas aquelas pessoas! Fui eu quem resgatou Harry da casa de Lily e James depois que eles foram mortos! Acabei de tirá-lo das ruínas, coitadinho, com um grande golpe sua testa, e seus pais mortos... E Sirius Black aparece, naquela moto voadora que ele costumava andar. Nunca me ocorreu o que ele estava fazendo lá. Eu pensei que ele tivesse ouvido falar do ataque de Você-Sabe-Quem e foi ver o que ele poderia fazer. Branco e tremendo, ele estava. E você sabe o que eu fiz? EU CONFORTEI O TRAIDOR ASSASSINO! — Hagrid rugiu.

— Hagrid, por favor! — Disse a professora McGonagall. — Fale baixo!

— Como eu poderia saber que ele não estava chateado com Lily e James? Era com Você-Sabe-Quem ele se importava! E horas antes de o Ministério estar atrás dele. Mas e se eu tivesse dado Harry para ele, hein? Aposto que ele o teria jogado da bicicleta no meio do mar. O filho de seus melhores amigos! Mas quando um bruxo vai para o lado negro, não há mais nada e ninguém que importe para eles.

— Você está certo, Rubeus. — Fenwick disse sem pensar. — Nada importa além de servir Você-Sabe-Quem, pelo menos para aqueles do lado dele, é claro.

Ninguém além de Charlie parecia pegar aquele pequeno suplemento de seu pai. Que coisa peculiar a dizer

Madame Rosmerta disse com alguma satisfação: — Mas ele não conseguiu desaparecer, não é? O Ministério da Magia o alcançou no dia seguinte!

— Infelizmente, nós fizemos. — Disse Fenwick alegremente. — Fomos nós que o encontramos. Eu e o pequeno Peter Pettigrew - outro dos amigos dos Potters. Estávamos enlouquecidos pela dor, sem dúvida. Pettigrew foi até o próprio Black.

— Petigrew... Aquele garotinho gordo que sempre andava atrás deles em Hogwarts? — Disse Madame Rosmerta.

— Adorados como heróis, Black e Potter. — Disse a Professora McGonagall. — Nunca na liga deles, em termos de talento. Muitas vezes fui bastante afiada com ele. Você pode imaginar como eu - como eu me arrependo disso agora.

— Pronto, Minerva. — Disse Fenwick gentilmente, fazendo com que as sobrancelhas de Charlie se franzissem ainda mais. Seu pai nunca foi gentil. — Pettigrew morreu como um herói. Testemunhas oculares - trouxas, é claro, apagamos suas memórias depois - nos contaram como Pettigrew encurralou Black. Dizem que ele estava soluçando, 'Lily e James. Sirius como você pôde?' E então ele foi para sua varinha. Bem, é claro, Black foi mais rápido. Explodiu Pettigrew em pedacinhos..

A Professora McGonagall assoou o nariz e disse com voz rouca: — Menino estúpido... Menino tolo... Ele sempre foi inútil em duelos... Deveria ter deixado isso para o Ministério.

— Eu digo a você, se eu tivesse pego Black antes do pequeno Pettigrew, eu não teria mexido com varinhas - eu teria arrancado ele membro por membro. — Hagrid rosnou.

— Você não sabe do que está falando, Rubeus. — Disse o pai de Charlie bruscamente. — Ninguém, a não ser aurores treinados do Esquadrão de Execução das Leis da Magia, teriam uma chance contra Black uma vez que ele fosse encurralado. Eu era o Ministro Júnior na época, e fui o primeiro a entrar em cena depois que Black assassinou todas aquelas pessoas.

Fenwick continuou, desta vez, soando como se estivesse chateado, novamente, causando uma sobrancelha franzida de seu filho no fundo da sala. — Eu-eu nunca vou esquecer isso. Eu ainda sonho com isso às vezes. Uma cratera no meio da rua, tão profunda que rachou o esgoto abaixo. Corpos por toda parte. Trouxas gritando. E Black parado lá rindo, com o que restou de Pettigrew na frente dele... Um monte de mantos manchados de sangue e alguns-alguns fragmentos, seu dedo - oh deus, o dedo.

A voz de Fenwick parou abruptamente. Ouviu-se o som de cinco narizes sendo assoados.

— Bem, aí está, Rosmerta. — Disse o Ministro com voz grossa. — Black foi levado por vinte membros da Força de Execução das Leis da Magia e Pettigrew recebeu a Ordem de Merlin, Primeira Classe, o que eu acho que foi um conforto para sua pobre mãe. Black estava em Azkaban desde então.

Madame Rosmerta soltou um longo suspiro.

— É verdade que ele é louco, ministro?

— Eu definitivamente acho que sim. — Disse Fenwick lentamente. — Eu certamente acredito que a derrota de seu mestre o desequilibrou, só posso imaginar o quão difícil foi a queda do Lorde das Trevas. O assassinato de Pettigrew e todos aqueles trouxas foi a ação de um homem encurralado e desesperado - cruel... Inútil. Eu vi Black na minha última inspeção de Azkaban. Você sabe, a maioria dos prisioneiros lá ficam resmungando para si mesmos no escuro; não há sentido neles... Mas fiquei chocado com o quão normal Black parecia. Era enervante, no entanto, nossa conversa parecia não chegar a lugar nenhum, pois ele não respondeu a nenhuma das minhas muitas perguntas.

A mesa inteira engasgou com a revelação. Até as orelhas de Charlie se animaram.

— Ele me agarrou agressivamente pelo meu paletó através das barras de sua cela, — continuou Fenwick, — me disse que eu ia conseguir o que estava vindo para mim - foi horrível. Não tenho ideia do que ele estava insinuando. Imagine meu medo nas próximas semanas quando eu soube que ele havia escapado.

— Mas o que você acha que ele fez? Ele não seria tolo o suficiente para ir atrás de você, seria? — Perguntou Madame Rosmerta. — Meu Deus, ministro, e se ele tentar se juntar a Você-Sabe-Quem?

— Ouso dizer que esse é o... Er... Plano final dele. — Disse Fenwick evasivamente. — Mas esperamos pegar Black muito antes disso. Devo dizer, Você-Sabe-Quem sozinho e sem amigos é uma coisa... Perigosa.

Houve uma pequena fenda de vidro na madeira. Alguém pousou o copo.

— Sabe, Fenwick, se você vai jantar com o diretor, é melhor voltarmos para o castelo. — Disse a professora McGonagall.

Um por um, os adultos se levantaram, ainda sem reconhecer os quatro alunos no fundo da sala. Madame Rosmerta desapareceu atrás do bar. A porta do Três Vassouras se abriu novamente, houve outra rajada de neve, e os professores e o pai de Charlie desapareceram.

Ron e Hermione olharam para Charlie em busca de alguma confirmação do que acabara de ser revelado.

Mas o menino estava sem palavras.

Claro que ele sabia sobre a relação de Black com os pais de Harry e sobre a visita de seu pai a Azkaban, mas não sabia detalhes específicos. Havia tanta coisa para processar naquele único momento, mas Charlie se livrou disso ao se lembrar de Harry.

Deus, Charlie só podia imaginar sua reação a tudo isso.

O menino de olhos castanhos rapidamente olhou por baixo da mesa para encontrar o menino de óculos olhando para o chão incrédulo, ele também, sem palavras.

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