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𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
─── FOLHAS DE CHÁ E MANGAS PENDURADAS

FINALMENTE, O TREM parou na estação de Hogsmeade, e houve uma grande correria para sair; corujas piavam, gatos miavam e o sapo de estimação de Neville coaxava alto por baixo do chapéu. Estava congelando na pequena plataforma; a chuva caía em lençóis gelados.

— Primeiros anos por aqui! — Chamou uma voz familiar.

Harry, Charlie, Ron e Hermione se viraram e viram o contorno gigantesco de Hagrid do outro lado da plataforma, chamando os novos alunos de aparência aterrorizada para sua tradicional jornada pelo lago.

— Tudo bem com vocês quatro? — Hagrid gritou por cima das cabeças da multidão.

Eles acenaram para ele, mas não tiveram chance de falar com ele porque a massa de pessoas ao redor deles os empurrava pela plataforma.

Harry, Charlie, Ron e Hermione seguiram o resto da escola ao longo da plataforma e saíram em uma trilha de lama, onde pelo menos uma centena de diligências aguardavam os alunos restantes, cada um puxado por uma criatura invisível porque assim que eles entravam e fechou a porta, a carruagem partiu sozinha, tropeçando e balançando em procissão.

Harry se sentiu melhor desde o chocolate, mas ainda fraco. Charlie, Ron e Hermione continuaram olhando para ele de lado, como se estivessem com medo de que ele pudesse desmaiar novamente. Fora isso, o menino de olhos castanhos optou por não falar sobre o ataque do dementador no trem até que tivesse a chance de falar com seu avô.

Enquanto a carruagem se dirigia para um par de magníficos portões de ferro forjado, ladeados por colunas de pedra encimadas por javalis alados, Charlie viu mais dois dementadores encapuzados e imponentes, montando guarda de cada lado.

Uma onda de frio ameaçou engoli-lo quando de repente sentiu que a felicidade em seu corpo desapareceria a qualquer momento. Ele se recostou no assento irregular e manteve os olhos no chão até passarem pelos portões. Charlie olhou para Harry para vê-lo se encolher sob o olhar dos dementadores, claramente sem vontade de sucumbir ao mesmo destino de seu último encontro.

A carruagem ganhou velocidade no longo e inclinado caminho até o castelo; Hermione estava inclinada para fora da pequena janela, observando as muitas torres se aproximarem. Por fim, a carruagem parou e os quatro desceram.

Charlie observou de longe Malfoy, Crabbe, Goyle e Zabini subirem as escadas da entrada do castelo. Ele gemeu de ódio - mais um ano com aqueles idiotas nojentos; Deus ajude a todos nós.

Hermione notou o olhar sem graça do garoto de olhos castanhos, e rapidamente o puxou para frente por suas vestes para tirar seu olhar dos sonserinos. Os dois se encontraram com Harry e Ron antes de se juntarem a multidão que subia os degraus, pelas gigantescas portas de carvalho da frente, até o cavernoso saguão de entrada, iluminado com tochas flamejantes, e abrigava uma magnífica escadaria de mármore que levava ao andar superior.

A porta do Salão Principal estava aberta à direita; Charlie seguiu a multidão em direção a ela, mas mal tinha vislumbrado o teto encantado, que estava preto e nublado esta noite, quando uma voz chamou: — Potter! Granger! Hawthorne! Eu gostaria de falar com vocês três!

Charlie, Harry e Hermione se viraram, surpresos. A Professora McGonagall estava chamando por cima das cabeças da multidão. Charlie abriu caminho até ela com um pressentimento; embora muito legal, a Professora McGonagall tinha um jeito de fazê-lo sentir que devia ter feito algo errado.

— Não há necessidade de parecerem tão preocupados - eu só quero uma palavra no meu escritório. — Ela disse a eles assim que chegaram a ela. — Vá em frente, Weasley.

Ron ficou olhando enquanto a Professora McGonagall conduzia seus três amigos para longe da multidão tagarela; eles a acompanharam pelo saguão de entrada, subindo a escada de mármore e ao longo de um corredor.

Uma vez que eles estavam em seu escritório, uma pequena sala com uma lareira grande e acolhedora, a Professora McGonagall fez sinal para os três grifinórios se sentarem.

Ela se acomodou atrás de sua mesa e disse abruptamente, — Professor Lupin mandou uma coruja na frente para dizer que você ficou doente no trem, Potter. E que houve a mesma experiência próxima com você, Charles.

Antes que Charlie ou Harry pudessem responder, houve uma batida suave na porta e Madame Pomfrey, a enfermeira, entrou apressada.

Harry sentiu seu rosto ficar vermelho.

Charlie revirou os olhos, — Oh Deus.

Já era ruim o suficiente que Harry tivesse desmaiado, e até onde o menino de olhos castanhos estava preocupado, nada de prejudicial havia acontecido com ele. Portanto, não havia necessidade de fazer barulho por nada.

— Eu estou bem. — Charlie disse, — Harry também. Nós não precisamos de nada.

— Oh, por que não estou surpresa que fossem vocês dois? — Disse Madame Pomfrey, ignorando isso e se abaixando para olhá-lo bem de perto. — Eu suponho que você estava fazendo algo perigoso de novo?

— Era um dementador, Poppy. — Disse a Professora McGonagall.

Elas trocaram um olhar sombrio, e Madame Pomfrey riu desaprovadoramente.

— Colocando dementadores em uma escola, — ela murmurou, enquanto se movia para Harry e empurrou seu cabelo para trás antes de sentir sua testa, — Potter não será o último a desmaiar. Sim, ele está todo pegajoso. Coisas terríveis, elas são, e o efeito que elas têm em pessoas que já são delicadas.

— Eu não sou delicada! — Disse Harry irritado, mas Charlie não pôde deixar de abafar uma risada.

— Claro que não. — Disse Madame Pomfrey distraidamente, agora tomando seu pulso.

— O que ele precisa? — Perguntou a professora McGonagall secamente. — Descanso na cama? Ele e Charles talvez passem esta noite na ala hospitalar?

— Estou bem! — Diisse Harry, pulando, o que assustou Hermione.

O menino de olhos castanhos concordou com a cabeça, — Sério, estamos todos bem. Acho que seria melhor se apenas fôssemos nos juntar ao banquete.

— Bem, eles deveriam comer um pouco de chocolate, no mínimo. — Disse Madame Pomfrey, que agora estava tentando olhar nos olhos de Charlie.

— Nós já comemos alguns, — disse Charlie, — professor Lupin nos deu alguns no trem.

— Ele fez? — Perguntou Madame Pomfrey com aprovação. — Então nós finalmente temos um professor de Defesa Contra as Artes das Trevas que conhece seus remédios?

— Tem certeza que vocês se sentem bem? — A professora McGonagal perguntou bruscamente.

Charlie olhou para Harry. Ele sabia o que estava sentindo, mas não podia falar por seu amigo. No entanto, o menino de óculos deu-lhe um olhar rápido para indicar que ele estava bem. Então, simultaneamente, eles acenaram com a cabeça.

McGonagall suspirou, — Muito bem. Por favor, esperem lá fora enquanto eu dou uma palavrinha coma Srta. Granger sobre o horário do curso dela, então podemos ir ao banquete juntos.

Charlie e Harry foram conduzidos para fora da sala por Madame Pomfrey. Uma vez que eles estavam no corredor, Pomfrey foi em direçāo à ala hospitalar, deixando os dois garotos esperando. Alguns minutos depois, Hermione apareceu muito feliz com alguma coisa, seguida pela Professora McGonagall, e os quatro desceram a escadaria de mámore até o Salão Principal.

Quando McGonagall foi procurar seu lugar na mesa dos professores, Harry, Charlie e Hermione encontraram seus lugares ao lado de Ron, que estava curioso para saber o que McGonagall tinha dito. Enquanto Harry explicava a ele o que aconteceu, Charlie olhou para a frente da sala, ele viu seu avô olhando para ele com olhos preocupados, ele devia ter ouvido sobre o que aconteceu.

Charlie rapidamente sorriu largamente para Alvo para garantir sua segurança. Dumbledore acenou com a cabeça com um sorriso antes de se levantar para se dirigir à sala.

— Bem-vindos! — Ele disse enquanto a luz da vela brilhava em sua barba. — Bem-vindos a mais um ano em Hogwarts! Tenho algumas coisas para dizer a todos vocês, e como uma delas é muito séria, acho melhor tirar isso do caminho antes que vocês fiquem confusos com nosso excelente banquete.

Dumbledore limpou a garganta e continuou, — Como todos devem saber depois de sua busca no Expresso de Hogwarts, nossa escola está atualmente hospedando alguns dos dementadores de Azkaban, que estão aqui a negócios do Ministério da Magia.

Ele fez uma pausa, e Charlie de repente franziu a testa com a menção do Ministério. Não foi uma surpresa que seu pai fosse capaz de enviar essas criaturas sujas para atacar os alunos, e eles consideram isso uma 'precaução de segurança'.

— Eles estão estacionados em cada entrada do terreno, — Dumbledore continuou, — e enquanto eles estão conosco, eu devo deixar claro que ninguém deve sair da escola sem permissão. Nem eu recomendo que vocês se aproximem deles. Não é da natureza de um dementador perdoar.

Charlie ouvia atentamente seu avô enquanto ele falava, bem, isso foi até que seus ouvidos se animaram para Draco Malfoy que estava tentando desesperadamente chamar a atenção de Harry.

— Psiu, Potter. Potter! — Draco sussurrou atrás deles na mesa da Sonserina. Harry e Ron se viraram enquanto Hermione e Charlie olhavam para ele enquanto ele ria, — É verdade que você desmaiou? Como desmaiou mesmo?

— Sai daqui, Malfoy. — Defendeu Charlie, cuja mandíbula estava cerrada.

— Você desmaiou também, Hawthorne? — Perguntou Malfoy em um sussurro alto enquanto desviava o olhar para Charlie. — O assustador, velho dementador assustou você também?

Quando o garoto de olhos castanhos abriu a boca para retaliar, Hermione o cutucou levemente, fazendo com que ele desviasse o olhar para ela.

— Apenas esqueça. — Ela falou suavemente, — Não vale a pena.

Charlie deu-lhe um aceno relutante antes de se voltar para seu avô. Ron e Harry rapidamente fizeram o mesmo enquanto tentavam ignorar as risadas atrás deles.

— Em uma nota mais feliz, — Dumbledore continuou, — tenho o prazer de receber dois novos professores em nossas fileiras este ano. Primeiro, o Professor Lupin, que gentilmente consentiu em preencher o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Houve alguns aplausos dispersos e pouco entusiasmados. Apenas aqueles que estiveram no compartimento do trem com o Professor Lupin bateram palmas com força. O professor Lupin parecia particularmente maltrapilho perto de todos os outros professores em suas melhores vestes.

— Olhem para Snape! — Ron assobiou silenciosamente.

O Professor Snape estava olhando ao longo da mesa dos professores para o Professor Lupin com uma expressão de ciúmes incomparável. Era de conhecimento geral que Snape queria o trabalho de Defesa Contra as Artes das Trevas, mas mesmo Charlie, que odiava Snape, ficou surpreso com a expressão contorcendo seu rosto magro e pálido. Estava além da raiva; era detestável.

— Quanto ao nosso segundo novo compromisso. — Dumbledore continuou enquanto os aplausos mornos para o Professor Lupin cessavam. — Bem, lamento dizer-lhe que o professor Kettleburn, nosso professor de Trato das Criaturas Mágicas, se aposentou no final do ano passado para aproveitar mais tempo com seus membros restantes. O cargo será preenchido por ninguém menos que Rubeus Hagrid, que concordou em assumir este trabalho de professor, além de seus deveres de manutenção do solo.

Harry, Rony e Hermione se entreolharam, atordoados, enquanto o sorriso de Charlie se alargava. Ele se levantou e começou um grande aplauso. Não muito tempo depois que todos se juntaram, mas houve uma alegria significativa na mesa da Grifinória em particular.

Dumbledore deixou os aplausos pararem antes de falar novamente: — Com isso dito, acho apropriado deixar a vocês alunos com um pensamento final; a felicidade pode ser encontrada mesmo nos momentos mais sombrios se alguém apenas se lembrar de acender a luz.

Charlie tentou processar a mensagem enigmática por um momento. Havia alguma mensagem escondida lá? Seu avô sempre foi tão misterioso quando se tratava de seus discursos.

Independentemente disso, a festa começou e os alunos e funcionários se entregaram a uma bela refeição juntos. Quando o banquete acabou, Charlie acompanhou Harry, Ron e Hermione de volta à torre da Grifinória.

Quando eles chegaram lá, havia uma abundância de alunos da Grifinória esperando na entrada pelo Monitor-Chefe, Percy Weasley, para lhes dar a nova senha.

— Passando, passando! — Percy chamou por trás da multidão. A nova senha é 'Fortuna Major'.

— Ah, não. — Disse Neville Longbottom tristemente, ele sempre teve problemas para lembrar as senhas.

Através do buraco do retrato e do outro lado da sala comunal, as meninas e os meninos se dividiram em direção às suas escadas separadas. Charlie deu um pequeno adeus a Hermione enquanto ela subia as escadas. Eles ainda não tinham falado sobre o que havia acontecido no trem e era seguro dizer que as coisas estavam meio estranhas.

Mesmo assim, Charlie se juntou a Harry, Ron, Neville, Dean e Seamus em seu dormitório. Os seis ficaram acordados por um tempo para conversar e brincar com um monte de doces bruxos. Já era tarde da noite quando todos finalmente foram dormir.

Na manhã seguinte, Charlie se juntou a seus amigos no Salão Principal para o café da manhã. Era o primeiro dia oficial do semestre, então todos os alunos pareciam estar olhando nervosamente para seus horários.

Hermione estava examinando a dela quando Charlie se sentou à mesa.

— Ooh, bom, estamos começando alguns novos assuntos hoje. — Disse ela alegremente.

— Hermione, — disse Ron, franzindo a testa enquanto olhava por cima da mesa, — eles estragaram seu horário. Olha, eles te colocaram para cerca de dez matérias por dia. Não há tempo suficiente.

— Eu vou dar um jeito. Eu consertei tudo com a Professora McGonagall. — Hermione explicou rapidamente, o que fez as sobrancelhas de Charlie se erguerem. Interessante.

— Mas olhe, — disse Rony, rindo, — vê esta manhã? Nove horas, Adivinhação. E embaixo, nove horas, Estudo dos Trouxas. E, — Ron se inclinou para mais perto do horário, incrédulo, — olhe - embaixo disso, Runas Antigas, nove horas. Quer dizer, eu sei que você é boa, Hermione, mas ninguém é tão bom assim. Como você pode estar em três aulas ao mesmo tempo?

— Não seja bobo, Ronald. — Disse Hermione brevemente. — Claro que não estarei em três aulas ao mesmo tempo.

— Bem, então-

— Passe a geléia. — Disse Hermione docemente para Charlie, descaradamente ignorando Ron.

— Mas-

— Ah, Ron, o que você tem a ver se minha agenda está um pouco cheia? — Hermione retrucou fazendo com que Charlie e Harry trocassem um olhar um do outro, — Eu te disse, eu consertei tudo com a Professora McGonagall.

Ron foi dizer mais alguma coisa, mas Charlie rapidamente fez sinal para ele deixar a ideia de lado por enquanto.

Não muito tempo depois, chegou a hora da primeira aula do dia, Adivinhação com a Professora Trelawney no topo da Torre Norte. Levou quase dez minutos para chegar lá, mas quando chegaram, Charlie, Ron e Harry se empilharam um após o outro.

Eles emergiram na sala de aula de aparência mais estranha que já tinham visto. Na verdade, nem parecia uma sala de aula; mais como um cruzamento entre o sótão de alguém e uma casa de chá antiquada.

Pelo menos vinte pequenas mesas circulares estavam amontoadas dentro dela, todas cercadas por poltronas estranhas e pequenos pufes gordos. Tudo estava iluminado com uma luz fraca e carmesim; as cortinas das janelas estavam todas fechadas, e as muitas lâmpadas estavam cobertas com lenços vermelho-escuros.

Que estranho.

Os três garotos se entreolharam antes de todos se sentarem em uma mesa redonda na sala. Quando eles se sentaram, Charlie olhou ao redor com curiosidade.

— Onde Hermione foi? — Ele questionou, olhando para seus dois amigos, — Ela estava bem atrás de nós, não estava? Eu poderia jurar.

— Ela provavelmente esqueceu um livro ou algo assim e teve que voltar para buscá-lo. — Harry sugeriu.

— Sim, — Ron zombou, — ela e seus montes de malditos livros.

Harry riu levemente enquanto Charlie assentiu relutantemente. Sim, talvez seja onde ela estava.

Nesse momento, uma voz surgiu de repente das sombras, uma voz suave e enevoada.

— Bem-vindos. — Disse da escuridão. — Que bom ver vocês finalmente no mundo físico.

Charlie, Harry e Ron se entreolharam com curiosidade enquanto a Professora Trelawney saía das sombras. Ela era tão peculiar quanto Charlie se lembrava de quando ele era pequeno; seus grandes óculos aumentavam seus olhos várias vezes seu tamanho natural, e ela estava envolta em um xale transparente de lantejoulas. Inúmeras correntes pendiam de seu pescoço esguio, e seus braços e mãos estavam incrustados de pulseiras e anéis.

— Bem-vindos à Adivinhação. — Disse a Professora Trelawney, que estava no centro da sala olhando cuidadosamente para cada aluno. — Meu nome é Professora Trelawney. Vocês podem não terem me visto antes. Eu acho que descer com muita frequência na agitação da escola principal nubla meu Olho Interior.

Houve uma leve conversa entre os alunos na sala, mas a Professora não pareceu notar.

— Nesta sala você descobrirá se possui a visão. — Continuou Trelawney, derrubando coisas em sua mesa, — Juntos, nos lançaremos no futuro! Grande estudo das folhas de chá. Então, por favor, peguem a xícara da pessoa sentada à sua frente. Ampliem suas mentes, meus queridos! Permitam que seus olhos vejam... Além!

Os tres garotos da Grifinória compartilharam uma pequena risada enquanto passavam por suas xicaras de chá, que estavam nas mesas em frente a eles, girando no sentido anti-horário. Charlie pegou a de Ron, Harry pegou a de Charlie e Ron pegou a de Harry.

Apesar de toda essa comoção, no entanto, o garoto de olhos castanhos não pôde deixar de se perguntar para onde Hermione tinha ido. Ele estava olhando para ficar preocupado, era tão diferente dela perder o início de uma aula.

Charlie foi tirado de seus pensamentos quando Trelawney se aproximou dele e de seus amigos, e perguntou a Harry o que ele viu dentro da xícara de Charlie.

O garoto de óculos deu de ombros, sem saber para o que deveria estar olhando. Sem se divertir com isso, Trelawney pegou a xícara em suas mãos e foi rápida em olhar para Charlie com um olhar solidário.

— Meu menino, — ela disse suavemente, — você tem tanta coisa acontecendo. Querido, oh querido, esta não é uma xícara feliz. O falcão e a cruz uniram forças em suas folhas de chá! Um inimigo mortal lhe trará grandes provações e sofrimento, que, com a adição de uma pequena caveira no canto superior direito, significa que você, meu querido, está em grave perigo.

De repente, toda a classe olhou na direção de Charlie, para o qual ele simplesmente ficou sentado com uma expressão ilegível no rosto. O que ele deveria fazer? O que ele poderia fazer? Como diabos ele iria responder a isso?

Charlie olhou para o anel em seu dedo. Ele acariciou o falcão no meio. É isso que seu avô quis dizer quando disse que entenderia o falcão com o tempo? Por que Dumbledore lhe daria um anel com um símbolo que representa um inimigo mortal? Mais uma vez, que velho enigmático.

Então, ouviu-se um sussurro familiar ao lado dele, — Que monte de besteira. Nada vai acontecer com você, Charlie. Essa velha delirante não sabe o que está fazendo.

Charlie rapidamente se virou e viu Hermione sentada ao lado dele. Ele ficou surpreso, — De onde você veio?

— Eu? — Hermione olhou para ele, intrigada, — Eu estive aqui tempo todo.

Não, não, isso não estava certo; cinco segundos atrás ele poderia jurar que ela não estava aqui.

Seus pensamentos sobre Hermione foram interrompidos pelo som de um vidro se quebrando e os suspiros dramáticos de Trelawney. Acontece que as folhas de chá de Charlie não eram tão ruins quanto as de Harry.

— Meu querido, — os enormes olhos da Professora Trelawney se arregalaram enquanto olhava para Harry, — você tem o Grim.

— O quê? — Perguntou Harry, olhando para seus três amigos com uma expressão confusa. Charlie, Ron e Hermione deram de ombros rapidamente.

— Grin? O que é o Grin? — Seamus perguntou, bem sem noção, do outro lado da sala.

— Não o Grin, seu idiota. — Parvati Patil repreendeu ao lado dele, — É o Grim.

Charlie podia dizer que ele e seus amigos não eram os únicos que não entendiam; Dean Thomas olhou com indiferença e Lavender Brown parecia perplexa, mas quase todo mundo levou as mãos à boca com horror.

— O Grim, meu querido, o Grim! — Exclamou a professora Trelawney, que parecia chocada por Harry não ter entendido. — O cão gigante e espectral que assombra os cemitérios das igrejas. Meu caro rapaz, é um presságio - o pior presságio - de morte!

O estômago de Harry embrulhou enquanto as mandíbulas de Ron e Charlie caíram. O menino de óculos imediatamente olhou para Charlie fazendo com que ele se lembrasse do cachorro nas sombras de Magnolia Crescent. Não, não pode ser, oh deus. Que diabos?

— De novo, lixo. — Hermione sussurrou em um tom ofendido que foi alto o suficiente para Charlie ouvir, — Ela está tentando assustá-lo com toda a coisa de Você-Sabe-Quem.

O garoto de olhos castanhos se virou para encarar sua amiga mais uma vez. Ele olhou para ela com espanto e admiração. Em todos os três anos em que se conheceram, Charlie nunca tinha ouvido Hermione falar sobre um professor assim.

— Acho que vamos deixar a lição aqui por hoje. — Disse a professora Trelawney em um tom muito assustado que tirou o olhar de Charlie de Hermione. — Sim... Por favor, arrumem suas coisas.

Silenciosamente, a classe trouxe suas xícaras de volta para a professora Trelawney, guardaram seus livros e fecharam suas malas antes de seguirem para suas próximas aulas.

O que era um grande começo para o dia; Charlie tinha um perigo imenso em seu futuro, e Harry, bem, aparentemente, ele ia morrer.

Após a adivinhação, os quatro partiram para a Transfiguração com a Professora McGonagall. A lição foi realmente muito informativa. Os alunos aprenderam tudo sobre Animagos; pessoas que poderiam se transformar em animais. No entanto, era difícil se concentrar quando ambos, Charlie e Harry, podiam sentir os olhares temerosos de seus colegas de classe ao seu redor. Felizmente, não havia nenhum presságio de morte mencionado em Transfiguração, mas parecia que havia com o jeito que todos estavam olhando.

Quando a aula de Transfiguração terminou, eles se juntaram à multidão que trovejava em direção ao Salão Principal para o almoço.

— Ron, anime-se. — Disse Hermione, empurrando um prato de guisado para ele. O menino mal disse duas palavras desde a revelação do Grim na xícara de Harry. — Foi um comentário delirante feito para nos assustar. Aposto que ela faz isso todos os anos; Harry por acaso era o aluno azarado que ela escolheu para atacar.

Ron colocou o guisado no prato e pegou o garfo, mas pela primeira vez, não o engoliu rapidamente como todos esperavam. Não, desta vez ele lançou um olhar muito curioso na direção de Harry.

— Harry, — ele disse, em uma voz baixa e séria, — você não viu um grande cachorro preto em lugar nenhum, viu?

— Sim, eu vi. — Disse Harry antes de olhar para Charlie, — Nós dois vimos. Nós vimos um na noite em que deixei os Dursleys.

Ron deixou seu garfo cair com um barulho.

— Provavelmente um vira-lata. — Disse Hermione calmamente ao lado de Charlie.

Ron olhou para Hermione como se ela tivesse enlouquecido.

— Hermione, se Harry viu um Grim, isso é- isso é ruim. — Disse ele com a voz trêmula. — Meu- meu tio Bilius viu um e- e ele morreu vinte e quatro horas depois! E Charlie, — ele olhou para ele com os olhos arregalados, — e se seu imenso perigo for um efeito colateral do Grim? Harry vai morrer e você vai sofrer!

Charlie gemeu, — Ninguém vai morrer! E eu posso te dizer agora, nenhum sofrimento é pior do que lidar com meu pai nos últimos treze anos. Apenas deixe isso em paz, Ron.

Esse comentário fez com que não só Hermione, mas Harry também lançassem um olhar preocupado para Charlie. A vida com Fenwick era tão ruim assim?

— Não fiquem preocupados com isso. — Charlie repreendeu quando viu seus rostos caírem, — Eu não quis dizer nada com isso, foi apenas uma comparação inofensiva.

Hermione e Harry trocaram um olhar enquanto Ron continuava encarando seu ensopado com horror. Harry foi rápido em abandonar o assunto e começar a comer, mas Hermione, apesar de ter sido convidada a não fazê-lo, pensou muito sobre isso. Ela começou a montar cenários inventados em sua cabeça.

E se Fenwick tiver algo a ver com-

— Foi tudo uma coincidência. — Disse Charlie com desdém, servindo-se de um pouco de suco de abóbora.

— Você não sabe do que está falando! — Gritou Ron, começando a ficar com raiva. — Grims assustam a maioria dos magos.

— Aí está você, então. — Disse Hermione em um tom superior para defender Charlie. — Eles veem o Grim e morrem de medo. O Grim não é um presságio, é a causa da morte! E ambos, Harry e Charlie, ainda estão conosco porque eles não são estúpidos o suficiente para ver um. É melhor eu estourar meus tamancos então!

Ron zombou, — Desculpe-me por estar preocupado com meus amigos!

Harry colocou a mão nas costas de Ron, — E nós te agradecemos por isso, cara, mas por favor, podemos parar de falar sobre isso?

Ron deu um aceno relutante enquanto Charlie e Hermione se concentravam na comida na frente deles.

O resto do almoço foi praticamente sentado em silêncio. Pela primeira vez, nenhum deles sabia o que dizer um ao outro. Em vez disso, eles esperaram pacientemente que o sino sinalizasse o início da próxima aula.

Pelo lado positivo, a próxima aula era Trato das Criaturas Mágicas com Hagrid.

Quando a campainha tocou, os quatro, com seus livros de monstros na mão, partiram para a Reserva das Criaturas perto da cabana de Hagrid.

Enquanto estavam no caminho, os quatro pareciam superar sua fase estranha de não falar, já que Hermione não podia deixar de zombar dos ensinamentos da Professora Trelawney.

— Se você me perguntar, Adivinhação é uma disciplina muito confusa. Agora, Runas Antigas, esse é um assunto fascinante. — Ela disse, orgulhosa.

— Runas Antigas? — Charlie questionou com uma sobrancelha levantada fazendo o que fez que Hermione lhe enviasse um sorriso brincalhão com um dedo pressionado em seus lábios. Ele sabia que Runas Antigas era ao mesmo tempo que Adivinhação. Como o inferno-

— Não havia nada de lanoso sobre o Grim naquela xícara! — Disse Ron completamente inconsciente do que Hermione havia deixado escapar.

— Você não parecia tão confiante quando disse a Harry que era uma ovelha. — Disse Hermione, friamente. — Além disso, eu pensei que devíamos deixar isso de lado.

— Eu fiz, por um tempo, mas então eu percebi o quão sério isso é! Talvez você não entenderia sem seus livros estúpidos. Vamos ser sinceros, você não gosta de Adivinhação só porque você não gosta de ser lixo em algo para uma mudança! — Gritou Ron.

Isso pareceu atingir um nervo dentro da garota de cabelos espessos. Ela desceu os degraus de pedra para ficar na cara de Ron.

— Se ser bom em Adivinhação significa que eu tenho que fingir que vejo presságios de morte em um pedaço de folhas de chá, não tenho certeza se vou estudar por muito mais tempo! É um monte de lixo!

Com isso, ela partiu sozinha em direção à cabana de Hagrid. Harry e Charlie a viram sair com um sorriso divertido estampado em seus rostos. Ron claramente não achou graça no que aconteceu enquanto ele estava ali olhando para ela com um olhar fulminante.

Charlie riu, mas de alguma forma ficou surpreso ao mesmo tempo, — Aquela garota nunca deixa de me surpreender.

O menino de olhos castanhos continuou seu caminho em direção à cabana enquanto Ron e Harry rapidamente o seguiam. Hagrid estava esperando sua aula na porta de sua cabana. Ele estava em seu sobretudo de moleskin, com Fang, o cão de caça aos seus calcanhares, parecendo impaciente para começar.

— Vamos, agora, mexam-se! — Ele chamou, enquanto a classe se aproximava. — Tem um verdadeiro presente para vocês hoje. Grande lição chegando! Todo mundo aqui? Certo, me sigam.

Os ouvidos de Charlie se animaram com a voz de Hagrid; ele de repente se lembrou do que o meio-gigante disse que ia fazer em sua primeira aula. O menino mal podia esperar para ver a reação de seus amigos a Bicuço.

Os Grifinórios e os Sonserinos caminhavam atrás de Hagrid enquanto ele os conduzia para sua Reserva de Criaturas que Charlie conhecia muito bem. Enquanto caminhavam, o garoto de olhos castanhos caminhou ao lado de Hermione e sussurrou para ela sobre certas criaturas que passavam por eles; ela respondeu com um sorriso suave a cada vez. Foi a primeira vez que os dois tiveram a oportunidade de falar cara a cara desde o trem, e parecia que o constrangimento havia diminuído.

Cinco minutos depois, eles se encontraram na ampla área aberta de árvores onde Charlie tinha visto Bicuço pela primeira vez. Hagrid deu um pequeno sorriso para Charlie enquanto os dois trocavam um olhar.

— Todos se reúnam em volta da cerca aqui! — Hagrid chamou. — É isso, certifiquem-se de que vocês podem ver. Agora, a primeira coisa que você vai querer fazer é abrir seus livros.

— Como exatamente fazemos isso? — Perguntou a voz fria e arrastada de Draco Malfoy.

— Apenas acaricie a coluna, é claro! — Hagrid disse alegremente.

Quando Hagrid foi buscar Bicuço, Charlie viu o livro de Neville atacá-lo descaradamente. Segurando uma risada, o garoto de olhos castanhos se aproximou, puxou o livro do monstro de seu amigo e o ajudou a se levantar.

Charlie acariciou a lombada do livro de Neville antes de devolvê-lo a ele, — Cuidado Neville, a aula ainda nem começou.

Os dois compartilharam uma rápida antes de Charlie voltar para Harry, Ron e Hermione.

— Eu acho que eles são engraçados. — Disse Hermione, referindo-se aos livros.

— Ah sim, tremendamente engraçado. — Draco disse sarcasticamente atrás dela, — Realmente espirituoso, nos dando livros que podem arrancar nossas mãos. Espere até meu pai ouvir que Dumbledore tem esse idiota dando aulas!

Charlie zombou em aborrecimento enquanto se virava para os sonserinos, — Você já se cansou de ouvir a si mesmo falar? Ou você apenas naturalmente desliga a carga de lixo absurdo e sem sentido que sai da sua boca?

Com os murmúrios suaves e risos da multidão, Draco deu um passo — ameaçador — para frente. O garoto de olhos castanhos riu enquanto dava um passo desafiador para frente também, para desaprovação de Hermione.

Charlie tinha um sorriso muito divertido estampado em seu rosto, — O que você vai fazer? Contar para o papai sobre mim?

Draco apertou sua mandíbula antes de sorrir levemente, — Na verdade, talvez eu dê uma palavrinha com seu pai, já que pareceu funcionar tão bem da última vez.

Charlie cerrou o punho. O comentário de Draco certamente causaria uma futura conversa com Hermione, Ron e Harry que, francamente, Charlie não desejava ter. Como forma de impedir seu amigo de fazer algo estúpido, Harry deu um passo à frente de Charlie enquanto Hermione o puxava de volta pela camisa.

— Cala a boca, Malfoy. — Harry zombou.

— Oooo, — Draco riu, — Hawthorne não pode lutar suas próprias batalhas, hein? Que irônico. — Pela primeira vez, Draco desviou o olhar de Charlie para Harry. Seu olhar estava confiante até que seu rosto caiu e ele apontou para trás de Harry com medo, — Dementador! Dementador!

Quando Harry e o resto dos grifinórios, Charlie inclusive, se viraram rapidamente, Draco e os sonserinos começaram a rir. Eles chegaram a colocar seus capuzes para cima e começaram a fazer uma impressão exagerada de um Dementador.

Charlie balançou a cabeça enquanto avançava e puxava Harry de volta. Ao fazê-lo, Hagrid surgiu com Bicuço o seguindo de perto.

Hagrid fez o mesmo discurso para a classe que tinha feito para Charlie quando lhe mostrou o hipogrifo pela primeira vez. Malfoy, Crabbe, Zabini e Goyle não estavam ouvindo; eles estavam falando em voz baixa e Charlie teve a sensação desagradável de que eles estavam planejando a melhor forma de atrapalhar a aula.

— Você sempre espera que o hipogrifo dê o primeiro passo. — Continuou Hagrid. — É educado, vê? Você anda em direção a ele, e você se curva, e você espera. Se ele se curvar de volta, você pode tocá-lo. Se ele não se curvar, então afaste-se dele, porque essas garras podem machucar. Certo, quem quer ir primeiro?

A maior parte da classe recuou ainda mais por medo do hipogrifo gigante, mas Charlie não estava entre esse grupo. Quando ele estava prestes a dar um passo à frente, Hermione o puxou pela camisa mais uma vez fazendo com que ele se virasse para ela com uma sobrancelha franzida.

— Não, por favor. — Ela disse suavemente para que só ele pudesse ouvir, — Eu não tenho um bom pressentimento sobre isso.

Charlie suspirou enquanto olhava nos olhos preocupados da garota. Ele relutantemente deu um passo para trás para ficar ao lado dela, o que acabou deixando Harry, o único de pé na frente - desculpe amigo.

— Muito bem Harry! Muito bem! — Hagrid chamou, — Vamos, agora!

Quando Harry deu um passo à frente, Hagrid o informou sobre os passos que ele tinha que dar para que Bicuço não se ofendesse. O menino de óculos parecia fazer tudo certo, bem, isso foi até que deu um passo prematuro para frente, fazendo com que um galho se quebrasse sob seu pé.

A classe inteira engasgou quando a cabeça de Bicuço se moveu para frente agressivamente. Fora do medo que sentia por Harry, Hermione estendeu a mão para agarrar a mão de Charlie, pois ela sempre teve esse instinto reconfortante quando se tratava dele.

Quando ambos perceberam o que estava acontecendo, eles trocaram um olhar estranho antes de destravar as mãos e se virarem para Hagrid que estava tentando acalmar Bicuço.

Claro, os dois tinham dado as mãos antes, mas agora as coisas eram diferentes.

No primeiro e no segundo ano, suas mãos entrelaçadas eram um mero símbolo de sua amizade, mas tudo mudou entre os dois desde o encontro no trem. Havia essa tensão palpável entre os dois agora, e não ajudava que eles nunca tentassem reconhecê-la. Em vez disso, eles foram forçados a lidar com momentos como esses.

Era difícil de explicar; ambos inegavelmente se importavam um com o outro como amigos, mas ultimamente tem sido estranho.

Por medo de arruinar a amizade, eles nunca chamaram a atenção para o assunto. Eles apenas deixavam o constrangimento cercá-los toda vez que tinham um momento próximo de intimidade.

Mesmo assim, eles se recuperaram rapidamente e voltaram a se concentrar em Harry, que agora parecia ter conquistado a confiança de Bicuço.

— Certo então, Harry. — Disse Hagrid alegremente, — Eu acho que ele pode deixar você montá-lo agora!

O meio-gigante colocou Harry nas costas de Bicuço e logo as grandes asas do hipogrifo começaram a bater e eles partiram. Harry e Bicuço voaram por vários momentos enquanto o grupo de alunos observava com admiração. Charlie não pôde deixar de sentir um pouco de ciúmes; ele nunca teve a chance de montar o hipogrifo.

Bicuço voou com Harry uma vez pelo terreno e depois voltou para o chão. Com um baque suave, eles aterrissaram. Harry parecia alegre enquanto saltava das costas de Bicuço e voltava para seus três amigos.

— Bom trabalho, Harry! — Rugiu Hagrid, enquanto todos, exceto Malfoy, Crabbe, Zabini e Goyle aplaudiam.

— Não foi tão impressionante. — Malfoy falou lentamente, alto o suficiente para Harry ouvi-lo.

Ele então empurrou a multidão e atacou o hipogrifo, — Aposto que você não é nada perigoso, é? É? Você é grande e feio.

— Uh oh, isso não pode ser bom. — Ron disse suavemente, segurando uma risada.

Aconteceu em um lampejo de garras de aço; Malfoy soltou um grito agudo e no momento seguinte, Bicuço golpeou seu braço, derrubando Draco no chão.

Quando Bicuço se levantou para fazer a mesma coisa novamente, Charlie correu na frente dele, apesar de Hermione e Ron tentarem detê-lo. Charlie ergueu as mãos em paz em direção ao hipogrifo.

Bicuço imediatamente reconheceu o menino e se acalmou, chegando até a se curvar diante dele. Charlie sorriu levemente enquanto lhe dava um tapinha rápido na cabeça antes de pegar um furão morto da mão de Hagrid e jogá-lo na floresta.

— Estou morrendo! — Malfoy gritou, enquanto a turma entrava em pânico e Bicuço voltava para sua casa, — Estou morrendo, olhe para mim. Isso me matou!

— Você claramente não está morrendo. — Charlie revirou os olhos, — Vergonha honestamente, imagine a paz e sossego... Na verdade. — o menino de olhos castanhos brincou enquanto se virava para a direção que o hipogrifo tinha corrido, — Bicuço volte!

Apenas Ron e Harry pareciam achar isso engraçado porque o resto da turma ainda estavam em pânico demais para responder. Hermione tinha simplesmente repreendido seus três amigos por zombar de uma situação séria.

— Calma, é só um arranhão! — Disse Hagrid, que estava muito branco tentando ajudar Malfoy a se levantar.

— Hagrid! — Hermione gritou, avançando ao lado de Charlie, — Ele precisa ir ao hospital!

Hagrid olhou para a garota com uma expressão preocupada antes de se voltar para Draco, — Certo. Bem, eu sou o professor, eu faço isso!

Com isso, Hagrid pegou Draco em seus braços enormes e o carregou para a ala hospitalar.

— Você vai se arrepender disso! Você e sua maldita galinha! — Draco gritou de forma dramática enquanto era levado.

Uma vez que eles estavam fora de vista, Charlie e Hermione rapidamente se juntaram a Ron e Harry, que se entreolharam com uma expressão muito confusa, mas divertida.

— Eles deveriam demiti-lo imediatamente! — Gritou Pansy Parkinson, que estava chorando no meio da multidão.

— Foi culpa do Malfoy! — Retrucou Harry, o que fez Crabbe, Zabini e Goyle flexionarem seus músculos ameaçadoramente.

Ron e Charlie deram um passo à frente para apoiar Harry em uma troca acalorada de masculinidade tóxica, fazendo com que Hermione revirasse os olhos antes de puxar seus amigos para longe do grupo e em direção à saída.

— Você acha que ele vai ficar bem? — Perguntou Hermione nervosamente enquanto caminhavam.

— Claro que ele vai, Madame Pomfrey pode consertar cortes em cerca de um segundo. Draco está apenas sendo Draco. Todo o drama. — Disse Charlie, que teve ferimentos muito piores remendados magicamente pela matrona.

— Mas isso foi uma coisa muito ruim de acontecer na primeira aula de Hagrid, não foi? — Perguntou Ron, parecendo preocupado. — Confie em Malfoy para estragar as coisas para ele.

— Eles não iriam demiti-lo, iriam? — Perguntou Hermione ansiosamente enquanto eles passavam pela cabana de Hagrid no caminho de volta para o castelo.

— É melhor não. — Murmurou Charlie em um tom não impressionado.

Harry estava observando os sonserinos enquanto eles caminhavam. Um grande grupo, incluindo Crabbe, Zabini e Goyle, estava amontoado, imerso em uma conversa. Harry tinha certeza de que eles estavam inventando sua própria versão de como Malfoy se machucou.

— Bem, você não pode dizer que não foi um primeiro dia de volta interessante. — Disse Ron tristemente.

Charlie riu, — Não sei o que o idiota do cabelo loiro estava esperando, para ser honesto. Hagrid nos avisou.

Hermione foi rápida em bater levemente no ombro de Charlie, — Charles, ele acabou de ser atacado! Seja um pouco mais sensível, sim?

O garoto de olhos castanhos deu à garota um sorriso muito atrevido, que não tinha a intenção de fazer o coração de Hermione bater mais rápido, mas fez.

Harry e Ron riram da interação dos dois antes de subirem os degraus de pedra atrás deles.

Ron estava certo; que começo interessante para o período.

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